99HELMnh AVALIAÇÃO DO EFEITO DO PRAZIQUANTEL ASSOCIADO Schistosoma mansoni IN VIVO A LIPOSSOMAS EM Frezza, Tarsila F.-1; Gremião, Maria Palmira D.-2; Souza, Ana Luiza R.-2; Allegretti, Silmara M.-1 1-Departamento de Parasitologia do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas - Campinas, SP.; 2-Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista - Araraquara, SP Para o tratamento da esquistosomose mansônica, a Oxaminiquine (OXA) e o Praziquantel (PRZ) são os fármacos escolhidos. Mas o primeiro tem sua utilização reduzida por causa dos efeitos colaterais como carcinogênicos e mutagênicos entre outros. O segundo tem amplo espectro de atuação e baixa toxicidade quando comparado ao OXA, no entanto, tem as desvantagens de ser eliminado rapidamente pelo organismo (24 horas), de ter ação dependente da idade do parasito e de seu uso extensivo culminar na resistência do S. mansoni à droga. Em vista disso, estudam-se alternativas que tornem o PRZ mais disponível no organismo, como a sua associação ao lipossoma (LPZ), uma vesícula sintética formada por uma bicamada lipídica contínua que delimita uma cavidade interna preenchida por solvente. Para avaliar o efeito de PRZ incorporado em LPZ no Schistosoma mansoni linhagem BHU, foram feitas 3 infecções (sendo que para cada réplica foram utilizados 30 camundongos "Swiss", com 30 dias de idade) por meio do método de imersão caudal em suspensão cercariana. A cada réplica de infecções foi administrado por via oral e através da tubagem gástrica 0,3 mL, contendo concentrações do fármaco de 40.35, 46.86 e 250 mg/kg, associado ou não ao LPZ. Os tratamentos foram efetuados após 45 dias de infecção. A média do número de vermes encontrados foi menor quando se administrou uma dose de 250 mg de PRZ+LPZ (5%) enquanto que para a de 40.35 e 46.86 mg/kg a média de vermes foi de 11% e 16% respectivamente. A quantidade de granulomas observados no fígado e no baço foi a mesma para as três doses; já no intestino e nos pulmões a de 250 mg/kg foi mais eficiente que as outras duas testadas. Nenhum verme foi encontrado fora do sistema porta-hepático para a dose de 250 mg/kg, enquanto que foram encontrados 27 e 8 vermes fora desse sistema para a de 40.35 e 46.86 mg/kg respectivamente. A média da quantidade de ovos/grama fezes foi menor para a dose de 250 mg/kg (13) do que para a de 40 .35 (5841) e 46.86 mg/kg (883). Assim, nota-se que a dose de 250 mg/kg é a que melhor atua quando comparada as demais, pois diminui a quantidade de vermes, a fuga desses para fora do sistema porta-hepático, além da eliminação dos ovos pelo parasito. Isso ocorre porque o PRZ associado ao LPZ nessa concentração se torna mais disponível no organismo, com taxa de liberação mais adequada, tendo maior eficácia. A quantidade de vermes e de ovos/grama fezes foram inferiores para os tratamentos realizados com PRZ+LPZ do que nos feitos somente com o PRZ, com exceção do de 46.86 mg/kg, pois no tratamento com PRZ a média do número de vermes não apresentou diferença significativa (12%) e a média da quantidade de ovos/grama fezes (412) foi menor que o de PRZ+LPZ. [email protected]