ATENÇÃO Caso o seu veículo publique – parcialmente ou na íntegra – esta matéria de serviço, envie-nos uma cópia da edição. O endereço é o SRTVN Qd. 701 – Centro Empresarial Norte, Bl.A, Sl. 735 – Cep.: 70.710-200 - Brasília/DF. Obrigado. Guia dá dicas para economizar água Funasa lança livro e promove seminário para debater a utilização racional do recurso e o combate ao desperdício Adiar o conserto de um cano com vazamento, lavar o carro com a torneira aberta e tomar banhos demorados. Esses são exemplos óbvios de desperdício de água. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um ser humano precisa de cerca de 50 litros d’água por dia para atender a necessidades como higiene pessoal, preparo dos alimentos e consumo. Mas no Brasil, cada pessoa consome uma média de 100 litros. Sessenta e oito por cento deste total escoa pelo banheiro. Para combater o desperdício de água no país, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão ligado ao Ministério da Saúde, criou o Guia de Conservação de Água em Domicílios. A publicação será lançada amanhã (31 de março), durante o III Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública. O evento começou no último domingo (26) e prossegue até esta sexta-feira em Fortaleza (CE). No Brasil, existe uma das maiores disponibilidades hídricas do planeta. São 36.000 metros cúbicos anuais de água para cada habitante. Apesar disso, o valor é mal distribuído entre as diversas regiões do país. Essa diferença, agravada pela falta de saneamento em determinados locais, contribui para o aumento de doenças transmitidas pela água. Existem ainda, problemas ligados à saúde pública devido ao uso de água poluída ou não tratada. “Tantos fatores tornam ainda mais necessário o cuidado com o uso racional da água. O volume desperdiçado serviria para atender a necessidades primárias ligadas ao saneamento e à saúde das pessoas”, afirma o presidente da Funasa, Paulo Lustosa. O Guia de Conservação da Água em Domicílios resultou de uma pesquisa para a Funasa desenvolvida por Lúcia Helena de Oliveira, professora da Universidade Federal de Goiás (UFG). A publicação foi lançada graças a financiamento da fundação. “A minha pesquisa teve como meta pensar caminhos para o melhor aproveitamento da água nas residências”, explica Lúcia Helena de Oliveira. “O objetivo principal do guia é dar orientações sobre o consumo racional de água dentro das residências, um assunto importante para a economia e o bemestar da população”, diz Paulo Lustosa. O livro traz dicas importantes para a redução do consumo da água, como a instalação de bacias sanitárias (descargas) mais econômicas nos banheiros. Existem vários modelos de bacias sanitárias no mercado, com capacidade variada de armazenamento de água. Segundo o guia, devem ser escolhidos, prioritariamente, aqueles que armazenem no máximo seis litros, quantidade suficiente para funcionamento da descarga. “Se uma residência possui bacias sanitárias econômicas, consegue-se reduzir de 30% a 50% o consumo de água”, calcula Lúcia Helena de Oliveira. Na opinião da autora, outro ponto importante abordado pelo guia diz respeito ao aproveitamento da água da chuva. Ela destaca que, além de auxiliar na redução das enxurradas, armazenar a água da chuva pode contribuir para a diminuição do valor da conta no fim do mês. Lúcia Helena lembra que em algumas situações é desnecessário o uso da água potável, como por exemplo, para irrigação de jardins, limpeza do chão e de carros e obras da construção civil. “Vale lembrar que os reservatórios devem ser tampados, para evitar a reprodução do mosquito da dengue”, alerta a professora. Hidrômetro – Um dos pontos fundamentais tratados pelo guia diz respeito ao controle do consumo da água por meio da leitura do hidrômetro. Esse aparelho serve para medir a quantidade gasta em uma residência. A inspeção do hidrômetro deve ser feita mensalmente; assim detectam-se vazamentos e evitamse gastos. O guia destaca outras dicas de economia, como manter a torneira sempre fechada quando não houver necessidade. Se a pessoa estiver se ensaboando, fazendo a barba ou escovando os dentes, deve manter o chuveiro e a torneira desligados. Medidas assim permitem, ainda, a economia de energia elétrica. A publicação também oferece uma lista de plantas ornamentais que embelezam o ambiente e consomem menos água, como cactos, alecrim, girassol, crisântemo e dália. A Funasa promoverá uma distribuição ampla do guia à população. Após o seu lançamento, o livro também será disponibilizado no site da fundação (www.funasa.gov.br). “Queremos trabalhar o guia principalmente nas escolas. As crianças recebem de forma positiva os ensinamentos e facilmente aprendem a sua importância”, diz Paulo Lustosa. Combate ao desperdício no foco de seminário A economia da água é o tema principal do III Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública, que prossegue até amanhã (sexta-feira), em Fortaleza. Cerca de 1.200 de pessoas participam de cursos, debates, mesas redondas, oficinas e mostras sobre políticas públicas de saneamento ambiental, estratégias de inclusão social e pesquisas bem sucedidas na área da engenharia de saúde pública. Os debates envolvem profissionais de instituições públicas, privadas, organizações não governamentais (ONGs), associações universidades e institutos de pesquisa nacionais e internacionais. Serviço: III Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública Até amanhã (31 de março), em Fortaleza, no Marina Park Hotel de usuários,