Gravitação Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação Professora Karen Luz Burgoa Rosso Tutor Antônio Marcelo Martins Maciel Lavras/MG 2011 1|Página Ficha catalográfica preparada pela Divisão de Processos Técnicos da Biblioteca Central da UFLA Espaço a ser preenchido pela biblioteca [A ser preenchido posteriormente] Espaço a ser preenchido pelo CEAD Índice Unidade 6 .......................................................................................................... 5 1.1 A descrição física do problema .............................................................. 6 1.2. Leis de Kepler ............................................................................................ 7 1.3. A lei da gravitação universal de Newton ................................................. 8 1.4. Considerações de energia no movimento planetario e de satelites ... 11 1.5. Bibliografia ............................................................................................... 12 Unidade 6 OBJETIVO: Nesta ultima unidade aplicaremos todos os conhecimentos, sobre forças, energia e centro de massa, adquiridos nas cinco unidades anteriores, ao problema do movimento planetário. O objetivo principal é relacionar as leis empíricas encontradas por Johannes Kepler e a teoria da gravitação de Newton. 5|Página 1.1 A descrição física do problema Os antigos astrônomos gregos preguntabam-se sobre o movimento dos planetas e da lua. Que força faz que os planetas permaneçam em suas orbitas? Se todos os objetos que tem massa caem porque a lua não cai? A terra gira em torno do sol? Ou é o sol que gira em torno do planeta Terra? Por quê? Para responder a estas perguntas o trabalho desenvolvido no século XVI pelo cientista experimental Tycho Brahe, com ajuda da sua assistente e irmã Sophia Brahe, foi fundamental. Tycho Brahe foi um astrônomo observacional da era que precedeu à da invenção do telescópio, e suas observações da posição das estrelas e dos planetas alcançaram uma precisão sem paralelo para a época. Johanes Kepler foi um astrônomo matemático que analisou os dados observacionais de Tycho Brahe e formulou as três leis fundamentais da mecânica celeste. No inicio do século XVII Newton baseou sua explicação sobre o movimento planetário nos resultados desses gigantes da ciência. 6|Página 1.2. Leis de Kepler A primeira lei de Kepler indica que a órbita circular é um caso muito especial, no movimento planetário, e que orbitas elípticas são a situação geral. Todo planeta no sistema solar descreve uma órbita elíptica com o sol em um dos seus focos. Esta lei pode ser entendida em termos do centro de massa do sistema planetário o sol é o astro com maior quantidade de massa do nosso sistema planetario, consequentemente o centro de massa de um sistema solplaneta esta mais perto do sol. A segunda lei de Kepler indica que, o raio vetor traçado do sol até qualquer planeta descreve areas iguais em intervalos de tempo iguais. 7|Página Matemáticamente temos que; ∆A = L/(2Mp)*∆t, Onde ∆A é area percorrida pelo raio vetor num intervalo de tempo ∆t, L é o módulo do momento angular do planeta e Mp é a massa do planeta que esta orbitando em torno do sol. A terceira lei de Kepler indica que o quadrado do periodo orbital de qualquer planeta é proporcional ao cubo do semieixo maior da órbita elíptica. Matemáticamente a terceira lei de Kepler é expressa como: T2=(4/GMS)2 a3 onde T é o periodo órbital do planeta, G a constante gravitacional, MS é a massa do sol e a é o semieixo maior que a trajetoria eliptica do planeta faz em torno do sol. 1.3. A lei da gravitação universal de Newton A lei da gravitação de Newton é uma lei da física clássica que descreve a interação entre os corpos devido a suas massas. Esta lei foi apresentada por Newton no livro, Philosophiae Naturalis 8|Página Principia Mathematica, escrito em latim e traduzido ao Frances por uma mulher cientista chamada Émilie du Châtelet. No principia de Newton foi fornecida a chave que desvendou os segredos do movimento planetario. Ele sabia pela primeira lei do movimento que uma força resultante tinha que estar atuando sobre a lua. Se não estivesse, a Lua se deslocaria numa trajetoria em linha reta em vez da sua orbita quase circular. Newton concluiu que essa força entre a Lua e a Terra era uma força atrativa. Concluiu tambem que não podia haver nada especial sobre o sistema Terra-Lua ou sobre o sistema do Sol e seus planetas que fizesse que as forças gravitacionais agissem apenas neles. Se duas particulas tem massas m 1 e m2 estão separadas uma distância r, o módulo da força gravitacional entre elas é Fg = G m1m2/r2 Onde G é a constante gravitacional, cujo valor em unidades SI é G = 6,673X10-11 [Nm2/kg2]. A força exercida por m1 sobre m2 é F12 = - ( G m1m2/r2 ) r12 Onde o sinal negativo indica que a partícula 1 é atraída em direção a partícula 2. Da mesma forma, pela terceira lei de Newton, a força exercida por m2 sobre m1 é designada por F21, é igual em modulo a F12 e está na direção oposta. Newton demostrou que a força gravitacional exercida por uma distribuição esfericamente simétrica de tamanho finito sobre uma partícula fora da distribuição é a mesma força que se toda a massa da distribuição estivesse concentrada em seu centro. 9|Página Exemplo: Seja uma partícula de massa m na superficie da Terra, a força gravitacional entre a massa da Terra e massa da partícula tem o modulo Fg = G MTm/R2T, Em que MT é a massa da Terra e RT é o raio da Terra. Esta força esta direcionada para o centro da Terra. Por outro lado sabemos que a força que uma massa sente devido a atraçao gravitacional é a conhecida força peso, então Fg = mg, Consequentemente o valor da gravidade ao nivel do mar é g = G MT/R2T = 9,83[m/s2] os valores usados na conta anterior foram MT= 5,98x1024[kg] e MT=6,37x106 [m]. Com este exemplo podemos ver que a aceleração gravitacional com que os corpos caem depende das caraterísticas do planeta, ou satelite nos quais eles se encontram. Po exemplo, uma montanha russa é feita com mais emoçao em Saturno do que na Lua, pois a aceleração da gravidade na Lua é mais ou menos, 1,6 [m/s2] e em Saturno é cerca de 10,5 [m/s2]. 10 | P á g i n a Newton tambem demostrou que a força gravitacional entre um planeta e o sol, ou um satelite e seu planeta, não é mais nada do que a força centripeta que gera seu movimento semicircular. 1.4. Considerações de energia no movimento planetario e de satelites Analisamos até agora a mecânica orbital do ponto de vista das forças e momento angular. Agora estudaremos o movimento dos planetas com o enfoque de energia. Para isto precisamos definir a energia gravitacional associada ao trabalho realizado pela força gravitacional. As equações anteriores mostram que a energia gravitacional é Ug = -G m1m2/r 11 | P á g i n a Com a equação da energia gravitacional podemos determinar a energia mecanica total do sistema físico formado por um corpo de massa m que descreve uma trajetoria semicircular em torno de uma massa muito maior M. E = ½ mv2 - G Mm/r Esta energia mecânica total do sistema pode ser; positiva, negativa ou nula dependendo do valor da velocidade v e da distancia de separação r. Um planeta em movimento ao redor do sol e um satélite em orbita ao redor da Terra são sistemas ligados, pois, a energia E é necessariamente menor a zero. Exemplo: Velocidade de escape é a velocidade com a qual um foguete precissa ter para ele se afastar para sempre da Terra. Para achar esta velocidade precisamos que a energía cinética adquirida pelo foguete deve ser igual a energia gravitacional que precissa se vencer para escapar da atraçao gravitacional. Em equaçoes temos que, ½ mv2esc - G MTm/RT = 0 vesc = √(2GMT/RT) Repare que a velocidade de escape não depende da massa do objeto que será liberado. A velocidade de escape é a mesmo para um foguete que para uma molécula. 1.5. Bibliografia Raymond A. Serway e John W. Jewett, Jr. Princípios de Física, Volume 1, tradução ao português da Terceira edição Americana, 2004. Halliday, Resnick e Walker, Fundamentos de Física, Volume 1, Oitava Edição, 2007. 12 | P á g i n a