PRONUNCIAMENTO DEPUTADO MAURO PASSOS PT/SC DATA: 09/04/2003 TEMA: PETRÓLEO CATARINENSE O recente anúncio de que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – em parceria com a Agência Nacional de Petróleo estariam refazendo as linhas territoriais marítimas que dividem os estados brasileiros, renova a esperança dos catarinenses de que os poços localizados na nossa costa venham a ser reconhecidos como de Santa Catarina. Com isto os royalties associados à produção de petróleo dos mesmos, cerca de 20 milhões de dólares, passariam a irrigar a nossa economia. Segundo a lei que regulamenta os royalties (Lei 7453/85), a destinação destes recursos é exclusiva para a pavimentação de rodovias, obras de geração de energia, abastecimento e tratamento de água, saneamento básico, irrigação e proteção ao meio ambiente. Pela própria abrangência na destinação dos recursos e pelo montante envolvido, garantir os royalties para Santa Catarina deve, obrigatoriamente, transformar-se numa bandeira da Bancada Federal Catarinense na Câmara dos Deputados. Atento a este tema que faz parte das prioridades do nosso mandato, buscamos junto à Assessoria Técnica da Câmara Federal subsídios para motivar a sociedade catarinense em torno desta bandeira de luta justa e oportuna. No levantamento da legislação, a assessoria chegou até a Lei 9478/97, que é o último texto legal sobre o tema. A lei define, nos seus artigos de 45 a 52, a questão do pagamento dos royalties, estipulando que serão pagos mensalmente em moeda nacional, em montante correspondente a 10% da produção de petróleo ou gás natural. Diante dos recentes anúncios da descoberta de poços de petróleo com excelente qualidade e expressivo volume no nosso litoral, precisamos agilizar ao máximo a definição sobre a linha territorial marítima que separa Santa Catarina do Paraná e que tramita no Supremo Tribunal Federal desde 1991, através da ação civil originária nº 444, movida pelo Estado de Santa Catarina. Para isto, devemos articular o Fórum Parlamentar Catarinense e, principalmente, o Governo do Estado, para que possamos ter nossos direitos reconhecidos.