sexualidade

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PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO
Objectivos do encontro:
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Descobrir e entender o ser humano como um ser sexuado.
Entender que a sexualidade deve estar integrada na pessoa e no amor.
Oferecer uma visão positiva e Cristã da sexualidade
Conteúdos:
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Apresentação do tema da sexualidade
Dinâmica: Perguntas para o diálogo de pares
Iluminação da fé sobre o tema da “sexualidade”
Ler e dar o texto sobre os critérios para uma vivência humana da sexualidade.
Materiais Necessários:
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Questionários para a dinâmica do diálogo de pares
Critérios para uma relação sexual de qualidade
Desenvolvimento:
Introdução dos catequistas ao tema da sexualidade
a) Chuva de ideias sobre a palavra "AMOR": convidam-se os pares a expressar
espontaneamente o que lhes sugere a palavra "amor ".
b) Pergunta-se ao grupo para responder livremente: quais são as experiências mais
frequentes do amor na nossa vida? Como notamos que nos amam os outros?
Visão humana e cristã da sexualidade:
Entende-se por sexualidade o modo do ser e estar dos homens no mundo,
diversificados entre si o e em mútua atracão ou tendência para a complementaridade.
O ser humano é desde o princípio ser humano homem ou ser humano mulher. São
duas versões da mesma realidade humana. Nenhuma das duas é prioritária sobre o
outro, e nenhuma das duas esgota a riqueza do ser humano na sua totalidade, por isso
são chamados desde a sua origem ao conhecimento mútuo e à convivência
enriquecedora dos dois sexos.
Entendemos a sexualidade como expressão do amor. Por isso podemos dizer que a
sexualidade é comunicação, sem comunicação não há conhecimento e sem
conhecimento não há amor. Na Bíblia encontramos, às vezes, a expressão “conhecer”
referida à relação sexual; mas o conhecimento na Bíblia é sempre um conhecimento
que supera o intelectual, para se localizar no sapiencial, na relação existencial com a
pessoa conhecida. É entrar em relação interpessoal com o outro, é captar a sua
intimidade e estabelecer um compromisso de consequências profundas. Por isso a
sexualidade deve situar-se sempre na esfera do amor à pessoa do outro e converter-se
no sinal expressivo desse amor. “Porque nos amamos, exprimimos o nosso amor.”
É um diálogo com o tu da outra pessoa realizado através de palavras, gestos, carícias
na intimidade do ser humano.
A sexualidade no ser humano é um encontro entre pessoas em que deve intervir a
pessoa toda, não podemos reduzi-la, apenas, a um encontro de corpos. A
corporeidade serve para expressar o que somos, através dela damo-nos a conhecer,
por isso precisamos do corpo para expressar os nossos sentimentos, afectos, desejos,
compromissos e o nosso carinho. Mas a corporeidade também pode servir para
esconder o que somos.
Por isso a sinceridade, é indispensável no diálogo conjugal. Não se pode cimentar a
relação matrimonial sobre o engano e a ignorância mútua. Temos que manifestar ao
outro o que somos, o que queremos e desejamos; o que esperamos dele ou dela.
Unido à sinceridade está o respeito à pessoa querida. O conhecimento mútuo devenos levar a respeitar o nosso cônjuge, a ser solícitos com os seus desejos e
necessidades, a aceitá-lo como é, não como eu gostaria que fosse. Não nos é permitido
usar o outro, servir-nos dele para a sua exploração em nosso favor, não pode ser
rebaixado ao outro, a ser pessoal, à categoria de objecto de consumo.
O amor e a sexualidade também são doação. É a doação amorosa do meu ser à pessoa
que quero e desejo fazer feliz. A doação exige maturidade, possessão de si mesmo, ser
responsável pelos nossos actos, responsabilidade para nos dar ao outro. Não é um
jogo nem um passatempo.
À doação respondemos com o acolhimento do ser do outro. Aceitamo-lo sem
reservas. Quero-te como és pelo que és tu mesmo ou tu mesma, não pelo que tens ou
pelos benefícios que me podes proporcionar.
O acolhimento mútuo converte-se num encontro de pessoas. No ser humano a
sexualidade serve não só para transmitir a vida mas também para transmitir afecto e
carinho, um carinho e um afecto absolutos e exclusivos para a pessoa com a qual
formamos uma comunidade de vida.
Por isso o encontro gera o compromisso de nos realizarmos juntos como pessoas,
compromisso que se concretiza na fidelidade como expressão da nossa vida. A
fidelidade não consiste apenas em não manter relações sexuais com outras pessoas
diferente do cônjuge, essa é a consequência da fidelidade mas não sua essência. A
fidelidade consiste na permanência da palavra dada e no compromisso adquirido.
Quer dizer que nos comprometemos a ser felizes juntos, a não precisar de outros para
a nossa felicidade, a partilhar os nossos melhores e piores momentos. Porque sou feliz
contigo não preciso de mais nada.
O amor também se alimenta do afecto mútuo que os cônjuges têm. As manifestações
de ternura: palavras, gestos, carícias, pormenores, são muito necessárias na vida do
casal.
No amor e na sexualidade tem de haver generosidade, esquecemo-nos de nós
mesmos para nos centrar no outro, procurando faze-lo feliz e satisfazer a sua
necessidade de ser amado ou amada. Mas não pode ser só a satisfação de um desejo.
Quando procuramos só o prazer pelo prazer, desligado do encontro e do compromisso
o que fazemos é encerrarmo-nos em nós mesmos e utilizar o outro, reduzi-lo à
categoria de objecto ou coisa para a nossa satisfação. Mas quando procuramos o
prazer junto, com carinho e pondo em primeiro lugar o outro, a sexualidade consolida
o amor do casal, fomenta o crescimento pessoal e conduz-nos para a felicidade.
A sexualidade, tal como outras facetas de ser humano, deve ser educada. A educação
deve ser orientada para adquirir uma visão unitária e integradora da sexualidade na
totalidade do ser humano como ser pessoal. É possível que na nossa sociedade actual
haja um conhecimento pormenorizado da actividade sexual mas falta conhecer qual é
o seu sentido e significado para o ser humano. Ao ver a iluminação cristã do tema
tentaremos apontar algumas ideias sobre o que deve ser uma visão cristã e positiva da
sexualidade.
Pode estabelecer-se um diálogo sobre o tema
Entrega-se o questionário com as perguntas e um tempo para o diálogo de pares.
Perguntas para o diálogo de pares:
1. Qual é o nosso nível de informação sexual? Sabemos distinguir entre sexo,
genitalidade e sexualidade?
2. O nosso conhecimento sobre o tema vem de leituras, de conversas com pessoas
que têm uma certa preparação sobre o tema, dos meios audiovisuais? Os livros que
lemos são meramente informativos ou podemos considerá-los formativos por
conter alguma formação ética ou moral?
3. O ambiente à nossa volta, principalmente alguns filmes e certa publicidade, que
normalmente apresenta ao outro como mero objecto de consumo sexual, qual é a
nossa postura neste caso?
4. Somos capazes de rever o que nos surpreende no outro, no que respeita à
sexualidade?
5. O que devemos fazer se surgirem problemas na nossa adaptação sexual?
6. Somos capazes de ver na satisfação sexual uma forma plena de comunicação entre
nós ou pensamos que apenas consiste em adquirir o maior grau de prazer?
7. Aceitamos que a sexualidade, como todas as dimensões da pessoa, deve ser
educada, tendo de percorrer um processo de aprendizagem e de maturação e,
portanto, é possível que experimente mudanças ao longo da nossa vida?
8. Que lugar ocupa a sexualidade na nossa relação pessoal?
Pode-se estabelecer um diálogo sobre o questionário
Pároco: Iluminação evangélica sobre o tema da sexualidade:
Gen. 1, 26-28; Gen. 2, 7.18.22-24 (Ler as passagens)
Comentário:
Estes textos dão-nos a chave para interpretar a sexualidade humana como uma
realidade criada e querida por Deus para o homem. Deus dá ao par humano um
mandato: Dominar a terra, procriar, ser fecundos, realidades que são participação do
mesmo ser de Deus.
Deus vai associar o homem desde o princípio à sua actividade criadora. Mas o que
Deus pode fazer sozinho, o homem tem de o fazer na dualidade sexual. Desde o
primeiro momento da criação o homem e a mulher estão chamados a realizar um
projecto comum que dá sentido à sua existência. Os dois juntos vão ser a “imagem, o
sacramento de Deus”. No segundo relato da criação (Yavista), que é mais antigo que o
primeiro, o colorido catequista do javista apresenta-nos Yavé a fazer uma figura de
barro na qual insufla o seu alento de vida de forma a que o homem se torne um ser
vivo.
Mas Yavé viu que “não é bom que o homem esteja só". E decidi dar-lhe uma ajuda
adequada. O homem e a mulher são a mesma realidade humana em duas versões. O
diálogo entre eles é possível porque ambos têm a mesma dignidade. São seres que se
complementam. A sexualidade é vista agora não tanto como uma forma de propagar e
conservar a espécie humana mas como um modo de garantir uma qualidade de vida
humana através do diálogo e da comunicação.
Por isso a nossa postura perante a sexualidade tem de ser sempre positiva. É uma
realidade humana querida e criada por Deus que, ao mesmo tempo que nos assemelha
ao Criador, nos recorda a nossa limitação; nós precisamos do outro e o outro precisa
de nós. Por isso a sexualidade, numa perspectiva humanizadora e cristã, tem que darse dentro do amor, é expressão do amor, é doação gratuita da nossa pessoa à pessoa
que amamos. Assim como Cristo se entregou à Igreja até à morte os esposos devem
entregar-se um ao outro, porque “não há maior amor do que dar a vida pela pessoa
que se ama” (Jo. 15,13). A sexualidade é uma expressão da vida e não há dúvida que o
que procura a sua satisfação pessoal nela seja possível que a não encontre, mas o que
vive sua sexualidade como doação e procura da felicidade da pessoa amada
encontrará a felicidade do outro e sua própria felicidade.
Critérios para criar uma relação sexual de qualidade:
 Respeito profundamente o ser do outro.
 Gradualidade, adaptação a cada momento e circunstância.
 Oferta de si mesmo e acolhimento do ser do outro.
 Iniciativa partilhada, não imposta por um à custa do outro.
 Criatividade, diversão, que seja gratificante para os dois.
 Que tenha em conta a riqueza da dimensão sexual
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