Behaviorista - Teorias da Aprendizagem

Teoria Behaviorista
Para a universidade de Athabasca, (Canadá), O behaviorismo é uma aproximação
ao estudo do comportamento que assume que deve ser possível, em princípio,
estabelecer uma explicação concisa e legal do comportamento, inclusive o
comportamento verbal em seres humanos, quanto a variáveis comportamentais,
fisiológicas e ambientais, presentes e passadas, de modo que não necessitam a menção
do mental. http://psych.athabascau.ca/html/Behaviorism/Part2/def.shtml.
O behaviorismo nasceu em 1912 e dominou a psicologia americana por 30 anos.
www.psicomix.kit.net/psicsaude.htm#teorias.
Para os behavioristas o comportamento humano enquadra-se numa dimensão
estimulo resposta, o homem é produto do processo de aprendizagem entre o meio em
que vive, (estímulos) e o seu comportamento, (respostas), o indivíduo responde a
estímulos exteriores de um modo mais ou menos automático e fortuito, sendo a
aprendizagem considerada uma forma de condicionamento, que resulta da associação de
estímulos específicos, susceptíveis de serem reforçados até a optimização, se estiverem
na linha de aprendizagem pretendida ou ignoradas até a sua supressão e por vezes
punidos ao afastarem-se do objectivo pretendido. É uma teoria que acentua o saber
fazer, assentando num processo mecanicista
Centra-se em dois tipos de aprendizagem, condicionamento clássico, (Pavlov,
1849-1936), este foi o primeiro a fazer um estudo detalhado dos reflexos, embora se
soubesse que dois acontecimentos que ocorrem ao mesmo tempo tendem a se associar
na mente, Pavlov tornou-se conceituado com as suas experiências com cães, O Que é o
Reflexo Condicionado e condicionamento operante, Skinner (1904-1990), este tipo de
condicionamento descreve a relação entre o comportamento e as consequências, implica
acções deliberadas, Skinner defendia que a aprendizagem era conseguida pela
introdução de recompensas, reforços positivos e por punições, reforços negativos. Os
condicionamentos tornaram-se impulsionadores dos diferentes tipos de behaviorismo:
O behaviorismo metodológico/classico/Watsoniano é uma teoria normativa
sobre a conduta científica da psicologia, postula que os estudos psicológicos devem
centrar-se no comportamento dos organismos, (humanos e não humanos), acredita que
os estados mentais, crenças, ou desejos, não são importantes para o estudo do
comportamento, não constituem objecto de estudo empírico, este tipo de behaviorismo é
uma constante nos trabalhos de John Watson (1878-1958), que defendia que os
psicólogos deveriam estudar o comportamento observável e adoptar métodos
objectivos, este psicólogo americano, declarou que uma criança nasce com poucos
reflexos e que estas respostas ligam-se a novos estímulos pelo condicionamento
tornando-se mais complexas, Watson inspirado na obra de Pavlov foi o primeiro a usar
o termo behaviorismo, no seu artigo em 1913, “Psychology as the behaviorist views it”,
“A psicologia como o behaviorista a vê” e notalizou-se com a sua controversa
experiência do pequeno Albert (vídeo). Era um defensor da importância do meio na
construção e desenvolvimento do indivíduo. Jonh Watson criticava o estruturalismo e o
funcionalimo alertando que os episódios da consciência não podiam ser testados e
reproduzidos pelos observadores, pois dependiam das impressões e características de
cada pessoa
O behaviorismo psicológico é um programa de pesquisa dentro da psicologia.
Ele faz a conexão do comportamento (humano e de outros animais), com os estímulos
físicos externos, com respostas a esses estímulos, aprendendo comportamentos, sendo
por vezes introduzidos os reforços. O behaviorismo psicológico está presente no
trabalho de Ivan Pavlov (1849-1936), Edward Thorndike (1874-1949), bem como
Watson. A sua expressão mais influente é B. F. Skinner (1904-90).
O behaviorismo analítico, lógico ou filosófico traça as suas raízes históricas ao
movimento filosófico conhecido como Positivismo Lógico que reclama que os
conceitos mentais se referem a tendências comportamentais e assim devem ser
traduzidos, em termos comportamentais. É uma teoria dentro da filosofia que valoriza o
significado dos termos mentais ou conceitos. Quando atribuímos uma crença, por
exemplo, a alguém, não estamos dizendo que esse alguém está num determinado estado
interno ou condição. Em vez disso, estamos caracterizando a pessoa quanto ao que ela
poderia fazer em determinadas situações ou interacções ambientais.
O behaviorismo analítico pode ser encontrado no trabalho de Gilbert Ryle (190076) e o trabalho posterior de Ludwig Wittgenstein (1889-51). Mais recentemente,no
trabalho do psicólogo-filósofo U. T. O lugar (1924-2000).
Embora sejam tipos de behaviorismo logicamente distintos (metodológico,
psicológico, e analítico) eles podem ser encontrados num mesmo tipo de behaviorismo.
O behaviorismo radical de Skinner combina as três formas do behaviorismo. Ele segue
a censura analítica (pelo menos livremente), dos termos mentais associados ao
comportamento quando esses mesmos termos mentais não puderem ser eliminados do
discurso explicativo. Nas suas obras, Skinner tenta mostrar como podem ser dados
interpretações comportamentais a mente. Ele fomenta que quando a terminologia mental
não puder ser eliminada pode ser “traduzida no comportamento”. O behaviorismo
radical preocupa-se com o comportamento de organismos, não com o processamento
interno. Deste modo, ele é uma forma do behaviorismo metodológico. Finalmente, o
behaviorismo radical entende o comportamento como uma reflexão de efeitos de
frequência entre estímulos, que significa que ele é uma forma do behaviorismo
psicológico.
http://plato.stanford.edu/entries/behaviorism/#6
Desta análise podemos observar que Frederick Skinner vai além do behaviorismo
de Watson e com ele nasce o behaviorismo radical que também considera os eventos
ambientais, o comportamento observável (acções do indivíduo), mas também considera
os comportamentos internos ou privados (pensar, sentir, etc). Ele jamais negou a
existência de processos mentais, entendia-os sim como comportamentos