Notários queixam-se do Simplex à UE Data: 2008-07-15 Quatro «medidas discriminatórias do Simplex» foram apresentadas à Comissão Europeia, pela Ordem dos Notários. O Ministério da Justiça tomou uma posição, reafirmando que as medidas «não visam afectar os notários», mas sim reduzir custos e simplificar processos. De acordo com a Ordem, as medidas legislativas, referentes à simplificação de actos notoriais, estabelecem «um tratamento preferencial e discriminatório ao regime jurídico dos novos serviços do Simplex disponibilizados em 'pacote' nas Conservatórias de registo do país». Segundo aquela entidade, o Decreto-Lei 116/2008, de 4 de Julho, impede que os notários «concorram, em condições de igualdade com os mencionados serviços disponíveis nas conservatórias», bem como «torna a actividade notarial portuguesa economicamente inviável, num futuro muito próximo». No entender da Ordem, as medidas adoptadas visam «recuperar para a esfera pública as actividades de uma classe profissional recentemente privatizada». Em resposta às queixas apresentadas, o Ministério da Justiça «reafirma que as medidas que tem vindo a adoptar, desde 2005, no âmbito do programa Simplex, não visam afectar os notários», mas antes «estimular a concorrência e reduzir significativamente os custos de contexto existentes na nossa economia». De acordo com comunicado enviado ao iGOV, o MJ ressalva que a metodologia prevista pelo Decreto-Lei 116/2008 tem sido adoptada «em toda a simplificação no sector dos registos e actos conexos». São exemplos destas medidas, de acordo com o MJ, «os programas Empresa na Hora, Casa Pronta, liberalização dos preços dos actos notoriais, a não obrigatoriedade da celebração de escrituras públicas», entre outros. Segundo o MJ, «a tendência na União Europeia, junto da qual os notários apresentaram uma queixa contra o Estado Português, é de redução dos custos de contexto e do duplo controlo de legalidade». Durante a presidência portuguesa da UE, o Conselho da Competitividade optou por eliminar o duplo controlo da legalidade, criar serviços de registo on-line, bem como balcões únicos e eliminar obrigações de reporte das mesmas informações a entidade diferentes. http://www.i-gov.org/?article=7290&visual=1