formulário padrão para apresentação de projetos - RExLab

Propaganda
IDENTIFICAÇÃO DA ANSIEDADE E DO SEU MANEJO EM ALUNOS FORMANDOS DOS
CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA,
FRENTE AO MERCADO DE TRABALHO
Alexandre da Rosa (Bolsista PUIC); Gabriela Elias Medeiros (Colaboradora); Alessandra de
Sá Soares (Co-orientadora); Karina Valerim Teixeira Remor (Co-orientadora); Dayani Galato
(Orientadora).
Introdução:
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado
por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou
estranho. Dentre um dos os métodos desenvolvidos para quantificar fenômenos
psicopatológicos, esta o Inventário da Escala de Ansiedade de Beck, que identifica e mede o
grau da severidade da ansiedade (Cunha, 2011).
Para o manejo deste transtorno são adotadas medidas como, terapia alternativa
(fitoterápicos, ioga) e psicoterapia, mas a mais frequente pela população é o uso de
medicamentos, como os psicoativos. A ansiedade pode resultar em alguns transtornos,
como por exemplo, a fobia social, que segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de
Doenças Mentais (DSM-IV), é caracterizada por um medo acentuado e persistente de uma
ou mais situações sociais ou de desempenho. O medo de falar em público e de se expor
socialmente é uma das manifestações mais comuns, sendo freqüente na população
universitária. Ciente das expectativas de mercado de trabalho, desde a faculdade, muitos
alunos começam a se sentirem pressionados a preparar-se de acordo com exigências do
mercado laboral. Esta exigência, aliada à certeza de que nem todos serão absorvidos pelo
mercado de trabalho, principalmente na realidade brasileira, pode gerar ainda mais
desconforto e ansiedade.
Neste contexto o objetivo deste trabalho foi identificar a ansiedade e o manejo deste
transtorno por alunos formandos dos cursos da área da saúde de uma universidade do sul
de Santa Catarina frente ao mercado de trabalho.
Palavras-chave: Ansiedade, Universitários, Manejo.
Métodos
A pesquisa possui um delineamento transversal. Os sujeitos da pesquisa foram
universitários formandos dos cursos da área da saúde do campus sede da Universidade do
Sul de Santa Catarina (UNISUL) situado no município de Tubarão – SC. A técnica de coleta
de dados consiste nos seguintes procedimentos: autorização das coordenações dos cursos,
consentimento dos universitários, auto-aplicação de um instrumento contendo a
caracterização do perfil do aluno e a caracterização da ansiedade e do seu manejo,
adotando-se como referencia o Inventário da Escala de Ansiedade de Beck (BAI) adaptado
por Malluf (2002). Os dados foram transferidos e armazenados no programa Epidata®. A
análise dos dados procedeu da seguinte maneira: estatística descritiva, análise bivariada
adotando-se o teste de associação de qui-quadrado. Previamente ao seu desenvolvimento,
o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNISUL.
Resultados de discussão
Participaram do estudo 88 universitários, com idade média de 24,1 ± 4,02, o que os
classifica como adultos jovens, cursando o último período dos cursos: farmácia (14,8%),
enfermagem (14,8%), psicologia (11,4%), medicina (19,3%), educação física (18,2%) e
nutrição (21,6%).
Entre os sintomas característicos da ansiedade mais presentes nos universitários
está o calor excessivo (57,9%), incapacidade de relaxar (66,0%), insegurança (55,6%) e
nervosismo (62,5%), subdivididos nas freqüências suave, moderado e severo. Dos
universitários, 64,1% afirmaram sentir uma pressão da sociedade pela sua preparação
2
profissional, visto que no âmbito acadêmico, existem expectativas do mercado de trabalho
com relação aos novos profissionais referentes a uma sólida formação acadêmica, boa
capacidade analítica, tomadas de decisões, curiosidade intelectual, determinação, liderança,
alto grau de motivação e principalmente competência interpessoal. 31,8 % dos universitários
afirmaram não estar preparado para atuar no mercado de trabalho, usando como justificativa
a insegurança e a falta de desenvoltura profissional. Apenas 11,4% dos participantes
apresentavam diagnostico médico de ansiedade. Mas, o interessante é que 19,3% aderem a
um manejo de controle da ansiedade. Os cursos com maiores índices de ansiedade estão
farmácia e enfermagem, e medicina foi o único curso da área da saúde que não demonstrou
características de ansiedade. As variáveis que demonstraram significância com a ansiedade
foram sexo feminino (p=0,018) e idade maior que 23 anos (p=0,026), dados que corroboram
com outros estudos.
Conclusões:
Os resultados obtidos apontam maiores níveis de ansiedades em mulheres e aqueles com
23 anos ou mais de idade. A soma dos escores obtidos categoriza que os universitários dos
cursos da área da saúde da Universidade do Sul de Santa Catarina apresentam-se um nível
de ansiedade baixo.
Referências
ALMEIDA, T. Ansiedade de desempenho: conheça para talvez enfrentá-la. Disponível
em: < www.thiagodealmeida.com.br/site/files/pdf/artigo16.pdf > Acessado em: 9 Mai 2010.
CASTILLO, A. R. G. L.; RECONDO, R.; ASBAHR, F. R.; MANFRO, G. G. Transtornos de
Ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 20-3, 2000.
CUNHA, J.C. Escalas de Beck, São Paulo: Casa do psicólogo, 2001.
FIGUEREDO, L. Z. P.; BARBOSA, R. V. Fobia Social em Estudantes Universitários.
ConScientiae Saúde, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 109-115, 2008.
Download