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A importância do citoesqueleto e da matriz para células neoplásicas e
metástases.
O citoesqueleto é uma das estruturas celulares, que possui uma variedade de funções como:
contração muscular, transporte intracelular de vesículas, segregação dos cromossomos nos eventos de
mitose é responsável também pela variedade de formas e da execução de movimentos coordenados e
direcionados permitindo o tráfego intracelular de organelas.
Pesquisas vêm revelando que ele é importante na invasão de células malignas incluindo a
habilidade e capacidade em migrar para diversos órgãos no processo conhecido como metástase. Este
processo requer uma maquinaria intracelular para mobilidade e dinâmica de adesão ao substrato que o
citoesqueleto confere.
Os processos de invasão e metástase são regulados por um complexo sistema dependente da
interação entre as células neoplásicas e as células estromais hospedeiras. Esses processos ocorrem como
conseqüência à degradação da membrana basal e da matriz extracelular por diversas enzimas, dentre as
quais as metaloproteinases da matriz (MMP) apresentam destaque. Essas são enzimas zincosdependentes, pouco expressas em tecidos normais e substancialmente aumentadas na maioria das
neoplasias malignas. Dentre todas as MMP conhecidas, as MMP-2 e -9 (gelatinases) têm sido
consistentemente associadas com a agressividade, o potencial metastático e o prognóstico desfavorável
das neoplasias malignas. As gelatinases desempenham um papel fundamental no processo da
carcinogênese, pois degrada principalmente colágeno tipo IV, componente fundamental da membrana
basal, participando do processo de invasão do estroma e invasão dos vasos sangüíneos, processo
fundamental para a metástase.
As células atravessam a membrana basal e penetra na matriz extracelular, objetivando invadir
estruturas adjacentes, fenômeno que caracteriza o processo de invasão neoplásica.
Uma das mais sérias conseqüências da invasão é a produção de metástases. As células malignas,
da mesma forma que foram capazes de romper a membrana basal e degradar o tecido intersticial, podem
invadir os vasos sangüíneos e linfáticos e serem levadas pela circulação. Estando na corrente sangüínea,
necessitam ainda atravessar as células endoteliais e a membrana basal em um local distante, e só então
emigrarem do vaso para um tecido íntegro, no qual irão se proliferar e caracterizar o processo de
metástase.
A metástase se refere à transferência de células tumorais desde um órgão ou parte dele para outro
não diretamente relacionado por contigüidade e constitui a mais grave complicação e principal causa de
morte em pacientes com câncer. O processo de metástase inicia com a ruptura da interação local célulacélula, alterando a membrana basal, invadindo e infiltrando o tecido circunvizinho, atingindo e
penetrando o interior dos vasos sanguíneos ou linfáticos (intravasamento), com a conseqüente
transportação destas células neoplásicas pela corrente sanguínea. O processo metastático continua com
uma sobrevivência na circulação, a detenção em terminações capilares de órgãos distantes e o escape
destes vasos (extravasamento), para o estabelecimento e ulterior desenvolvimento de tumores
secundários.
Neste processo, é crucial a interação célula - célula, a qual em indivíduos sãos permite uma
estrutura organizada que tem como finalidade que os órgãos funcionem adequadamente e desta maneira o
indivíduo mantenha sua estrutura e função. Esta estrutura celular ordenada implica que as células devem,
como condição básica, estarem comunicadas e manterem-se em contato para levar a diante seus
propósitos. A união celular não só é o fato de duas células se encontrem estreitamente juntas, senão que, é
um mecanismo de união mais complexa, com a participação de moléculas de adesão próprias das células,
sua interação com a matriz extracelular, o citoesqueleto e seus estados metabólicos, que em conjunto
respondem aos estímulos presentes no meio extracelular. As células se aderem entre si e à matriz
extracelular através de proteínas de superfície celular chamadas moléculas de adesão celular (CAM). As
CAM podem ser moléculas de adesão célula-célula ou moléculas de adesão matriz extracelular-célula.
Certos componentes da matriz extracelular (MEC), incluindo fibronectina, laminina e colágeno,
têm capacidade para enlaçar-se a receptores celulares.
Viviene da Costa Mota.
Turma: REEADCB0211081
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