ATENÇÃO Caso o seu veículo publique – parcialmente ou na íntegra – esta matéria de serviço, envie-nos uma cópia da edição. O endereço é o SRTVN Qd. 701 – Centro Empresarial Norte, Bl.A, Sl. 735 – Cep.: 70.710-200 - Brasília/DF. Obrigado. Legenda da foto: Programa do governo federal permite acesso a procedimentos odontológicos básicos e de maior complexidade Crédito da foto: Arquivo/MS Brasil Sorridente completa dois anos Desenvolvido pelo Ministério da Saúde, programa promove a saúde bucal da população Desde que criou o programa Brasil Sorridente, em 2004, o Ministério da Saúde já implementou 475 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), unidades que atendem, em média, 5 mil pessoas por mês. O número de atendimentos dos CEOs chegou a cerca de 3 milhões. Até o final do ano, o governo pretende elevar de 13,13 mil para 15 mil o número de equipes de Saúde Bucal (ESB) na Estratégia Saúde da Família (ESF). Essas medidas contribuem para promoção da saúde bucal dos brasileiros. Segundo o coordenador do Programa de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, o Brasil Sorridente conseguiu tirar o país de uma situação precária. , “O programa é uma das maiores políticas de inclusão social, já que permite acesso aos procedimentos odontológicos básicos e de maior complexidade” ,sintetiza. O Programa Brasil Sorridente tem como finalidade beneficiar milhões de brasileiros pela promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde bucal. Por essa ótica, pretende reorganizar a Atenção Básica e a Atenção Especializada do Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil Sorridente tem como núcleo os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). São 357 unidades preparadas para atender os pacientes que necessitam de um tratamento oral especializado. As pessoas são encaminhadas aos centros pela rede básica de saúde ou pelo Saúde da Família (PSF). Os CEOs oferecem tratamento de canal, de doenças na gengiva e procedimentos especiais como as cirurgias orais. Também estão preparados para receber portadores de necessidades especiais. As prefeituras das cidades e municípios que quiserem participar do Brasil Sorridente e ganhar instalações dos CEOs devem entrar em contato com o Ministério da Saúde. Toda a população que reside nos municípios onde Centros de Especialidades Odontológicas já foram implementados têm direito ao atendimento. Mas, devido à organização do fluxo, o paciente não pode se dirigir diretamente a essa unidade. Ele deve receber o atendimento primeiro em uma equipe de saúde bucal (ESB) ou de um profissional do posto de saúde. Se houver necessidade, o paciente será encaminhado ao CEO mais próximo. Para viabilizar a instalação dos CEOs, os incentivos financeiros dependem do tamanho das unidades. Os centros são organizados conforme três modelos de consultório. O padrão Tipo I, que possui três cadeiras odontológicas (onde o paciente é atendido), recebe R$ 40 mil para a aquisição de equipamentos e reforma ou ampliação. Os CEOs Tipo II possuem, no mínimo, quatro cadeiras odontológicas e recebem até R$ 50 mil. Os de Tipo III apresentam sete ou mais cadeiras. Para a manutenção das atividades, os CEOs Tipo I recebem, mensalmente, um incentivo de R$ 6,6 mil; os CEO Tipo II, R$ 8,8 mil, e os Tipo III são beneficiados com R$ 15 mil. Além dos CEOs, fazem parte do programa Brasil Sorridente os 91 Laboratórios Regionais de Próteses. Esses laboratórios são ligados aos CEOs. Os municípios podem também se habilitar a ter Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD). Outra estratégia importante do programa de saúde bucal do governo é a adição de flúor nas estações de tratamento de água do abastecimento publico. O flúor reduz o número de cáries. Esse processo é possível devido ao trabalho conjunto do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com as Secretarias Estaduais de Saúde. São 8 estados beneficiados e esse processo abrange uma população em torno de 2,4 milhões de pessoas. A fluoretação da água permite reduzir em até 72% a incidência da cárie dentária. Centros também diagnosticam câncer bucal Os profissionais dos Centros de Especialidades Odontológicas além de tratar podem ajudar a prevenir a cárie e as gengivites, doenças que atingem grande parte da população. Eles ensinam aos pacientes como utilizar a escova de dente e o fio dental e promovem a aplicação do flúor. Além desses tratamentos, os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) são capacitados para fazer diagnóstico de câncer de boca. Em média, três mil brasileiros morrem por ano vítimas dessa doença. Essas mortes poderiam ser evitadas se o câncer fosse descoberto em estágio inicial. Sessenta e cinco por cento dos casos de câncer bucal são identificados em fase avançada. Geralmente as pessoas não procuram o tratamento odontológico por ser muito caro para o padrão financeiro do trabalhador brasileiro. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos da doença por ano. O câncer bucal se caracteriza por lesões, normalmente indolores, na mucosa e na parte externa dos lábios, na língua e em toda a região interna da boca. Pode-se suspeitar da existência desse câncer quando essas feridas persistem por mais de 20 dias. Ulcerações superficiais e indolores com menos de dois centímetros de diâmetro – que podem sangrar ou não – e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal são outros sintomas da doença. Em nível avançado, o câncer de boca pode levar a dificuldades de fala, de mastigação e da deglutição, ao emagrecimento acentuado, à dor e à presença de linfadenomegalia cervical (íngua no pescoço). O consumo cotidiano e regular do álcool e do cigarro, a má higiene bucal, o uso de próteses dentárias mal-ajustadas, as deficiências imunológicas e a exposição ao sol sem proteção constituem os principais fatores que levam ao câncer de boca. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, geralmente desenvolve câncer bucal o indivíduo do sexo masculino, trabalhador, acima dos 30 anos, fumante, consumidor de bebidas alcoólicas e de classe social menos favorecida. Além do uso do álcool e do fumo, esse fenômeno estaria associado às más condições de vida das pessoas que, segundo o coordenador do programa de Saúde Bucal do ministério, Gilberto Pucca, alteram o sistema imunológico e tornam os pacientes mais debilitados.