NATHALIE FELIPE NERY LUCAS IMPLANTAÇÃO DO ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NAS ESTRATÉGIAS SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE COXIM/MS COXIM/MS 2011 NATHALIE FELIPE NERY LUCAS IMPLANTAÇÃO DO ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NAS ESTRATÉGIAS SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICIPIO DE COXIM/MS Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. COXIM/MS 2011 Agradecimentos Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta caminhada. Agradeço também aos esposos e filhos, que de forma especial e carinhosa nos deram força e coragem, apoiando-nos nos momentos de dificuldades, ao Gestor da saúde do município que nos deu a oportunidade de vivenciar a troca de experiências com os profissionais . Ao Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família que nos proporcionou mais conhecimento capaz de mudar nossos pensamentos e práticas profissionais. Resumo No Programa Saúde da Família (PSF), o acolhimento é um importante instrumento para a humanização da atenção à saúde. Este trabalho propõe a implantação do Acolhimento com Classificação de Risco nas estratégias Saúde da Família no Município de Coxim/MS. As equipes têm como principais problemas as agendas lotadas proporcionando dificuldade do usuário ao acesso, demanda desorganizada e um processo de trabalho centrado no médico. Espera-se com a implantação deste protocolo é possível ter uma organização do fluxo dos usuários, com garantia de assistência e uma resposta resolutiva. Palavras chaves: acolhimento, Programa Saúde da Família, protocolo. 4 Sumário Resumo..................................................................................................................3 1 Introdução ............................................................................................................. 5 2 Problemas............................................................................................................. 8 3 Justificativa ........................................................................................................... 9 4 Objetivo Geral ..................................................................................................... 10 4.1 Objetivos Específicos .......................................................................................... 10 5 5.1 Metodologia ........................................................................................................ 11 Oficinas ............................................................................................................ 12 6 Conclusões ......................................................................................................... 14 7 Bibliografia .......................................................................................................... 15 8 Anexos ................................................................................................................ 16 5 1 Introdução Contribuir para a melhoria do processo de trabalho em saúde utilizando ferramentas tecnológicas de intervenção na qualidade de escuta, construção de vínculo, garantia do acesso e resolutividade. Foi com esse intuito que nos responsáveis por este Projeto de intervenção experimentamos a construção compartilhada e a implantação do Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco e estimulamos a discussão sobre a reorganização do processo de trabalho e o fortalecimento da integralidade e humanização por meio do acolhimento. Acolhimento A atenção primária à saúde é um conjunto de ações que englobam promoção de saúde, prevenção de agravos e doenças, diagnóstico, tratamento e reabilitação. É aquele nível do sistema de serviços de saúde que oferece a porta de entrada no sistema para todas as pessoas e promove intervenções no âmbito individual e coletivo (STRARFILD, 2002 E CONASS, 2004 APUD ESCOLA DE SAÚDE PUBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS- ESPMG, 2009) Deve, portanto, cumprir três funções básicas: resolver a maior parte dos problemas de saúde, organizar os fluxos dos usuários dentro do sistema e responsabilizar-se por eles em qualquer ponto de atenção à saúde em que estejam (MENDES, 2002 APUD ESPMG, 2009). Para que os princípios do SUS sejam efetivados e as funções básicas da atenção primária cumpridas, o programa de saúde do país tem passado por um processo de expansão. A expectativa é melhorar o acesso das pessoas aos serviços, dar maior resolutividade aos seus problemas e garantir um cuidado integral ás demandas. Contudo, esta evolução não tem sido suficiente para assegurar uma efetiva acessibilidade aos serviços e a integralidade do cuidado (CASTRO E SHIMAZAKI, 2006) Há muitos entraves nos modelos de atenção no que se refere ao modo como o usuário é acolhido nos serviços de saúde. Isto pode ser visualizado durante 6 um simples diálogo do usuário com o profissional. Este muitas vezes tem a escuta pouco qualificada e é pouco solidário em sua relação com o outro (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Além disso, segundo Castro e Shimazaki (2006), observam-se, não raramente, cartazes na porta da unidade informando por ordem de chegada e sem avaliação de risco; e as respostas tradicionais: “não tem consulta” “não tem agenda”, “o doutor não pode atender”, enfim, a cultura do não. Percebe-se, assim, a real necessidade de os gestores e profissionais de saúde rever suas práticas e conceitos. Deve voltar-se para o desenvolvimento que viabilizem um acesso com equidade e resolutividade. Para esta reorganização dos serviços, com vistas á garantia de acesso solidário universal dos indivíduos ao sistema de saúde, a implantação do acolhimento é fundamental (RAMOS E LIMA, 2003). A estratégia do acolhimento visa o alcance do objetivo de oferecer serviços de saúde a partir de critérios técnicos, éticos e humanísticos. Acolher, no contexto dos serviços de saúde, é “receber bem, ouvir a demanda, buscar formas de compreendê-la e solidarizar-se com ela. Deve ser realizada por toda equipe de saúde, em toda relação profissional de saúde-pessoa em cuidado” (PAIDÉIA, 2001). Experiências nessa direção vêm sendo desenvolvidas objetivando organizar a oferta de serviços de saúde, a partir da escuta das necessidades e demandas da clientela, avaliando e tomando como critérios o risco de cada situação que deverá pautar a conduta a ser tomada (LEITE ET AL.,1999;FRANCO ET AL., 1999;PAIDÉIA, 2002) O acolhimento tem se efetivado como uma atividade, com hora e objetivo especifica a ser alcançado-garantir o acesso dos usuários a serem realizado por determinados profissionais, a depender do serviço, em local especifico para esse fim, o que exprime a noção reduzida do acolhimento como forma de organizar a oferta dos serviços (LEITE et al., 1999; PAIDÉIA, 2001), havendo casos em que até um protocolo de acolhimento foi instituído, visando a esse fim (PAIDÉIA, 2002) O acolhimento promove maior organização dos serviços de saúde, uma vez que permite a classificação dos indivíduos conforme o risco e viabiliza a utilização da agenda, com consequente organização da demanda espontânea e programada. Contudo, a implantação do acolhimento não é tarefa fácil, pois requer uma mudança organizacional dos serviços e uma quebra cultural das formas de acesso aos mesmos. Exige da equipe o desenvolvimento de novas tecnologias em saúde, para a instrumentalização dos profissionais e o estabelecimento de um novo 7 processo de trabalho. Além disso, faz-se necessária a mobilização e participação popular em todas as etapas desta mudança. Portanto, é imprescindível uma articulação entre gestor, equipe e conselho municipal de saúde, para que haja a consolidação de um serviço equânime, voltado para as necessidades de população (CASTRO E SHIMAZAKI, 2006). 8 2 Problemas Segundo dados observados nas Unidades de Saúde com Estratégias Saúde da Família têm como os principais problemas, correlacionados com a inexistência de um sistema de acolhimento e classificação de risco: Agendas lotadas proporcionando dificuldade do usuário ao acesso, tendo uma demanda desorganizada com isso insatisfação dos usuários e um processo de trabalho centrado no médico. 9 3 Justificativa Implantar o acolhimento com classificação de risco promoverá impacto positivo no processo de trabalho da equipe e na organização dos serviços de saúde, permitindo a classificação dos indivíduos conforme o risco e viabilizando a utilização da agenda, com organização da demanda espontânea e programada. 10 4 Objetivo Geral Elaborar e implantar um protocolo de acolhimento com classificação de risco em Estratégias Saúde da Família do Município de Coxim/MS. 4.1 Objetivos Específicos Realizar oficinas para a elaboração do protocolo de acolhimento; Reorganizar o processo de trabalho; Classificar os usuários de acordo com seu risco de agravo á Saúde, priorizando seu atendimento; Promover e fortalecer a integralidade e humanização por meio do acolhimento resolutivo á demanda espontânea; Sugerir fluxograma de atendimento á demanda espontâneo; 11 5 Metodologia Este trabalho iniciou-se com uma pesquisa bibliográfica, utilizando-se como descritores: acolhimento com classificação de risco na ESF, protocolos clínicos nas ESF,acolhimento na Atenção Básica de Saúde e Humanização. A seleção do material ocorreu nos meses de fevereiro a abril de 2011 e os artigos foram selecionados após consulta eletrônica nas bases de dados do Scielo, Google e Bireme. Inicialmente, a busca de dados resultou em 10 artigos, a partir dos descritores, sendo que os resumos lidos, analisados e excluídos aqueles que não atendiam aos objetivos do estudo. Após a identificação do material, realizamos a leitura e o fichamento dos mesmos, sendo agrupados por semelhanças. Realizamos também a busca dos indicadores da Atenção Primária (Anexo) para apresentarmos nas oficinas, visando identificar os principais problemas e a necessidade de reorganizar o processo de trabalho. Com o objetivo de elaborar e implantar o acolhimento com classificação de risco nas estratégias saúde da família convidou através da coordenação das Esfs todos os profissionais das equipes e os recepcionistas para participarem das oficinas. As ESFs têm cobertura de 84,3% da população, com 8.190 famílias cadastradas, temos 06 UBS com 08 estratégias Saúde da família sendo 01 rural e 06 equipes de saúde bucal, os profissionais das equipes 08 médicos, 08 enfermeiras, 24 técnicos de enfermagem, 01 auxiliar de enfermagem, 59 ACS, 06 cirurgiões dentista, 06 técnicos em saúde bucal e 08 recepcionistas. A realização das oficinas pelas especializandas com os profissionais. Foram divididas em duas etapas: A primeira reunião para apresentação da proposta de elaboração e implantação do acolhimento com classificação de risco, após observação e discussão dos dados da Atenção Primária à Saúde. A segunda para apresentação do protocolo, da ficha de produção do acolhimento e sua implantação. 12 5.1 Oficinas As primeiras oficinas foram realizadas no mês de julho/2011 no período matutino nas próprias Unidades Básicas de Saúde com Estratégia Saúde da Família, com seis reuniões conforme: Primeira reunião dia 18/07/2011- UBS- ESF Marechal Rondon com 02 equipes e 01 Equipe de Saúde Bucal (ESB), Segunda reunião dia 21/07/2011- UBS- ESF Jorge Ritt com 01 equipe e 01 ESB. Terceira reunião dia 25/07/2011- UBS- ESF Santa Maria com 02 equipes e 01 ESB. Quarta reunião dia 27/07/2011- UBS-ESF Rural com 01 equipe e 01 ESB. Quinta reunião 28/07/2011 – UBS- ESF Ilda Kohl com 01 equipe e 01 ESB. Sexta reunião 29/07/2011- UBS-ESF Piracema com 01 equipe e 01 ESB. A dinâmica das oficinas foram iniciadas com o acolhimento dos profissionais e a apresentação inicial das especializandas, seguida pela exposição dos objetivos da oficina e apresentação dialogada utilizando a ferramenta Power point para mostrar os dados da Atenção Primaria em Saúde, conceito e estrutura do acolhimento com classificação de risco, utilizando como referência o protocolo de Manchester para avaliação e classificação do usuário de acordo com a gravidade do caso. Após a apresentação, foi solicitado que os participantes discutissem em roda de conversa sobre o assunto e da proposta de implantação do protocolo. O produto das discussões das equipes consideraram a implantação do protocolo como uma ferramenta que possibilitaria a resolução de grande parte dos problemas como: Agendas lotadas dificultando o usuário ao acesso, demanda desorganizada com isso insatisfação dos usuários e um processo de trabalho centrado no médico. 13 Com os conceitos de acolhimento e de classificação de risco, os profissionais iniciaram o trabalho de elaboração do protocolo. A parte inicial da construção do protocolo constou da definição do conceito de acolhimento e classificação de risco, sua importância, objetivos e as prioridades. A partir de então, as equipes discutiram o funcionamento do acolhimento, estabelecendo a porta de entrada dos usuários a unidade de atenção primária á saúde, os profissionais responsáveis, horário e os locais de funcionamento, fluxo e as responsabilidades da equipe e dos profissionais. As especializandas foram armazenando as propostas do protocolo que foi sendo construído e melhorado a cada oficina pelas equipes de estratégias saúde da família. A segunda oficina foi realizada no dia 17de Agosto de 2011, no período vespertino no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, pelas especializandas com os profissionais para apresentação do protocolo final de acolhimento com classificação de risco e de um instrumento para avaliação de produção do acolhimento elaborado pelas especializandas. Após a reunião fizemos uma plenária para aprovação do Protocolo e todos concordaram e ocorreu a distribuição do protocolo (anexo) e da ficha de acompanhamento da produção do acolhimento mensal (anexo). E finalmente no dia 01 de setembro de 2011 aconteceu a reunião das especializandas com o gestor e Conselho Municipal de Saúde para consolidação da implantação do protocolo de acolhimento com classificação de risco nas Estratégias Saúde da Família do Município de Coxim/MS. Os dados para o acompanhamento e avaliação do Projeto de intervenção foram eleitos pelas especializandas: número de problemas resolvidos no acolhimento dividido pelo total de usuários atendidos vezes 100. Comparar a produção do Boletim de produção ambulatorial dividido pela a produção do acolhimento vezes 100. Sendo essa avaliação semestral. 14 6 Conclusão O acolhimento é um dispositivo do processo de humanização, pois possibilita vínculos e responsabilização entre trabalhadores e usuário. No sentido este estudo objetivou relatar a situação do município de Coxim para a implantação do protocolo de acolhimento. Realizamos oficinas para elaboração do protocolo de acolhimento com classificação de risco e uma ficha de produção mensal nas quais algumas enfermeiras colheram os dados, porém estes foram insuficientes para avaliar o projeto. Mesmo com essa dificuldade a capacitação dos profissionais de saúde esta ocorrendo, mesmo que de forma lenta para que juntos possamos garantir um assistência digna, responsável e resolutiva. As atitudes e práticas dos profissionais na organização do serviço sofreram mudanças como no atendimento do recepcionista que recebe e escuta todos os usuários e encaminha-os aos profissionais técnicos de enfermagem e enfermeiros para a realização do acolhimento com classificação de risco e os médicos ficam na retaguarda, atendendo os usuários encaminhados. O que antes não ocorria, pois os usuários procuravam por atendimento e caso não houvesse vagas eles seguiam para casa ou em busca de outro lugar para ser atendido. O impacto da reorganização do trabalho se deu principalmente sobre os profissionais não-médicos que passaram a usar todo seu arsenal tecnológico, o conhecimento para assistência, na escuta e na solução de problemas apresentados pelos usuários. Como enfermeira, eu Nathalie percebi que apesar de algumas dificuldades e resistência de alguns profissionais segundo eles de mais um protocolo e mais preenchimento de ficha. Mostramos a eles o quanto melhoraria o atendimento e as vindas dos usuários a unidade. Com a implantação do processo de humanização á saúde o nosso município será mais desenvolvido, pois teremos profissionais capacitados para prestar um atendimento humanizado para a população. 15 7 Bibliografia BECK,C.L.C; MINUZI. D. O acolhimento como proposta de reorganização da assistência á saúde: uma análise bibliográfica.Saúde, Santa Maria, V. 34, n 1-2: p 37-43, 2008. CASTRO, A.J.R.; SHIMAZAKI, M.E. Protocolos clínicos para unidades básicas de saúde. Belo Horizonte. Editora Gutenberg, 2006. 240p. FRANCO, T.B. ET AL. Acolhimento e os processos de trabalho em saúde: o caso de Betim, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde Publica, Rio de Janeiro, v.15, n 2, p.345-353, 1999. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Textos básicos de saúde. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2ed. Brasília: editora Ministério da Saúde, 2006. PAIDÉIA 2001. Protocolo de Acolhimento da Secretaria Municipal de Saúde de campinas. Maio 2002 <http://campinas.sp.gov.br. SILVEIRA,M de F de A et al. Acolhimento no Programa Saúde da Família: Um caminho para Humanização da Atenção à Saúde.Cogitare enfermagem, V.9, n.1, 2004. SCHOLZE, A.S et al. A implantação do acolhimento no processo de trabalho de equipes de saúde da família. Revista espaço para saúde,Londrina, v.8, n.1:p. 7-12, dez 2006. 16 8 Anexos DADOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO MUNICIPIO DE COXIM/MS Quadro 01 - População por faixa etária e sexo, 2009 e 2010. Faixa etária 2009 2010 Sexo Sexo Masculino Feminino Masculino Feminino < de 1 ano 61 71 233 255 1 a 4 anos 821 793 876 916 5 a 9 anos 1.214 473 1.227 1.226 10 a 14 anos 1.458 1.425 1.435 1.428 15 a 19 anos 1.210 1.225 1.526 1.398 20 a 39 anos 4.324 4.501 5.419 5.445 40 a 49 anos 1.724 1.914 2.112 2.240 50 a 59 anos 1.260 1.241 1.575 1.443 60 e mais 1.508 1.501 1.738 1.667 Total 13.580 13.865 16.141 16.018 Quadro 02 – População urbana e rural, 2009 e 2010. População 2009 2010 Urbana 21.682 29.145 Rural 5.763 3.014 27.445 32.159 Total Fonte: SIAB (Sistema de Informação e Atenção Básica) 17 Quadro 3 – Principais Causas de Morbidade Hospitalar na Coxim, por faixa etária, 2010. Principais causas Pneumonia Parto único espontâneo Outras complicações da gravidez e do parto Dengue Fratura de outros ossos dos membros Outras doenças infecciosas intestinais Colelitíase e colecistite Bronquite enfisema e outr doenç pulm obstr crôn Diarréia e gastroenterite origem infecc presum Outras doenças do aparelho urinário Outras doenças infecciosas e parasitárias Total FONTE: SIH/SUS *DADOS PRELIMINARES <1 82 1 19 2 18 3 3 232 1-4 181 5 8 38 6 46 2 20 443 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80e+ Total 50 23 25 31 35 49 45 29 59 47 656 7 118 234 42 3404 8 90 208 47 4357 5 21 42 64 55 46 31 29 17 10 325 27 41 34 74 49 38 25 15 9 4 325 36 7 15 28 21 18 9 11 11 7 220 1 3 16 34 38 26 20 5 6 149 1 1 12 3 13 26 48 38 141 18 5 2 8 4 5 5 10 12 6 139 3 5 20 24 27 12 14 10 6 12 138 15 8 9 14 17 17 14 8 6 4 135 248 234 538 1124 781 650 593 480 472 297 6092 Quadro 4 - Óbitos por causas mais freqüentes, nos anos de 2009 e 2010. 2009 2010 Infarto agudo do miocárdio 07 22 Outras doenças pulmonares 09 04 Acidente vascular cerebral 13 08 Pneumonia 07 07 Neoplasias 29 31 TOTAL 65 72 Causas Fonte: SIM/SES 18 Quadro 5 - Mortalidade infantil, por município de residência, no ano de 2010. Faixa etária infantil 2010 < de 7 dias 06 7 – 27 dias 02 28 dias - < de 1 ano 01 09 TOTAL Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade Quadro 6 - Óbitos fetais por causa CID 10, no ano de 2010. Descrição 2010 Malformação congênita da órbita 01 Hidrocefalia congênita não especificada 01 Feto e recém nascido afetado por outras formas de deslocamento da placenta e hemorragia 01 Hipoxia intra-uterina diagnosticada antes do início do trabalho de parto 01 Morte fetal de causa não especificada 01 TOTAL 5 Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade 19 Quadro 7 - Mortalidade Materna por faixa etária e por causa – CID 10, no ano de 2010. Faixa etária CID 10 Descrição 15-19 20-29 30-39 40-49 TOTAL Acidente automobilístico TOTAL 2 -- -- -- 2 2 -- -- -- 2 Fonte: SIM/SES Quadro 8 - Distribuição das consultas de pré-natal das gestantes, nos anos de 2009 e 2010. 2009 2010 Nenhuma 04 03 1 – 3 vezes 19 19 4 – 6 vezes 74 60 7e+ 416 391 - - 513 473 Consulta pré-natal Ignorado TOTAL Fonte: SINASC 20 Quadro 9- Distribuição da duração da gestação em semanas das gestantes, nos anos de 2009 e 2010. 2009 2010 Menos de 22 semanas -- -- 22 – 27 semanas 01 -- 28 – 31 semanas 02 02 32 – 36 semanas 14 11 37 – 41 semanas 495 459 42 e + semanas 01 01 Ignorado -- -- 513 473 Semanas TOTAL Fonte: SINASC Quadro 10 - Distribuição da faixa etária da mãe, nos anos de 2009 e 2010. Faixa etária 2009 2010 10 a 14 13 07 15 a 20 160 121 21 a 30 252 274 31 a 40 85 66 41 a 50 03 05 TOTAL 513 473 Fonte: SINASC 21 Quadro 11 - Distribuição do tipo de parto dos nascidos vivos, nos anos de 2009 e 2010. Tipo de parto 2009 2010 Vaginal 179 164 Cesário 334 309 TOTAL 513 473 Fonte: SINASC Quadro 12 - Distribuição do peso ao nascer dos nascidos vivos, nos anos de 2009 e 2010 Peso ao nascer 2009 2010 De 0g a 999g 01 -- De 1000g a 1499g 04 02 De 1500g a 2499g 26 17 De 2500g a 2999g 143 98 De 3000g a 3999g 320 331 De 4000g e + 19 25 TOTAL 513 473 Fonte: SINASC 22 Quadro 13- Distribuição por escolaridade da mãe no ano de 2010 Escolaridade mãe 2010 Nenhuma 02 De 1 a 3 anos 12 De 4 a 7 anos 169 De 8 a 11 anos 183 De 12 e + anos 106 TOTAL 473 Fonte: SINASC Quadro 14 - Avaliação do Programa de Imunização PNI/API, em crianças < de 01 ano em 2010. Vacinas BCG Hepatite B Pólio Tetravalente F. Amarela Rotavírus Meta 526 526 526 526 526 526 Cobert. 522 479 618 581 412 459 % 99,24 91,06 117,49 110,46 78,33 87,26 23 PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética; não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, implica compartilhamento de saberes, angústias e invenções, tomando para si a responsabilidade de “abrigar e agasalhar” a outrem em suas demandas, com responsabilidade e resolutividade sinalizadas pelo caso em questão. Desse modo é que o diferenciamos de triagem, pois ele não se constitui como uma etapa do processo, mas como ação que deve ocorrer em todos os locais e momentos do serviço de saúde. Colocarem ação o acolhimento, como diretriz operacional, requer uma nova atitude de mudança no fazer em saúde e implica: protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde; valorização e abertura no encontro entre o profissional de saúde, usuário e sua rede social, como liga fundamental no processo de produção de saúde; reorganização do serviço de saúde a partir da problematização dos processos de trabalho, de modo a possibilitar a intervenção de toda a equipe multiprofissional encarregada da escuta e da resolução do problema do usuário; elaboração de projetos terapêuticos individuais e coletivos com equipes de referência em atenção primária que sejam responsáveis e gestoras desses projetos (horizontalização por linhas de cuidado); mudanças estruturais na forma de gestão do serviço de saúde, ampliando os espaços democráticos de discussão e decisão, de escuta, trocas e decisões coletivas. A equipe neste processo pode também garantir acolhimento a seus profissionais e às dificuldades de seus componentes na acolhida à demanda da população; postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário, de maneira que inclua sua cultura, seus saberes e sua capacidade de avaliar riscos; construção coletiva de propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências centrais e distritais. 24 O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde, de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas mais adequadas aos usuários. Ou seja, requer prestação de atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde, para a continuidade da assistência, e estabelecendo articulações com esses serviços, para garantir a eficácia desses encaminhamentos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). O acolhimento é a estratégia fundamental para a mudança deste modelo assistencial vigente. Ele modifica a lógica do atendimento por ordem de chegada, possibilitando um acesso mais equânime, universal e integral aos indivíduos. Deve acontecer em todos os momentos do processo de trabalho da equipe de saúde. Contudo, é importante a existência de um local reservado onde aconteça o acolhimento com a classificação de risco, resguardando o usuário e garantindo-lhe privacidade. Desta forma, para os usuários que procuram a unidade, motivados por um problema, queixa ou evento agudo, propõe-se a classificação de risco. Esta deve ser realizada por profissionais devidamente treinados para proceder a entrevista objetiva que possibilite a exclusão ou identificação de sinais de gravidade. Classificação de Risco Prioridade 1 - Vermelho: O usuário necessita ressuscitação ou deve ser categorizado como caso de Emergência Ex: trauma grave, alteração do estado mental, comprometimento do estado hemodinâmico, queimaduras de segundo e terceiro grau, dor precordial, quadros hemorrágicos, entre outros. Emergência Absoluta: parada cardíaca, choque, politraumatismo, coma profundo, etc. 25 Prioridade 2 – Amarela Urgência Ex: traumatismos moderados, quadros dolorosos de intensidade moderada, quadros de sibilância de intensidade moderada, quadro febril de baixa intensidade em crianças, gestantes com queixas. Prioridade 3- Azul O usuário não apresenta sinal de alerta, trata-se de caso eletivo. Ex: quadro gripal, dor de intensidade leve, trauma menor, entre outras. Funcionamento do Acolhimento Porta de entrada: unidade de atenção primária á saúde Profissionais responsáveis: enfermeiro (a), técnico (a) enfermagem, recepcionista. Os prontuários serão separados pela recepcionista e o preenchimento da ficha de produção do acolhimento (ficha 1) será de responsabilidade do profissional que fará o acolhimento. Horário de funcionamento: livre Local de funcionamento Consultórios dos profissionais 26 Responsabilidades Caberá a toda equipe de saúde: 1. Nos casos aparentemente de urgência/emergência é fundamental manter a calma e obter do paciente e de seus acompanhantes o maior número de informações possíveis. 2. Preocupar-se em primeiro lugar em acolher, acomodar, um paciente que chega em sofrimento agudo, isso tranqüiliza os acompanhantes. 3. Todo o paciente tem direito de se comunicar com seu acompanhante. O acompanhante bem informado r tranqüilizado contribui para que tudo corra bem. 4. O paciente que chega agressivo deve ser abordado com competência profissional por toda a equipe. Levá-lo a uma sala onde você possa, demonstrar calma, interesse e segurança, convidá-lo a sentar-se e a colocar seu problema. Muitos paciente que chegam agressivos, xingando e ofendendo os funcionários querem platéia, querem demonstrar força, e quando convidados a sentar-se numa sala para colocar seu problema, desarmam-se com mais facilidade. 5. Nunca dispense da recepção um paciente com traumatismo ou ferimento leve. O paciente deve ser levado a sala de procedimentos e orientado sobre os cuidados, se for o caso, encaminhar por escrito pelo médico e orientados para ir ao Pronto Socorro. Na falta do médico na Unidade a enfermeira deve fazer o encaminhamento anotando nele e no prontuário o fato. 6. Havendo médico na unidade nenhum caso de emergência deve ser dispensado sem avaliação, independente do numero de consultas que o médico realizou. Caso contrário isto pode se caracterizar por omissão de socorro. 7. Os pacientes deverão ser chamados pelos profissionais pelo nome, sempre que possível, sendo abordados na porta dos consultórios nunca atrás da mesa, gritando pelo próximo ou solicitando ao paciente já atendido que chame o próximo. 8. Todos os usuários devem ser cumprimentados e questionados pelo motivo de sua espera, muitos aguardam por uma simples informação. 27 9. Todos deverão manter o ambiente de trabalho humanizado, mantendo uma interdisciplinaridade que permitirá a troca de conhecimento e maior integração da equipe. Não se trabalha isolado. 10. È função de toda equipe trabalhar com o “POSSO AJUDAR? ’, de forma a serem orientadores de fluxo dento da unidade. Caberá ao recepcionista Realizar a escuta do motivo da procura ao serviço; Separa o prontuário e encaminha ao profissional que realizará o acolhimento; Caberá ao auxiliar e/ou técnico de enfermagem Realizar a escuta do motivo da procura ao serviço; Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas em nível de sua qualificação, priorizando o atendimento segundo a classificação de risco; Busca ajuda junto aos demais membros da equipe para esclarecer dúvidas, definir um encaminhamento e até mesmo participar de uma avaliação de risco; Referenciar o paciente á equipe responsável por ele; Caberá ao enfermeiro Realizar supervisão do acolhimento realizado pelo auxiliar/técnico de enfermagem; Receber os pacientes que procuraram o serviço com queixa, sinal ou sintoma e realizar o acolhimento com classificação de risco, ofertando se necessário a 28 consulta de enfermagem, assim como proceder aos encaminhamentos necessários; Buscar ajuda junto aos demais membros da equipe para esclarecer dúvidas, definir um encaminhamento e até mesmo, participar de uma avaliação de risco; Referenciar o paciente á equipe responsável por ele; Caberá ao Médico Atender os pacientes encaminhados para consulta médica em seu período de trabalho , Encaminhar os casos que necessitarem de atendimento em outros serviços. 29 Fluxograma do acolhimento à demanda espontânea (CASTRO E SHIMAZAKI, 2006) Usuário UBS procura a Profissional da recepção recebe e escuta. Usuário veio para realização de procedimentos (vacina , exames, curativo, inalação, medicamento, etc. Usuário é encaminhado ao setor correspondente para realização do procedimento. Profissional realiza procedimento e orienta o usuário. RESOLVE Usuário apresenta um problema e deseja consultar-se Profissional da recepção separa prontuário e encaminha ao acolhimento. Profissional realiza acolhimento com classificação de risco segundo protocolo da unidade. ENCAMINHA CRIA VINCULO 30 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE COXIM/MS FICHA DE PRODUÇÃO- ACOLHIMENTO DATA:__ /__ /__ Turno: ( ) manhã ( ) tarde Assinatura e carimbo do profissional: _________________________________ Nº IDADE NOME 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 QUEIXA RESOLUTIVIDADE