FIBROMIALGIA DEFINIÇÃO Dores musculo-esqueléticas difusas Crônicas (> 3meses) Depressão, distúrbio do sono, síndrome do cólon e/ou bexiga irritáveis, cefaléia ou enxaqueca, síndrome da fadiga crônica, síndrome miofascial, síndrome das pernas irriquietas, síndrome pré-menstrual e síndrome da articulação têmporo-mandibular FISIOPATOLOGIA Serotonina: concentração, função, alteração dos receptores plaquetários Noradrenalina sérica e substância P liquórica: Somatomedina C: Alt neuroendócrinas e imunológicas Alt na microcirculação e microtraumas: fluxo sanguíneo e maior propensão a vasoespasmo Hiperreatividade de nociceptores periféricos Intensidade variável (moderada a grave) DOR e SINTOMAS Contínua ou intermitente Localização: esqueleto axial e cinturas pélvica e lombar, evoluindo para distribuição generalizada Tipo: queimação, peso, contusão, exaustão ou corrosão Fatores de piora: tensão, ansiedade, frio, umidade, inatividade ou atividade física exagerada (89%), Fatores de alívio: calor, atividades moderadas e/ou relaxamento, férias Mialgia (64%), Espasmos (80%) e fraqueza muscular. Edema subjetivo das extremidades (33%) e/ou das articulações. Parestesia (30%) de mãos e pés Fenômeno de Raynaud símile ou cianose. Extremidades frias (100%) Alterações da temperatura corporal, com hipotermia (65%) ou febre baixa recorrente (28%) Poliartralgia, rigidez matinal (69%) de curta duração (inferior a 15 minutos) que melhora durante o dia. Fadiga (100%) extrema e aos mínimos esforços (77%), principalmente pela manhã (89%) e ao final da tarde alterações do sono (94%): insônia (56%) sono interrompido e não reparador (75%) acordar cansado, com pouca concentração e esquecimento (86%) humor deprimido (94%) e/ou ansioso. Irritabilidade (61%) e choro fácil cefaléia (68%), enxaqueca (50%)localizada em região occipital, bifrontal, periorbital ou holocraniana . dor abdominal difusa (80%), com hábito intestinal variável (alternando diarréia e constipação), náuseas, vômitos, flatulência e epigastralgia (40%) CLASSIFICAÇÃO: Primária Secundária EPIDEMIOLOGIA 2% população. 8 mulheres mulheres : 1 homem. 34 a 57 anos (média de 49 anos - Colégio Americano de Reumatologistas). Pode ser encontradas em crianças e idosos EXAME FÍSICO Músculo-esquelético: normal ou dor difusa à palpação muscular, áreas de espasmo ou contratura e hipersensibilidade da pele, dermatografismo ou cianose reticular Neurológico: normal Tender Points: 4 KgF, 11 + / 18, pontos-controle negativos Tender Points 2. Cervical (C5-C7) 1. Occipital 3. Trapézio 5. Costocondral 8. Glúteo Médio 6.Epicôndilo Lateral 9. Trocânter 7. Joelho Controles DOENÇAS ASSOCIADAS síndrome da fadiga crônica (70%) síndrome da dor miofascial (60 a 70%) síndrome do cólon irritável (50 a 80%) distúrbio ansioso e/ou depressivo (25 a 60%) enxaqueca ( 50%) 4. Supraespinhoso DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL AR: clínica, sinovite, FR +, VHS > 30 mulheres e > 20 homens, RX LES: dermatite fotossensíve, sinovite, serosites, doença renal e neurológica, hemograma, marcadores (ac anti-nucleares, anti-DNA-nativo, anti-Sm e antifosfolipídeosanticardiolipina IgG ou IgM, anticoagulante lúpico e sorologia para sífilis falso positivo) Hipotiroidismo: T3 e T4,TSH Polimialgia reumática: idosos, VHS aumentado e melhoram com corticoterapia Miosite: fraqueza muscular objetiva, enzimas aumentadas (aldolase, creatino-quinase, alanina-amino-transferase, aspartato-amino-tranferase, desidrogenase lática, gamaglutamil-tranferase, mioglobulina e creatina), EAS (mioglobinúria), ENM, Bx mm TRATAMENTO Medidas educativas que se estendam aos familiares Medicina física Exercícios (aeróbios) Acupuntura Medicamentos Outras terapias Resposta < 50% FÁRMACOS Antidepressivos tricíclicos: amitriptilina (12,5 a 50 mg/dia), ciclobenzaprina (até 40 mg/dia) Antidepressivos ISRS: fluoxetina (20 mg/dia) Duloxetina: 60-120 mg/dia Opióides: tramadol Pregabalina DOR MIOFASCIAL É uma das causas mais frequentes de DOR Acomete músculos e fáscia Qualquer músculo pode estar implicado QUADRO CLINICO Dor regional Ponto gatilho Ponto doloroso Contratura muscular Exame neurológico normal Banda ou nódulo de tensão Resposta a anestésico local ou spray frio Dor que aumenta com stress Reduzida amplitude de movimento Hipersensibilidade (hiperalgesia) e dor muscular crônica e persistente, regional (localizada) e referida, tipo peso/ ardor/ latejamento/ pontada Contratura muscular Evolui para fraqueza muscular e redução do arco de movimento Alterações autonômicas na área referida: frio, sudorese, piloereção, eritema, hiperestesia, hiperalgesia Sem trauma/ acometimento neurológico desencadeantes PONTO GATILHO PG (trigger points): pontos musculares intensamente dolorosos à palpação ou pressão, provocando dor referida, grito ou recuo involuntário PG ativo: dói espontaneamente ou com movimentos, nas áreas sintomáticas PG latente: dor ou desconforto desencadeados exclusivamente pela pressão, nas áreas assintomáticas (pesquisar!!!) BANDA TENSA Endurecimento do músculo e/ou fáscia doloroso (s), palpável, onde estão os PG Reação contrátil localizada (RCL)- Twitch response: contração localizada/ abalo à palpação/ inserção de agulha Grito/ Retirada FISIOPATOLOGIA CAUSA Pode ser 1ária ou 2ária Trauma Sobrecarga Frio Artrites Tendinites Def. Vit Def. mineral Hipotireoidismo Depressão Ansiedade DIAGNÓSTICO Clínico Algômetro Termometria ENMG Exames laboratoriais TRATAMENTO O tratamento pode ser dividido em três fases: 1º) inativação do ponto gatilho 2º) reabilitação muscular 3º) remoção preventiva de fatores perpetuantes 1º).Identificar músculo(s) da área de dor (queixa) Pesquisar: banda tensa, PG ativos e latentes correspondentes e twitch response Desativar PG: agulhamento seco (acupuntura), lidocaína 1%, toxina botulínica 2º) Medidas térmicas: superficias (infravermelho, compressas, US Eletroterapia: TENS, iontoforese, Eletroacupuntura Cinesioterapia: relaxamento/ alongamento – amplitude – força (isométricos + progressão com carga) Hidroterapia Massoterapia . 3) Ergonomia & Correção Postural Medicina Física: domicílio X fisioterapia Evitar sedentarismo Saúde mental, relaxamento, grupos terapêuticos FÁRMACOS ADT Miorrelaxantes Serotoninérgicos Duais Opióides Evitar uso prolongado: benzodiazepinicos, aines e corticóides TOXINA BOTULINICA Inibe a liberação de acetilcolina Não usar isoladamente Efeito além do relaxamento Efeito máximo em 2 a 6 semanas Duração: 2 a 6 meses DL50 = 3000 ui Não passar de 400 ui / sessão Tempo mínimo entre aplicações: 3 meses Dose máxima por músculo pequeno: 1-2 ui/ kg grande: 3-6 ui/kg Músculo grande: aplicar em pelo menos dois pontos Apresentação: frasco de 100ui Efeitos colaterais: fraqueza muscular, disfagia, estado gripal (febre, mialgia, diarréia, cefaléia, dor abdominal)