Teoria do Signo (E. Tolman) Visão Geral: A teorização de Tolman foi chamada de behaviorismo proposital e é freqüentemente considerada a ponte entre o behaviorismo e a teoria cognitiva. De acordo com a teoria do aprendizado de símbolos de Tolman, um organismo aprende dedicando ou atribuindo signos para uma meta, isto é, o aprendizado é adquirido através do comportamento significativo. Tolman enfatizou o aspecto organizado do aprendizado: "Os estímulos que são reconhecidos não estão conectados por simples mudanças uma a uma para as respostas de saída. Em vez disso, os novos impulsos são normalmente trabalhados e elaborados em um local central de controle, numa tentativa de se obter um mapa cognitivo do meio. E é esta tentativa, indicando rotas e caminhos e relações ambientais, que finalmente determina as respostas, se existir alguma, que o animal vai finalmente realizar." (Tolman, 1948, p192) Tolman (1932) propôs cinco tipos de aprendizado: (1) aprendizado de abordagem, (2) aprendizado de fuga, (3) aprendizado de evitação, (4) aprendizado escolha-ponto e (5) aprendizado latente. Todas as formas de aprendizado dependem da prontidão meios-fim, isto é, do comportamento orientado para a meta, intermediado por expectativas, percepções, representações e outras variáveis internas ou ambientais. A versão de Tolman do behaviorismo enfatizou as relações entre estímulos em vez de estímulo-resposta. De acordo com Tolman, um novo estímulo (o signo) se torna associado aos estímulos significativos já existentes (o significante) por meio de uma série de pareamentos; não existiu nenhuma necessidade para reforço de modo a estabelecer o aprendizado. Por esta razão, a teoria de Tolman está mais próxima da estrutura conectivista de Thorndike do que da teoria de direção reduzida de Hull ou de outros behavioristas. Âmbito/Aplicação: Embora Tolman tivesse como intenção aplicar sua teoria ao aprendizado humano, quase toda a sua pesquisa foi feita em ratos e labirintos. Tolman (1942) examina a motivação para com a guerra, mas este trabalho não é diretamente relacionado a sua teoria de aprendizado. Exemplo: Muito da pesquisa de Tolman foi feito no contexto de aprendizado local. Na maior parte das famosas experiências, um grupo de ratos foi colocado em locais inicialmente aleatórios, dentro de um labirinto, mas a comida estava sempre no mesmo lugar. Outro grupo de ratos teve a comida colocada em lugares diferentes, o que exigia deles o mesmo padrão de voltas a partir de suas localizações iniciais. O grupo que tinha a comida no mesmo local teve um desempenho muito melhor do que o grupo com uma seqüência específica de voltas. Princípios: 1. O aprendizado é sempre proposital e direcionado para uma meta. 2. O aprendizado envolve freqüentemente o uso de fatores ambientais para alcançar uma meta (por exemplo, análise meios-fim) 3. Os organismos vão selecionar o caminho mais curto ou mais fácil para alcançar uma meta. Referências: Tolman, E.C. (1932). Purposive Behavior in Animals and Men. New York: Appleton-Century-Crofts. Tolman, E.C. (1942). Drives Towards War. New York: Appleton-Century-Crofts. Tolman, E.C. (1948). Cognitive maps in rats and men. Psychological Review, 55, 189-208.