Uveíte: entenda a doença que pode levar à cegueira : Socialland

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Uveíte: entenda a doença que pode levar à cegueira
Você já ouviu falar em uveíte? Trata-se de uma inflamação intraocular da uveíte, ou trato uveal, que é
composto pela íris, corpo ciliar e coroide, parte composta basicamente por vasos sanguíneos. Quando ocorre o
acometimento inflamatório de uma destas estruturas, ou de todas elas, o paciente é diagnosticado com uveíte.
“Além da vermelhidão, a pessoa sente dor, apresenta fotofobia, um leve embaçamento visual e, dependendo da
gravidade do caso, uma baixa importante na visão”, explica a médica oftalmologista do Hospital de Olhos de
Pernambuco (HOPE) Dra. Sandra Dias, especialista no assunto.
A uveíte pode comprometer o olho todo ou algumas partes, como a interior ou posterior. Ela acomete pessoas
que já foram diagnosticadas com algum tipo de doença infecciosa, como sífilis, tuberculose, herpes,
toxoplasmose e AIDS, e pessoas com doenças autoimunes, como as doenças articulares. “Dependendo da
intensidade, o olho pode ficar muito vermelho e pode haver a queda da pálpebra, uma proteção natural do
corpo para a proteção do olho contra a fotofobia”, conta Dra. Sandra Dias. Ela afirma ainda que a íris, a parte
que colorida do olho, pode apresentar deformidades. “De tão inflamada, a íris pode se aderir a outra parte do
olho, ficando deformada.”
O tratamento depende da intensidade da doença. Quando é um quadro simples, é utilizado colírios à base de
corticoide tópico e colírios anti-inflamatórios não hormonais. “Já quando são mais graves, geralmente quando
estão relacionadas às doenças infecciosas, é preciso tratar simultaneamente a causa da infecção, para que o
tratamento ocular apresente resultados”, ressalta Dra. Sandra Dias.
Apesar de o tratamento parecer simples, ele pode não funcionar caso a pessoa demora a procurar ajuda de um
especialista. “Se a uveíte for muito grave e atingir uma área importante da visão, como a mácula, pode haver
uma baixa importante e permanente na visão. Por isso é recomendado que assim que os primeiros sintomas
surgirem, procure-se uma emergência oftalmológica ou o médico que já está acompanhando o caso”, dia
Sandra Dias, que ressalta ainda que as primeiras 48 horas são cruciais.
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