Resumos da Jornada de 2007 apresentados na Faculdade de Odontologia de Araraquara Uso de osso homógeno em implantodontia: relato de caso clínico Mariana Nogueira de Figueiredo, Alliny de Souza Bastos, Rubens Spin-Neto, Wagner Nunes de Paula, Cristina Volpe Lopes Cardoso, Elcio Marcatonio Júnior O uso de osso proveniente de bancos de tecidos tem aumentado nos últimos anos, embora a literatura ainda não explique completamente a incorporação deste biomaterial. Sua indicação deve-se, sobretudo à ausência de osso autógeno para captação. Neste caso clínico, uma paciente do sexo feminino, 28 anos de idade, apresentou-se à clínica da FOAr-UNESP com espessura óssea insuficiente para a instalação de implante do elemento 22, perdido por problemas endodônticos. No intuito de corrigir este defeito, realizou-se uma cirurgia na qual um retalho mucoperiostal expôs o leito receptor, um bloco de tecido homógeno proveniente da cabeça femoral foi adaptado ao defeito, fixado com dois mini-parafusos e recoberto com membrana de cortical óssea. Após 7 dias realizou-se o pós-operatório. Esse trabalho, além de demonstrar a facilidade de se trabalhar com o osso homógeno, torna nítida a redução do tempo operatório e da morbidade cirúrgica quando necessária enxertia óssea. Histologicamente esse tipo de enxerto também se mostra promissor. Conclui-se que esse biomaterial é de utilização simples e, quando usado de maneira correta e consciente pelo operador, reduz consideravelmente os inconvenientes de uma cirurgia de enxerto ósseo autógeno. Contudo, estudos de proservação após a colocação dos implantes nesses pacientes devem ser realizados. Palavras-chave: Enxerto homógeno; biomaterial; defeito ósseo. Enxerto ósseo homólogo: avaliação preliminar clínica e histológica Telma Blanca Lombardo Bedran, Rubens Spin Neto, Elcio Marcantonio Junior A reconstrução de defeitos ósseos é um desafio na Implantodontia. O uso de osso autógeno para enxertia dessas regiões é tido como o “padrão ouro”, porém desvantagens dessa técnica trazem à tona a necessidade de outro biomaterial com características regenerativas semelhantes, sem tantas desvantagens. Dessa forma, a utilização de osso homólogo surge como alternativa viável. No presente caso, uma paciente do sexo feminino, com 46 anos de idade, apresentou-se à clínica da FOAr-UNESP com espessura óssea maxilar insuficiente para a instalação de implantes, necessitando de enxerto ósseo, que foi feito com a utilização de osso homólogo. Após 8 meses da cirurgia o sítio foi reaberto para colocação de implantes e, durante este ato, foi retirada uma biópsia do tecido ósseo enxertado. Como resultado vimos que o osso homólogo é uma alternativa viável já que o biomaterial foi capaz de prover travamento primário aos implantes e histologicamente demonstrou potencial de se integrar ao leito de maneira similar ao osso autógeno, mas em um período de tempo maior. Concluímos que o osso homólogo tem potencial para aplicação clínica, porém mais estudos sobre o tema são necessários, elucidando principalmente as alterações cronológicas que deverão ser feitas visando uma maior taxa de nesses casos. Palavras-chave: Enxerto ósseo homólogo; implantodontia; biomaterial. Enxerto autógeno obtido de calota craniana: relato de caso clínico. Alliny de Souza Bastos, Keidy Gallina, Rubens Spin-Neto, Mariana Nogueira de Figueiredo, Rodolfo Jorge Boeck Neto, Wagner Nunes de Paula, Elcio Marcantonio Junior A reabilitação de pacientes desdentados totais com rebordos atróficos é um desafio para a Implantodontia, pois em alguns casos não há áreas doadoras de tecido ósseo suficientes para enxertia na região intra-oral. Sendo assim, como o tecido ósseo autógeno é o padrão ouro para reconstruções deste tipo, com propriedades osteogênicas, osteoindutoras e osteocondutoras, o cirurgião pode lançar mão de áreas doadoras extraorais, tais como a calota craniana, para solucionar a deficiência tecidual presente. Neste trabalho descrevemos o caso clínico de uma paciente de 48 anos de idade, em que o rebordo ósseo atrófico foi submetido à enxertia óssea autógena previamente a instalação de implantes. Em função da necessidade de um grande volume ósseo optou-se pelo uso de uma área doadora extra-oral (calota craniana). Apesar do grande volume de tecido ósseo obtido junto à área doadora, o pós-operatório ocorreu sem intercorrências, possibilitando conforto e rápida recuperação à paciente. Na área receptora, o prognóstico é favorável, já que a deficiência de tecido ósseo pôde ser corrigida. Ante o exposto, o enxerto ósseo autógeno obtido da calota craniana, quando bem planejado e realizado, torna-se uma opção viável e segura na obtenção de quantidade e qualidade óssea, favorecendo a reabilitação do paciente. Palavras-chave: Enxerto autógeno; rebordo atrófico; reabilitação. 115 - Aumento de coroa clínica com finalidade estética e funcional: relato de caso clínico Kéren Cristina Fagundes Jordão, Rubens Spin Neto, Elcio Marcantonio Junior O aumento gengival inflamatório crônico está relacionado à prolongada exposição ao biofilme dental, estando também ligado à fatores secundários como o uso de aparelhos ortodônticos. Quando aliado a esse aumento gengival temos um contorno ósseo volumoso o aspecto da coroa dental fica prejudicado tanto estética como funcionalmente. No presente caso clínico uma paciente do sexo feminino com 23 anos de idade e portadora de aparelho ortodôntico apresentou-se à clínica de periodontia da FOAr queixando-se de um aumento gengival que trazia prejuizos não só estéticos como funcionais, diagnosticado como crônico e relacionado secundariamente ao aparelho ortodôntico. Para sanar tais problemas foi feito aumento de coroa clínico do dente 16 ao 26. No procedimento, foi realizada a gengivectomia, seguida de osteoplastia – feita com auxílio de cinzéis e brocas - em toda a região afetada e frenotomia, no intuito de previnir rescidivas. Além disso, foi dada instrução e orientação de higiene oral à paciente, aliada à motivação. Conclui-se que tal procedimento clínico é viável e acessível ao clínico para a resolução estética e funcional de casos de aumento gengival inflamatório crônico relacionado ao uso de aparelhos ortodônticos, sempre aliado à motivação, instrução e orientação de higiene oral. Protocolo de obtenção de biomateriais à base de quitosana com diferentes pesos moleculares Rubens Moreno de Freitas, Rubens Spin Neto, Chaine Pavone, Sérgio Paulo Campana Filho, Márcia Barreto Cardoso, Elcio Marcantonio Junior O gel de quitosana é um biomaterial obtido da quitina com propriedades reparadoras ósseas. Neste trabalho definimos o protocolo de obtenção de géis de quitosana e cloridrato de quitosana com diferentes pesos moleculares. Em 2 balões volumétricos 5g de quitina foram suspensas em 220ml de sol. de NaOH 40% à temperatura de 115ºC sob agitação por 6 horas para desacetilação. Em um dos balões adicionou-se NaBH4 para obter quitosana de peso molecular maior. Os materiais foram lavados em água destilada, filtrados, secos e suspensos em sol. de ác. acético 1% por 24h. As soluções resultantes foram neutralizadas por adição de NH4OH para precipitação das quitosanas, que foram lavadas com água destilada, secas e depois suspensas em sol. de ác. acético (0,1M), concentração de 20g/L, para obtenção dos géis de quitosana. Para o cloridrato, as quitosanas foram suspensas em sol. de ác. (0,1M), concentração de 20g/L, e dialisadas contra uma sol. de NaCl 0,2M por 3 dias. As amostras obtidas foram liofilizadas para posterior dissolução em água destilada e obtenção do gel. Obteve-se géis de peso molecular 100.000 e 400.000 kDa, pH 6 e viscosidade estável à temperatura de 37ºC. Conclui-se que géis à base de quitosana e cloridrato de quitosana são biomateriais de simples obtenção com potencial para uso clínico. Palavras-chave: Chitosana; biomateriais; quitina. 188 - Esvaziamento do canal incisivo para manutenção do planejamento protético: relato de caso clínico Rubens Spin-Neto, Lizeti Toledo de Oliveira Ramalho, Wagner Nunes de Paula, Elcio Marcantonio Junior No planejamento protético reverso em Implantodontia muitas vezes há a necessidade da instalação de implantes sobre estruturas anatômicas importantes como o forame incisivo, e o cirurgião deve conhecer a anatomia e histologia dessas estruturas no intuito de optar pela excisão sem prejuízos ao paciente ou manutenção e re-planejamento protético. No presente caso apresentamos um paciente aonde o planejamento protético indicava que haveria necessidade do esvazimento do canal incisivo para correta instalação de implantes osseointegráveis. Na fase de reabertura após colocação de enxerto ósseo fez-se o esvaziamento do canal incisivo (biópsia do seu conteúdo com curetas e escarificação de suas paredes desde o forame com brocas) e implantes de titânio foram instalados, um deles invadindo o espaço anatômico antes ocupado pelo canal incisivo. Na biópsia observa-se fragmentos da artéria e nervo incisivos, resposáveis pela vascularização e inervação da polpa e periodonto dos dentes anteriores superiores, e que pela anastomose existente com outras estruturas aliada à ausência de dentes na região não são prejudicadas no paciente que sofre o esvaziamento. Conclui-se que tal técnica é viável na Implantodontia já que permite a manutenção do planejamento protético ideal sem prejuízos ao paciente. Palavras-chave: Planejamento; implantes; foramea. 49 - Avaliação radiográfica de biomateriais à base de quitosana com diferentes pesos moleculares Chaine Pavone, Rubens Spin Neto, Elcio Macantonio Junior Biomateriais à base de Quitosana, um biopolímero com potencial osteocondutor obtido à partir da quitina, têm sido foco de pesquisas. Neste trabalho fizemos a análise radiográfica de defeitos ósseos criados na calvária de ratos, preenchidos com gel de quitosana de alto (400.000 kDa) e baixo peso molecular (100.000 kDa), recobertos com membrana de colágeno. Defeitos ósseos de 8mm de diâmetro foram criados na calvária de 30 ratos Holtzman divididos em 3 grupos de acordo com o biomaterial de preenchimento - Coágulo sanguíneo (CS), gel de Quitosana de baixo peso (QBP) molecular e gel de Quitosana de alto peso molecular (QAP), avaliados em 15 e 60 dias. Radiografias digitais da cabeça dos animais foram feitas após a cirurgia e após os períodos de avaliação. A densidade radiográfica em uma área de 1000 pixels no centro dos defeitos foi obtida e avaliada pelo teste de ANOVA. Obteve-se que no período de 15 dias CS e QAP demonstraram aumento significante da densidade óssea radiográfica enquanto que no período de 60 dias CS e QBP apresentaram tal resultado. Aos 60 dias, o grupo QAP foi inferior aos demais grupos. Conclui-se que os biomateriais mostraram influência na regeneração dos defeitos ósseos criados, embora mais estudos devam ser feitos no intuito de validar seu uso na regeneração óssea. - Considerações sobre tórus mandibular na reabilitação oral de pacientes edêntulos. Relato de caso André Gustavo Paleari, Lucas Martins de Castro e Silva, Ana Carolina Pero, Juliê Marra, Marco Antonio Compagnoni Tórus é uma protuberância óssea benigna que pode ser encontrada na região do palato duro ou na superfície lingual da mandíbula. Essa patologia é na maioria das vezes assintomática e não necessita de tratamento, porém, em pacientes edêntulos em que se planeja a instalação de próteses totais, a remoção cirúrgica torna-se necessária, pois o mesmo pode interferir na retenção das próteses. Dessa forma, a remoção de tórus é vista como um componente essencial para a reconstrução protética e conseqüente reabilitação oral do paciente. O objetivo deste trabalho é relatar o caso clínico de um paciente portador de tórus mandibular submetido à cirurgia pré-protética para posterior confecção de próteses totais. Palavras-chave: Prótese total; mandíbula. 22 - Doença gengival em pacientes portadores de Diabetes mellitus André Luiz dos Santos, Andressa Vilas Boas Nogueira, Elaine Maria Sgavioli Massucato, Silvana Regina Perez Orrico Estudos clínicos sugerem que pacientes diabéticos são mais susceptíveis à gengivite devido a alterações sistêmicas relacionadas à descompensação metabólica. O objetivo deste estudo foi apresentar a prevalência de doença gengival em pacientes portadores de Diabetes mellitus. Foram avaliados 197 indivíduos dos quais foram levantados dados pessoais, relativos ao diabetes e relativos à higiene bucal, por meio de questionário. O exame clínico constou de análise do índice de placa e avaliação clínica da presença ou ausência de inflamação do tecido marginal. Os dados foram arquivados e analisados pelo programa EPI INFO 6.04b e os resultados obtidos por meio de análise simples de porcentagem. Observou-se que do total da amostra, 57,3% eram do sexo feminino, 75,1% apresentavam diabetes tipo 2 e 78,0% tinham mais de 45 anos. Apenas 110 pacientes foram avaliados clinicamente com 74,5% desta amostra apresentando doença gengival. Destes, 69,1% haviam recebido instruções de higiene bucal, 46,3% não usavam fio dental embora relatassem freqüência de higiene de 3x/dia e 70,7% da amostra tinham péssima higiene bucal (+35% de placa visível). Conclui-se que a prevalência de doença gengival no paciente diabético é alta, parece estar relacionada ao padrão de higiene e deve ser tratada precocemente. Palavras-chave: Gengivite; diabetes mellitus; higiene bucal. 24 - Pênfigo vulgar x pênfigo vulgar – Like Andreia Bufalino, Mirian Aparecida Onofre, Jakobe de Souza Gonçalves, Rose Mara Ortega, Sérgio Delort, Elaine Maria Sgavioli Massucato Pênfigo Vulgar é uma doença imunomediada, com a formação de anticorpos antidesmossomos da camada espinhosa. Paciente 30 anos, sexo masculino, branco, compareceu ao Serviço de Medicina Bucal com queixa de “dor e bolhas na mucosa bucal”. As lesões estavam presentes há 3 dias e anteriormente ao aparecimento destas, utilizara amoxicilina e nimesulida para o tratamento de infecção de garganta. Relatou ainda o uso de Fluimucil (solução nasal) um dia antes do aparecimento das lesões. Possuía boas condições de saúde geral. Ao exame clínico apresentava linfonodos cervicais infartados, doloridos e móveis; ulceração em mucosa nasal; além de ulceração extensa de leito raso e esbranquiçado, com áreas parecendo bolhas rompidas distribuídas por toda mucosa. Realizou-se biópsia incisional e orientou-se o uso tópico de medicamentos paliativos. O laudo da biópsia foi de clivagem em lesões vésico bolhosas que poderiam corresponder a pênfigo vulgar bolhoso ulcerado. Diante do laudo, iniciou-se a corticoterapia sistêmica, com desaparecimento rápido das lesões em 11 dias. Concluímos que o quadro clínico com características agudas e a rápida resposta ao tratamento podem tratar-se de um caso de pênfigo vulgar-like, induzido provavelmente pelo antibiótico e/ou antiinflamatório utilizados. Palavras-chave: Pênfigo; corticoterapia. 26 - Alterações de mucosa em pacientes portadores de Diabetes mellitus Andressa Vilas Boas Nogueira, André Luiz dos Santos, Elaine Maria Sgavioli Massucato, Silvana Regina Perez Orrico Existe pouca informação na literatura quanto às alterações de mucosa bucal mais freqüentes em indivíduos com Diabetes mellitus. O objetivo desse estudo foi apresentar as alterações de mucosa bucal e alguns dados correlatos em um grupo de pacientes portadores de diabetes. Foram avaliados 142 pacientes e levantados dados pessoais e relativos ao diabetes. A mucosa bucal foi avaliada por um examinador treinado quanto à presença de alterações. Os dados foram arquivados e analisados pelo programa EpiInfo 6.04b e os resultados obtidos por meio de análise simples de porcentagem. Do total da amostra, 57,8% eram mulheres, 81,7% tinham entre 36 e 65 anos e 88% apresentavam alguma alteração de mucosa. Destes, 77,6% tinham diabetes tipo 2 com tempo de duração abaixo de 11 anos e 54,8% eram compensados. Quanto às medicações, 74,4% faziam uso contínuo, sendo 61,6% de hipoglicemiantes e 55,2% antihipertensivos. As alterações de mucosa mais prevalentes foram: queilite actínica (18,9%), língua saburrosa (15,8%) e fissurada (11,6%), varizes linguais (11%) e candidose (6,5%). Conclui-se que os indivíduos com diabetes podem apresentar alterações de mucosa bucal, sendo importante sua detecção e possível correlação com a condição sistêmica para prevenção e acompanhamento. Palavras-chave: Diabetes mellitus; diagnóstico bucal; medicina bucal. Hemangioma cavernoso labial em criança: relato de caso clínico Érika Dorigatti de Ávila, Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli, Nicolau Conte Neto, Eduardo Hochuli Vieira Hemangioma são tumores benignos da infância que se caracterizam por uma fase de crescimento rápido com proliferação de células endoteliais, ocorrendo em 10 a 12% das crianças com um ano de idade. Sua localização mais comum é nos lábios, na língua, mucosa jugal e no palato. Em geral, a ausência ao nascimento auxilia no diagnóstico diferencial de malformação vascular. Aproximadamente 50% dos casos de hemangioma mostram completa resolução e 90% deles resolvem-se até aos nove anos de idade. As complicações ocorrem em apenas 20% dos casos onde o problema mais comum é a ulceração com ou sem infecção. O tratamento depende da localização, do tamanho da lesão, da idade do paciente e de seu estágio evolutivo. A cirurgia, geralmente é indicada quando não há resposta aos tratamentos sistêmicos ou por razões estéticas, podendo ser empregada sob forma de exérese simples com ou sem plástica. Apresentaremos um caso de hemangioma cavernoso labial em uma criança de 04 anos de idade, que devido ao tamanho da lesão, foi submetido a 03 sessões de esclerose vascular e após estas sessões submetidas à exérese da lesão, com acompanhamento clínico de 04 anos de pósoperatório. Palavras-chave: Tumor benigno; hemangioma; tumor vascular. 76 - Carcinoma mucoepidermóide em glândula sublingual – apresentação de caso clínico Fernanda Florian, Fernanda Florian, Nicolau Conte Neto, Valfrido Antônio Pereira Filho Os tumores das glândulas salivares maiores são aqueles localizados nas glândulas parótida, submandibular e sublingual,correspondendo a aproximadamente 3 a 5% de todas as neoplasias da cabeça e pescoço.Cerca de 25% dos tumores de glândula salivar são malignos,dos quais o carcinoma mucoepidermóide é o mais freqüente na cavidade bucal,ocorrendo,preferencialmente,no gênero feminino,entre a 3º e 4º décadas de vida.Trata-se de uma lesão agressiva,sendo o diagnóstico realizado através do exame histopatológico,onde se observam células escamosas,mucosas e intermediárias que, dependendo de sua apresentação e proporção,classificam os tumores em baixo, intermediário e alto-grau.Desnecessário dizer da importância do diagnóstico precoce,uma vez que,na maioria dos casos,os tumores malignos de glândulas salivares em estádios iniciais são curáveis por meio de ressecção cirúrgica.O prognóstico depende da glândula de origem,da histologia,do grau de malignidade e do grau do tumor primário,no entanto,de um modo geral,nas glândulas salivares maiores,é mais favorável quando acomete a glândula parótida e menos favorável na glândula sublingual.A proposta deste trabalho consiste em relatar um caso clínico de carcinoma mucoepidermóide em glândula sublingual,onde serão discutidos os aspectos pertinentes a esta patologia. Palavras-chave: Neoplasia; glândula salivar; carcinoma mucoepidermóide. 87 - Infecções severas do complexo maxilo-mandibular: relato de caso Guilherme Spagnol, Nicolau Conte Neto, Valfrido Antônio Pereira Filho As infecções que acometem os espaços da cabeça e pescoço são definidas como processos disseminativos ao longo dos espaços fasciais desta região, podendo ser divididas em infecções dos espaços superficiais e profundos e destacam-se por sua grande mortalidade. As estruturas anatômicas nesta região e os diversos compartimentos formados pelos músculos e fascias originam diversos caminhos de disseminação infecciosa. Na maioria dos casos são de origem odontogênica e consistem em processos de natureza poli microbiana, envolvendo bactérias aeróbias e anaeróbias. Os pacientes que apresentam como sinais e sintomas a insuficiência respiratória, odinofagia, trismo, movimento ocular ou visão prejudicada, diminuição do nível de consciência são classificados como pacientes de risco. O tratamento consiste basicamente em manutenção das vias aéreas superiores e drenagem dos espaços fasciais envolvidos e antibioticoterapia endo-venoso. Nesta apresentação vamos descrever e discutir os sinais e sintomas, bem como o tratamento proposto para infecções severas por meio da apresentação de caso clinico de paciente com infecção odontogênica que evoluiu para um quadro de mediastinite infecciosa. Palavras-chave: Infecção; abscesso; drenagem. 94 - Trabalhando com enxerto de tecido ósseo e conjuntivo no mesmo procedimento cirúrgico Isis Carvalho Encarnação, José Scarso Filho Uma das maiores limitações a reabilitação estética e funcional dos pacientes desdentados está na ausência de tecido ósseo e gengival, causada pela reabsorção fisiológica do rebordo alveolar após extrações dentárias. Para solucionar este problema trabalhamos com enxertos que podem ser retirados de sítios extra-bucais (ilíaco, costela, tíbia e calota craniana) no caso de reconstruções extensas ou intra-bucais ( ramo mandibular, mento e túber). A escolha da área doadora está relacionada com a deficiência da área receptora, neste trabalho apresentamos um caso de edentulismo unitário no qual havia uma deficiência na tabua óssea vestibular do alvéolo que foi tratado da seguinte forma: instalação do implante e preparo do leito receptor, remoção de um bloco do túber envolvendo tecido ósseo e conjuntivo para recuperar também o volume de tecido mole, fixação do enxerto. Indicação, vantagens, desvantagens e variações da tecnica da técnica também será discutida Os enxertos ósseos autógenos de túber são uma alternativa viável para a implantodontia, principalmente em areas estéticas unitárias, possuindo custo baixo, excelentes resultados e técnica relativamente simples. Palvras-chave: Implantes; enxerto ósseo; enxerto conjuntivo. 95 - Tratamento cirúrgico de ceratocisto odontogênico em maxila Jackeline Ferrari Jorge; Mario Henrique Arruda Verzola, Lilian Caldas Quirino, Roberto Henrique Barbeiro O Ceratocisto odontogênico é um cisto que se assemelha ao cisto odontogênico de desenvolvimento, porém seu comportamento clínico, mecanismo de crescimento, que segundo alguns relatos parecem crescer por atividade enzimática de sua cápsula fibrosa, sua recorrência e seus aspetos histológicos específicos como a superfície luminal paraceratinizada, o revelam como um cisto distinto. A faixa etária predominante de sua ocorência é dos 10 aos 40 anos, com clara predileção pelo sexo masculino e a mandíbula é afetada de 60 a 80% dos casos, além de estar muitas vezes relacionado com a região do terceiro molar inferior e o ramo ascendente da mandíbula. A imagem radiográfica é semelhante a de outros cistos odontogênicos, no entanto, geralmente mostram-se como lesões volumosas, multiloculares e em 25 a 40% dos casos estão associados a um dente incluso, no entanto o diagnóstico só pode ser comprovado pelo exame histológico da lesão. O tratamento cirúrgico com enucleação total e curetagem parece ser o mais indicado, além do extremo cuidado no acompanhamento póscirúrgico, devido o alto índice de recidiva após 10 anos ou mais. Os autores apresentam caso clínico de um ceratocisto odontogênico em paciente jovem na região do terceiro molar superior e discutem seu diagnóstico e tratamento. Palavras-chave: Ceratocisto odontogênico. 96 - Lesão branca da mucosa bucal: relato de um caso clínico Jakobe de Souza Gonçalves, Mirian Aparecida Onofre, Andréa Bufalino, Maria Sgavioli Massucato Elaine Lesões brancas da cavidade bucal, como a leucoplasia e o líquen plano são benignas, mas apresentam potencial de malignização, principalmente diante de co-fatores como o fumo, álcool, radiação solar e outros. O objetivo deste trabalho é discutir caso de lesão branca que, clinicamente possui características de malignidade e ressaltar a importância do acompanhamento dessas lesões. Paciente N.O.D., 60 anos, tabagista há 55 anos, com diabetes Tipo 1, hipertensa, procurou-nos com queixa de “ardência bucal”. Ao exame clínico observaram-se placas brancas não raspáveis, de superfície rugosa irregular e mal delimitadas. As hipóteses diagnósticas foram: leucoplasia e carcinoma verrucoso. Realizou-se teste com azul de toluidina e procedeu-se à biópsia incisional, sendo que antes foi administrado antifúngico tópico. O resultado histopatológico foi de hiperqueratose e acantose. Após o diagnóstico, a paciente foi orientada quanto à natureza da lesão e a importância de abandonar o hábito de fumar. Foi receitada aplicação tópica de Tretinoína 0,1% em gel orabase. A paciente continua em acompanhamento e será avaliada a necessidade de nova biópsia. Acreditamos ser muito importante o acompanhamento periódico adequado de pacientes tabagistas com lesões brancas bucais com potencial de malignização. Palavras-chave: Leucoplasia; tretinoína; tabaco. FUNDAP 116 - Implantes de polietileno poroso em calota de coelho. Análise histológica comparativa Lamis Meorin Nogueira, Sybele Saska, Valfrido Antônio Pereira Filho, Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli, Daniela Cristina Joannitti Cancian, Eduardo Hochuli Vieira O objetivo deste estudo foi comparar histologicamente o comportamento de implantes nacionais de polietileno poroso (Polipore®) e de enxerto ósseo autógeno em defeitos ósseos em osso parietal de coelho. Foram utilizados 20 coelhos, os quais receberam osteotomias parietais bilaterais, com o auxílio de uma trefina de 6mm de diâmetro. No Grupo I (GI), a cavidade foi preenchida com enxerto ósseo retirado do lado oposto, e, no Grupo II (GII), a cavidade foi preenchida com Polipore®. Não foram utilizados meios de fixação para os enxertos e implantes. Após 5, 15, 30, 60 e 120 dias ocorreu a eutanásia dos animais e as calotas cranianas foram processadas segundo rotina histológica para coloração em H.E. Observou-se reação inflamatória discreta no (GI) aos 5 dias e moderada no GII, persistindo até aos 30 dias no GII. Os enxertos ósseos apresentaram-se incorporados ao leito receptor aos 120 dias. E somente aos 120 dias, no GII, observou-se presença de tecido conjuntivo no interior dos poros do implante. Concluímos que, os enxertos foram eficientes na reparação do defeito ósseo, devido à incorporação ao leito receptor; O Polipore® foi biocompatível, mas não possui quantidade e tamanho de poros adequados para permitir o crescimento fibrovascular no interior do material. 120 - Exodontia de terceiro molar incluso Lilian Caldas Quirino, Roberto Henrique Barbeiro, Jackeline Ferrari Jorge, Mario Henrique Arruda Verzola As exodontias de Terceiros Molares são procedimentos rotineiros nas clínicas odontológicas e são indicadas por razões ortodônticas, prevenções de: cistos, pericoronarite, cáries dentárias, reabsorções radiculares, mas tem contra indicações relativas em pacientes muito jovens ou idosos ou ainda com condições médicas comprometidas.Por ser o último a dente a erupcionar, o mesmo pode não encontrar espaço suficiente para irromper, ficando retido.O diagnóstico é feito tradicionalmente pela radiografia panorâmica.Os autores apresentam um caso clínico do dente 38 com íntima relação de contato com o nervo alveolar inferior, para o qual foi realizada uma tomografia computadorizada volumétrica.Este trabalho ressalta a importância desse recurso para a visualização tridimensional do dente e estruturas vizinhas, facilitando o diagnóstico e o planejamento correto, para se evitar acidentes e complicações. Palavras-chave: Exodontia; terceiro molar incluso; tomografia computadorizada volumétrica. 136 - Fratura orbitária do tipo Blow-out – relato de caso clínico Marcos Vinícius Mendes Dantas, Nicolau Conte Neto, William Morais de Melo, Eduardo Hochuli Vieira As fraturas de órbita do tipo Blow-out ocorrem quando há colapso do assoalho ou da parede medial da órbita, gerando perda do conteúdo ocular, conseqüente da herniação da gordura infra-orbital para o seio maxilar ou para a região das células etmoidais. Esse tipo de fratura é resultante de traumas diretos sobre o globo ocular ou os rebordos orbitários, causando sua distorção e aumento da pressão intra-orbitária. Existem duas classificações para as fraturas Blow-out: as puras, caracterizadas pela ausência de fratura do rebordo orbital, ocorrendo herniação da gordura infra-orbital através do assoalho fraturado. Por outro lado, as denominadas não-puras se caracterizam pela ocorrência de fratura da borda infra-orbitária junto com a explosão do assoalho, ocasionando perda do conteúdo ocular. Para avaliar a extensão do defeito e o possível pinçamento das estruturas orbitárias, é necessário um minucioso exame clínico e diagnóstico por imagem, especificamente tomografia computadorizada. Os defeitos significativos requerem reparo cirúrgico para prevenir enoftalmia pós-traumática. Considerando essas informações, o objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico relacionado à fratura do tipo Blow-out, demonstrando os critérios diagnósticos, o tratamento executado e o acompanhamento pós-operatório. Palavras-chave: Fraturas Blow-out. 139 - Estudo anatômico do sulco palato radicular Maria Fernanda da Costa Albaricci, Elisangela Partata Zuza, Débora A.S. Gomes, Benedito Egbert Corrêa de Toledo A presença do defeito morfológico denominado sulco palato-radicular (SPR), é considerado um fator etiológico predisponente importante da periodontite crônica localizada, por favorecer o acúmulo de placa e a sua atuação em profundidade no periodonto; na presença de sulcos profundos, congênita pode apresentar comunicação com a polpa, levando à formação de uma lesão periodontal-endodôntica combinada. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e características do SPR de 376 dentes superiores do acervo de dentes da Disciplina de Anatomia do Curso de Odontologia da UNIFEB - Barretos, que foram examinados por um único examinador, quanto à sua presença, localização, ponto de origem de sua formação, extensão e profundidade em milímetros. Os resultados mostraram uma prevalência do SPR em 9,31% dos dentes (IL:11,05%; IC:6,91) destes 97,14% (IL:95,83; IC:100,00%) foram considerados rasos (< 1 mm); quanto as características 62,87% (IL:66,6%; IC:54,54%) com localização mais proximal, 57,14% (IL:66,66%; IC:36,36) de origem na fossa central, 62,85% (IL:75,0%; IC:36,35%) predomínio de trajeto oblíquo e 8,57% (IL:8,30% e IC:9,09%) que atingiam o ápice radicular. Pôde-se concluir que apesar da pequena prevalência do sulco palato radicular e da pouca profundidade existe uma grande variação nas características anatômica dos mesmos. Palavras-chave: Periodontite; sulco; anatômico. CEP- Protocolo no 017/2003 145 - Reconstrução óssea de maxila atrófica posterior: Sinus Lift com colocação imediata de implantes osseointegráveis Mario Henrique Arruda Verzola, Flávia Regina Medeiros, Maira Lupatelli Mendonça, Roberto Henrique Barbeiro Após a perda dentária na região posterior de maxila inicia-se a reabsorção óssea alveolar em espessura e em altura devido a pneumatização do seio maxilar tornando essa região um desafio para a reabilitação com implantes osseointegráveis.A qualidade óssea da maxila posterior é considerada uma área de baixa densidade óssea a qual precisa de um adequado planejamento. O procedimento de Sinus Lift é uma opção de aumento ósseo com alta previsibilidade que permite a colocação de implantes de maior altura, melhorando a biomecânica da região posterior, aumentando o índice de sucesso dos tratamentos. O objetivo deste caso clínico é apresentar uma alternativa para colocação de implantes osseointegráveis na região posterior em casos com limitações ósseas, após o restabelecimento da arquitetura através de técnicas de enxertia. Os resultados satisfatórios neste tipo de procedimento são altamente previsíveis desde que seja indicado e executado corretamente, proporcionando ao paciente uma alternativa segura para reabilitação de maxila posterior. Os autores ressaltam a importância do sinus lift, como alternativa para reabilitação de pacientes através dos implantes osseintegráveis. Palavras-chave: Implantes osseointegráveis; Sinus Lift; enxertos. 161 – Fratura em mandíbula atrofica: relato de caso clínico Nicolau Conte Neto, João Octávio Pompeu Hipólito, Lucas Martins de Castro e Silva, Murillo Chiarelli, Eduardo de Castro Silva Junior, Willian Morais de Melo, Marcos Vinícius Mendes Dantas, Valfrido Antônio Pereira Filho Dentre os traumas faciais, as fraturas acometendo mandíbulas atróficas representam casos de dificil tratamento por uma série de aspectos desfavoráveis, como a dificuldade de mobilização dos segmentos fraturados, tecido ósseo denso e esclerótico com pobre vascularização e por envolverem geralmente pacientes idosos que apresentam algum grau de comprometimento sistêmico. Representam fraturas relativamente incomuns, com incidência em torno de 1% entre os traumas faciais, mas que, no entanto, são asscoiadas a altos índices de complicações, como má-união e pseudoartrose. Os fatores etiológicos usualmente envovem acidentes automobilísticos e quedas. Várias modalidades terapêuticas têm sido empregadas para o tratamento destes casos, variando desde terapias conservadoras, ao uso da fixação interna rígida associada ou não a enxertos ósseos. A proposta deste trabalho consiste na apresentação de um caso clínico de fratura de mandíbula atrófica, onde serão discutidos os diversos aspectos pertinentes a este tipo de tratamento. Palavras-chave: Mandíbula; atrófica; fixação. 162 - Contribuição radiográfica e laboratorial no diagnóstio de cisto dentígero bilateral de mandíbula. Relato de caso clínico Nielma Renata Mazini Ferrari, Michel Saad Neto, Ana Maria Pires Soubhia, Antonio Augusto Ferreira Carvalho, Francisley Ávila de Souza O diagnóstico precoce de cisto dentígero é fundamental para evitar alteração tumoral (ameloblastoma) e, mais raramente, alterações neoplásicas malignas (carcinomas). O cisto dentígero, comumente associado ao terceiro molar inferior incluso, mostra imagem radiográfica de capuz pericoronário acima de 4mm. Esse achado foi observado ao exame radiográfico panorâmico de uma paciente, com 19 anos, branca, estudante que procurou atendimento na Clínica de Cirugia da FOAraçatuba-UNESP. Os dentes superiores e inferiores inclusos, tinham ao redor das coroas, áreas radiolúcidas bem delimitadas com, respectivamente, 3 e 4mm de espessura entre a linha óssea que delimitava o dente e sua coroa. Os dentes foram removidos cirurgicamente e o capuz pericoronário foi enviado para exame histopatológico. Os resultados laboratoriais revelaram que os molares superiores inclusos possuíam capuz pericoronário e, os inferiores, cisto dentígero. Análise da literatura, sobre o tema específico, revela que dimensôes acima de 2,5mm é sugestiva de alteração cística. Os autores concluem que o aspecto radiográfico pode não ser o melhor indicador de alterações observadas no capuz pericoronário. No entanto, o seu espessamento > ou igual a 4mm é compatível com cisto dentígero, como comprovado no seguinte caso. Palavras-chave: Cisto dentígero; cirurgia. 165 - Enxerto autógeno na reconstrução de assoalho orbitário após ferimento por arma de fogo Pâmela Leticia dos Santos, Thallita Pereira Queiroz, Jéssica Lemos Gulinelli, Marcos Heidy Guskuma, Francisley Avila de Souza, Eduardo Hochuli Vieira, Idelmo Rangel Garcia Júnior Os ferimentos por arma de fogo constituem traumas sérios que podem ameaçar a vida e provocar danos com seqüelas de tratamento complexo. O trabalho visa relatar a reconstrução de assoalho de órbita em defeito causado por projétil, utilizando enxerto autógeno de osso ilíaco. O Paciente H.Q.S.,foi atendido apresentando ferimento por arma de fogo em região infra-orbitária esquerda e fratura do complexo zigomáticomaxilar. O projétil penetrou em região infra-orbitária esquerda e provocou fratura cominutiva de assoalho orbital e teto de seio maxilar, alojando-se na fissura ptérigomaxilar. O paciente foi submetido inicialmente a procedimento cirúrgico para remoção do projétil, redução e fixação de fratura, sob anestesia geral. Após 1 ano, foi realizada nova intervenção, sob anestesia geral, para reconstrução do assoalho de órbita e correção do defeito estético no local, utilizando enxerto ósseo autógeno obtido da parte externa da crista do osso ilíaco. O enxerto foi adaptado por meio de acesso intrabucal e fixado com placas e parafusos. Após 6 meses de pós-operatório não verificou-se sinais ou sintomas de complicações e observou-se a manutenção do volume ósseo. Conclui-se que o procedimento instituído devolveu o contorno anatômico do rebordo infraorbitário, proporcionando uma estética satisfatória. Palavras-chave: Traumatismo; ferimento; fraturas orbitárias. 172 - Psicoterapia no tratamento multiprofissional de lúpus eritematoso sistêmico (LES) Paulo Márcio Lima, Elaine Maria Sgavioli Massucato, Rose Mara Ortega, Mirian Aparecida Onofre O LES é uma doença imunomediada crônica. As alterações psicológicas relacionadas ao LES são: estados confusionais e distúrbios de atenção. O objetivo desse trabalho é apresentar a importância do atendimento multiprofissional no tratamento do LES através de psicoterapia breve. Paciente de 39 anos, sexo feminino, apresentou-se no Serviço com queixa de “aftas”. Relatava boca seca, ardência, sensação de inchaço na língua e ser portadora de LES. Durante a consulta odontológica, apresentou sinais de depressão e foi encaminhada para atendimento psicológico. Durante entrevista psicológica, a paciente relatou que a primeira crise de lúpus desencadeou-se há 14 anos, após perda de sua única filha. Foi aplicado o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp e o de Depressão de Beck. O resultado foi estresse na fase de resistência com predominância de sintomas físicos e depressão moderada, respectivamente. Instabilidade emocional, insônia, baixa auto-estima, distúrbios na imagem corporal e limitações nas atividades sociais estavam presentes. Após 15 sessões psicoterápicas, a paciente apresentou melhora de seu estado emocional e bucal. Concluímos que, o tratamento multiprofissional em casos de LES apresenta resultados positivos tanto no âmbito odontológico, quanto psicológico. Palavras-chave: Odontologia; psicologia; LES. 175 - Lâmpadas fluorescentes – descarte correto do resíduo de mercúrio Rafael Hideki Kojima, Bruno de Oliveira Espindula, Guilherme Henrique da Silva, Sabrina Alessandra Rodrigues, Elaine Maria Sgavioli Massucato, Eleny Balducci Roslindo, Luís Geraldo Vaz A necessidade de dar um destino adequado aos resíduos tóxicos e a preocupação com a contaminação do meio ambiente e dos lençóis freáticos são aspectos que já vêm sendo discutidos há vários anos. A proposta desse projeto de extensão é estudar o destino final das lâmpadas fluorescentes e o conseqüente destino final dos resíduos de mercúrio. As lâmpadas fluorescentes, quando descartadas, não devem ser quebradas e encaminhadas para os aterros sanitários, mas sim para centros de descontaminação ou devem ser armazenadas em containers, pois contém mercúrio, único metal que se volatiliza à temperatura ambiente e que pode provocar sérios problemas de contaminação ao homem e à natureza. Em termos de eficiência, as lâmpadas contendo mercúrio são mais vantajosas do que as incandescentes, pois possuem uma vida útil de 4 a 15 vezes mais longa e proporcionam uma redução no consumo de energia na ordem de 80%. Isso faz com que as lâmpadas contendo mercúrio contribuam para a minimização da geração de resíduos. Convém ressaltar a importância da presença do mercúrio nessas lâmpadas, pois átomos desse metal são ionizados após descarga elétrica provocada pelo filamento. Ao voltarem ao seu estado de equilíbrio, os átomos emitem radiação ultravioleta que entra em contato com o tubo de vidro recoberto de pó fluorescente, gera luz visível. Palavras-chave: Mercúrio; resíduos; lâmpadas. 187 190 - Paracetamol versus Dipirona no controle da dor pós-operatória em cirurgia de terceiros molares inclusos Sabrina Cruz Tfaile Frasnelli, Jéssica Lemos Gulinelli, Francisley Ávila de Souza, Rogério Margonar, Idelmo Rangel Garcia Júnior, Eduardo Hochuli Vieira, Thallita Pereira Queiroz RESUMO O propósito do estudo foi comparar a eficácia do paracetamol e da dipirona no controle da dor após cirurgia de terceiros molares inclusos. Foram selecionados 30 pacientes da Disciplina de Cirurgia da Unesp de Araçatuba, que necessitavam extrair seus terceiros molares inclusos. Dentre estes, 15 receberam paracetamol e os outros 15 receberam dipirona no pós-operatório. A intensidade de dor foi avaliada pelos pacientes em escala visual analógica, num período pós-operatório de 48 horas, com intervalos de 6 horas. Os critérios de exclusão foram: presença de desordens sistêmicas, hipersensibilidade medicamentosa, gestantes, lactantes e contra-indicações locais. Os escores obtidos foram submetidos ao teste de Mann-Whitney (α=0,05) para comparação das intensidades de dor nos diferentes intervalos de tempo analisados. Não houve diferença estatística entre os analgésicos estudados nos intervalos de 6 horas, entretanto, nas 24 horas finais e nas 48 horas totais de observação, a dipirona apresentou valores médios menores, estatisticamente significantes, quando comparada ao paracetamol. Portanto, concluiu-se que a eficácia analgésica da dipirona foi superior a do paracetamol, nas 24 horas finais de avaliação e no período total de 48 horas. 209 211 - Análise da viabilidade celular imediata e do desgaste das fresas após osteotomia para implantes Thallita Pereira Queiroz, Francisley Ávila de Souza, Roberta Okamoto, Valfrido Antônio Pereira-Filho, Rogério Margonar, Jéssica Lemos Gulinelli, Idelmo Rangel Garcia Júnior, Eduardo Hochuli Vieira O aquecimento ósseo gerado pela fresagem durante a instalação dos implantes interfere no sucesso da osseointegração. O propósito do trabalho foi avaliar o efeito da osteotomia para implantes sobre a viabilidade celular óssea imediata e verificar o desgaste das fresas por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Foram utilizados as tíbias de 10 coelhos, divididos em 5 grupos (G): GI - fresas sem uso, G2, G3, G4 e G5fresas utilizadas 10, 20, 30 e 40 vezes, respectivamente, bem como às osteotomias correspondentes à cada perfuração. Cada animal recebeu 10 seqüências de osteotomias e em seguida, foi realizada a eutanásia. As amostras seguiram processamento imunoistoquímico para análise das proteínas OPG, RANKL e osteocalcina, e foram coradas pela 3,3 diaminobenzidina. O desgaste e a deformação plástica das fresas foram analisados por MEV. As proteínas expressaram-se em osteócitos durante as 40 perfurações, entretanto, nos grupos G4 e G5, observou-se um discreto aumento na expressão de RANKL. A análise por MEV revelou maior deformação plástica e desgaste das fresas dos grupos G4 e G5. Concluiu-se que a viabilidade celular é preservada frente a um protocolo cirúrgico menos traumático, entretanto o uso repetido das fresas pode alterar o equilíbrio proteico a partir da 30ª perfuração. Palavras-chave: Implante dentário; osteotomia; imunoistoquímica.