20.07.12_1a_edicao

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Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais
ÍNDICE
Vagas na Saúde ..........................................................................................................................................2
Ação anti HIV esbarra na falta de diagnóstico .......................................................................................2
Coquetel emergencial no SUS .................................................................................................................3
Rejeição, não (Direto da fonte) .................................................................................................................3
Mãe e filha encenam tributo à nouvelle vague .......................................................................................4
Busca por histórias percorreu 5.000 km .................................................................................................5
Pé na bunda pé na estrada .......................................................................................................................6
Segurança em unidades de saúde (Artigo) ............................................................................................7
Vitórias contra a Aids (Editorial) ...............................................................................................................9
O que é o glaucoma do ângulo aberto? J.M.F. (E então, doutor?) ....................................................9
Mais 15 mortes na Região Sul ................................................................................................................10
Autorização digital.....................................................................................................................................11
Resultado de maus hábitos .....................................................................................................................12
Mulher moderna (Artigo) ..........................................................................................................................14
Operação policial nos Estados Unidos prejudica a prevenção ao HIV ............................................14
ONG "Sonho Nosso" ganha o prêmio Inovações em Virologia 2012 ...............................................16
Setor de DST da Universidade Federal Fluminense organiza Ação Popular para a vacinação
contra HPV .................................................................................................................................................16
Imprensa destaca crítica do coordenador da Unaids no Brasil à campanha do carnaval 2012 ..17
Técnico de laboratório é acusado de espalhar hepatite C em 30 pacientes nos EUA .................18
Nobel de Medicina diz que cura da aids está à vista ..........................................................................18
Nobel de Medicina diz que cura da aids está à vista ..........................................................................19
Crítica: Mãe e filha encenam tributo à nouvelle vague .......................................................................19
Busca por histórias para "Vou Rifar Meu Coração" percorreu 5.000 km .........................................20
Cineasta volta a locações para exibir longa sobre a trilha sonora da "dor de corno"....................22
CORREIO BRAZILIENSE - DF | ECONOMIA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
Imagem 1
Vagas na Saúde
O concurso mais esperado do ano na área de saúde já definiu a distribuição dos futuros servidores. De acordo com o
Ministério da Saúde, as 2,5 mil vagas oferecidas para candidatos de nível médio e superior serão destinadas para saúde
indígena, saneamento básico e ambiental.
Os aprovados serão lotados na Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), nos 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas
(DSEIs), localizados em todos os estados das regiões Sul e Sudeste, além de Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Mato
Grosso, Alagoas, Ceará, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Paraíba e Maranhão. Também serão preenchidos postos nos polosbase e nas Casas de Saúde do Índio (Casais). O edital deve ser publicado em breve. O prazo máximo dado pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) é 31 de dezembro, com a convocação dos aprovados até 31 de março de 2013.
A maioria das oportunidades é de nível intermediário, nos cargos de auxiliar de enfermagem (1.370), agente de saúde pública
(70) e técnico de laboratório (60). Para nível superior, são mil vagas, sendo 540 para enfermeiros, 165 para odontólogos, 125
para médicos, 45 para assistentes sociais, 40 para farmacêuticos, 35 para nutricionistas, 30 para formados em administração e
as 20 restantes para psicólogos.
CORREIO BRAZILIENSE - DF | BRASIL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
Ação anti HIV esbarra na falta de diagnóstico
O maior desafio para o Brasil no controle das contaminações pelo vírus HIV é a busca por pessoas que não sabem que estão
infectadas. Estima-se que cerca de 250 mil pessoas das 630 mil que têm o vírus no Brasil não sabem da condição. O teste é a
forma indicada para a descoberta. Segundo o Ministério da Saúde, só no ano passado, a cada hora, 851 brasileiros se
submeteram à verificação. No total, foram feitos 7,4 milhões de exames, o número é quase o dobro do alcançado em 2003. Só
de testes rápidos, introduzidos no Sistema Único de Saúde em 2010, nos primeiros seis meses deste ano foram realizados
quase 1,2 milhão - que representa 30% dos exames realizados pelo SUS. Apesar do alto índice, especialistas ressaltam que,
além de aumentar a testagem, é fundamental que o país consiga eliminar o preconceito em torno da doença para atingir até a
meta estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) de zero infecções e zero óbitos pela Aids.
Após a fase de testagem, ao descobrir quem está infectado, o governo pode atuar em duas frentes: evitar a morte e reduzir a
possibilidade de que outra pessoa seja contaminada, consequências diretas do acesso ao tratamento. "Existe uma enorme
vantagem em conhecer o diagnóstico positivo. É possível tratar a doença na hora certa e fica embutido o risco quase zero de
transmitir o vírus à alguém. Quanto mais diagnósticos forem feitos, maior a chance de fazermos uma diferença tremenda no
número de casos no país", destaca o diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e
Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.
De acordo com Greco, ter conhecimento sobre o vírus também é uma maneira de prevenir. "E só com prevenção é possível
conter as infecções", ressalta. A dificuldade, no entanto, está em fazer com que as pessoas façam o exame. "Não adianta ter o
teste se as pessoas não fazem", lamenta. O coordenador da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, destacou na última quarta-feira,
durante a divulgação do Relatório Global 2012 da ONU, que só com o diagnóstico é possível alcançar o controle da doença.
Segundo ele, até 2015, o acesso ao tratamento será universal e a chance de se eliminar totalmente a contaminação vertical, da
mãe para o bebê, é real, pois ela pode ser evitada com o acesso aos medicamentos.
O infectologista e primeiro secretário da Sociedade Brasileira de Infectologia, Aluisio Augusto Segurado, alerta que não dá para
se esquecer que algumas pessoas não buscam saber a sorologia por causa do preconceito. Para ele, paralelamente ao
número de testagens, é preciso trabalhar no treinamento dos profissionais que realizam o exame. "Uma vez dando negativo,
esse momento pode servir para reforçar os mecanismos de prevenção, como o uso da Camisinha. Se positivo, o profissional
deve ser acolheador o suficiente para que o paciente saia com uma consulta marcada em um centro especializado para avaliar
o grau de imunidade", pontua.
CORREIO BRAZILIENSE - DF | BRASIL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
Coquetel emergencial no SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece um coquetel de medicamentos capaz de reduzir em até 90% a probabilidade de
contaminação pelo vírus HIV em casos de acidente de trabalho, exposição ocasional ao vírus ou quando a Camisinha se
rompe com casais em que apenas um dos parceiros é portador. O programa de profilaxia pós-exposição pode ser utilizado
entre três e 72 horas após o possível contato com o HIV. Só no ano passado, 3,6 mil atendimentos de profilaxia foram
realizados somente no estado de São Paulo. Desses, 57% foram realizados em profissionais de saúde expostos ao risco de
infecção, 20,5% foram em casos de violência sexual e 6,7% por casais sorodiscordantes. De acordo com o diretor do
Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu
Greco, a política da profilaxia vem sendo adotada para diminuir a possibilidade de infecção em situações de urgência, quando
já se sabe que há a presença do vírus ou a possibilidade, como nos casos de violência sexual, onde a sorologia do agressor é
desconhecida. Porém, Greco ressalta que a indicação é apenas para excepcionalidades, pois o coquetel não é oferecido em
casos recorrentes de relações desprotegidas. Para receber o medicamento, a pessoa deve recorrer ao Serviço de Atendimento
Especializado (SAE). (GC)
O ESTADO DE S. PAULO - SP | CADERNO 2
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
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Rejeição, não (Direto da fonte)
Boa notícia para quem precisa de transplante de rim. O Ministério da Saúde liberou R$ 10 milhões para compra de
imunoglobulina. O medicamento, usado em caso de rejeição do órgão, será disponibilizado pelo governo.
Os pacientes também poderão fazer exame, pelo SUS, para checar se há esse risco após a cirurgia - o que costuma ocorrer
em até 30% dos casos.
Em 2011, houve mais de 23 mil transplantes no País, sendo quase 5 mil de rim.
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FOLHA DE S. PAULO - SP | ILUSTRADA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
20/07/2012
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Mãe e filha encenam tributo à nouvelle vague
CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA
Com Catherine Deneuve e Chiara Mastroianni, filme de Christophe Honoré repisa fórmula de "Canções de Amor"
Crítica Musical
Existem cineastas que filmam no presente ignorando o passado. Outros filmam no passado como se viver no presente não
fizesse diferença. O francês Christophe Honoré adora dirigir com o olho no retrovisor mirando um tempo que só viveu no
cinema.
Com "Bem-Amadas", Honoré, nascido em 1970, constrói um épico romanesco que poderia também se intitular "Os Amores de
Umas Loiras", em homenagem ao trabalho de Milos Forman ao qual o filme presta reverência pondo o diretor tcheco no elenco.
Eterna estrela, apesar das faces alteradas e da voz sem brilho, Catherine Deneuve serve de condutora da história, que começa
em 1964 e chega aos dias de hoje.
Como cineasta nostálgico, Honoré filma com maior inspiração e alegria quando mimetiza o olhar de diretores de um passado
que cultua. Mais uma vez ele reivindica, sempre com intenso charme, a filiação à nouvelle vague, espécie de juventude mítica
para o cinema de hoje.
Madeleine, a loira mãe, começa como uma vendedora de sapatos saída de "Beijos Roubados", de Truffaut, e logo vive
peripécias românticas semelhantes às de Geneviève, personagem de Deneuve em "Os Guarda-Chuvas do Amor", de Jacques
Demy.
Nos anos 1990, o fio condutor passa a ser Vera, a loira filha, interpretada por Chiara Mastroianni, de quem Deneuve é mãe de
fato, o que reafirma na tela o jogo de filiações que Honoré tanto reivindica.
Em torno dessas loiras, cada amante representa um tipo de homem conforme a época (o canalha, o egocêntrico, o gay),
enquanto os momentos críticos (a Primavera de Praga, a emergência da Aids, o 11 de Setembro) agregam um fundo histórico.
Como já havia feito com melhores resultados, Honoré incorpora canções de Alex
Beaupain à trama, numa mistura de pop meloso e gracioso que pode agradar ou irritar.
Ao retomar o mesmo princípio utilizado em "Canções de Amor", "Bem-Amadas" impõe comparações em que sai perdendo.
Enquanto o filme de 2007 se organizava por uma economia perfeita entre situações e canções, no de agora falta equilíbrio e
mais de uma vez as partes musicais soam enfadonhas. Mas não é só.
A ambição de abarcar tantos momentos também provoca mais de uma turbulência no percurso, e a duração excessiva (139
minutos) deixa a mesma sensação dos doces com excesso de açúcar.
BEM-AMADAS
DIREÇÃO Christophe Honoré
PRODUÇÃO França, 2011
ONDE The Square Granja Vianna, Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca e Reserva Cultural
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO bom
FOLHA DE S. PAULO - SP | ILUSTRADA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
Imagem 1
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Busca por histórias percorreu 5.000 km
DO ENVIADO ESPECIAL A SERGIPE
Circo de Sergipe que foi palco para Reginaldo Rossi no início da carreira virou locação para o documentário
Além dos personagens, filme traz entrevistas com artistas do gênero: Nelson Ned, Wando e Lindomar Castilho
Divulgação Casal gay dança em cena de “Vou Rifar Meu Coração”
Conhecido pelos sucessos "Garçom" e "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme", o cantor Reginaldo Rossi começou sua carreira
nos anos 1960 cantando em circos no interior do país. Um deles, o Águia Azul, acabou virando locação do documentário "Vou
Rifar Meu Coração".
"A nossa família já está na quinta geração de artistas de circo. Tudo começou quando meu pai fundou o Águia Azul. E a lona
de circo sempre serviu como palco para esses artistas que, naquela época, não tinham onde se apresentar", disse Paulo da
Silva.
O projeto do documentário surgiu há dez anos, pensado como dois longas: um justamente sobre Reginaldo Rossi e o outro
sobre a Sexualidade no interior do Nordeste a partir da música brega.
Ao longo do tempo, o projeto se transformou em apenas um longa de 76 minutos sobre música brega. A pesquisa por
personagens começou em junho de 2010.
Foram percorridos mais de 5.000 quilômetros pelo interior de Sergipe e Alagoas, ao longo de cinco meses.
"Para fazer o filme, me afastei da crítica musical ou da história da música. Dizem que o brega sempre esteve de fora da história
oficial da MPB, mas eu não quis falar disso, e sim do substrato dessas músicas", afirmou Ana Rieper, pouco antes da exibição
do filme em Canindé do São Francisco (SE).
Ainda assim, os depoimentos de artistas como Odair José e Agnaldo Timóteo falam do preconceito sofrido pela música brega,
ou romântica, como alguns deles a rotulam.
"Por que é chamada de brega? Só porque não foi gravada pelo Chico Buarque?", questiona Timóteo, em um trecho do
documentário.
"A "dor de corno" que o médico sofre é a mesma que o pedreiro sofre. A diferença é que o médico vai chorar em uma mansão
e o pedreiro vai chorar em um barraco", argumenta Odair José.
FESTIVAIS
Em sua exibição no Brasil e no exterior, "Vou Rifar Meu Coração" foi aplaudido em eventos como o Festival de Brasília, a
Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e o Guadalajara Film Festival, no México.
Em junho, o filme venceu a competição brasileira do festival In-Edit Brasil. O longa também foi premiado no Uruguai e em
Goiás.
A cineasta negocia agora uma adaptação do filme (que rendeu 100 horas de material bruto) para a televisão.
Geógrafa, Ana Rieper começou sua carreira no audiovisual há dez anos, quando trabalhou em um projeto social em Sergipe.
Foi lá que a sua paixão pela música brega nasceu.
LINDOMAR
A participação no filme de Lindomar Castilho, estrela do gênero nos anos 1970 e autor da faixa que batiza o longa, foi alvo de
polêmica durante o Festival de Brasília de 2011.
Em 1981, Castilho matou a mulher, Eliane de Grammont, e acabou condenado a 12 anos de prisão pelo crime (foi solto em
1988). Rieper recebeu críticas por não abordar o episódio no documentário.
"O filme não precisava ser mais um algoz para ele. O que houve em Brasília foi apenas uma reação de setores da esquerda",
afirmou Rieper. Lindomar só daria entrevista se o episódio não fosse mencionado.
FOLHA DE S. PAULO - SP | ILUSTRADA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
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Pé na bunda pé na estrada
MATHEUS MAGENTA
ENVIADO ESPECIAL A SERGIPE
Cineasta volta a locações para exibir "Vou Rifar Meu Coração", longa sobre a trilha sonora da "dor de corno"
Após 14 anos de relacionamento, a agricultora Maria Almeida Roma, 40, se viu abandonada pelo companheiro e, de repente,
precisou aprender a viver sozinha.
Hoje, diz que a desilusão amorosa abriu uma ferida que teima em não fechar e que, apesar de seus sorrisos, é só tristeza por
dentro.
"Começo a ouvir música brega em casa assim que meus filhos saem pra escola. Todas essas músicas de Amado Batista,
Odair José... falam de um pedaço da minha vida. Às vezes, parece que foram escritas para mim", diz.
Ela é uma das personagens de "Vou Rifar Meu Coração", documentário de Ana Rieper que fala da música brega (ou
romântica) por meio de seus artistas e das relações afetivas que pessoas comuns estabelecem com as canções. O filme
estreia em 3 de agosto.
Disposta a exibi-lo para seus personagens, como Maria Almeida Roma, nas próprias locações do longa, a cineasta viajou pelo
interior de Sergipe com um telão, um projetor e uma cópia do filme -como a Caravana Rolidei de "Bye, Bye, Brasil" (1980), filme
de Cacá Diegues.
A maioria das quase 400 pessoas presentes nas exibições públicas, realizadas em quatro cidades no mês passado, nunca foi
ao cinema.
"É incrível ver um filme assim, no escuro, com uma imagem grande dessa", relatou Inês Santos, 53, que assistiu ao filme de
pé, em um circo lotado de Moita Bonita (SE).
Faltou assento no Águia Azul, circo que foi locação do filme por ter um cover de Amado Batista como atração. Adolescentes se
espremiam na arquibancada montada com tábuas soltas de madeira, deixando para os adultos apenas cadeiras de plástico.
Os relatos ligados a temas comuns da música brega, como traição ou "dor de corno", Prostituição e coração partido,
provocaram uma reação instantânea do público.
"Deslizes" ("Não sei por que insisto tanto em te querer/ Se você sempre faz de mim o que bem quer") foi cantada quase que
num "dueto virtual" com Fagner.
Houve também identificação com personagens. Foi o caso de Simone da Silva, 27, que se relaciona com um homem casado.
"Mas não é por isso que vou deixar de amá-lo. Sou muito amada e feliz, como pessoas do filme."
FOLHA DE S. PAULO - SP | TENDÊNCIAS/DEBATES
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
20/07/2012
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Segurança em unidades de saúde (Artigo)
TENDÊNCIAS/DEBATES
Falhas recentes deixaram uma criança cega, uma morta. É fácil culpar plantonistas, mas não há no SUS hábitos como
checklists. Estudantes já aprendem errado
Rubens Belfort Jr.
Recentemente, em São Paulo, um recém-nascido foi mais uma vítima da falta de segurança hospitalar.
A instilação ocular de nitrato de prata a 1%, para evitar infecção causada pela gonorreia, foi trocada por solução muito mais
forte, causando cegueira irreversível.
Meses atrás, uma criança morreu porque injetaram leite na cânula de infusão endovenosa. Na última semana, um paciente de
88 anos recebeu um pino na perna errada.
Com absurda frequência, pacientes morrem, sofrem lesões sérias e são violentados em unidades de saúde pela falta de
segurança. A responsabilidade vai muito além de quem prepara ou aplica o medicamento e do gestor imediato.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, todo ano milhões de pacientes sofrem danos incapacitantes ou morrem pela falta
de segurança ao paciente, que também acarreta grandes gastos. No Brasil, a situação vai seguir piorando se não tomarmos
medidas efetivas.
As mortes assim são quase sempre silenciosas e muitas nem reconhecidas, mas milhares de vezes mais frequentes que as
causadas pelos ruidosos acidentes aéreos.
Existem protocolos e sistemas de segurança que minimizam os riscos. Ao contrário do grande número de hospitais privados
que até por marketing procuram essas certificações de segurança e eficiência, raríssimos são os hospitais públicos que as tem.
Por que não se tornam obrigatórias? Não seria ótimo um prefeito ou governador em fim de mandato apresentar o número de
hospitais acreditados por organismos independentes em segurança e eficiência?
A ONA (Organização Nacional de Acreditação) é uma das entidades nacionais que desenvolvem um sistema de certificação de
segurança. Há também certificações internacionais, como a americana, através da Joint Comission, e a canadense, oferecida
pelo Canadian Council for Health Services Accreditation.
Hospitais administrados pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) em Taboão da Serra (Hospital
Geral de Pirajussara) e Diadema (Hospital Estadual de Diadema) têm o selo de certificação de excelência no atendimento ONA
3 (nível máximo) e foram os primeiros hospitais do SUS a terem também a certificação canadense. O Hospital de Transplantes
de São Paulo vai no mesmo caminho. Mas eles são exceções bastante raras, pouquíssimos hospitais públicos seguem o seu
exemplo.
Os governantes sabem disso e fogem do SUS, indo aos bunkers da saúde privada. Por que nenhum deles se interna em
hospitais públicos?
Continuamos a viver esse caos também nos hospitais de ensino. Neles, cada vez mais sucateados, estudantes de medicina e
enfermagem se formam e terminam aprendendo errado, em ambientes onde a segurança dos pacientes não é devidamente
priorizada.
As manchetes e mortes são só consequência. Punir o plantonista é o mais fácil, perverso e inócuo.
Procedimentos de diferentes níveis de complexidade podem tornar hospitais mais seguros. Existem muitas práticas de
segurança validadas internacionalmente sem custo financeiro algum.
Podemos citar a identificação eficaz de todos dentro do hospital, o controle rigoroso da calibração e manutenção dos
equipamentos médicos, a dupla checagem de medicações perigosas, a garantia de normas sanitárias e o controle de
infecções.
O checklist é uma prática simples, praticamente sem custo, que segundo a OMS chega a diminuir em um terço os erros
cirúrgicos.
A implantação obrigatória da acreditação e de um bom programa de segurança do paciente diminuiria a negligência do
sistema.
Aquela criança, agora cega por toda a vida, poderia ter enxergado normalmente. Muitos pacientes poderiam estar vivos, sem
sofrimento e também com grande economia. É importante enxergar -e enxergar o que precisa ser feito.
FOLHA DE S. PAULO - SP | OPINIÃO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
20/07/2012
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Vitórias contra a Aids (Editorial)
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Editoriais
A oferta de tratamento contra a Aids poderá ser universalizada em todo o mundo até 2015.
A informação consta de relatório da Unaids, agência criada pela ONU para combater o HIV. O documento afirma ainda que,
nos próximos três anos, será possível zerar a transmissão vertical do vírus, que ocorre da mãe para o bebê.
Para a expectativa se confirmar, países de renda média e baixa terão de dobrar a oferta de Antirretrovirais. Segundo a
Unaids, nessas nações há 15 milhões de pessoas que demandam tratamento, mas apenas 8 milhões são medicadas.
Apesar da disparidade, a agência mantém-se otimista, apoiada no avanço verificado de 2010 para 2011, quando o número de
pessoas tratadas aumentou 21%.
Ainda assim, no ano passado, 34,2 milhões viviam com o vírus no mundo -e 1,7 milhão morreram por causa da doença.
Universalizar o acesso a drogas anti-HIV é indispensável para preservar essas vidas, ceifadas desigualmente ao redor do
globo. No Oriente Médio e no norte da África, por exemplo, apenas 13% da população-alvo recebe medicamentos.
A luta contra a Aids, é evidente, não pode se restringir à garantia do direito ao tratamento. É preciso incrementar as ações
preventivas.
Felizmente, há boas notícias também no campo da profilaxia. Nos últimos anos, têm sido colhidas evidências de que
Antirretrovirais podem ser usados para evitar a infecção pelo HIV.
O governo norte-americano já autorizou a distribuição de um medicamento a ser usado antes da exposição ao vírus. A nova
pílula, por enquanto, é indicada apenas para grupos de risco -e não aposenta a Camisinha como principal medida de
proteção. Tal linha de pesquisa, porém, é considerada promissora.
Quanto ao Brasil, modelo de universalização do acesso ao tratamento, não tem conseguido progredir na prevenção. Nos
últimos 12 anos, a taxa de incidência da doença ficou estabilizada no país. Em 2010, foram 34.218 novos casos.
Para vencer a batalha profilática, um dos passos é ampliar os diagnósticos. Estima-se que cerca de 250 mil pessoas estejam
contaminadas no Brasil sem que elas próprias saibam disso. Outro, mais complexo e auspicioso, envolve investimento em
pesquisa.
JORNAL DE BRASILIA - DF | BRASIL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
20/07/2012
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O que é o glaucoma do ângulo aberto? J.M.F. (E então, doutor?)
É o tipo mais comum de glaucoma, doença causada principalmente pela elevação da pressão intraocular, o que provoca
lesões no nervo ótico e compromete a visão. O glaucoma crônico simples ou glaucoma de ângulo aberto representa cerca de
80% dos casos. A maior parte dos pacientes tem mais de 40 anos. Quando começa a se desenvolver, a doença não apresenta
sintomas aparentes. Mas com o exame do fundo de olho é possível chegar ao diagnóstico. Se for detectado esse tipo de
glaucoma, serão adotados mecanismos de controle por meio de colírios, medicação ou cirurgia. Vale ressaltar tratamento
inadequado ou falta de tratamento podem levar à cegueira.
Como fazer para reduzir os gases intestinais? M.
Os gases intestinais são formados pela fermentação de alimentos acumulados no intestino. Além de causar desconforto
porque provocam distensão abdominal, eles podem trazer constrangimentos, dependendo da circunstância. A melhor forma de
reduzi-los é ter uma alimentação balanceada. Prefira alimentos ricos em fibras e beba bastante líquido, pois isso facilita o
trânsito intestinal. Evite misturar carboidratos, como arroz e batata, por exemplo, pois algumas pessoas produzem mais gases
quando há essa combinação. Pratique exercícios físicos regularmente para estimular os movimentos intestinais.
Raio-X: Pílulas
Boa notícia: dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que o mundo poderá atingir duas metas
propostas para 2015: universalizar o tratamento contra a Aids e zerar a transmissão do vírus HIV entre a mãe e o bebê. A
constatação se deve à evolução no tratamento da doença em todo o mundo;
Uma equipe internacional de pesquisadores pode ter dado um passo importante para bloquear o processo pelo qual o câncer
se espalha pelo organismo (metástase). Eles demonstraram que uma espécie de bolha microscópica, é capaz de carregar as
sementes de um novo tumor para partes distantes do corpo. Com o bloqueio dessa "bolha", novos casos poderiam ser
evitados;
Pesquisadores do Reino Unido concluíram que a falta de atividade física pode ser considerada uma pandemia e é tão grave
que diminui a expectativa de vida da mesma forma que o tabagismo e a obesidade. No Brasil, 49% da população adulta não
pratica atividades físicas, e o estilo de vida sedentário é responsável por 13% das mortes por infarto, diabetes e câncer de
mama e do intestino.
JORNAL DE BRASILIA - DF | BRASIL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
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Mais 15 mortes na Região Sul
Boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina aponta que o vírus H1N1 causou mais dez
mortes - elevando a 62 óbitos neste ano - e há 685 casos diagnosticados. O estado segue com o maior número de mortes pela
gripe suína em 2012.
Entre as vítimas, apenas uma não apresentava outras doenças associadas e duas tinham mais de 65 anos. O relatório não
informa se os pacientes estavam vacinados.
Já no Rio Grande do Sul, subiu de 33 para 38 o número de óbitos, informou a Secretaria da Saúde. Segundo o governo, 33
vítimas não tinham sido vacinadas.
Metade dos mortos tinha entre 42 e 59 anos. Na lista há uma gestante e seis idosos, grupo entre os considerados de maior
risco. A Secretaria da Saúde anunciou que mais 200 mil doses de vacina doença devem ser enviadas ao estado.
Com esses novos lotes, o total imunizado deve chegar a três milhões (28% dos habitantes).
No Paraná, com 27 mortes confirmadas, um novo lote de vacinas deve chegar na semana que vem. No sábado, o estado havia
recebido 200 mil doses, direcionadas a crianças com idades entre dois e cinco anos, pessoas com deficiência, funcionários de
creches e asilos.
JORNAL DE BRASILIA - DF | CIDADES
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
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Autorização digital
Formulário deve facilitar os procedimentos e ampliar o aproveitamento
Da Redação, com agências
Já está disponível no site da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) o formulário para autorização de doação de
órgãos. Intitulado Autorização Digital, o documento deve facilitar os procedimentos e ampliar o aproveitamento de órgãos em
pacientes com morte cerebral. Até então, o formulário, que deve ser preenchido e assinado por familiar do paciente, precisava
ser retirado na Central de Transplantes da SES.
"Agora, o parente de paciente com morte cerebral vai poder tirar o formulário na internet (www.sau-de.df.gov.br), estando em
qualquer parte do mundo, preencher e enviar, também pela internet ou por fax, agilizando o transplante de órgãos", disse o
secretário de Saúde, Rafael Barbosa.
O Distrito Federal é o primeiro colocado no ranking de nacional em transplantes de coração e o segundo no transplante de
córneas. A medida deve melhorar ainda mais os índices. No primeiro trimestre, 60 pessoas com morte cerebral foram
consideradas potenciais doadoras, mas apenas 14 puderam doar os órgãos. Em alguns casos, há dificuldades em localizar a
família a tempo para autorizar a doação.
ESPERA
De janeiro a julho deste ano foram realizados 305 transplantes na rede local - 68% eram de órgãos captados de doadores da
capital. Os 32% restantes vieram de estados como Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro .
Para se ter uma ideia, nos seis primeiros meses do ano passado, apenas 126 transplantes foram efetuados, entre quatro
transplantes de coração, 110 de córneas e 12 rins. As cirurgias de fígado começaram somente este ano, já totalizando 18
transplantes desde janeiro. Até 1º de julho, 11 corações, 56 rins e 220 córneas foram transplantados. Em comparação com
2011, foi um claro progresso na quantidade de operações .
No entanto, apesar do aumento do número de cirurgias, a rede pública de saúde do Distrito Federal ainda tem 893 pacientes
em fila de espera por transplantes.
Segundo estimativa do Programa de Transplantes do Instituto de Cardiologia do DF, o número de doações na rede como um
todo, em relação ao ano passado, aumentou pelo menos 300%.
Cenário positivo
Na avaliação do Instituto de Cardiologia, o crescimento do programa de transplantes - que está fazendo mais captações a
distância -, além de a população estar mais consciente quanto às doações, poderá tornar Brasília uma referência. E a
expectativa para este ano é fazer até seis vezes mais transplantes que em 2010.
Até o momento, os números comprovam que a quantidade de doadores efetivos no DF para transplante é a terceira maior do
País. Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (Abto). O índice é de 21,8 doadores para cada milhão
de habitantes, enquanto que o registrado no País é de 13,1.
Somente Santa Catarina e São Paulo ficaram à frente do DF, registrando 26,9 e 22,2, respectivamente. A média nacional
estipulada pelo Ministério da Saúde neste ano é de 11,4 doadores por milhão de população (PMP), o que já fez a capital
ultrapassar a meta fixada em 2015, que era de 15 doadores por milhão.
INTEGRAÇÃO
Segundo informações da Central de Transplantes do DF, um dos principais fatores que contribuíram com o aumento de
transplantes no DF foi a maior integração de instituições como o Corpo de Bombeiros, Força Aérea Brasileira (FAB), Ministério
da Saúde e Secretaria de Saúde. Com isso, foi possível conseguir em um tempo menor mais órgãos, vindos de vários estados.
Os transplantes de rim e córnea são os mais requisitados - neste ano são 493 e 371 pacientes na fila de espera,
respectivamente.
SAIBA +
Atualmente, o DF realiza transplantes de córnea, rim, fígado, coração, válvula cardíaca, osso e medula. Uma equipe
especializada avalia se o paciente tem condições de receber o órgão, e depois de uma análise dos responsáveis pelo paciente,
o inscrevem na lista de espera.
Os procedimentos podem ser feitos no Hospital de Base do DF, Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital Brasília,
Hospital Santa Lúcia, além do Instituto de Cardiologia do DF e em clínicas particulares credenciadas na Secretaria de Saúde.
JORNAL DE BRASILIA - DF | CIDADES
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
Imagem 1
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Resultado de maus hábitos
No DF, maioria dos pacientes é homem, fumante, hipertenso e sedentário
Kamila Farias
Os brasilienses estão precisando se cuidar mais. Os maus hábitos podem levar a doenças perigosas, inclusive causar infarto e
até a morte. Mais de 75% das pessoas que sofreram ataque cardíaco no Distrito Federal são homens, 53% são hipertensos,
40% tabagistas, 51% sedentários e 51% têm síndrome metabólica, que é uma combinação de obesidade, pressão e glicose
altas. Os dados são da pesquisa Brazilian Heart Study, parceria entre o Hospital de Base e o laboratório Exame. Mais de 800
pacientes são acompanhados pelo grupo.
De acordo com a Secretaria de Saúde, foram 489 óbitos em 2011 devido ao infarto agudo do miocárdio. E, no Brasil, esse
número chega a cem mil. Por isso, o grupo de estudo do DF traçou o perfil do infartado para identificar a melhor maneira de
tratamento.
Segundo o cardiologista José Carlos Quinaglia, o objetivo é entender a população e seus fatores de risco. "Assim, poderemos
estabelecer uma terapêutica direcionada. Com o estudo, foi possível conhecer uma série de fatores e identificar os principais
pontos e os riscos", afirma. O estudo é o primeiro da América Latina, diz a organização do trabalho.
Além do perfil dos infartados, a pesquisa identificou que no DF, as mulheres têm sofrido mais cedo com o problema. Por aqui,
a idade média dos homens é de 60 anos e das mulheres é de 62, enquanto a média estabelecida é de 69 anos. Ou seja, as
mulheres estão infartando sete anos mais cedo.
"Isso ocorre pela falta de prevenção ou de um tratamento precoce. A mulher é subdiagnosticada, pois historicamente ela tinha
menos infartos. Por causa disso, muitos médicos não dão importância às dores femininas. Identificamos que a mulher tem
sintomas diferentes", diz.
SINTOMAS
Os sinais mais comuns do infarto nos homens, além da dor no peito, são falta de ar, suor excessivo, dores abdominais e
náuseas. Nas mulheres, são dores nas costas, no pescoço e no queixo, cansaço, indigestão e enxaqueca. Com os sintomas
identificados, Quinaglia afirma que se torna possível estabelecer programas de prevenção.
"Boa parte da população do DF tem sobrepeso, o que também influencia muito. Ainda é necessário ter uma alimentação
saudável, não fumar, praticar atividade física e evitar o estresse. Tudo para evitar ter o infarto, pois após o problema, a
prevenção já começa a ser mais rigorosa, em nível de hospital, com medicações e controle", alerta.
A diretora-médica do Exame, Adília Segura, afirma que os infartados recebem acompanhamento da equipe por dois anos e
fazem check-up a cada três meses. Segundo ela, só desta maneira é possível identificar a evolução do problema.
"Até a dosagem do medicamento prescrito pode ser alterada após a avaliação do estudo. Graças aos bons resultados, iremos
inaugurar a Unidade Coronária no Hospital de Base para podermos ter um espaço para os pacientes da pesquisa, e os
pacientes vão se sentir ainda mais valorizados. Com isso, poderemos mostrar que pela primeira vez, o serviço público e seus
parceiros podem publicar um projeto de nível internacional", defende.
Mudança de vida
O aposentado Sebastião Paulo tem 62 anos e há um ano teve um infarto. Antes disso, ele achava que tinha uma vida
saudável, mas percebeu que seus hábitos estavam errados ao se deparar com uma dor muito forte no peito. "Alimentava-me
mal, mas fazia caminhadas e achava que estava tudo certo. Até que um dia eu comecei a suar muito e ter dores no peito e no
braço. Decidi ir ao médico e ele acusou o infarto. Fui transferido para o Hospital de Base para fazer cirurgia", lembra.
Washington Sidney, 58 anos, teve o mesmo problema há três anos. Sua vida mudou após o infarto. "Eu era fumante, bebia
muito, tinha uma alimentação ruim e era sedentário. Como prezo pela minha vida, não bebo nem fumo há três anos, como
frutas e saladas e ainda vou para academia. Não ia ao médico e me estressava muito. Foi uma série de fatores, incluindo
esses maus hábitos, que me levaram para a mesa de cirurgia", conta o jornalista. Ele acredita que o fato de seu pai e seu avô
terem morrido de problemas do coração também tenha influenciado.
Prevenção é fundamental
Dos cerca de um milhão de óbitos registrados no Brasil, 30% são relacionados a doenças do coração. Desses 300 mil, cem mil
são por infarto, segundo a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Por isso, para
conscientizar a população, a SBHCI lançou a campanha Coração Alerta.
"O Brasil tem grande incidência de mortalidade devido ao infarto. Então, a campanha visa esclarecer sobre a prevenção,
diagnóstico e tratamento. Se os pacientes forem tratados de forma correta, a incidência de morte diminui drasticamente",
afirma o presidente da SBHCI, Marcelo Queiroga. A campanha é realizada junto a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Segundo ele, o diagnóstico precoce é fundamental. Por isso, ao sentir algum sintoma característico, como suor excessivo e dor
no peito, deve-se procurar um médico com urgência. "Um infarto tem que ser tratado com até seis horas depois de ocorrido.
Assim os resultados são expressivos. De seis a 12 horas, a qualidade do resultado reduz um pouco e após 12 horas, o
benefício é quase nenhum", explica o profissional. Segundo Queiroga, 30% dos infartados morrem antes de chegar ao hospital.
Ele ainda alerta que o melhor remédio é a prevenção. "O infarto pode acontecer com qualquer um, não tem idade nem gênero.
Ele não tem uma causa especifica, sabemos apenas que existem fatores que influenciam. Por isso, é necessário procurar
médico com frequência e sempre fazer check-up", indica.
JORNAL DE BRASILIA - DF | OPINIÃO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012
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Mulher moderna (Artigo)
Janine Brito
Empresária e vice-presidente do Sindiatacadista do Distrito Federal
Desde o início da história da humanidade, os homens dominaram o mundo, tendo em conta a força física característica do
gênero. O homem foi provedor, caçador, aquele que fornecia o alimento à família ou à comunidade e dava segurança ao seu
clã. A mulher estava a maior parte do tempo grávida, amamentando ou dedicando-se à criação dos filhos e aos cuidados com
o companheiro.
Com a evolução intelectual, ideológica e até mesmo tecnológica, começamos a conviver - já há alguns anos - com o período de
libertação feminina. Avaliando o século passado, podemos observar algumas das maiores realizações femininas. Aos poucos o
homem passou a reconhecer e respeitar a força da mulher em várias manifestações, inclusive no mercado de trabalho.
É claro que nem tudo são flores. Mesmo com esse reconhecimento, existem ainda os preconceitos, diferenças salariais e
outros problemas que devem ser resolvidos com as lutas cotidianas. No entanto, a mulher de antes já conquistou direitos
importantes, como poder estudar, votar, igualdade de direitos, trabalhar, pensar, determinar seu destino, gozar da sua
Sexualidade, julgar e tomar decisões sobre sua vida e seu caminho.
A mulher do século XXI -provedora , independente e profissional - tornou-se também empreendedora e governante. Elas
podem decidir o destino não só de sua vida e de sua família, mas também o futuro de uma comunidade ou até mesmo de uma
nação.
Essas mudanças criaram uma reviravolta mundial. Os padrões familiares mudaram, os conceitos de capacidade produtiva e
intelectual também. O poder político e econômico está alternando de mãos e já se exige da mulher o mesmo potencial
financeiro do homem.
Para as mulheres, uma sobrecarga de tarefas e responsabilidades; para o homem, um grande desafio interior. E agora, será
que a mulher chegou ao seu ápice? Será que tudo isso a tornou mais feliz? Certamente ainda haverá um longo caminho pela
frente.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
19/07/2012
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Operação policial nos Estados Unidos prejudica a prevenção ao HIV
As polícias de Nova Iorque, Los Angeles, Washington e São Francisco estão confiscando Preservativos de profissionais do
sexo e Transexuais, minando as campanhas de prevenção ao HIV, informou a organização Human Rights Watch em um
relatório divulgado hoje.
O documento de 112 páginas intitulado "Profissionais do sexo em risco: Preservativos como evidência de Prostituição em
quatro cidades norte-americanas" relatou em cada cidade como a polícia e os promotores públicos utilizam os Preservativos
para sustentar as acusações de Prostituição. A prática faz com que essas pessoas tenham receio de portar Camisinhas com
medo de serem presas, o que as leva a fazer sexo sem proteção e as coloca em risco de transmitir e contrair HIV e outras
doenças.
O relatório foi divulgado às vésperas da 19ª Conferência Internacional de Aids que começa no próximo dia 22 de julho em
Washington. A resposta dos Estados Unidos à pandemia estará em destaque para 20 mil delegados vindos de todas as partes
do mundo. As cidades investigadas no estudo estão entre aquelas com maior incidência de HIV/Aids nos EUA, somando mais
de 200 mil pessoas infectadas.
"As profissionais do sexo em cada cidade nos perguntaram quantas Camisinhas poderiam portar para estar dentro da lei",
disse Megan McLemore, pesquisadora de saúde sênior da Human Rights Watch. "Uma mulher em Los Angeles nos contou que
tinha medo de carregar Preservativos com ela e que, algumas vezes, tinha que usar uma sacola de plástico com os clientes
no lugar da Camisinha para se proteger do HIV".
A Human Rights Watch entrevistou para o relatório mais de 300 pessoas, incluindo atuais e ex-profissionais do sexo, assim
como agentes de prevenção, advogados, promotores, defensores públicos, policiais e oficiais do departamento de saúde.
O relatório inclui testemunhos de profissionais do sexo e Transexuais que disseram sofrer assédio, ameaças e prisões por
parte da polícia simplesmente por portarem Camisinhas. Em Nova Iorque, Los Angeles e São Francisco, os promotores
introduziram os Preservativos como evidências nos julgamentos, pedindo para a corte considerá-los indicadores de atividade
criminosa. Para imigrantes, a prisão por Prostituição pode significar detenção ou deportação dos Estados Unidos.
O governo norte-americano fornece milhões de dólares a cada uma dessas cidades para prevenir o HIV entre os grupos mais
vulneráveis, inclusive profissionais do sexo e Transexuais. Ainda assim, esses grupos declararam ao Human Rights Watch
que recusaram ofertas de Camisinhas feitas por agentes de prevenção. "Estas cidades distribuíram 50 milhões de
Camisinhas no ano passado", observou McLemore. "Mas a polícia está tirando esses insumos das mãos de quem mais
precisa deles."
A polícia e os promotores defenderam a utilização dos Preservativos como evidência, dizendo que a prática era necessária
para reforçar as leis anti-Prostituição e que os mesmos são uma ferramente para obter condenações de prostitutas, clientes e
aqueles envolvidos no tráfico do sexo.
Mas os esforços para o fortalecimento da lei não deveriam interferir nos direitos individuais, incluindo os das profissionais do
sexo, de proteger a saúde delas, reiterou a Human Rights Watch. Recentemente, uma lei que propunha que a utilização da
Camisinha como evidência fosse banida não foi aprovada pela câmara do Estado de Nova Iorque.
Barrar a utilização de tipos específicos de evidência em procedimentos criminais não é incomum quando há interesses públicos
envolvidos. Por exemplo, em cada cidade citada no relatório, existem agulhas descartáveis disponíveis para usuários de droga
com o objetivo de diminuir as infecções pelo HIV e pelo vírus da Hepatite C, e reforços da lei municipal e agentes de saúde
colaboram para garantir programas que consigam atingir aqueles grupos mais vulneráveis.
Também nessas cidades, profissionais do sexo descreveram comportamento abusivo e fora da lei por parte da polícia.
Algumas vezes, os policiais submetem as Transexuais a insultos vulgares, gozações e desrespeito. Em Nova Iorque e Los
Angeles, mulheres relataram que alguns policias exigiram sexo em troca da retirada das acusações. Poucas dessas mulheres
registram queixa, tanto por medo de abuso posterior quanto por falta de confiança de que as queixas serão encaradas com
justiça e integridade.
O relatório também conclama as lideranças locais, estaduais e federais a banir o uso de Preservativos como evidência de
Prostituição. Para a organização, o governo Obama destacou a necessidade de reduzir o HIV entre mulheres e adolescentes,
um objetivo que continua fora do alcance para muitas trabalhadoras do sexo e Transexuais.
"A Conferência de Aids é uma oportunidade perfeita para Washington e as outras cidades anunciarem a intenção de acabar
com a utilização de Preservativos como evidência de Prostituição", ressaltou McLemore. "Criminalizar a prevenção do HIV
mina os direitos humanos e coloca em perigo a saúde pública."
Redação Agência de Notícias da Aids
A cobertura internacional da Agência Aids em Washington tem apoio da mineradora Anglo American, do SENAC (Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial), Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa do Brasil), laboratório
MSD e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
19/07/2012
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ONG "Sonho Nosso" ganha o prêmio Inovações em Virologia 2012
A edição de 2012 do prêmio de Incentivo à Prevenção e ao Tratamento do HIV/ Aids e Hepatites Virais, organizado pela
Bristol-Myers Squibb, pela Sociedade Brasileira de Infectologia e pela Sociedade Brasileira de Hepatologia trouxe como
vencedora a organização Sonho Nosso, de Nova Guataporanga. O tema desse ano foi "Inovação: uma busca constante".
Mais de 39 projetos concorreram ao prêmio. A ONG atua desde 2003 junto à população em ações de educação e prevenção
às DST/Aids e Hepatites Virais. Desde 2009, trabalha com prevenção em áreas rurais, junto à trabalhadores da Região da
Alta Paulista. Jô Fonseca, participante da organização, conta que as atividades na região consistem em levar a informação de
maneira lúdica, utilizando exemplos do cotidiano para representar as fragilidades do conhecimento e possíveis soluções. Para
ela, as ações de Promoção e Prevenção da Saúde são de grande importância, "ainda mais para população interiorana, que
residem em regiões longínquas e com limitado acesso a informação e insumos. E no tocante as ações para população de
trabalhadores rurais, os fatores são potencializados pelos aspectos culturais de cunho machista e ortodoxos, o que os
vulnerabiliza ainda mais", diz.
"Preconizamos que os indivíduos precisam de informação sobre os cuidados com a saúde, os principais sinais e sintomas das
DST, métodos preventivos e orientação para testagem e procura de um serviço de saúde em caso de situação de exposição",
resume a ativista. A Sonho Nosso conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria da Saúde e
Centro de Referência de Treinamento de DST/Aids, do Ministério da Saúde, pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais.
O Prêmio tem como objetivo reconhecer ações, métodos e programas que agreguem valor para a prevenção e tratamento do
HIV/Aids e Hepatites Virais. Este prêmio é relativo a ações, métodos e programas em vigor durante o ano de 2011/2012, e é
direcionado às instituições de saúde - públicas ou privadas, ONGs e demais entidades que atuam no combate e prevenção do
HIV/Aids e Hepatites Virais
Dica de entrevista:
ONG Sonho Nosso
[email protected]
18 3856-1139
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
19/07/2012
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Setor de DST da Universidade Federal Fluminense organiza Ação Popular para a
vacinação contra HPV
O setor de DSTs da Universidade Federal Fluminense (UFF) está organizando uma Ação Popular para Vacinação contra HPV
a fim de ajudar o governo brasileiro a ampliar suas ações para melhorar a saúde de seus cidadãos. A ação é inspirada no caso
australiano.
No dia 12 de julho, o governo da Austrália anunciou que vai ampliar seu programa de vacinação contra HPV, passando a incluir
também meninos de 12 e 13 anos de idade. O programa será levado às escolas, fazendo parte do Programa Nacional de
Imunizações. Segundo os organizadores do levante brasileiro, o governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Saúde,
insiste em não cumprir um dos seus itens: "O Ministério da Saúde tem a função de oferecer condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde da população, reduzindo as enfermidades, controlando as doenças endêmicas e parasitárias
e melhorando a vigilância à saúde, dando, assim, mais qualidade de vida ao brasileiro".
Para participar da Ação Popular para Vacinação contra HPV basta assinar o abaixo assinado disponível neste link. Os
organizadores pedem ainda ajuda na captação de assinaturas.
Redação da Agência de Notícias da Aids
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
19/07/2012
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Imprensa destaca crítica do coordenador da Unaids no Brasil à campanha do carnaval
2012
Os jornais Folha de S. Paulo e O Globo destacaram a crítica do coordenador do Programa de Aids das Nações Unidas
(Unaids) no Brasil, Pedro Chequer, às medidas tomadas pelo governo brasileiro na campanha do carnaval contra a Aids,
originalmente focada na população homossexual. Na campanha, um dos vídeos produzidos, destinado aos homossexuais, foi
vetado da TV aberta.
Para o coordenador da Unaids, "essa foi melhor campanha que o Ministério já produziu voltado para a população mais
vulnerável. Direta, objetiva, mobilizadora, alegre", destacaram as publicações. As reportagens também pontuaram que, para
Chequer, o Brasil corre risco de retrocesso na mobilização social. Ontem, o diretor do departamento contra Aids do Ministério
da Saúde, Dirceu Greco, declarou que a "política brasileira continua caminhando no mesmo sentido".
Na mesma página, a Folha de S. Paulo destacou os principais pontos do relatório divulgado ontem pela Unaids, em que o Brasi
lse destaca por ajduar outros países no combate à Aids. O relatório aponta também que o tratamento pode se universalizar até
2015, bem como a transmissão vertical do HIV (entre mãe e filho). Saiba mais sobre o relatório aqui.
Redação da Agência de Notícias da Aids
O GLOBO ONLINE | MUNDO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
20/07/2012 05:08
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Técnico de laboratório é acusado de espalhar hepatite C em 30 pacientes nos EUA
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UOL | UOL NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
20/07/2012 04:32
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Nobel de Medicina diz que cura da aids está à vista
Washington, 20 - A virologista francesa Françoise Barre-Sinoussi, que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 2008 como
parte de uma equipe que descobriu o vírus da imunodeficiência humana (HIV), diz que a cura para a Aids está à vista, após o
anúncio das últimas descobertas.
Ela citou o caso de paciente de Berlim que parece ter sido curada por um transplante de medula óssea, "o que prova que
encontrar uma maneira de eliminar o vírus do corpo é realista".
Outras fontes de otimismo, segundo Barre-Sinoussi, são a pequena minoria de pacientes, menos de 0,3%, que não
apresentam sintomas da doenças mesmo sem nunca receber tratamento, e um pequeno grupo na França, que recebeu
medicamentos Antirretrovirais e agora vive sem tratamento ou sintomas da doença. "Há esperança ... mas não me pergunte
para uma data porque não sabemos."
A virologista também disse que seria possível "em princípio" eliminar a pandemia da Aids até 2050, se as barreiras ao acesso
a medicamentos forem eliminadas.
Aproximadamente 25 mil pessoas devem participar de uma manifestação no domingo, em Washington, para exigir uma ação
global mais firme contra a epidemia.
O número de mortes pela infecção está em queda em várias partes do mundo, enquanto o número de pessoas em tratamento
subiu 20% entre 2010 e 2011, alcançando 8 milhões de pessoas, a maioria nos países mais pobres.
Mais que 34 milhões de pessoas no mundo todo estão vivendo com o vírus HIV, e 30 milhões morreram de doenças
relacionadas à Aids desde a década de 80, quando a doença foi descoberta, de acordo com a Agência das Nações Unidas de
Luta contra a Aids (Unaids). As informações são da Dow Jones.
G1 | BRASIL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
20/07/2012 04:39
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Nobel de Medicina diz que cura da aids está à vista
A virologista francesa Françoise Barre-Sinoussi, que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 2008 como parte de uma equipe
que descobriu o vírus da imunodeficiência humana (HIV), diz que a cura para a Aids está à vista, após o anúncio das últimas
descobertas.
Ela citou o caso de paciente de Berlim que parece ter sido curada por um transplante de medula óssea, "o que prova que
encontrar uma maneira de eliminar o vírus do corpo é realista".
Outras fontes de otimismo, segundo Barre-Sinoussi, são a pequena minoria de pacientes, menos de 0,3%, que não
apresentam sintomas da doenças mesmo sem nunca receber tratamento, e um pequeno grupo na França, que recebeu
medicamentos Antirretrovirais e agora vive sem tratamento ou sintomas da doença. "Há esperança ... mas não me pergunte
para uma data porque não sabemos."
A virologista também disse que seria possível "em princípio" eliminar a pandemia da Aids até 2050, se as barreiras ao acesso
a medicamentos forem eliminadas.
Aproximadamente 25 mil pessoas devem participar de uma manifestação no domingo, em Washington, para exigir uma ação
global mais firme contra a epidemia.
O número de mortes pela infecção está em queda em várias partes do mundo, enquanto o número de pessoas em tratamento
subiu 20% entre 2010 e 2011, alcançando 8 milhões de pessoas, a maioria nos países mais pobres.
Mais que 34 milhões de pessoas no mundo todo estão vivendo com o vírus HIV, e 30 milhões morreram de doenças
relacionadas à Aids desde a década de 80, quando a doença foi descoberta, de acordo com a Agência das Nações Unidas de
Luta contra a Aids (Unaids). As informações são da Dow Jones.
FOLHA ONLINE | ILUSTRADA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
20/07/2012 05:19
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Crítica: Mãe e filha encenam tributo à nouvelle vague
Existem cineastas que filmam no presente ignorando o passado. Outros filmam no passado como se viver no presente não
fizesse diferença. O francês Christophe Honoré adora dirigir com o olho no retrovisor mirando um tempo que só viveu no
cinema.
Com "Bem-Amadas", Honoré, nascido em 1970, constrói um épico romanesco que poderia também se intitular "Os Amores de
Umas Loiras", em homenagem ao trabalho de Milos Forman ao qual o filme presta reverência pondo o diretor tcheco no elenco.
Eterna estrela, apesar das faces alteradas e da voz sem brilho, Catherine Deneuve serve de condutora da história, que começa
em 1964 e chega aos dias de hoje.
Como cineasta nostálgico, Honoré filma com maior inspiração e alegria quando mimetiza o olhar de diretores de um passado
que cultua. Mais uma vez ele reivindica, sempre com intenso charme, a filiação à nouvelle vague, espécie de juventude mítica
para o cinema de hoje.
Madeleine, a loira mãe, começa como uma vendedora de sapatos saída de "Beijos Roubados", de Truffaut, e logo vive
peripécias românticas semelhantes às de Geneviève, personagem de Deneuve em "Os Guarda-Chuvas do Amor", de Jacques
Demy.
Nos anos 1990, o fio condutor passa a ser Vera, a loira filha, interpretada por Chiara Mastroianni, de quem Deneuve é mãe de
fato, o que reafirma na tela o jogo de filiações que Honoré tanto reivindica.
Em torno dessas loiras, cada amante representa um tipo de homem conforme a época (o canalha, o egocêntrico, o gay),
enquanto os momentos críticos (a Primavera de Praga, a emergência da Aids, o 11 de Setembro) agregam um fundo histórico.
Como já havia feito com melhores resultados, Honoré incorpora canções de Alex Beaupain à trama, numa mistura de pop
meloso e gracioso que pode agradar ou irritar.
Ao retomar o mesmo princípio utilizado em "Canções de Amor", "Bem-Amadas" impõe comparações em que sai perdendo.
Enquanto o filme de 2007 se organizava por uma economia perfeita entre situações e canções, no de agora falta equilíbrio e
mais de uma vez as partes musicais soam enfadonhas. Mas não é só.
A ambição de abarcar tantos momentos também provoca mais de uma turbulência no percurso, e a duração excessiva (139
minutos) deixa a mesma sensação dos doces com excesso de açúcar.
BEM-AMADAS
DIREÇÃO: Christophe Honoré
PRODUÇÃO: França, 2011
ONDE: The Square Granja Vianna, Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca e Reserva Cultural
CLASSIFICAÇÃO: 16 anos
AVALIAÇÃO: bom
FOLHA ONLINE | ILUSTRADA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012 03:22
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Busca por histórias para "Vou Rifar Meu Coração" percorreu 5.000 km
Conhecido pelos sucessos "Garçom" e "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme", o cantor Reginaldo Rossi começou sua carreira
nos anos 1960 cantando em circos no interior do país. Um deles, o Águia Azul, acabou virando locação do documentário "Vou
Rifar Meu Coração".
Cineasta volta a locações para exibir longa sobre a trilha sonora da "dor de corno"
"A nossa família já está na quinta geração de artistas de circo. Tudo começou quando meu pai fundou o Águia Azul. E a lona
de circo sempre serviu como palco para esses artistas que, naquela época, não tinham onde se apresentar", disse Paulo da
Silva.
O projeto do documentário surgiu há dez anos, pensado como dois longas: um justamente sobre Reginaldo Rossi e o outro
sobre a Sexualidade no interior do Nordeste a partir da música brega.
Ao longo do tempo, o projeto se transformou em apenas um longa de 76 minutos sobre música brega. A pesquisa por
personagens começou em junho de 2010.
Foram percorridos mais de 5.000 quilômetros pelo interior de Sergipe e Alagoas, ao longo de cinco meses.
"Para fazer o filme, me afastei da crítica musical ou da história da música. Dizem que o brega sempre esteve de fora da história
oficial da MPB, mas eu não quis falar disso, e sim do substrato dessas músicas", afirmou Ana Rieper, pouco antes da exibição
do filme em Canindé do São Francisco (SE).
Ainda assim, os depoimentos de artistas como Odair José e Agnaldo Timóteo falam do preconceito sofrido pela música brega,
ou romântica, como alguns deles a rotulam.
"Por que é chamada de brega? Só porque não foi gravada pelo Chico Buarque?", questiona Timóteo, em um trecho do
documentário.
"A "dor de corno" que o médico sofre é a mesma que o pedreiro sofre. A diferença é que o médico vai chorar em uma mansão
e o pedreiro vai chorar em um barraco", argumenta Odair José.
FESTIVAIS
Em sua exibição no Brasil e no exterior, "Vou Rifar Meu Coração" foi aplaudido em eventos como o Festival de Brasília, a
Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e o Guadalajara Film Festival, no México.
Em junho, o filme venceu a competição brasileira do festival In-Edit Brasil. O longa também foi premiado no Uruguai e em
Goiás.
A cineasta negocia agora uma adaptação do filme (que rendeu 100 horas de material bruto) para a televisão.
Geógrafa, Ana Rieper começou sua carreira no audiovisual há dez anos, quando trabalhou em um projeto social em Sergipe.
Foi lá que a sua paixão pela música brega nasceu.
LINDOMAR
A participação no filme de Lindomar Castilho, estrela do gênero nos anos 1970 e autor da faixa que batiza o longa, foi alvo de
polêmica durante o Festival de Brasília de 2011.
Em 1981, Castilho matou a mulher, Eliane de Grammont, e acabou condenado a 12 anos de prisão pelo crime (foi solto em
1988). Rieper recebeu críticas por não abordar o episódio no documentário.
"O filme não precisava ser mais um algoz para ele. O que houve em Brasília foi apenas uma reação de setores da esquerda",
afirmou Rieper. Lindomar só daria entrevista se o episódio não fosse mencionado.
Veja trecho do filme:
Vídeo
FOLHA ONLINE | ILUSTRADA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
20/07/2012 03:04
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Cineasta volta a locações para exibir longa sobre a trilha sonora da "dor de corno"
Após 14 anos de relacionamento, a agricultora Maria Almeida Roma, 40, se viu abandonada pelo companheiro e, de repente,
precisou aprender a viver sozinha.
Hoje, diz que a desilusão amorosa abriu uma ferida que teima em não fechar e que, apesar de seus sorrisos, é só tristeza por
dentro.
"Começo a ouvir música brega em casa assim que meus filhos saem pra escola. Todas essas músicas de Amado Batista,
Odair José... falam de um pedaço da minha vida. Às vezes, parece que foram escritas para mim", diz.
Ela é uma das personagens de "Vou Rifar Meu Coração", documentário de Ana Rieper que fala da música brega (ou
romântica) por meio de seus artistas e das relações afetivas que pessoas comuns estabelecem com as canções. O filme
estreia em 3 de agosto.
Disposta a exibi-lo para seus personagens, como Maria Almeida Roma, nas próprias locações do longa, a cineasta viajou pelo
interior de Sergipe com um telão, um projetor e uma cópia do filme --como a Caravana Rolidei de "Bye, Bye, Brasil" (1980),
filme de Cacá Diegues.
A maioria das quase 400 pessoas presentes nas exibições públicas, realizadas em quatro cidades no mês passado, nunca foi
ao cinema.
"É incrível ver um filme assim, no escuro, com uma imagem grande dessa", relatou Inês Santos, 53, que assistiu ao filme de
pé, em um circo lotado de Moita Bonita (SE).
Faltou assento no Águia Azul, circo que foi locação do filme por ter um cover de Amado Batista como atração. Adolescentes se
espremiam na arquibancada montada com tábuas soltas de madeira, deixando para os adultos apenas cadeiras de plástico.
Os relatos ligados a temas comuns da música brega, como traição ou "dor de corno", Prostituição e coração partido,
provocaram uma reação instantânea do público.
"Deslizes" ("Não sei por que insisto tanto em te querer/ Se você sempre faz de mim o que bem quer") foi cantada quase que
num "dueto virtual" com Fagner.
Houve também identificação com personagens. Foi o caso de Simone da Silva, 27, que se relaciona com um homem casado.
"Mas não é por isso que vou deixar de amá-lo. Sou muito amada e feliz, como pessoas do filme."
O repórter viajou a convite da produção
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