O caso da atriz: Sofia Luna Sofia é uma distinta e experiente atriz que, há dois anos, não consegue um papel principal. A companhia de teatro Cultura Moderna irá estrear a peça Vitória em três semanas. A atriz selecionada para o papel principal ficou doente e se submeterá a uma cirurgia. Não há condições para se recuperar a tempo. A Companhia Cultura Moderna está ansiosa para contratar Sofia, e os patrocinadores autorizaram o gerente da Cultura Moderna a oferecer até R$ 45.000 pelo contrato com ela. Naturalmente, a Companhia, uma organização sem fins lucrativos, gostaria de pagar menos, caso possível. A atriz originalmente selecionada para o papel principal foi contratada por R$ 30.000 e o papel secundário recebeu R$ 14.000 – é prática corrente no mercado remunerar as atrizes coadjuvantes com a metade da remuneração das principais. Quatro anos atrás, no auge de sua carreira, Sofia recebeu R$ 22.000 pelo papel principal, porém, desde então, a inflação e os aumentos no teatro quase duplicaram as escalas de salários. Sofia desesperadamente quer esse papel, pois poderia lhe dar a chance de participar de um especial na TV e voltar a atuar como protagonista. Ela estaria disposta até a atuar em parte da peça de graça, porém ela se preocupa com os impactos e as implicações futuras que isso poderia provocar em sua reputação. Seus salários, para papéis secundários, nos últimos dois anos, foram entre R$ 10.000 e R$ 18.000. Um ano atrás, ela recebeu R$ 12.500 por um papel secundário na mesma peça produzida pela companhia Cultura Moderna. Há rumores de que, no ano, passado uma inexperiente atriz, representando o papel principal, recebeu acima de R$ 24.000. 1