Características gerais dos corais Corais são animais marinhos que vivem fixos no fundo mar e existem há cerca de 250 milhões de anos. Ao lado de algas calcárias e outros organismos, eles formam os recifes de corais - os ambientes mais ricos do planeta em número de filos animais e vegetais encontrados. Eles providenciam alimento e proteção a uma grande variedade de organismos vivos, trataram-se aliás, ao lado das florestas tropicais, dos sistemas com maior diversidade biológica concentrada. Para todos nós, seres humanos, uma boa parte dos animais relacionados com os recifes de coral são uma importante fonte de alimento: peixes, caranqueijos, lagostas, conchas e amêijoas, vivem permanentemente ou uma parte da sua vida, junto dos recifes de coral. No entanto, os cientistas de todo o mundo, estão preocupados porque os recifes de coral tem sofrido uma grande pressão e como resultado, estão a degradar-se rapidamente. O recife de Coral é composto por camadas muito finas de carbonato de cálcio que foram produzidos ao longo de milhares de anos por bilhões de pequeninos animais de corpo mole a que chamamos de pólipos de coral. A maior parte dos corais são constituídos por muitos pólipos juntos num grande grupo ou numa chamada colónia. Um simples pólipo tem um corpo na forma de um tubo com uma boca rodeada de tentáculos que utiliza para capturar pequenas partículas alimentares. Cada pólipo constrói uma estrutura calcária onde se aloja e vive em conjunto com uma alga que se chama zooxanthelae. É esta alga minúscula responsável pelas cores que observamos nos corais como verde, amarelo, azul, lilás, castanho e muitas outras. Quando os pólipos morrem, novos pólipos crescem por cima dos esqueletos de calcário que ficam. Assim, quando vemos um recife de coral, apenas a fina camada superficial é que é constituída por pólipos vivos na verdade, um kg de coral pode ter mais de 80.000 pólipos. Alguns pólipos chegam a medir 20 cm de diâmetro, tal como o coral cogumelo, e a viver independentemente. No entanto, a maior parte dos pólipos são muito pequenos (menos de um cm de diâmetro) e constituem colônias de muitos pólipos juntos tal como uma Acropora ramificada. Apesar de se parecerem com as plantas, os corais são animais marinhos pertencentes à mesma família das anêmonas e garrafas azuis, os chamados cnidários. Os corais podem ser divididos em dois tipos principais. Os corais duros possuem um esqueleto externo rígido e ocorrem numa variedade de tamanhos e formas tal como se pode ver nas imagens. Os corais moles as gorgonêas tais como os leques marinhos os chicotes marinhos, não possuem um esqueleto externo e movimentam-se com as correntes. De forma simplificada, os corais constroem um “esqueleto” (o exoesqueleto) formado por um carbonato de cálcio. As larvas se fixam em um substrato adequado e, a partir dali, vão precipitando o mineral, formando seu exoesqueleto. Essa precipitação é continua e, por isso, eles tendem a crescer em direção vertical. Em geral, constituem colônias, formando, assim, recifes. O mineral usado na formação do exoesqueleto dos corais modernos é a aragonita – ao contrário dos corais tabulados e dos rugosos, que usavam predominantemente a calcita. A aragonita é um mineral estável nos ambientes atuais, mas tende a ser substituída pela calcita quando o organismo é fossilizado. A importância para a biodiversidade marinha O eventual desaparecimento dos recifes de corais, por sua vez, comprometeria todo o ecossistema marinho. Esses organismos constroem estruturas que sustentam uma grande quantidade de seres marinhos. Se eles perdem espaço no oceano, também são prejudicados peixes, moluscos, lulas, crustáceos e caranguejos, entre outros Os recife de coral só crescem em águas pouco profundas, relativamente quentes (mais de 20o C) e transparentes. 1. Constituem uma barreira contra a força das ondas evitando a erosão; 2. Constituem uma fonte de proteínas para a dieta alimentar da população costeira, calcula-se que num km2 d recife de coral (um quadrado de 1000x1000 metros) se produzem cerca de 30 toneladas de pescado por ano; 3. Providenciam alimento, abrigo e proteção a cerca de um milhão de espécies marinhas, sendo um importante viveiro para os peixes em crescimento; 4. Proporcionam empregos através da pesca e da indústria do turismo; 5. são importante atrativo turístico para os mergulhadores que querem vê-los, filmar e tirar fotografias; 6. São fonte de substâncias com valor medicinal que ajudando a combater várias doenças. Mais recentemente, os corais têm sido utilizados na reconstrução do tecido ósseo nos seres humanos. Fatores que prejudicam os corais . Há muitas causas de destruição dos corais, no mundo e podem ser divididas em causas naturais e causas humanas. (poluição, pesca descontrolada, mudanças climáticas (aquecimento global), com isso os recifes de corais do mundo sofrem grande ameaça No que diz respeito às causas naturais, pouco podemos fazer: vendavais e tempestades que partem os corais, o aumento da temperatura da água pode causar mortes massivas de corais; noutros casos, os corais são fortemente atacados por predadores naturais como algumas espécies de peixe (os peixes papagaios, alguns peixes borboleta) e estrelas do mar e ouriços. Principais causas humanas: 1. Os corais são partidos e colhidos para serem vendidos aos turistas; 2. Âncoras e atiradas sobre os recifes de coral podem destrui-los; 3. Métodos destrutivos de pesca; 4. A sobrepesca de algumas espécies com a retirada de demasiados exemplares de apenas uma espécie cria desequilíbrios entre os seres vivos de um recife de coral; 5. A poluição das águas que circundam os corais provocada pelos esgotos das cidades, fábricas, pelo combustível dos barcos ou simples lixo podem levar à morte destes organismos.