DEVANILDO DE SOUZA SANTOS REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA: transformando modos de relação e comunicação entre sujeitos da rede de assistência à saúde de Dourados DOURADOS– MS 2011 2 DEVANILDO DE SOUZA SANTOS REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA: transformando modos de relação e comunicação entre sujeitos da rede de assistência à saúde de Dourados Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientador (a): Prof. Msc. Elizandra Venâncio. DOURADOS – MS 2011 3 RESUMO SANTOS, Devanildo de Souza. REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA: transformando modos de relação e comunicação entre sujeitos da rede de assistência. DOURADOS: Escola de Saúde Pública Prof. Jorge David Nascer, 2011. 22p. (Monografia – Pós-graduação Lato Sensu) Considerando a importância da Política Nacional de Humanização (PNH) para o Sistema Único de Saúde bem como para a Saúde da Família, sendo um de seus princípios a transversalidade, entendido como aumento do grau de comunicação intra e intergrupos, foi proposto a implementação da referência e contra-referência no Posto de Assistência Médica de Dourados (PAM), objetivando implementar a conta-referência dos pacientes assistidos nesse serviço, fortalecer o vínculo entre Atenção Básica e Atenção Especializada e aprimorar a comunicação entre o PAM e as equipes de Saúde da Família. Dessa forma, a intervenção foi efetivada a partir do mês de agosto de 2011, sendo verificados todos os pacientes atendidos nos períodos matutinos e vespertinos no PAM, considerando apenas os dias úteis da semana, coincidindo com horário de atendimento das equipes de Saúde da Família. Para viabilizar a análise dos usuários, foi desenvolvido um software específico para isso, onde essa ferramenta permitia verificar a procedência, a queixa e a freqüência desse usuário no serviço. Essa ferramenta facilitou delimitar aqueles pacientes procedentes da Atenção Básica que teriam prioridade de serem cotrareferenciados, bem como facilitar a localização das equipes de origem desses usuários atendidos e comunica-las, por meio da contra-referência, a situação problema do atendimento e a freqüência ao serviço. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5 2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................. 7 2.1 Sistema Único de Saúde ...................................................................................................... 7 2.2 Programa de Agente Comunitários de Saúde e Programa Saúde da Família ............. 10 3. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 13 4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ...................................................................................... 14 5. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 15 5.1 Objetivo Geral ................................................................................................................... 15 5.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 15 6. METODOLOGIA.................................................................................................................... 16 8. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................ 17 9. CONCLUSÃO.......................................................................................................................... 23 10. REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 24 ANEXO I ...................................................................................................................................... 27 5 1. INTRODUÇÃO A Política Nacional de Humanização (PNH) foi implantada em 2003, tendo em vista a mudança nos processos de trabalho e de gestão da saúde, sendo um desafio para o sistema que tende para a criação de novos modos de produção de serviços e circulação do poder. Essa nova perspectiva aposta em uma nova visão, onde não há dissociação entre os modos de gerir processos de trabalho e de produção de saúde. É um tema transversal que perpassa diversos níveis, instâncias e ações de saúde. Dessa forma, cada ator que faça parte desse processo ganha importância a partir do momento em que percebe o significado de suas ações para consolidação do Sistema de Saúde (BRASIL, 2009). Coincide com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo em vista assegurar a necessidade de atenção integral à saúde, da condição de direito e de cidadania do usuário do Sistema, avança na perspectiva da transdiciplinaridade e propõe uma atuação que resulte na ampliação de direitos e de retorno com melhorias no aprimoramento nas relações entre os entes envolvidos: usuários, trabalhadores e gestores. Parte do principio da necessidade de reorganização dos processos de trabalho em saúde, propondo transformações nas relações entre esses entes envolvidos e nas formas de produzir e prestar serviços à população. Verifica-se a horizontalização dos poderes, valorizando a participação de todos os atores envolvidos, trabalho em equipe, resultando em democratização dos processos decisórios, bem como a coresponsabilização pelos resultados (FILHO, 2007). Dentro dessa Política os processos de trabalhos em saúde recebem alguns arranjos que criam novas alternativas e facilitam o enfrentamento de problemas, tendo como diretrizes o acolhimento, a clinica ampliada, a cogestão, a produção de redes, a valorização do trabalho e do trabalhador de saúde. Podemos entender o SUS como sendo um sistema de saúde composto por vários órgãos onde, a ligação de cada órgão desse sistema, forma uma rede de assistência funcionando de forma descentralizada na produção de bens e serviços para os usuários desse mesmo sistema com a participação de vários atores distribuídos entre gestores, trabalhadores e os próprios usuários. Se percebemos uma rede de assistência, automaticamente deduzimos que ela necessita ter conectividade e comunicação entre os diversos pontos de sua composição. Assim sendo, a 6 referência e a contra-referência são os elos que ligam essa rede, possibilitando a comunicação e reafirmando o vínculo criado pelo serviço com o usuário nas diversas formas de atendimento. A ampliação do conceito de doença para além dos limites hospitalares, como sendo um processo que exige novas abordagens para seu enfrentamento, nos obriga a pensar numa rede assistencial de saúde como estratégia que culminou com a criação de um sistema de saúde universal, integral, unificado e articulado em redes regionalizadas e descentralizadas consideradas dentro de um determinado território (BRASIL, 2009). Os serviços disponíveis nessa rede são os nós onde estão presentes as atividades de uma unidade básica de saúde, hospitais, unidades de pronto atendimento, centros de atenção psicossocial, entre outros. No entanto a existência dessa rede nos implica questionarmos como esses diversos serviços estão se relacionando, como estão se comunicando entre seus diversos níveis? Dessa forma a referência e a contra-referência são imprescindíveis como principal instrumento de comunicação e ligação desses serviços. Mais adequado ainda se fosse disposto de maneira circular e não em fluxos ascendentes e descendentes, organizado a partir da lógica do que seria mais importante para o usuário, no sentido de fornecer a tecnologia certa, no espaço certo e na hora adequada, reavaliando suas potencialidades de fragilidades para equalização e soluções cada vez mais resolutivas (FRATINI, 2007) A atenção básica, serviços de urgência e emergência, assim como os hospitais se configuram como redes especializadas (homogêneas). Esses serviços podem ser visualizados numa concepção hierárquica ainda de pirâmide, onde se distribui em níveis de atenção ou mesmo de círculo onde cada serviço assume responsabilidades com tecnologias adequadas, para ocasiões também adequadas, constituindo uma rede heterogênea de assistência a saúde. Seja o serviço entendido de forma hierarquizada em níveis de atenção ou complementares entre si de forma circular, o usuário dessa rede precisa ser acolhido, atendido em suas necessidades e referenciado quando existir a necessidade. Esse é um ponto estratégico que não pode ser perdido de vista, pois a falta de conectividade (referência e contra-referência) pode quebrar o vínculo criado com o usuário, que por sua vez se perde nessa rede, e essa, a resolutividade (BRASIL, 2009). 7 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Sistema Único de Saúde A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser considerada como uma grande inovação das políticas sociais, conquistado mediante reivindicações de vários seguimentos da sociedade. A Constituição Federal de 1988 passou a garantir que “saúde é direito de todos e dever do Estado”, defendendo a assistência médica de forma integral e universal, com disponibilização do acesso a todos os usuários, com gestão hierarquizada e descentralizada. Estabeleceu-se ainda que suas ações devessem estar submetidas ao controle social, de forma paritária entre usuários e representantes dos demais seguimentos: trabalhadores, gestores e prestadores. Por fim, estabelecidos os princípios do SUS, a universalidade, integralidade, descentralização, equidade e a participação popular (MAIO e LIMA, 2009). Criado o SUS na Constituição, havia a necessidade de regulamentação e de ordenamentos que apontassem a dinâmica de seu funcionamento. Assim sendo, foram criadas as leis orgânicas da saúde: a Lei 8.080/90, regulando em todo o território nacional as ações dos serviços de saúde e a Lei 8.142/90, dispondo sobre o controle social e dos recursos financeiros do Sistema. A finalidade dessa regulamentação era alterar as situações de desigualdades na assistência à saúde de nossa população, tornando obrigatório o atendimento público a todos os cidadãos, proibindo cobranças de qualquer quantia no atendimento público de saúde. Nesse momento tínhamos as leis orgânicas da saúde (BRASIL, 2003). Realizar gestão de saúde num pais de dimensões continentais como o Brasil obviamente é um desafio, considerando as diferentes realidades e especificidades de cada região. Porém o SUS precisava caminhar. Em 1991 foi elaborada a primeira Norma Operacional Básica (NOB) SUS 91, que regulamentava as leis orgânicas da saúde e como relata Marin (2003, p. 14), sendo criticada por seu caráter essencialmente técnico e burocrático, apontando para a descentralização onde os estados perdiam o poder na medida em que os municípios fossem assumindo a gestão numa rede essencialmente estadualizada. 8 No ano seguinte surge a Norma Operacional Básica 92 SUS (NOB 92) previa os seguintes sistemas de informação: Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS) e o Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS), sob responsabilidade das secretarias estaduais de saúde, bem como o controle e avaliação, com implantação dos serviços de auditoria. Em 1993 é elaborada uma nova Norma Operacional Básica SUS (NOB 93), que implicava numa distribuição de poder mais efetiva, redefinição dos papéis dos gestores e estabelecendo novas relações nas três esferas de governo, tendo a necessidade de um processo pactuado e flexível que abriria o diálogo para a negociação (BRASIL, 1992, 1993) O diálogo entre as três esferas de governo passava a ser estabelecido com pactuações, através de um processo flexível que permitia a negociação. A NOB 93 previa as Conferências de Saúde a cada quatro anos em todos os níveis de governo. Surgem as Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite onde as esferas gestoras do SUS passam a ser organizadas da seguinte forma: A esfera federal: Ministério da Saúde (MS), Conselho Nacional de Saúde (CNS) e Comissão Intergestores Tripartite (CIT); A esfera estadual: Secretaria Estadual de Saúde (SES), Conselho Estadual de Saúde (CES) e Comissão Intergestores Bipartite (CIB); A esfera municipal: Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Conselho Municipal de Saúde (CMS). Assim o SUS caminhou até 1996, quando surge a Norma Operacional Básica 96 (NOB 96) que teve a finalidade de promover e consolidar o pleno exercício do poder municipal na gestão de saúde de sua população, redefinindo as responsabilidades dos Estados, Distrito Federal e da União, avançando na consolidação dos princípios do SUS. Coloca o município como responsável, em primeira instância, pela situação de saúde de sua população, organizando os serviços que estão sob sua responsabilidade e participando na construção do acesso aos demais serviços, bem como do financiamento juntamente em conjunto com os demais gestores envolvidos. São estabelecidas duas condições de gestão para os municípios: Gestão Plena de Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal. Os Estados poderiam aderir a Gestão Avançada do Sistema Estadual e Plena do Sistema Estadual (BRASIL, 1996) A complexidade do Sistema aumentava e surge a Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS – SUS 01/2001, que previa a ampliação das responsabilidades dos municípios na 9 atenção básica, definindo o processo da assistência, criava mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do SUS e atualizava os critérios de habilitação dos estados e municípios. Foi motivada pela constatação de que municípios muito pequenos não poderiam gerir um sistema funcional completo, assim como outros que eram pólos regionais para onde migravam demandas de municípios próximos. Assim o processo de descentralização tem sua discussão aprofundada nessa Norma que enfatiza a regulação e regionalização das ações de saúde (MARIN, 2003). Previa a implantação do Plano Diretor de Regionalização das ações de saúde onde essas ações deveriam estar previstas para acontecer o mais próximo possível da residência de seus usuários assim como deveria prever ações de suprimento e dispensação dos medicamentos da Farmácia Básica. Formulava os conceitos de região de saúde, módulo assistencial, município sede, município pólo, para organização da assistência no âmbito estadual, que deveriam ser observados pelo Plano. Agora os municípios poderiam ser habilitados em duas condições: Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada (GPABA) e Gestão Plena do Sistema Municipal (GPSM) (BRASIL, 2001). A Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS – SUS 01/2002, buscava atualizar as prerrogativas da NOAS 01/2001, que tem seus efeitos cessados a partir dessa nova Norma. Resultou do contínuo movimento de pactuação entre os três níveis de gestão, visando o aprimoramento do SUS. Com a publicação das NOAS – SUS 01/2001, tanto o Ministério da Saúde, como as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, em conjunto com os Conselhos desenvolveram atividades de planejamento e de adequação de seus modelos assistenciais, de gestão ao que foi estabelecido, analisando criticamente os desafios que essas novas diretrizes organizativas trariam para sua realidade. Momento em que verificaram-se entraves em algumas unidades da federação, no que diz respeito à operacionalização de determinados itens, decorrente das dificuldades para estabelecer o comando único sobre os prestadores de serviços ao SUS e assegurar a totalidade da gestão municipal na sedes dos módulos assistenciais, assim como a detecção de fragilidades para apontar mecanismos necessários à efetivação da gestão estadual para as referências intermunicipais. Em função de viabilizar os debates sobre estas questões, que eram pontos de conflitos para implantação da Norma (NOAS/2001), o processo de negociação foi reaberto durante o segundo semestre de 2001. Realizado os acordos que contemplavam propostas referentes ao comando único sobre os prestadores de serviços de média e alta complexidade e o fortalecimento da gestão 10 dos estados sobre as referências intermunicipais, publicam-se as NOAS – SUS 01/2002. Finalmente cabe ressaltar que essa Norma, ao assegurar a manutenção das diretrizes organizativas já definidas, também procura oferecer alternativas necessárias à superação das dificuldades e impasses oriundos da NOAS – SUS 01/2001 (BRASIL, 2002). 2.2 Programa de Agente Comunitários de Saúde e Programa Saúde da Família A Saúde da família surge com o objetivo de reorganizar as práticas assistenciais com novas bases e critérios em substituição ao modelo tradicional de assistência. O conjunto de conhecimentos técnicos e políticos oriundos das experiências com o Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS) e da Estratégia de Saúde da Família (ESF) desencadeou esse processo de transformação, formando bases conceituais e operacionais, do qual se tem chamado de Atenção Básica à Saúde no Brasil, tendo suas relações com os demais níveis da assistência. Essas experiências têm se sustentado nos eixos transversais da universalidade, integralidade e da equidade, num contexto de descentralização do sistema e do controle social, nos princípios doutrinários e organizativos do SUS, ancorados num conjunto de leis e normas que regem o sistema (WAI, 2007). O Programa de Agente Comunitário de Saúde e o Programa de Saúde da Família (PSF), são programas que tiveram influências externas de diferentes modelos de saúde da família, em particular os modelos canadense, cubano e inglês, apesar de situações e realidades ímpares. Suas origens no Brasil estão no Programa de Agentes de Saúde (PAS), implantado no estado do Ceará, Na década de 80, como parte de um programa de combate à seca. Verificando-se a eficácia dessa ação, com resultados significativos, especialmente em relação à saúde da criança – diminuição da moralidade infantil no Estado - essa experiência bem sucedida estimulou o Ministério da Saúde a 11 desenvolver o Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde (PNACS) em 1991. Esse Programa foi implantado inicialmente nas regiões Norte e Nordeste, devido aos altos índices de doenças em decorrência da pobreza e da miséria. Posteriormente foi estendido para o restante do país com a denominação de Programa de Agentes Comunitários de Saúde (FERREIRA et al. 2009). A experiência do PACS foi importante e logo se verificou a necessidade de um projeto de aprimoramento da atenção básica e que fosse mais resolutivo para o sistema de saúde, onde essas necessidades não eram essencialmente contempladas dentro das expectativas do PACS. Essa percepção levou o município de Quixadá, no Estado cearense, a desenvolver uma experiência pioneira de Programa de Saúde da Família, que serviu de base para o Ministério da Saúde implantá-lo, em âmbito nacional, a partir de 1994. O Programa de Agentes Comunitários de Saúde hoje pode ser considerado como parte da Saúde da Família. É considerado um programa de transição para a Saúde da Família, principalmente nos municípios ou partes destes onde ainda não há a Estratégia de Saúde da Família (NASCIMENTO, 2008). A Saúde da Família surge então como uma forma de reorientação do modelo assistencial a partir da Atenção Básica, em substituição ao modelo tecnista/hospitalocêntrico que não atendia mais aos novos conceitos e mudanças propostas pelas conferências nacionais e internacionais de saúde e das novas demandas geradas a partir desse momento. As equipes, compostas de forma multiprofissional, são responsável por um número finito de família com base territorial definida, com ações de prevenção de doenças, promoção da saúde, recuperação e reabilitação de agravos e na manutenção da saúde da comunidade. Diante disso a saúde da família apresenta uma nova proposta de trabalho, considerando a família como o centro da atenção, tendo uma visão pró-ativa da saúde, visando os ciclos de vida, objetivando a prevenção de agravos e a promoção da saúde (SANTANA et al. 2009). 12 Em 2006 o Ministério da Saúde institui a Política Nacional da Atenção Básica (PNH) e o que era um Programa, passa a ser uma Estratégia. Nesse processo histórico, a Atenção Básica foi gradualmente se fortalecendo, constituindo em porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo o ponto de partida para a estruturação dos sistemas locais de saúde. Essa Política definia os princípios gerais da então Estratégia de Saúde da Família (ESF), visando à reorganização da Atenção Básica no Brasil, de acordo com os preceitos do SUS (BRASIL, 2006). Recentemente, considerando a necessidade de revisar e adequar as normas nacionais à conjuntura atual e a consolidação da ESF como forma prioritária, para reorganização da Atenção Básica no Brasil, o Ministério da Saúde publica a Portaria 2.488 de 21 de outubro de 2011 que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, Estratégia de Saúde da Família e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (BRASIL, 2011). 13 3. JUSTIFICATIVA Para que ocorra de fato a integralidade da assistência nos serviços do SUS, faz-se necessário que se estabeleça uma forma de comunicação entre as diversas complexidades dos serviços, propiciando um atendimento que permita o conhecimento do histórico de saúde do usuário. O sistema de referência e contra-referência é um mecanismo de vital importância, tendo como objetivo informar ao serviço referido o estado de saúde, a doença e o tratamento vinculado ao indivíduo. Assim sendo, o vinculo do usuário com o serviço de saúde torna-se fortalecido, com mais garantias de acesso e do atendimento (FRATINI, 2007). Há alguns aspectos de suma importância nesse processo: Vinculação: o usuário sente-se acolhido pelo Sistema de Saúde e sente-se amparado, pois consegue ser atendido em suas necessidades; Resolutividade: há a probabilidade de que o sistema seja muito mais resolutivo e eficiente; Diminuição de custos uma vez que, o paciente não perdendo o vínculo com o serviço, não há a necessidade de ocupar várias vezes o mesmo ponto da rede na tentativa de resolver o mesmo problema de saúde; Dessa forma podemos entender que a contra-referência é peça fundamental para a construção de um atendimento integral, melhorando inclusive as respostas do paciente ao tratamento implicado por um atendimento humanizado e indo ao encontro de um sistema de saúde mais eficiente e resolutivo. 14 4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Integralidade da assistência em saúde prejudicada por falta de conta-referência dos pacientes assistidos no serviço de urgência e emergência do Posto de Assistência Médica. 15 5. OBJETIVOS 5.1 Objetivo Geral Implementar a conta-referência dos pacientes assistidos pelo Posto de Assistência Médica. 5.2 Objetivos específicos 1. Fortalecer vínculos entre a Assistência Especializada e a Atenção Básica; 2. Aprimorar a comunicação entre o Posto de Assistência Médica e as equipes de Saúde da Família. 16 6. METODOLOGIA A proposta de intervenção foi concretizada com a implantação da contra-referência dos pacientes atendidos no Posto de Assistência Médica no mês de agosto de 2011, após um processo de discussão em equipe, incluindo enfermeiros e médicos que se propuseram a viabilizar o processo, porém, seria atividade vinculada principalmente aos médicos, não extinguindo a possibilidade da participação do enfermeiro uma vez que em muitos casos, a ausência do médico implica numa atitude emergencial da equipe de enfermagem. Num primeiro momento, no mês de junho, foram realizadas duas reuniões com os médicos e enfermeiros para esclarecer sobre os objetivos da ação, finalidade e levantamento de problemas. Nesse momento ficou definido o modelo de formulário a ser usado (ANEXO I), a opção de que somente os pacientes com doze anos ou mais, com maior freqüência no serviço e apresentando problemas crônico degenerativos seriam contra-refereciados, bem como a possibilidade da elaboração de um Software que viabilizasse o monitoramento dos usuários do Posto de Assistência Médica (PAM). Em seqüência, no mês de julho, foi contratado um profissional formado em análise e programação de sistemas de computadores, repassado a esse, as rotinas e necessidades do serviço de saúde do PAM, que desenvolveu o Programa SIS PAM, que passou a viabilizar o monitoramento dos pacientes atendidos com relação a sua freqüência, queixa e origem. Com a implantação da referência e contra-referência e o uso do software, os pacientes que tinham como procedência a Atenção Básica e que poderiam ser contra-referenciados, dentro dos critérios pré-estabelecidos, passaram também a ter seguimento, pois os dados fornecidos pelo programa possibilitaram localizar a equipe de saúde de origem, o endereço e telefone do usuário e dessa forma saber se realmente esse usuário procurou a equipe com o formulário de contrareferência preenchido pelo médico de plantão. Esse monitoramento e o contato com as equipes de saúde bem como com o usuário, ficou sob a responsabilidade do supervisor do pronto atendimento de PAM. 17 8. RESULTADOS E DISCUSSÃO No mês de agosto foram verificados 2.259 atendimentos de consulta médica a pacientes de 12 anos ou mais nos períodos matutinos e vespertinos, contando os dias úteis de segunda a sexta-feira. Observou-se que há uma concentração na faixa etária de 20 a 40 anos, correspondendo a 44,1% dos usuários atendidos. Quanto a distribuição por sexo, verifica-se que a maior parte é masculino, com 53,9% do total, conforme dados da tabela 1. O Posto de Assistência Médica (PAM) é uma policlínica, possuindo ambulatórios de várias especialidades, serviços de imagem, imunização, atendimento de urgência e emergência adulto e pediátrico. Para esse trabalho foi escolhido o pronto atendimento de adultos para facilitar os trabalhos, uma vez que a demanda, conforme mostra os dados, é expressiva. Uma das características do serviços que foi observado é que a maioria do público que procura o atendimento são pessoas economicamente ativas, principalmente do sexo masculino (53,9%), que estão relacionadas à saúde do trabalhador, uma vez que não há a necessidade de agendamento de consultas, pelas próprias características do serviço. Considerando ainda que as unidades de saúde da família possuem uma agenda e com horário de atendimento fixo, as pessoas que estão no local de trabalho e apresentam algum problema de saúde procuram o serviço do PAM pois sabem que certamente conseguirão ser atendidos. Muito provavelmente é o que justifica a concentração nessa faixa etária de 20 a 40 anos e a predominância do sexo masculino. A experiência nos mostra que há uma predominância dos atendimentos na Saúde da Família de crianças, idosos e pessoas do sexo feminino, uma vez que são pessoas que estão mais tempo em casa e buscam o atendimento pela proximidade e pela referência do serviço. Podendo ocorrer o contrário com a população economicamente ativa, que tem preferência pelo serviço de urgência emergência. 18 Tabela 1 - Distribuição do número e percentual dos usuários > de 12 anos atendidos no PAM, por idade e sexo, no mês de agosto de 2011, no período matutino e vespertino, em dias úteis de segunda a sextafeira. Faixa etária Total Porcentagem < 1 0 0 1├ 5 0 0 5 ├ 10 0 0 10 ├ 15 52 2,3 % 15 ├ 20 235 10,4 % 20 ├ 40 997 44,1 % 40 ├ 50 317 14,0 % 50 ├ 60 277 12,3 % 60 ou + 381 16,9 % Total 2259 100 % Feminino 1041 46,1 Masculino 1218 53,9 Total 2259 100 % Fonte: SIS PAM Uma outra questão que merece ser analisada é ao que se refere à procedência. Como podemos observar na tabela abaixo, entre as unidades que possuem equipes de saúde de família, tendo o usuário afirmado ser a sua origem foi a Unidade do Ouro Verde com 90 pacientes. Porém, essa Unidade possui três equipes de Saúde da Família. Se distribuirmos os usuários proporcionalmente por equipe, teríamos então a unidade de Saúde Piratininga com 76 pacientes, pois nessa unidade funciona apenas uma equipe. Um dos fatores que pode estar influenciando nessa demanda, pode ser a proximidade do PAM com essas unidades de saúde, uma vez que a região do Santo André aparece com 146 e é considerada muito próxima ao PAM, em contraste com o Seleta, com 47 pacientes, porém que fica no lado oposto da cidade, distante do PAM. Ainda nos chama a atenção que 656 usuários não sabiam referir a que unidade de saúde pertencia quanto a isso podemos indagar se realmente não há unidade de saúde de referência ou se o 19 usuário não possui ou não quer ter vínculo com os serviços da Atenção Básica. Podemos perceber também alguns atendimentos de outros municípios como Naviraí, Deodápolis, Rio Brilhante, Douradina, Umuarama e Itaporã. Tabela 2 - Distribuição dos usuários atendidos segundo o local de referência: UNIDADE DE REFERÊNCIA TOTAL UNIDADE DE REFERÊNCIA TOTAL UNIDADE DE REFERÊNCIA TOTAL ALDEIA BORORO 4 ESTRELA PORÃ 14 PQ DO LAGO II 29 ALDEIA JAGUAPIRU ALTOS DO INDAIÁ ASILO 1 ESTRELA VERA 5 1 9 FLORIDA I 11 RESID. TERAPEUTICA RIO BRILHANTE 1 FLÓRIDA II 33 SAMU 31 BEM-TE-VI 6 INDÁPOLIS 15 SANTA BRIGIDA 1 CACHOERINHA 77 ITAHUM 7 SANTO ANDRÉ 146 CANAA I 33 ITAPORA 1 SELETA 47 CARISMA 42 IV PLANO 50 656 CASA RECUP. VL VARGAS CENTRO 1 IZIDRO PEDROSO 83 SEM PROCEDÊNCIA UMUARAMA PR 2 MACAÚBA 2 UNEI 8 CHÁCARA CAIUÁS COLIBRI 15 MARACANÃ 56 VILA FORMOSA 2 36 NÃO SABE INFORMAR 8 VILA HILDA 34 CSU 27 NAVIRAI 1 VILA ÍNDIO 13 CUIABAZINHO 42 NOVO HORIZONTE 65 VILA INDUSTRIAL 80 DEODAPOLIS 2 OURO VERDE 90 VILA MATOS 2 JD OLIVEIRA 6 PANAMBI 9 VILA ROSA 60 JOÃO PAULO II 29 PICADINHA 1 VILA SÃO BRAZ 28 JÓQUEI CLUBE 77 PIRATININGA 76 VILA VIEIRA 22 VILA SÃO PEDRO 5 PQ DAS NAÇÕES I 49 VL ARAPONGAS 2 VILA VARGAS 7 MACAÚBA 2 VL ESPERANÇA 15 DOURADINA 5 PQ DAS NAÇÕES II 72 SUB TOTAL 427 TOTAL GERAL 650 2 3 1182 2.259 Fonte: SIS PAM Quanto à freqüência dos usuários ao serviço do PAM, foi verificado que 163 pacientes usaram o serviço entre duas e cinco vezes, conforme dados da tabela III. Nesses casos, 20 principalmente, foi dado atenção maior na contra-referência para as equipes de Saúde da Família, pois são pacientes que necessitam de acompanhamento e solução de caso ou mesmo a Saúde da Família referenciar para as especialidades. No município de Dourados os pacientes com casos eletivos são encaminhados para o ambulatório de especialidades através do Sistema de Regulação (SISREG) pelas Unidades de Saúde da Família ou pelas Unidades Básicas de Saúde de referência. Tabela 3 - Distribuição de freqüências do número de atendimentos de consultas usuários > de 12 anos atendidos no PAM, no mês de agosto de 2011, no período matutino e vespertino, em dias úteis de segunda a sexta-feira. Número de consultas Freqüência Fac 1 2096 2096 2 138 2234 3 16 2250 4 4 2254 5 3 2257 7 1 2258 6 0 2258 8 1 2259 Fonte: SIS PAM Considerando a queixa que o usuário relatou no momento da avaliação com classificação de risco do serviço, podemos constatar, conforme tabela IV, que a grande maioria dos casos poderiam ser atendidos nas unidades básicas de saúde como os problemas de pele, nódulos mamários, hérnias, dificuldade de audição, inapetência, etc. São casos em que os usuários são atendidos pelo PAM, mas é uma demanda que pode ser resolvida na Atenção Básica. De todos os pacientes que foram referenciados para a atenção básica, apenas 163, que tiveram freqüência igual ou maior que dois no serviço e foram acompanhados, comunicando as equipes de origem do seu atendimento no PAM. Porém, devido às dificuldades de pessoal, de tempo e de logística, não foi possível verificar se a as equipes conseguiram contatar seus pacientes, principalmente através do agente comunitário de saúde e se houve solução de caso. 21 . Percebemos na prática que apenas a Atenção Básica referencia para os demais serviços, não havendo a contra-referência desses serviços. Porquanto que há a necessidade desse retorno, principalmente dos serviços de urgência e emergência... Porém, essa iniciativa possibilitou que alguns médicos envolvidos nessa intervenção, verificassem a possibilidade de melhoria da qualidade daquele serviço de saúde, onde a rede necessitava de elos para sua conexão e o sistema de referência e contra-referência veio fortalecer essa conexão. São esses profissionais que ainda permanecem contra-referenciando os pacientes do PAM para a Atenção Básica e tornando efetiva essa iniciativa. Tabela 4 - Problemas referidos pelos usuários no momento da classificação de risco do PAM, agosto de 2001. Problema referido TOTAL Abscesso Acidente automobil. Acidente de trabalho Acido úrico Agressão por cão/gato 6 25 4 1 6 Alcoolismo Alergias Algias Problema referido TOTAL 1 49 14 1 8 Câimbra Calafrios Cefaléia Cervicalgia Odinofagia 6 1 198 19 70 5 34 525 Picada de formiga Quedas Contusões Problemas de ereção Problemas psicológicos Corpo estranho Inapetência tremores 34 5 6 3 10 131 Artralgia 19 Rouquidão 1 Astenia Atestado de saúde 10 24 Sinusite Sonolência 11 1 Bursite 1 Taquicardia 5 Colostomia Complicações por hip. Arterial Dependência química Dopler alterado Edemas Entorses Escoriações 1 21 Tontura Ferimento 19 57 Cisto Cólicas Problemas gastroinstestinais Problemas genecológicos Fraturas Problemas neurológicos Complicações por diabetes Doremências Curativos 1 1 23 30 4 1 1 1 2 1 Desmaio Dor torácica Emese Hemorragias Problemas de pele 14 61 43 19 5 Febre Fraqueza Gestação Hanseníase 29 5 1 1 16 22 3 117 Feridas Gânglio infartado Gripe/resfriado Hemorródia 2 6 34 2 Herniações 2 26 Hiperemia 8 Hipotenção 15 1 Prostatite 1 Intoxicação química 2 Reidratação oral Trombose Verrugas Zumbido Parada cardiorespiratória Polimialgia Problemas aculares Problemas de audição Problemas do aparelho respiratório Problemas do aparelho urinário Problemas odontológicos queimaduras 3 Insônia 3 1 3 7 8 19 35 22 Lavagem de ouvido Mal estar Mialgia Mostrar exames Otalgia Traumas Verminose TOTA PARCIAL TOTAL GERAL Fonte: SIS PAM 1 25 10 21 15 46 1 915 Retirada de pontos Seqüelas de AVC Sondagens Sutura Tendinite Traqueostomia Vertigens 9 2 2 16 1 2 46 484 Lombalgia Manchas de pele Miastenia Éxere Palidez Troca de receita 125 3 8 6 1 8 860 2.259 23 9. CONCLUSÃO De todos os usuários que foram referenciados para a atenção básica, apenas 163 tiveram freqüência igual ou maior que dois no serviço. As equipes de Saúde da Família foram informadas do atendimento de seus pacientes no PAM, tendo em vista que um dos objetivos era aprimorar a comunicação entre o PAM e as equipes de Saúde da Família. Porém, devido às dificuldades de pessoal, de tempo e de logística, não foi possível verificar se a as equipes conseguiram acompanhar seus pacientes, principalmente através do agente comunitário de saúde, e se houve solução de caso. Diante dos resultados apresentados, verifica-se a necessidade do aprimoramento do sistema de referência e contra-referência dos serviços de urgência e emergência, com ênfase para os casos de doenças crônicas- degenerativas, cujo paciente possui uma equipe de saúde da família de referência. Apesar da ação ter contribuído para fortalecer o vínculo entre Atenção Especializada e Atenção Básisca, as dificuldades administrativas já citadas, verificadas durante e após essa intervenção foram reais e implicaram na falta de continuidade das ações. Atualmente, apenas alguns casos são contra-referenciados e não há o seguimento do paciente, em virtude da falta de continuidade de funcionamento do programa SIS PAM, justificado pela falta de pessoal e de logística para manter e ampliar suas ações. As equipes de Saúde da Família e as Unidades Básicas de Saúde que contém Estratégias de Agentes Comunitários de Saúde (EACS), como são os casos da UBS Santo André e Seleta, necessitam saber quais as necessidades de saúde de sua população sob sua responsabilidade e a contra-referência apresenta-se como elo que fortalece essa comunicação, tendo em vista a integralidade da assistência. Porém, esse é um processo que necessita ser fortalecido e avaliado a longo prazo. Essa pequena intervenção já apontou que os resultados são satisfatórios e importantes e apontam o caminho. . 24 10. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Ministerial. Portaria nº. 2.203, de 06 de novembro de 1996. Resolve aprovar, nos termos do texto anexo a esta Portaria a NORMA OPERACIONAL BÁSICA 01/96, a qual redefine o modelo de gestão do Sistema Único de Saúde, constituindo, por conseguinte, instrumento imprescindível à viabilização da atenção integral à saúde da população e ao disciplinamento das relações entre as três esferas de gestão do Sistema. Diário Oficial da União, Brasília, v. 134, n. 216, p. 22932, 6 nov. 1996, Seção I. ______. Ministério da Saúde. Portaria n° 545, de 20 de maio de 1993. Estabelece normas e procedimentos reguladores do processo de descentralização da gestão das ações do serviço de saúde, através da Norma Operacional Básica – SUS 01/93. Diário Oficial da União de 24 de maio de 1993. n°. 96. Seção I. pg. 6.961. ______. Ministério da Saúde. Portaria n°. 373 de 27 de fevereiro de 2002. Estabelece sobre a regionalização da assistência à saúde: aprofundando a descentralização com equidade no acesso. Norma Operacional de Assistência à Saúde: NOAS – SUS 01/02. Diário Oficial da União de 27 de fevereiro de 2002. ______. Ministério da Saúde. Portaria nº. 234, de 07 de fevereiro de 1992. Edição da Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde para 1992 (NOB-SUS/92). Diário Oficial da União de 10 de fevereiro de 1992. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Portaria n°. 95 de 26 de janeiro de 2001. Estabelece sobre a Regionalização da assistência à saúde: aprofundando a descentralização com eqüidade no acesso. Norma Operacional da Assistência à Saúde: NOASSUS 01/01. Diário Oficial da União de 29 de janeiro de 2001. _______. Ministério da Saúde. Portaria Ministerial. Portaria n°. 2.488 de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia da Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial da União n°. 204, de 24 de outubro de 2011. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 25 _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção Básica e da Gestão do SUS. Redes de Produção de Saúde. Brasília - DF: 2009. 48 p. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção Básica e da Gestão do SUS. Humaniza SUS na Atenção Básica. Brasília - DF: 2009. 44 p. FERREIRA, Vitória Solange Coelho; ANDRADE, Cristina Setenta; MERHY, Emerson Elias. Processo de Trabalho do Agente Comunitário de Saúde e a reestruturação positiva. 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Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Série B. Textos Básicos da Saúde. Brasília – DF: 2004. NASCIMENTO, Cynthia Maria Barbosa. Análise do cumprimento das práticas dos agentes comunitários de saúde em municípios da Região Metropolitana de Recife. 2008. 158 p. Dissertação (Mestrado em saúde pública) – Centro e Pesquisa Eggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz. Recife, 2008. SANTANA, Júlio César Batista; VASCONCELOS, Agda Lacerda de; MARTINS, Cristina Valadares; BARROS, Jaime Vitor de; SOARES, José Mateus; DUTRA, Bianca Santana. Agente Comunitário de Saúde: percepções na Estratégia da Saúde da Família. Cogitare Enfermagem. Paraná, Vol. 14, n° 4, out/dez 2009. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/cogitare/article/viewFile/16377/10858> Acesso em: 03 mar 2011. WAI, Mey Fan Profírio. 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