COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO 1 IVATÉ-PR/2010 SUMÁRIO Apresentação...............................................................................................................3 Identificação do Colégio...............................................................................................4 Aspectos dos atos legais..............................................................................................5 Estrutura física..............................................................................................................8 Recursos humanos – direção, equipe pedagógica, docentes e agentes educacionais...............................................................................................................10 Objetivos gerais..........................................................................................................20 Marco situacional........................................................................................................21 Marco conceitual........................................................................................................28 Marco operacional..................................................................................................... 46 Projetos desenvolvidos pela escola…......…..............................................................54 2 Plano de ação do colégio.................................................................................. .........58 Plano de ação do diretor (a) .................................................................................... ..68 Avaliação do plano de ação.......................................................................................74 Parecer do conselho escolar ............................................................................. …...74 APRESENTAÇÃO O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado 3 em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. (VEIGA, 1997, p. 12). O projeto político-pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da comunidade. È politico no sentido de obrigação com a formação de cidadão para um tipo de sociedade. Como afirma Saviani: “ a dimensão politica se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica.” Na dimensão pedagógica se encontra a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formar um cidadão participativo, responsável, comprometido, critico e criativo. Portanto, é pedagógico quando define as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade. Surge a necessidade de um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social. 4 A construção desse projeto político-pedagógico contribui para estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição escolar a transgredir a chamada "educação tradicional", cujo conteudismo de inspiração positivista está longe de corresponder às necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar. Para tal construção, foi convidada toda comunidade escolar, pais, alunos, funcionários, professores, direção, APMF, Conselho Escolar para discutir quais são os entraves que dificultam a melhoria do processo ensino-aprendizagem. E assim, buscar possíveis soluções para que a escola seja realmente um espaço democrático de socialização do saber historicamente construído pela humanidade, não se limitando a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida. Tendo como papel principal a formação do cidadão, implica na construção de um ser humano participativo, crítico, moral, conhecedor de si mesmo, do mundo, da natureza. Um ser humano com habilidades cognitivas, afetivas e sociais para delinear seu futuro, dialogar, pensar e fazer um mundo melhor. Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida, e relatarem principalmente sobre os pontos negativos, e a parir deles, verificar as causas decorrentes, e assim buscar alternativas que possam contribuir para uma educação mais satisfatória ou de um espaço físico mais condizente ao ensino-aprendizagem. 5 IDENTIFICAÇÃO Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio Rua Serra dos Dourados, nº 4351 Site: [email protected] E-mail:[email protected] Código da escola: 00078 Telefone: 044 3673-1155 Município: Ivaté (código: 1165) Dependência Administrativa: Estadual - SEED Código: 48196 NRE: Umuarama (Código: 028) Entidade Mantenedora: Governo Do Estado Do Paraná Ato de Autorização do Colégio: Resolução nº. 3457/81 de 28/05/81 Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução nº. 3447/81 de 30/12/81 Ato de Renovação do Reconhecimento do Colégio: Resolução nº. 3120/98 de 11/09/98 Distância do Colégio ao NRE: 50 km Localização do Colégio: Zona Urbana Organização da Entidade Escolar: Ensino Fundamental (5ª A 8ª séries) e Ensino Médio Modalidades de Ensino: Ensino Fundamental e Ensino Médio regular. 6 ASPECTOS DOS ATOS OFICIAIS Os atos oficiais que deram legalidade, denominando, autorizando e reconhecendo curso foram: - Decreto nº 3030/73, DOE 17/01/73, que autoriza o funcionamento do estabelecimento Grupo Escolar Rocha Pombo de 1ª a 4ª séries; - Resolução nº 3457/81, DOE 28/05/81, que muda a denominação do estabelecimento para Colégio Rachel de Queiroz – Ensino de 2º Grau do distrito de Ivaté; - Resolução 3447/81, DOE 30/12/81, que reconhece o curso de 2º Grau Básico em Comércio; - Resolução 3022/83, DOE 13/09/83, que muda a denominação de Colégio Rachel de Queiroz - Ensino de 1º e 2º Grau para Colégio Estadual Rachel de Queiroz - Ensino de 1º e 2º Graus do Município de Umuarama; - Resolução 766/98, DOE 26/03/98, que reconhece o Curso de Magistério do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino de 1º e 2º Graus; - Resolução 3120/98, DOE 11/09/98, que muda a denominação de Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino de 1º e 2º Grau para Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio. 7 O Colégio Estadual Rachel de Queiroz - Ensino Fundamental e Médio, está localizado à Rua Serra dos Dourados, nº 4351, atendendo alunos do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e Ensino Médio. O mesmo funciona em três turnos, sendo no período matutino: Ensino Fundamental e Médio; no período vespertino: Ensino Fundamental; e no período noturno: Ensino Médio. O horário de funcionamento no período matutino é das 07:45 às 12:00 horas; no período vespertino é das 12:55 às 17:10 horas; e no período noturno é das 18:50 às 23:05 horas. O horário das disciplinas é feito no início do ano de uma forma que atenda uma boa acomodação para os alunos e professores. Dá-se preferência à geminação das aulas, para que o professor tenha um tempo maior para o desenvolvimento do conteúdo, facilitando assim para que haja uma aprendizagem eficaz. Para verificar a aprendizagem, utiliza-se instrumentos diversificados de avaliação, considerando essa prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento do aluno. Tal processo deve ser contínuo, cumulativo e processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. 8 Caso não a apropriação do conhecimento é concedido ao aluno o direito de realizar a recuperação de estudos, de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Se ao final do processo de avaliação o aluno não obtiver aprovação final em 1 (uma) disciplina em regime seriado, poderá matricular com Progressão Parcial e cursá-la subsequente e concomitantemente à série seguinte, cursando-a em turno contrário ou com plano especial de estudos, se houver incompatibilidade de horário. Essa dependência não se aplica ao aluno que cursava o Ensino Fundamental e fará a matrícula inicial no Ensino Médio. O estabelecimento pode utilizar-se do Processo de Classificação e Reclassificação para posicionar o aluno na série compatível com sua idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais ou informais. A Educação básica nos níveis Fundamental e Médio, será organizado de acordo com a carga horária mínima anual de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias letivos. Ivaté está localizado na região noroeste do Paraná e conta com aproximadamente 7.500 habitantes na zona rural e urbana. Possui um Distrito: Herculândia, e três vilas rurais. Limita-se: ao norte com Querência do Norte e Santa Cruz do Monte Castelo; ao sul com Umuarama; ao leste com Douradina; e a oeste com Icaraíma. 9 Possui clima temperado e tem como fonte de renda a pecuária, a sericicultura, o comércio e a indústria. Possui atualmente as seguintes industrias: Usina de Álcool e Açúcar Santa Terezinha; Petras Madeira Tratada, Laticínio Luana, e algumas facções. Ivaté é um município predominantemente agropecuário e conta em média com 60% das terras ocupada com produção agrícola e 40% com pastagens. Grande parte dos alunos são da zona urbana. Muitos dos alunos do período noturno trabalham na usina Santa Terezinha. Os habitantes da zona rural são pequenos produtores como sericicultores, pecuaristas - com pequena quantidade de gado leiteiro que abastece o laticínio do município e hortifruticultores. Dentre os da zona rural, alguns são filhos de comerciantes, outros são de comerciários e vários são filhos de funcionários da Prefeitura Municipal. Muitos são de família que vem para o corte de cana, cujos pais trabalham durante o dia todo, desde a madrugada, dificultando o acompanhamento escolar de seu filho. NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA/TURNO ANO 2010 MANH Ã 5ª A 5ª B 6ª A 6ª B 7ª A 7ª B 8ª A 8ª B 1ª 1ª 2ª 3ª EM EM EM EM EM A B A B 2ª A 10 Alunos 34 34 37 38 TARDE 5ª C 5ª D 6ª C 7ªC 29 30 7ª 8ªC 26 30 29 23 26 26 31 D Alunos 34 NOITE 33 38 23 24 28 1ª EM 2ª EM 3º EM C Alunos 34 C B 44 40 Total de alunos matriculados para 2010 691 Porte da Escola: IV Turnos de Funcionamento: Matutino: 15 turmas sendo 08 do Ensino Fundamental, 05 do Ensino Médio, 01 Espanhol – CELEM, 01 sala de apoio a aprendizagem. Vespertino: 07 turmas, sendo 06 do Ensino Fundamental, 01 sala CELEM, 01 sala de apoio a aprendizagem. Noturno: 05 turmas, sendo 03 turmas do Ensino Médio, 01 turma de Técnico em Serviços Público, 01 de Técnico Secretariado e 01 de Técnico em Administração – todos os cursos técnicos são Telessalas em parceria com o IFPR – Instituto Federal do Paraná. Números de alunos: 691 11 Número de professores: 48 Número de pedagogos: 03 Número de funcionários: 15 Número de diretor auxiliar: 01 Número de salas de aula: 16 Organização escolar: organização por séries ESTRUTURA FÍSICA Buscando ir ao encontro das metas básicas da educação, este estabelecimento possui um espaço físico assim distribuído: 01 Sala Direção 01 Sala Secretaria 01 Sala Professoras pedagogas 01 Sala de PDE 01 Sala Professores 01 Sala Biblioteca 14 salas de aula 01 Cozinha 01 sala de depósito de merenda 01 sala de vídeo 01 sala Laboratório de Física, Química e Biologia 12 01 sala Laboratório de Informática com internet - sistema PRDigital e Proinfo 02 banheiros para alunos 02 banheiros para professores e funcionários 01 sala para hora atividade 02 sala de almoxarifado 01 sala de Educação Física 01 casa do caseiro 01 quadra poliesportiva coberta Todas as dependências estão em uso e acomodam satisfatoriamente o número de alunos da Rede Estadual. A ventilação é boa, pois além das janelas há ventiladores em todas salas. As salas de aula possuem cesto para lixo, quadro de giz, TV Pendrive ( duas salas não possuem) e um armário de aço. O colégio possui um grande pátio coberto onde é servida a merenda, realizada reuniões com pais, promoções, etc. Possui também um palco onde são feitas apresentações artísticas, culturais, entre outras. Além das salas de aulas, existem outras salas que servem de espaço pedagógico: 13 Biblioteca – com um acervo de aproximadamente 5.000 livros, além de diversas revistas, jornais, globo, mapas, CDR, visando incentivar os alunos à pesquisa e a outras atividades complementares; Secretaria – onde são guardadas toda a Documentação Escolar (matrícula, histórico, declaração, transferências etc.); Laboratório de Física, Química e Biologia – possui mesa e cadeiras suficiente para as atividades desenvolvidas pelos professores juntamente com seus alunos nas disciplinas nominadas. Contém materiais básicos necessários para realização de experimentos, como: reagentes, vidrarias, balanças, microscópios, etc. Laboratório de informática - possui vinte computadores que serão usados pelos professores e alunos nas, exclusivamente nas atividades de cunho pedagógico. Videoteca – possui aproximadamente 250 fitas de vídeo que contém conteúdos de todas as disciplinas, além de 70 DVDs. Quadra Poliesportiva Coberta. Sala de Educação Física: possui tênis de mesa, armário de aço ( jogos de dominó, xadrez ). Depósito de Merenda Escolar – neste local fica estocada a merenda repassada pelo Governo do Estado que serão utilizadas para o atendimento aos alunos do colégio. 14 RECURSOS HUMANOS – DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGÓGICA DIREÇÃO: Diretor: Alberto Viduino Stela Diretor Auxiliar: Rinaldo Andreucci de Souza PROFESSOR PEDAGOGO: Ivoneti Breve Bernardes Graduação: Pedagogia Cargo: Ampliação de jornada de trabalho Pós Graduação: Especialização em Pedagogia Escolar Iraci Ferreira da Silva Graduação: Pedagogia Cargo: Professor Pedagogo Pós Graduação: Especialização em Educação Especial Selma Cristina de Souza Graduação: Pedagogia Pós-Graduação: Gestão e Coordenação Escolar/ Educação Especial 15 Neide Favero Espolador Graduação: Estudos Sociais / Historia / Geografia / Pedagogia Pós-Graduação: Especialização em Geografia Cargo Efetivo: QPM CORPO DOCENTE: Adelinda Ruht Nilson Graduação: Letras /Português e Inglês Pós-Graduação: Especialização em Educação Especial e atendimento as necessidades especiais. Cargo Efetivo: REPR Adiel de Oliveira Graduação: Educação Física Pós-Graduação: Especialização em Educação Física Cargo Efetivo: QPM Anderson Cleiton Quinaia Graduação: Ciências Biológicas Pós-Graduação: 16 Ana Lúcia Santiago Graduação: Ciências Econômicas com complementação em matemática Pós-Graduação: Especialização em educação de Jovens e Adultos Cargo Efetivo: PSS Celina da Costa Santos Graduação: Português / Inglês Pós-Graduação: Especialização em Português Cargo Efetivo: QPM Claudenir Romeiro Piva Graduação: Ciências e Biologia Pós-Graduação: Especialização em Biologia / Pedagogia Escolar Orientação Supervisão e Direção Cargo Efetivo:QPM Clementina do Carmo Menegassi Graduação: Português / Inglês / Pedagogia Pós-Graduação: Especialização em Português Cargo Efetivo: QPM 17 Delma Rufino Costa Graduação: Português / Inglês Pós-Graduação: Especialização em Português Cargo Efetivo: QPM Deoly Eloi da Silva Graduação: Estudos Sociais / Geografia Pós-Graduação: Especialização em Geografia Cargo Efetivo: QPM Durcelina dos Santos Ferreira Graduação: Educação Artística / Licenciatura Plena em Artes Plásticas Pós-Graduação: Metodologia do Ensino Cargo Efetivo: QPM Dicléia de Queiroz Cassiano Graduação: Letras português / inglês Pós-Graduação: Especialização em Língua Portuguesa / Especialização em Educação de Jovens e Adultos e 18 Especialização em Educação Especial Cargo Efetivo: QPM Edson Chalegre Nunes Graduação: Estudos Sociais Pós-Graduação: Especialização, Presencial, em História do Mundo Contemporâneo Cargo Efetivo: REPR Ednalva Chalegre Nunes Graduação: Letras Elisângela de Oliveira Graduação: letras- Português/Inglês Emiko Shinkai Ito Graduação: História Pós-Graduação: História do Mundo Contemporâneo Erika Arida Graduação: Ciências e Matemática 19 Pós-Graduação: Especialização em Matemática e Educação Jovens e Adultos Cargo Efetivo:QPM Fernanda Buzon Marques Graduação: Educação Física Pós-Graduação: Cursando Treinamento Desportivo e Personalizando Flávia Marques da Silva Graduação: Educação Física (Acadêmica) Ilza Maria da Silva Graduação: Português / Inglês Pós-Graduação: Especialização em Português Cargo Efetivo: QPM Iraci Leotério Tavares Graduação: Português / Inglês Pós-Graduação: Especialização em Português Cargo Efetivo: QPM 20 Isabel Marques Meirinho Graduação: Química Pós-Graduação: Especialização em Meio Ambiente Cargo contrato: REPR Ivone Pedroso Vendramin Graduação: Ciências e Matemática Pós-Graduação: Especialização em Matemática Cargo Efetivo:QPM Ivanilda Dos Santos Graduação: Letras Pós-Graduação: Língua Portuguesa: Metodologia e Técnica de Produção Isabel Andreghette Graduação: Letras João Elói da Silva Graduação: Estudos Sociais / História Pós-Graduação: História do Mundo Contemporâneo Cargo Efetivo: REPR 21 José Elói da Silva Filho Graduação: Estudos Sociais / História Pós-Graduação: História do Mundo Contemporâneo Cargo Efetivo: QPM Laudemir Santin Graduação: História Pós-Graduação: História do Mundo Contemporâneo Lourival Pestana Graduação: Ciências e Matemática Pós-Graduação: Especialização em Matemática e Educação Especial Cargo Efetivo:QPM Magda Batista de Sá Graduação: Educação Artística/Artes Plásticas Pós-graduação: Educação Especial Maria Aparecida Tavares 22 Graduação: Matemática Pós-Graduação: Pedagogia Escolar Maria de Lourdes Coelho Graduação: Ciências Biológicas Pós-Graduação Marcio Adriano Lemes Graduação: Acadêmico em Filosofia Cargo contrato: REPR Marluci de Brito Graduação:Ciências Biológicas Pós-Graduação: Especialização em Química Ambiental Cargo contrato: REPR Neide Favero Espolador Graduação: Estudos Sociais / Historia / Geografia / Pedagogia Pós-Graduação: Especialização em Geografia Cargo Efetivo: QPM 23 Neide Yoko Chimada Graduação: Ciências e Matemática e Física Pós-Graduação: Metodologia do Ensino Cargo Efetivo: QPM Rinaldo Andreucci de Souza Graduação: Ciências e Biologia Pós-Graduação: Especialização em Biologia Cargo Efetivo: QPM Ronnye Pettersonn Priori Graduação: Educação Física Cargo contrato: REPR Rosangela de Souza Oliveira Graduação: Ciências Pós-Graduação: Especialização em Ensino da Matemática e Especialização em Educação Especial Cargo Efetivo: SC02 24 Rozinei Madalena da Cruz Almeida Graduação: História - Licenciatura Plena (Acadêmica) Sílvia Almeida Mesquita Mingote Graduação: Pedagogia Pós Graduação: Especialização em Pedagogia Escolar Cargo contrato: REPR Sirley Vieira Graduação: Ciências e Matemática Pós-Graduação: Especialização em Ensino de Matemática e Educação Especial. Cargo Efetivo: QPM Vera Lucia Pestana Chiqueti Graduação: Matemática Cargo contrato: REPR Agente Educacional II: 25 Secretária – Inês Ângela Navarro Graduação: Ciências/Biologia Pós-Graduação: Orientação/Supervisão Cargo Efetivo:QFEB Técnico administrativo: Cristiane Mantelato Kuhn Graduação: Pedagogia Cargo Efetivo: QFEB Técnico administrativo: Diésse Ricardo da Silva Graduação: Ciências Biológicas Cargo Contrato: REPR Técnico administrativo: Kátia de Souza Graduação: Ensino Médio Cargo Contrato: REPR Técnico administrativo: Maria de Lourdes Coelho Graduação: Ciências/Biologia Pós-Graduação:Especialização em Pedagogia Escolar 26 Cargo Efetivo: QFEB Técnico administrativo: Maria José da Silva Brito Graduação: Pedagogia Pós-Graduação: Orientação/Supervisão Cargo Efetivo: QFEB Técnico administrativo: Vilma Tonhi Graduação: Normal Superior e cursando Pedagogia Cargo Efetivo: QFEB Agente Educacional I: Antonio Marcos Gomes de Mello Aparecida Dirce de Sá Cláudio de Oliveira Santiago Cleusa Rodrigues Iolanda Bússula Maria de Fátima Laurindo da Silva Maria da Conceição Alberti Ferreira Marta Antonio dos Santos Milani 27 Sonia Pestana OBJETIVOS GERAIS O Colégio Estadual Rachel de Queiróz – Ensino Fundamental e Médio tem a finalidade de efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispostos constitucionais Federal, a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/96, o Estatuto da Criança e do adolescente – ECA, lei nº 8060/90 e a Legislação do Sistema de Ensino aprendizagem. A proposta da escola é: Garantir ensino aprendizagem ás crianças, adolescentes e jovens objetivando a inclusão social através da formação de sujeitos críticos, capazes de mudar a si mesmo e seu meio. Oferecer requisitos necessário para que os alunos compreendam o contexto social e histórico e que, pelo acesso ao conhecimento, criticamente sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade; Oferecer ao aluno a formação necessária para o enfrentamento, com à transformação da realidade social, econômica e política do seu tempo. 28 Utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para a construção do conhecimento; Criar possibilidades para o aluno demonstrar sua capacidade criativa, na produção do conhecimento nas diversas disciplinas; Utilizar as diferentes linguagens, verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar seu conhecimento; Acompanhar a ação da prática do plano de trabalho docente, que deve ser de autoria do próprio professor; Acompanhar a capacitação dos professores nos grupos de estudos e cursos de capacitação, visando seu aperfeiçoamento para melhoria de sua prática pedagógica; Organizar o trabalho pedagógico de cada disciplina, partindo sempre do conteúdo estruturante, dos básicos elencados pela SEED e específicos; Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem; 29 Abordar os assuntos sobre diversidades étnico-cultural nas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada, articulados com os respectivos objetos de estudos dessas disciplinas, de acordo com a lei 10,639, de 09 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “ História e Cultura Afro – Brasileira”; Assegurar que sejam abordados nas disciplinas afins, de forma contextualizada, os demais desafios sociais contemporâneos, como: Educação Ambiental, Uso Indevido de Drogas, Violência na Escola, Educação do Campo e Gênero e Diversidade Sexual; Garantir através da gestão democrática o acesso, permanência e qualidade de ensino-aprendizagem a todos os alunos. MARCO SITUACIONAL Os últimos tempos devido as grandes revoluções da tecnologia, a informatização, a crise econômica do capitalismo, as mudanças na política, na economia, a globalização, o mundo tornou-se mais complexo. Os processos são muito dinâmicos e, portanto, sofrem várias transformações. Todos os indivíduos estão sujeitos a essa série de mudanças. O mesmo ocorre com a educação brasileira. 30 O Estado do Paraná através da SEED e NRE, tem trabalhado diretamente com as escolas, com objetivos de ajudar, colaborar e elaborar planos de trabalho que venham ao encontro das necessidades da escola rumo a uma educação de qualidade. Nos últimos anos, o Paraná avança muito em relação à organização e valorização do currículo das escolas, através de discussões oriundas de Encontros, da produção de materiais didáticos através do Programa de Desenvolvimento da Educação, seminários, NRE itinerante, Grupo de Trabalho em Rede, Grupos de Estudos, Jornada Pedagógica – envolvendo professores pedagogos e gestores. O Estado passa a investir mais na capacitação dos docentes. Isto, junto com ampliação do quadro de professores efetivos através de concursos públicos, promoveu na escola um processo de decisões coletivas envolvendo todos os trabalhadores da educação, valorizando a permanente discussão e análise da prática educacional desenvolvida nas mesmas. Esta prática educacional aponta como base a concepção histórico-crítica para direcionar o trabalho pedagógico. A escola nos últimos tempos tornou-se paternalista. Isso se deu, principalmente, a partir da promulgação da Constituição de 1988, onde está explicito que o zelo pela criança não é uma tarefa apenas da família, mas também de instituições organizadas da sociedade, como a escola. Os reflexos são sentidos nos dias de hoje, pois a maioria dos pais não acompanha ativamente a vida escolar de seus filhos. 31 Com a democratização do acesso à educação, devem permanecer na escola todos aqueles que são excluídos na sociedade. Acomodar e proporcionar aprendizado para esse público não é tarefa fácil, mas é algo imprescindível. Atender a essa demanda é o maior desafio da escola. Transformar a educação em prioridade para grupos que são alijados da condição de satisfazer suas necessidades básicas – alimentação, habitação, saúde, entre outras - exige um esforço imenso. Por isso se verifica o descaso por muitos alunos pelo ato do lecionar do professor e do aprender do educando, além da falta de respeito com os colegas e com o professor gerando assim problemas de indisciplina em algumas salas de aula. A falta de emprego e a dificuldade das famílias fazem com que o êxodo rural seja permanente, o que traz sérias consequências para vida escolar de muitos alunos. Existem vários fatores que contribuem com as famílias do nosso município, muitos trabalham na Usina tendo uma folga a cada cinco (5) dias, e diz não ter tempo de acompanhar a vida escolar de seus filhos, outros não querem mesmo e acha que a escola tem que dar conta de ensinar e educar. Neste ano estamos com sérios problemas com vários alunos do período vespertino. Os mesmos dão muito trabalho para os professores e equipe pedagógica, não param na sala, não desenvolvem as atividades propostas pelos professores e ainda desacatam e agridem verbalmente todos, desde o Diretor, professores até os 32 colegas de sala. Todos os dias assinam advertência, já chamamos os pais e alguns declararam que não tem mais condições de disciplinar seus próprios filhos, mas as vezes nem todos os pais comparecem para resolver situações-problemas de seus filhos. Analisando e avaliando os anseios de alguns pais, pode-se observar que eles também almejam um ensino de qualidade para os seus filhos. Há uma parcela que não participa de reuniões ou de eventos na escola, mas muitos outros atendem prontamente quando são convidados ou convocados. Esses almejam uma escola pública de qualidade e se esforçam acompanhando a vida escolar do filho e dando sugestões para melhorar o trabalho pedagógico. Pois entendem que a educação é uma condição essencial para mudar sua realidade. Existem algumas turmas com problemas sérios de participação nas atividades de sala de aula. Isso ocorre, principalmente, nas turmas com maior números de alunos, destacando-se as 6ª séries dos períodos matutino e vespertino que, além de serem turmas numerosas, são compostas de vários alunos com inadequação idade-série, e que portanto, não se adaptam à turma e apresentam baixa produtividade e consequentemente pouca aprendizagem. Analisando os índices do IDEB contido na tabela abaixo (Tabela 1), percebe-se que a escola avança de além das metas projetadas. Um dos fatores preocupantes, que certamente afeta a conquista de índices maiores revelando maior condição de aprendizagem do aluno, é a baixa porcentagem de alunos 33 leitores, pois sabemos que muitos dos erros obtidos pelos alunos na prova são oriundos da capacidade parcial de interpretação de textos e enunciados das questões. Tal incapacidade também pode ser reforçada pela forma como são produzidas as questões utilizadas pelos professores nas avaliações aplicadas na escola em cada disciplina. IDEB Observado Metas Projetadas 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 3,5 3,9 4,2 3,5 3,6 3,9 4,3 4,7 5 5,2 5,5 Tabela 1 – Resultados do IDEB e metas do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio. Comparando com o os resultados do estado do Paraná e do Brasil (Gráfico 1), percebemos similaridade com nosso estabelecimento. Isso indica as deficiências de ensino e aprendizagem são praticamente as mesmas nas escolas públicas. Também foi verificado um desconhecimento por parte da comunidade escolar da importância destes índices para nortear a organização do trabalho pedagógico. Os pais, na sua maioria, desconhecem os índices da escola. Muitos alunos, por sua vez, não levam a sério o momento em que realizam as provas. IDEB Anos Finais - Rede Estadual 2005/2009 5 4 3 2 1 0 2005 2007 Brasil Paraná 2009 Município Escola 34 Gráfico 1 – Resultado do IDEB Anos Finais de 2005 à 2009. Na taxa de aprovação, conforme Tabela 2, o outro fator que compõem o IDEB, nossa escola tem avançado, pois a cada ano temos índices menores de reprovação e desistência. Como já foi citado em outro momento, a taxa maior de reprovação se concentra nas 6ª séries e a de desistência na 1ª série do Ensino Médio noturno. Taxa de aprovação - 2005 5ª à 5ª 6ª 7ª 8ª 8ª Taxa de aprovação -2007 Indicador de 5ª à rendimento 8ª 5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de rendimento (P) (P) 85, 84, 83 85, 90 4 6 0,86 87,4 88, 86, 90, 83, 3 9 7 5 0,87 3 Taxa de aprovação -2009 5ª à 8ª 5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de rendimento (P) 90,6 93,5 84,8 91,2 94,7 0,91 Tabela 2– Taxa de aprovação do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio. 35 A grande preocupação é que existem alunos que necessitam de acompanhamento psicológico e avaliação para averiguar se os mesmos possuem necessidades educacionais especiais. Para tentar resolver os problemas de aprendizagem existe a sala de apoio à aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. No entanto, embora todo o esforço da equipe pedagógica e professores para detectar alunos com problemas de aprendizagem e encaminhálos para esta sala, ainda há resistência de vários alunos para frequentá-la. Alguns pais, que foram informados da necessidade da frequência do filho, também não tem colaborado exigindo que o mesmo vá até a escola. Em relação ao processo pedagógico nesta sala, verificamos que há a necessidade de avanços, principalmente no tocante ao encaminhamento metodológico. È imprescindível que o mesmo seja diferente, haja visto a dificuldade de aprendizagem do aluno pelas vias normais. A exigência legal da implantação curricular Língua Espanhola fez com que nossa escola optasse pela oferta facultativa ao aluno no contraturno através do CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) com quatro aulas semanais em cada série do Ensino Médio. Observamos que há uma taxa de desistência grande por parte dos alunos matriculados. Pelo visto, eles ainda não perceberam a importância do aprendizado dessa língua para seu desenvolvimento, potencializando as possibilidades de ingresso dele no mundo do trabalho. 36 Sabe-se que a realidade dos alunos do noturno é diferenciada, pois a grande maioria dos alunos matriculados são trabalhadores. Ainda existem problemas relacionados à frequência, principalmente na 1ª aula. Para muitos falta estímulo ao estudo. Sempre argumentam que devido ao trabalho não tem tempo para realizar atividades pedagógicas. Na nossa escola há uma grande maioria de professores participativos, abertos a mudanças e a novos conhecimentos, dispostos a participar de capacitações bem como receber novidades para trabalhar com as diversidades dos educandos. A maioria é comprometida com a educação, participam dos projetos estaduais, como Fera Com Ciência, Folhas, GTR, PDE e Viva Escola. Professores desmotivados, acomodados e omissos são exceções. Dentre todos os professores, alguns apresentam dificuldades nos encaminhamentos metodológicos de sua disciplina. Na questão da avaliação os professores demonstram desejos de mudanças, mas entre o anúncio de novas perspectivas em avaliação e a prática avaliativa existe uma distância muito grande. Embora houvesse inúmeros momentos de reflexão sobre essa questão, as mudanças ainda se apresentam tímidas, principalmente no tocante aos instrumentos diversificados de avaliação. Também existem dúvidas quanto aos critérios de avaliação para os conteúdos trabalhados. Esse item não está claro em muitos dos Planos de Trabalho Docente. 37 Na Semana Pedagógica do início do ano, a escola não tem suprida toda sua demanda de professores docentes e professores pedagogos acarretando problemas no planejamento das atividades do ano. Muitos professores que assumem chegam à escola e encontram dificuldades de para compreender pontos que foram trabalhados nessa capacitação inicial. Há dificuldades no entendimento do PPP, da PPC da disciplina e na elaboração do PTD. A rotatividade do professor é outro fator agravante que acarreta prejuízo na organização do trabalho pedagógico. A rotatividade não permite que o professor crie vínculo com a escola entendendo profundamente as variadas questões que afetam seu trabalho, como , por exemplo, a realidade social da escola e do aluno e as dificuldades individuais deles. No ultimo ano surgiu outro tipo de rotatividade: a realizada no meio do ano em virtude do afastamento do professor para PDE. Em várias disciplinas a turma já teve até três docentes. Essas substituições no meio do ano são péssimas para o aluno devido ao que já foi citado anteriormente. A admissão de vários professores com contrato de trabalho precário agrava esse quadro. Embora todo o trabalho feito nos últimos anos para a construção das diretrizes curriculares de cada disciplina, ainda persiste a falta de conhecimento por parte por parte de alguns professores sobre a concepção de currículo. Em relação à valorização das instâncias colegiadas pela comunidade escolar ainda precisamos avançar. É a minoria dos pais que participam ativamente 38 dos encontros e reuniões promovidas na escola. Os alunos se organizam através do grêmio estudantil. No entanto, ele não cumpre sua função, pois ainda falta formação para os integrantes. Percebemos uma organização maior dos alunos quando há interesses em arrecadar fundos para realizar solenidades de formatura ao término do Ensino Médio. Embora os avanços conseguidos em relação ao Conselho Escolar nos últimos anos, ainda não há uma configuração ideal sobre como deve operar esse instrumento, pois balizamos parte de nossas ações focados na nota. Tanto o PréConselho como o Pós-Conselho precisam de aperfeiçoamento. Quanto ao espaço físico na nossa escola não temos graves problemas. Apenas uma sala não possui TV Pendrive, recurso importante para organização de aulas que melhore o processo de ensino e aprendizagem. Precisamos urgentemente é de uma reforma geral na escola como reparação na rede elétrica e pintura. Algumas adequações em relação à acessibilidade também são necessárias. O direito do professor em realizar sua hora/atividade no dia marcado pela SEED nem sempre acontece, pois muitos dos professores são PSS e atendem à várias escolas da região, tendo que se desloucar de uma cidade para outra. Assim, é necessário ocupar todos os dias com docência na sala. Isso aumentou com a saída dos professores para o PDE no inicio do 2º bimestre de 2009 e afastamentos por motivos de saúde, o que causou muitos transtornos para a escola e principalmente para os alunos. 39 MARCO CONCEITUAL Entendemos que o papel do professor deve ser mediador do processo ensino aprendizagem. E que a função social da escola é formar cidadãos críticos e bem informados, em condições de compreender e atuar no mundo em que vive. È baseado nas concepções que acreditamos viáveis, que planejamos nossas ações. Portanto, tais concepções constituem a coluna principal, o fio condutor, a baliza direcionadora de todo o trabalho desenvolvido na escola. Concepção de sociedade Pensando na sociedade atual, podemos considerá-la como complexa e heterogênea, organizada e estruturada política e economicamente, mesmo que pela lógica do neoliberalismo – modelo econômico que parece ter se tornado cada vez mais determinante da vida dos indivíduos. Saviani (2008) afirma que muitos concebem a sociedade como sendo essencialmente marcada pela divisão entre grupos ou classes antagônicas que se relacionam à base da força, a qual se manifesta fundamentalmente nas condições de produção da vida material. Para outros, a sociedade tem que ser essencialmente harmoniosa tendendo à integração entre seus membros. A marginalidade é considerada um fenômeno que deve ser corrigido, A educação nesse caso tem o papel fundamental em corrigir esses desvios, que caracterizam a marginalidade. Ela é a força homogeneizadora que tem 40 por função reforçar os laços sociais, promover a coesão e garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social. Assim, ela se torna democrática, justa e igualitária – com oportunidades iguais para todos. Concepção de homem Ao conceber o homem, entendendo-o como um ser eminentemente social, Vigotski (1987) estabelece que a formação e o desenvolvimento do psiquismo humano ocorrem com base em uma crescente apropriação dos modos de pensar, sentir e agir culturalmente elaborados. Nesse sentido, a perspectiva sóciohistórica considera que o homem não possui uma natureza humana inata e imutável. Ao contrário, segundo essa visão, ele conta tão somente com uma “condição humana”, uma vez que constrói sua existência na e pelas interações mantidas com a realidade física e social, buscando satisfazer suas necessidades. Leontiev (1978), diz que o homem, ao nascer, é candidato à humanidade e é introduzido no mundo da cultura por outros indivíduos; segundo ele, o homem é um ser de natureza social, tudo o que há de humano nele provém da sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade. Morin (2001), ao falar sobre a complexidade do ser humano, diz que o homem é um ser , ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural. Partindo desta concepção, de que o homem é tanto físico como social, traçamos o tipo de cidadão que queremos formar: um indivíduo que tenha consciência de 41 pertencer à Terra, compreendendo a interdependencia entre os fenômenos sendo capaz de interagir de maneira crítica, criativa, responsável e consciente com seu meio natural e social. O ser humano, na atualidade, é competitivo e individualista, resultado das relações impostas pelo modelo de sociedade em vigor. O homem, modifica a si mesmo pela apropriação dos conhecimentos como seres histórico-sociais, portanto, capazes de transformar a realidade. Sujeitos capazes de participarem de forma atuante no âmbito coletivo, compreendendo o contexto em que vivem e avaliando os problemas colocados pela realidade, intervindo nela. Concepção de educação Para que o indivíduo participe de maneira consciente e ativa na sociedade é necessário que a atividade educativa se baseie na dialética entre o ato educativo e o ato político. Paulo Freire, afirma que “educar é, sobretudo, politizar”. Já Demerval Saviani diz que equivale o ato de educar ao de “transformar, revolucionar a serviço das forças emergentes da sociedade”. O processo educacional deve contemplar o ensino aprendizagem como um processo de produção e de apropriação de conhecimento e transformá-lo, possibilitando, que o cidadão torne-se crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e buscando alternativas de superação da 42 realidade. Assim, educar é mais que reproduzir conhecimento, é socializar o conhecimento. Concepção de escola A Escola tem a função de socializar o saber elaborado que foi selecionado para compor o currículo escolar. Ela não pode perder de vista esta função que é de suma importância para o processo educacional. Nesta perspectiva, e em meio a tantas demandas, busca aprimorar-se, formar-se e capacitar-se como instituição que tem o domínio do saber. Assim deve mediar este saber e oferece-lo ao aluno de forma organizada e sistematizada. Desejamos que a nossa escola seja voltada a socialização de saberes científicos elaborados pela humanidade. No entanto, segundo Sacristán & Gomez ( 1998) , a função educativa da escola ultrapassa a função reprodutora do processo de socialização, já que se apóia no conhecimento público ( ciência, filosofia, cultura, arte ,...) para provocar o desenvolvimento do conhecimento privado de cada um dos alunos. Ela necessita quebrar essa reprodução para ser uma escola transformadora, autônoma e emancipadora. Concepção de ensino aprendizagem Saviani (1995), afirma que ensinar é o “ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular a humanidade que e produzida 43 histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.” Esse processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais indispensáveis formação e a sua humanização. Portanto, aprender a sua e ensinar são processos inseparáveis. Ensinar de forma democrática exige o compromisso para que haja a aprendizagem por parte de todos os alunos, considerando a forma e o tempo de aprendizagem e o entorno do aluno. O grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais dos alunos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos ( SEED/PR, 2005). Segundo Vygotsky (1995), “ a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação mediada que possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.” Portanto, o conhecimento e fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Isso permite ao aluno, sair do papel de passividade e fazer parte dessa relação, através do desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, entre elas a linguagem. Concepção de conhecimento As concepções pós-modernas consideram que o conhecimento válido ou verdadeiro é somente o conhecimento útil – o saber fazer prático, o qual não encaminha para a superação da fragmentação do conhecimento e do currículo escolares e, assim, não contribui para uma sólida formação teórico-prática, a ser 44 fundamentada nos conhecimentos científicos, apreendidos através dos conteúdos escolares formais. O processo de produção do conhecimento é produto da atividade humana, atividade não abstrata, mas atividade real, objetiva, material, e conforme afirma Vásquez (1977), “conhecer é conhecer objetos que se integram na relação entre o homem e o mundo, entre o homem e a natureza, relação esta que se estabelece a partir da atividade prática humana”. Em síntese, na concepção difundida no Paraná, o conhecimento se realiza na relação entre sujeito e objeto num dado contexto histórico-social. Significa dizer, que é nesta relação mediada pela prática, no processo de contínua transformação, que a realidade objetiva transforma-se em conhecimento. Entendemos o conhecimento como produto da construção histórica do ser humano, - nas dimensões científicas, artística e filosófica - que nas suas interações é o que constrói e reconstrói, conforme suas necessidades. A escola é o espaço de confronto e diálogo entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Em suma, conhecimento é o saber sistematizado e historicamente acumulado, necessário ao processo de tomada de consciência, à emancipação e à formação do cidadão (GRAMSCI, apud SEED/PR, 2010). Estes conhecimentos estão postos nos conteúdos definidos nas disciplinas do currículo. 45 Concepção de currículo Segundo Sacristan (2000),existem várias definições para currículo como: “conjunto de conhecimento ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássicas e desenvolvidas; programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal com se mostra num manual ou num guia do professor; também foi entendido, às vezes, como resultados pretendidos de aprendizagem; concretização do plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimento, valores e atitudes; experiencia recriada nos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; tarefa e habilidade a serem dominadas como é o caso da formação profissional; programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma”. Ele também diz que o currículo é algo que adquire forma e significado educativo à medida que sofre uma série de processos de transformação dentro das atividades práticas que o tem mais diretamente por objeto. O currículo é a forma de ter acesso ao conhecimento. No entanto, como assinalou Schubert(1986, apud Sacristán, 2000), ele não é apenas um corpo de conhecimento, mas uma dispersa e ao mesmo tempo encadeada organização social. A SEED/PR (2010) enfatiza que ele é a via de acesso ao conhecimento se organizando a partir de suas áreas de referência que sistematizam os conteúdos históricos, científicos, culturais, filosóficos artísticos, ou seja, conteúdos universais 46 que devem ser socializados para todos. Essa via deve garantir a emancipação do sujeito, garantido não apenas pela seleção de conteúdos, mas primordialmente pelo método de apropriação dos mesmos. Em síntese, o currículo é a expressão das concepções (de homem, de mundo, de ensino e aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola e seu papel social, das práticas pedagógicas e das relações nela vividas. É, como consequência disto, a seleção intencional de conteúdos, saberes e conhecimentos, os quais devem ser democratizados para toda a população, uma vez que são requisitos mínimos para a participação consciente em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e contraditória. Concepção de avaliação No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como diagnóstico do processo de ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Desta forma ela assume uma dimensão formadora, uma vez que , o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica (DCE – SEED/PR, 2008). Segundo Lima ( 2002), o verdadeiro sentido da avaliação está em acompanhar o desempenho do presente e orientar as possibilidades de desempenho futuro, mudando as práticas insuficientes, apontando 47 novos caminhos para superar problemas possibilitando a emersão de novas práticas pedagógicas. Sendo parte integrante do trabalho do professor, a avaliação tem o objetivo de proporcionar subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. Portanto, deve ser um processo contínuo e sistemático, considerada em suas múltiplas dimensões: diagnóstica, processual, formativa e somativa, como elemento que dá significado ao trabalho escolar e docente. Na relação ensino-aprendizagem, ela está voltada tanto para o processo de ensino, como para o processo de construção do conhecimento, possibilitando o redimensionamento do planejamento e da prática pedagógica. Os critérios de avaliação devem ser discutidos com todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem, oportunizando a reflexão e propondo abordagens e intervenções diferenciadas. Através da avaliação é que podemos perceber a necessidade de mudança da prática pedagógica, pois é uma das dimensões do processo ensino-aprendizagem. Por si só, não altera a qualidade da aprendizagem. É essencial que o professor realize diferentes atividades como forma de retomar os conteúdos, a fim de oportunizar a aprendizagem dos alunos antes de propor novos instrumentos de avaliação. Isso caracteriza a recuperação de estudos. Concepção de cidadão e cidadania 48 Sobre cidadania o dicionário de língua portuguesa Larousse afirma ser “qualidade de cidadão”, “qualidade de uma pessoa que possui, em uma determinada comunidade, política, o conjunto de direitos civís e políticos”. Cidadania é o direito do indivíduo em participar da vida da sociedade. É o ato do homem constituir-se como homem. Dessa forma ele nunca permite ser objeto , mas sim, é construtor do seu próprio ser, de sua própria identidade, enfim é construtor do seu próprio mundo. Ela não pode ser pensada como um conjunto de valores e práticas cujo exercício se fundamente apenas no reconhecimento formal dos direitos e deveres do cidadão. O importante é a prática dessa definição. Isso significa ir além do reconhecimento dos direitos e deveres do cidadão, exigindo o cumprimento dos mesmos por parte da sociedade. Ser cidadão é assumir-se protagonista do processo histórico, lutar pelos seus direitos e dos outros. Só pode haver processo educacional pleno se os sujeitos desse processo se entendem como cidadãos. A cidadania esteve e esta em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas. No dizer de Dalmo Dallari: “ a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá a pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania esta marginalizado ou excluído da vida social e 49 da tomada de decisão, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. Os excluídos para a escola, muitas vezes são aqueles chamados alunos especiais. Porém, a expressão necessidades especiais não deve ser tomada como sinônimo de deficiências (mentais, sensoriais, físicas ou múltiplas), pois abrange uma série de situações e/ou condições pela quais qualquer pessoa pode estar submetida em decorrência de uma limitação, temporária ou permanente, oferecendo obstáculos em nossa vida em sociedade, considerando-se a idade, o sexo, os fatores culturais, as condições de saúde, os quadros afetivo-emocionais, entre outros fatores (FERREIRA E GUIMARÃES, 2003, apud IACONO, 2006). Assim, a fratura de uma perna, a senilidade a depressão profunda ocasionada pela perda de um ente querido, a obesidade mórbida, a necessidade de uso permanente de medicamentos, órteses ou próteses, entre tantas outras adversidades a que estamos sujeitos, caracteriza uma situação de necessidades especiais e não se referem, necessariamente, a uma situação de deficiência (IACONO, 2006). Concepção de Cultura Refere-se a cultura toda produção humana que se constrói a partir das inter-relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Cada ser humano traz dentro de si uma cultura seja ela herdada ou adquirida. As escolas necessitam trabalhar e respeitar essas diferenças culturais 50 valorizando assim a identidade cultural do aluno, na perspectiva da diversidade cultural. Portanto, afirmamos que na atualidade é possível compreender a cultura através de três concepções fundamentais. Primeiro, em um conceito mais alargado onde todos os indivíduos são produtores de cultura, que nada mais é do que o conjunto de significados e valores dos grupos humanos. Segundo, como as atividades artísticas e intelectuais com foco na produção, distribuição e consumo de bens e serviços que conformam o sistema da indústria cultural. Terceiro, como instrumento para o desenvolvimento político e social, onde o campo da cultura se confunde com o campo social. Para o fortalecimento da cidadania e a inclusão social, há a necessidade de considerar todos os indivíduos, e não apenas os artistas, como sujeitos e produtores culturais. As ações devem promover a superação de exclusões e desajustes e da distância entre os “culturalmente integrados” e os “excluídos”. Relações Étnico-Raciais e Desafios Sociais Contemporâneos Segundo Frigotto (1993), a produção do conhecimento e sua socialização para determinados grupos ou classes não é alheio ao conjunto de práticas e relações que produzem num determinado tempo ou espaço. Isto significa dizer que ao se abordar o conteúdo da disciplina – recorte histórico, político e cultural do conhecimento (que por sua vez já trouxe consigo uma intencionalidade) é preciso 51 analisá-lo em suas múltiplas determinações. Mesmo delimitado, o conhecimento não perde o tecido da totalidade. É na categoria totalidade – condição de compreensão do conhecimento nas suas determinações que se as questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais podem e devem ser tratadas. Nesta perspectiva, os “desafios educacionais” no currículo deve pressupor ser parte desta totalidade. Portanto eles não podem se impor à disciplina numa relação artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu contexto e não o contrário transversalizando-o ou secundarizando-o. É necessário voltar-se sobre os fatos históricos, sociais, políticos, culturais e econômicos, não de forma imediata mas dialética. Esses desafios educacionais contemporâneos, além de pressupor um novo olhar – não com olhar ingênuo, raso e linear encobrindo fatos históricos favorecendo sempre a perspectiva do dominador como tradicionamente foram tratados os conteúdos, mas do conhecimento da realidade histórica – sobre questões sociais, culturais, ambientais, devendo ser trabalhados nas disciplinas que permitem contextualização permitindo a compreensão do conhecimento em suas múltiplas manifestações. È necessário, portanto, interpretar os “porquês” em sua plenitude. buscando outros referenciais que possibilitem outras representações sobre os fatos e sobre o passado. Assim, estaremos desconstruindo representações do passado ou evitando a criação de novas representações que são contaminadas de estereótipos em relação ao povo negro, indígena, cigano, entre outras minorias, contribuindo para não fomentar 52 práticas de preconceito, discriminação e racismo em nossa sociedade (CGE/SEED, 2008). Portanto, este novo olhar sobre os fatos e sobre a história indicam que as questões econômicas, sociais, culturais, ambientais, raciais, de genêro se apresentam como desafios que visam permitir a compreensão para além da visão idealista ou estereotipada sobre eles. Para isso, o coletivo da escola precisa buscar referenciais teóricos para fundamentar a discussão, gerando a instrumentalização para agir diante de situações concretas que se põe no cotidiano, como a violência, a sexualidade, do uso de drogas não caindo na ânsia voluntarista de práticas pontuais, pragmáticas, psicologizantes e espontaneístas. Concepção de tecnologia As tecnologias de informação e comunicação podem desempenhar um papel funcional – quando é instrumento, ferramenta, função e normativo – quando ela determina modelos para as relações sociais. O primeiro papel imprime à sociedade a marca da transformação, tanto na versão otimista – mundo sem fronteiras, rapidez na troca de informações - como pessimista – controle social e político. Em decorrência do seu avanço, surge ideologicamente, o conceito de “sociedade da informação” induzindo à crença de que o crescimento gerado por essa sociedade gera oportunidade sociais. Contrapondo-se a essa ideia capitalista, 53 podemos podemos usar as tecnologias da informação para estabelecer canais de interação social , visando expandir, fortalecer e dar novos significados as experiências culturais e movimentos sociais (SEED/PR, 2010). O acesso às tecnologias permite uma série de transformações sociais e desencadeiam uma série de mudanças na forma de reconstrução do conhecimento. È evidente que neste cenário, a educação tem de construir novas estratégias pedagógicas utilizando esses recursos com vistas a implementação de práticas de promoção do currículo nos diversos campos do sistema educacional, além de constituir-se como prática libertadora, pois permite a inclusão digital o que favorece a descoberta de novas possibilidades. As tecnologias devem ser consideradas como impulsionadoras e potencializadoras das práticas pedagógicas. Portanto, não podem ser tomadas como sujeito dessas práticas. Na verdade, elas devem aproximar os sujeitos do currículo numa relação dialógica. Dessa forma, junto com a mediação do professor, cumpre o seu papel como meio que contribui com a democratização e socialização do conhecimento. Concepção de gestão democrática A Gestão Escolar tem que se dar de forma antagônica à administração escolar capitalista, pois a gestão de uma escola pública, que visa a transformação social, tem que ser diferente ao modo de administrar uma empresa. A escola tem 54 que cumprir seu papel de socializadora do conhecimento, sem servir aos propósitos conservadores e elitistas (PARO 2008, apud, SEED/PR, 2010). A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista a necessidade de fazer da educação um serviço público, contrapondo-se aos interesses privados, patrimoniais, clientelistas ou corporativistas. Dessa forma, inclui necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões, ações administrativa e pedagógicas. Seguindo o princípio de gestão democrática, todas as decisões são tomadas de forma participativa e coletiva. O papel do conselho escolar O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, avaliativa, deliberativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da escola. Ele assume o desafio de democratizar as decisões da escola pública , explicitando contradições e conflitos de interesses entre esta e outros setores da sociedade como dentre os vários grupos que a compõem. Portanto, ele define critérios e ações sobre a organização e funcionamento da escola e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela Secretaria de Estado da Educação. 55 O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência do seu funcionamento. Por isso que o processo de escolha dos representantes é realizado por eleição direta respeitando o princípio da representatividade e da proporcionalidade. Conselho de classe O Pré – Conselho configura-se como um espaço interdisciplinar de estudo e tomadas de decisão sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola, oportunizando a discussão pedagógica do ensino e da aprendizagem de forma situada e integrada. No Pré-Conselho os participantes refletem sobre o perfil da turma e propõe linhas de ação, casos específicos de alunos que apresentam dificuldades no processo ensino aprendizagem, formas, critérios e instrumentos de avaliação utilizados para verificar o nível de conhecimento do aluno, acompanhamento dos alunos em seu percurso escolar, e adaptações curriculares para alunos com dificuldades específica. É concebido como uma instância coletiva de avaliação do processo ensino-aprendizagem, pois é um momento de refletir e repensar a ação pedagógica. O Conselho de Classe constitui-se em um espaço pedagógico na organização escolar, que proporciona a participação efetiva de todos os professores juntamente com a direção, pedagogos e alunos representantes de turma, visando a reflexão e avaliação da prática pedagógica e a aprendizagem dos alunos. Seus 56 objetivos são: acompanhar e avaliar o processo de aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos – a avaliação global do aluno e o levantamento de suas dificuldades bem como o estabelecimento de ações para superação dessas dificuldades; oportunizar condições de avaliar e analisar a prática docente – se as práticas são motivadoras para permitir a produção e apropriação do conhecimento no que se refere à metodologia, aos conteúdos e a totalidade das atividades realizadas; reunir dados que subsidiem o redimensionamento do planejamento. O Conselho de Classe será realizado por turma, nos períodos bimestrais e será proponente das ações que visem à melhoria da aprendizagem sendo o definidor da aprovação ou não aprovação do/a aluno/a. O Pós- Conselho é outro momento significativo, onde se encontram os alunos, professores, direção e pedagogo, estabelecendo estratégias de ação que possibilitam uma reorganização do processo de ensino-aprendizagem, comprometendo todos os envolvidos com o processo educativo. Papel do grêmio estudantil O Grêmio Estudantil representa a ala estudantil de todo estabelecimento, levando para reuniões do Conselho e APMF o anseio da classe. Também desenvolve atividades recreativas, esportivas e culturais nos contra-turnos e em datas especiais. O Grêmio Estudantil é formado exclusivamente por alunos regularmente matriculados neste estabelecimento de ensino, propondo sugestões 57 que possam contribuir no processo ensino- aprendizagem, ser intermediador entre alunos x professores e alunos x administração. O papel do aluno representante de turma O aluno é escolhido pela turma para representar os mesmos nas demais instâncias do colégio em ocasiões especiais ou na defesa dos interesses dos alunos bem como manter contato com a direção e equipe pedagógica para comunicação de qualquer fato que surgir, como intenção de desistência por parte de algum aluno assiduidade ou qualquer problema que possa ser percebido por ele no dia-a-dia escolar. O papel da APMF e outros A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) é responsável pela integração entre a escola e a comunidade, comanda as promoções e administra a parte financeira dos recursos próprios e do Programa Dinheiro Direta na Escola. No entanto, ela tem que ter uma preocupação para além do caráter arrecadador de taxas, junto à população para garantir a manutenção da escola, diante da falta de recursos que deveriam ser repassados pelos poderes públicos. Como o Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil, a APMF também possui estatuto próprio. Diante da insuficiência de recursos repassados à escola, a APMF tem um papel muito 58 importante na vida da escola, pois é ela que luta e trabalha, buscando recursos para atender as necessidades imediatas da escola. Salas de Apoio Conforme resolução nº 208/04- SEED e Instrução nº 05/2005 – SUED/DEE, competem as Salas de Apoio atender alunos da 5ª série com dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita e nos cálculos essenciais (adição, subtração, multiplicação e divisão). Elas são formadas pelos alunos das séries citadas acima, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com carga horária de quatro horas semanais, que mesmo aplicando a recuperação concomitante, ainda encontram dificuldades na aprendizagem. Formação continuada Os professores, direção e funcionários estão em constante aperfeiçoamento profissional, com grupos de estudos no próprio estabelecimento, seminários ou simpósios promovidos pela SEED, como prevê a LDB. Pois a formação continuada deve estar centrada na escola e fazer parte do projeto políticopedagógico. A formação continuada do professor é atualmente uma necessidade cada vez mais emergencial visto que vivemos transformações aceleradas e muitas mudanças educacionais. 59 No atual governo, o programa de capacitação é a linha mestre das políticas educacionais, aliado à reformulação do currículo. Além das capacitações nas áreas específicas, não somente os professores como também os funcionários em geral participam de seminários, simpósios e outros cursos para sua formação, que poderá se estender. Estágio Não obrigatório O estágio caracteriza-se como componente do processo de formação do estudante, com objetivos educacionais-formativos e como fator de interesse pedagógico. Portanto, como procedimento didático-pedagógico, é atividade de competência da Instituição de Ensino, que dispõe sobre as condições e requisito para a realização do estágio de seus alunos, bem como, pelos processos de acompanhamento, supervisão e avaliação. Conceber trabalho como principio educativo pressupõe oferecer subsídios, á partir das diferentes disciplinas, bem como, oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção e dominação e ainda possibilidades de sua emancipação como sujeito a partir do trabalho. Os conhecimentos escolares deverão permitir ao estudante atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e critica, permitindo-lhe ainda sua integração nas práticas sustentadas pelos conhecimentos teóricos, possibilitando assim, ao estagiário que as ações desenvolvidas no trabalho possam ser trazidas para a 60 escola e vice-versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das relações de trabalho. Em suma, o estágio possibilita ao aluno compreender e viver na prática as relações do mundo do trabalho, o que contribui para o desenvolvimento pleno de sua cidadania. O pedagogo do Estabelecimento deverá acompanhar as práticas de estágios desenvolvidos pelo aluno, mediando a natureza do estágio e as contribuições do aluno para enriquecer o plano de trabalho docente, de forma que os conhecimentos façam-no compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica, politica, cultural e socialmente. O pedagogo deverá manter os professores da turma do aluno estagiário informados sobre as atividades desenvolvidas para que possam contribuir para esta relação. Base Nacional Comum e Parte Diversificada A Matriz curricular do Colégio Estadual Rachel de Queiroz - Ensino Fundamental e Médio é elaborada em reunião com direção equipe pedagógica, professores e Conselho Escolar que discutem a melhor forma de adequá-lo a realidade dos educandos, obedecendo a legislação vigente. Cada disciplina é composta com uma carga horária suficiente para trabalhar os conteúdos programados em cada série, obedecendo a Lei de Diretrizes e Bases de no mínimo 800 horas anuais. Toda disciplina da matriz curricular, possui professor com habilitação específica. 61 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 5ª A 8ª SÉRIES NRE: UMUARAMA MUNICÍPIO: IVATÉ ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO - 0078 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4.000 ENS. FUND. 5/8 SÉRIE TURNO: MANHÃ/TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2.006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS CARGA HORÁRIA DO CURSO: 3920 H/A DISCIPLINAS 8ª TOTAL SÉRIE SÉRI SÉRI H/A 2 3 3 2 3 3 2 E 4 3 2 E 3 3 320 520 480 FÍSICA *ENSINO 1 1 0 0 RELIGIOSO GEOGRAFIA HISTÓRIA LÍNGUA 3 3 4 3 3 4 3 3 4 3 4 4 480 520 640 PORTUGUESA MATEMÁTICA SUB-TOTAL 4 22 4 22 4 22 4 22 640 3600 PARTE L.E.M 2 2 2 2 320 DIVERSIFI INGLÊS SUB-TOTAL TOTAL EM H/A 2 24 2 24 2 24 2 24 320 3920 BASE NACIONAL COMUM 5ª 6ª SÉRIE ARTES CIÊNCIAS EDUCAÇÃO 3266 HORAS 7ª 62 CADA TOTAL GERAL EM HORAS 3266 *Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas. MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 028 - UMUARAMA MUNICÍPIO: 1165 - IVATÉ ESTABELECIMENTO: 0078 – COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: RUA SERRA DOS DOURADOS, 4351 FONE: (44) 3673-1155 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS BASE NACIONAL COMUM DISCIPLINAS SÉRIES 1ª 2ª 3ª ARTE 02 02 BIOLOGIA 02 02 02 EDUCAÇÃO FÍSICA 02 02 02 FILOSOFIA 02 02 02 FÍSICA 02 02 02 63 GEOGRAFIA 02 02 02 HISTÓRIA 02 02 02 LÍNGUA 02 03 04 MATEMÁTICA 03 02 03 QUÍMICA 02 02 02 SOCIOLOGIA 02 02 02 SUB-TOTAL 23 23 23 L.E.M. - INGLÊS 02 02 02 04 04 04 06 06 06 29 29 29 PORTUGUESA PARTE DIVERSIFICADA L.E.M. - ESPANHOL * SUB-TOTAL TOTAL GERAL Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM. MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 028 - UMUARAMA MUNICÍPIO: 1165 - IVATÉ ESTABELECIMENTO: 0078 – COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: RUA SERRA DOS DOURADOS, 4351 FONE: (44) 3673-1155 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ 64 CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS BASE NACIONAL COMUM DISCIPLINAS SÉRIES 1ª 2ª 3ª ARTE 02 02 BIOLOGIA 02 02 02 EDUCAÇÃO FÍSICA 02 02 02 FILOSOFIA 02 02 02 FÍSICA 02 02 02 GEOGRAFIA 02 02 02 HISTÓRIA 02 02 02 LÍNGUA 02 03 04 MATEMÁTICA 03 02 03 QUÍMICA 02 02 02 SOCIOLOGIA 02 02 02 SUB-TOTAL 23 23 23 L.E.M. - INGLÊS 02 02 02 04 04 04 06 06 06 29 29 29 PORTUGUESA PARTE DIVERSIFICADA L.E.M. - ESPANHOL * SUB-TOTAL TOTAL GERAL Observações: 65 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM. Observação: serão ministradas 03 aulas de 50 minutos 02 de 45 minutos. MARCO OPERACIONAL Diante da realidade apresentada e dos conceitos explicitados no decorrer deste Projeto Politico Pedagógico, faz-se necessário definir coletivamente o conjunto de ações necessárias á concretização do mesmo. O Colégio Estadual Rachel de Queiroz- Ensino Fundamental e Médio tem como princípio norteador a gestão democrática, pois as ações prioritárias descritas a seguir, para implementação em 2010, foram decididas a partir de discussões e questionamentos com o envolvimento de todos Para sanar os problemas citados em relação às salas de aulas com número excessivo de alunos, precisamos desmembrar as 6ª séries dos períodos matutino e vespertino. Outra ação conjunta para melhorar a aprendizagem é ter maior comprometimento de todos, principalmente na elaboração de Planos de Trabalhos com práticas pedagógicas diferenciadas, dando acompanhamento especial aos alunos repetentes ou que foram aprovados pelo Conselho de Classe. Através de sondagens contínuas, os professores e equipe pedagógica encaminhará os alunos com dificuldades de aprendizagem para sala de apoio. O coletivo da escola propõe dar acompanhamento, falando diretamente com os alunos 66 que apresenta tais situações. Não havendo melhora, a equipe pedagógica fica encarregado de levar ao conhecimento dos pais, no sentido de que, a família venha interferir e dar incentivo à permanência do aluno na escola, procurando auxiliar nas ações que visam conseguir melhor rendimento na aprendizagem. Buscaremos orientação técnica com o responsável pela Educação Especial do NRE no intuito de avaliar os alunos que apresentarem alguma necessidade especial. Se após a avaliação, constatarmos que temos alunos com necessidades educacionais especiais, precisaremos reabrir a sala de recurso para melhor atendê-los. Esse acompanhamento iniciará na 5ª série, inclusive considerando os encaminhamentos e avaliações feitas pelos alunos nas séries iniciais do ensino fundamental. Para fortalecer o processo de inclusão de alunos com necessidades especiais precisamos adaptar a escola para que eles tenham a garantia do acesso e permanência com qualidade. Com a campanha de formação para os pais ou responsáveis sobre o processo de avaliação da escola, acreditamos que os mesmos estarão mais presentes na escola e acompanharão melhor o desempenho escolar do seu filho. Essas informações serão repassadas logo após o Pós-Conselho de Classe em reunião entre eles, equipe administrativa/pedagógica, professores para esclarecimentos sobre as ações administrativas e pedagógicas da escola e sobre o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Com essas ações pretende-se aproximar os pais ou responsáveis da escola, não apenas do prédio, mas do 67 trabalho pedagógico, para que os mesmos sejam parceiros efetivos visando melhorar o processo educativo. Necessitando dar oportunidade para que os professores possam participar de cursos de capacitação, seminários ou outros eventos, para ter um melhor aperfeiçoamento sobre questões, como inclusão educacional, Educação do Campo, avaliação, novas práticas pedagógicas, entre outras. No entanto, se faz necssário incentivar os agentes educacionais, que atuam como Bibliotecários, para participarem de capacitação fornecida pela SEED/PR ou outras instituições, buscando melhorar o atendimento neste espaço pedagógico essencial para o desenvolvimento da pesquisa e leitura. Foram obtidos avanços significativos em relação a frequência escolar dos alunos, devido às intervenções da equipe pedagógica e direção com acompanhamento e incentivo á participação dos pais, que são os únicos reponsáveis em enviar o filho para a escola. Buscando desenvolver ou aprimorar esse compromisso em acompanhar frequência e o rendimento escolar dos filhos contamos também com palestras sobre valores humanos, confecção e exposição de faixas, passeatas, vídeos educativos sobre cidadania e participação comunitária, o que muito contribui para os avanços. Para os alunos com problemas na frequência escolar, será adotada primeiramente a notificação direta ao aluno. No caso de persistência será 68 comunicado ao pai ou responsável. Como último recurso será enviada a ficha FICA para o Conselho Tutelar. Todo o processo de comunicação deverá ser registrado. Em relação ao CELEM – Lìngua Espanhola, propôe-se que a escola, após a matrícula para composição das turmas, realize reunião com pais e alunos para informar-lhes sobre as vantagens em aprender outra língua – que ficará registrado em seu histórico escolar, bem como exigindo deles o compromisso com a frequuência, pois ocuparam as vagas que eram públicas. A equipe pedagógica deverá acompanhar as práticas de estágios não obrigatórios desenvolvidas pelos aluno relatando sua condição enquanto aluno. Quanto a avaliação será necessário acompanhar a prática avaliativa e os critérios de avaliação adotados pelo professor em relação aos conteúdos do currículo. È necessário propor atividades avaliativas diferenciadas definindo os critérios de acordo com os objetivos e conteúdos de cada disciplina, expressando a intencionalidade do trabalho do professor. Esses critérios, no entanto, precisam estar de acordo com os critérios de avaliação da escola. As questões colocadas nos instrumentos de avaliação, precisam corresponder a necessidade básica do aluno em qualquer disciplina: a capacidade de leitura e interpretação e a expresão de suas idéias através da comunicação escrita. Portanto, não se admite mais instrumentos que contenham apenas questões envolvendo estímulo-resposta, por exemplo. Esses instrumentos adequados permitirão reavaliar não somente a aprendizagem do aluno, 69 como também a organização do trabalho pedagógico, permitindo que a escola continue superando as metas definidas pelo IDEB. Se após a avaliação o professor verificar que o aluno não atingiu os objetivos propostos no Plano de Trabalho, o mesmo aplicará a recuperação de estudos usando novos instrumentos e metodologia para oportunizar novamente a apropriação do conhecimento. Se faz necessário promover maior engajamento dos membros das diversas intâncias colegiadas, principalmente do Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil, a fim de que a maioria dos membros possam participar ativamente dos processos decisórios relacionados aos aspectos administrativos e pedagógicos. Isso só será conseguido com a valorização dessas instâncias, através da inserção do membros em programas de formação a fim de que tenham embasamento teórico para ajudar nas decisões. O Grêmio Estudantil será formado exclusivamente por alunos regularmente matriculados neste estabelecimento por eleição entre eles, para um mandato de um ano conforme estatuto próprio (em andamento). Será eleito, por seus pares, um aluno representante de cada turma, é eleito para representar os mesmos, nas instâncias do colégio, em ocasiões especiais ou na defesa dos interesses dos alunos e manter contato permanente com a equipe pedagógica. 70 Para o Conselho de Classe é necessário o Pré-Conselho onde a equipe pedagógica reune com os alunos de cada sala para discutir o andamento escolar e as dificuldades encontradas pela turma e o que se pode melhorar. Essas informações trazidas pelos alunos serão utilizadas pelos professores, direção e equipe pedagógica para enriquecer as discuções no Conselho de Classe e determinar as ações que serão tomadas. No Pós-Conselho será discutido com a turma os problemas de ensinoaprendizagem verificados no Conselho de Classe a partir desses levantamentos planejar as ações necessárias para solucionar os mesmos. Após o Conselho de Classe será feita a reunião, onde os pais serão convocados através de bilhetes, telefones e anúncio em rádio comunitária da cidade para entrega de boletins e informações sobre o desempenho escolar de seu filho. Quando necessário, a família será convidada a participar de atividades desenvolvidas na escola, como palestras sobre temas sociais contemporâneos, discussões , eventos e aatividades pedagógicas desenvolvidas por alunos ou por representante de entidades públicas ou profissional competente. O aperfeiçoamento dos recursos humanos se constitui em elemento de atenção por parte da direção do colégio, porque entendemos que a satisfação do profissional reflete na produtividade e consequentemente maior satisfação do alunado em todos os níveis, elevando a harmonia, participação e progresso. Por isso, trabalharemos com firmeza os programas anuais que visam capacitar o 71 professor para entender o contexto educacional e implementar ações de enfrentamento aos problemas do colégio, bem como alcançar a auto-realização profissional. A escola proporcionará ou apoiará momentos de estudos para que o professor tenha uma formação permanente. Isso ocorrerá, por exemplo, durante os Grupos de Estudos aos sábados, Semana Pedagógica de fevereiro e julho, Grupo de Trabalho em Rede e durante as reuniões pedagógicas em dias já determinados pelo calendário escolar. Nessa formação continuada inclui também gestores, equipe pedagógica, equipe de apoio, conselheiros entre outros, através de NRE Itinerante e outros cursos e simpósios oferecidos pela SEED. Outras atividades de formação poderão ser utilizadas como: visitas em escolas que possuem experiências importantes; intercâmbio para trocas de experiências com professores de outros municípios; troca de ideias quanto à seleção, elaboração e formas de uso de material didático; contato constante com as editoras para conhecimento de materiais diversos e atualizados; leitura de revistas educacionais assinadas pela escola; recepção de programas da TV Escola ou Paulo Freire, para dar suporte ao conteúdo do professor; e reuniões pedagógicas semestrais realizadas com objetivo de acompanhar a execução do currículo e oferecer ao docente o suporte para o aprimoramento das metodologias utilizadas por eles. 72 Os espaços pedagógicos são ambientes existentes na escola, que visam dar suporte à aprendizagem do aluno. Estes espaços devem estar organizados e são: - Salas de aulas com televisão, quadro de giz, TV Pendrive DVD; - A Biblioteca Escolar, um espaço com acervo bibliográfico á disposição de toda comunidade escolar. O atendimento será feito em todos os turnos por agentes educacionais, que manterá catalogado e organizado todo o acervo, bem como controlará os empréstimos e devoluções do livros utilizados por alunos e professores. Serão realizadas atividades – como o I Espaço Literário onde será divulgado autores de diversos genêros literários, produção e declamação de poesias de poesias, produção de livros e contos, entre outros - buscando maior valorização desse espaço. - Laborátorio de Quimica, Fisica e Biologia para uso de professores e aluno, que tem por finalidade aprofundar a compreensão de conteúdos trabalhados nas disciplinas afins. Um funcionário, embora sem especificidade para o espaço, dará o suporte mantendo o ambiente nas condições adequadas. A utilização deste espaço será organizado através de cronograma em edital. - Laboratório de Informática, um espaço pedagógico para uso dos professores e alunos, que tem por finalidade auxiliar e aprofundar a compreensão de conteúdos trabalhados nas diferentes disciplinas do Ensino Fundamental e Médio, como uma alternativa metodológica diferenciada. Será destindo um agente educacional que o 73 manterá em condições de uso, zelando pela manutenção e bom uso dos equipamentos e controle de serviços. Também dará apoio, aos usários que apresentam dúvidas quanto a sua utilização. - Sala de Apoio com os recursos necessários – livros de leitura, coletâneas de textos, material dourado, dominós com silabas, dominós das operações matemáticas, tangrans, sólidos geométricos, bonecos para teatros, entre outros para que o professor possa desenvolver as atividades diferenciadas visando melhorar a capacidade de aprendizagem dos alunos. Esses alunos participam no contra turno com aulas ministradas por um professor que não seja da turma regular. O professor da turma regular passa para o professor da sala de apoio as dificuldades encontradas em cada aluno, e esses são atendidos de maneira diferenciada. O aluno pode deixarará a sala de apoio assim que conseguir acompanhar o trabalho com a turma regular. - Sala de Educação Física e Quadra Poliesportiva Coberta com materiais para: prática de jogos como xadrez, tênis de mesa, dominó e outros; prática de esportes coletivos como futsal, voleibol, basquetebol, entre outros. Tais atividades serão desenvolvidas nas aulas da disciplina de Educação Física ou em outros eventos da escola, como a Semana Cultural Desportiva visando despertar a prática do esporte como atividade física, promover a socialização dos alunos, entre outros valores. 74 O Calendário escolar é elaborado anualmente conforme normas emanadas da Secretaria de Estado da Educação atendendo a legislação vigente, garantindo assim, o mínimo de horas e dias letivos previstos para cada nível e modalidade. A direção do Colégio juntamente com a equipe pedagógica convocará os membros do Conselho Escolar para aprovar o calendário escolar. A elaboração deste será em conjunto com diretores de outras escolas do município e a Secretaria de Educação do Município para facilitar o transporte escolar. A direção, equipe pedagógica e a secretária da escola separará matrículas com o total exigido de alunos e as formará as turmas, evitando superlotação de salas. Em seguida elaborará um mapa com o total de aulas no início do período letivo, fazendo então a distribuição de aulas, respeitando os direitos de cada um dos professores. Quanto ao horário, a direção com a equipe pedagógica tentará manter o dia de hora atividade por disciplinas, conforme cronograma do NRE. É evidente que o professor necessita utilizar a maior parte do período de hora atividade para fazer correções de instrumentos avaliativos aplicados aos alunos ou preparar atividade da prática pedagógica. Com o tempo excedente, ou na necessidade, oferecemos condições de leituras e reflexões sobre o sentido do currículo na escola. O professor deve perceber que a nova concepção de currículo pretende resgatar a importância dos conteúdos, do saber elaborado, e agir em sua prática por este foco. Deixar também para os professores ter acesso ao PPP, PPC e a prestação de 75 contas da escola para que o mesmo tenha sempre oportunidades de acompanhar o dia-a-dia da escola. Utilizar-se-a também este momento para discussões, diagnósticos e possíveis soluções para problemas gerais da sala de aula ou problemas individuais de aluno. A avaliação dos docentes é efetuada pelo colegiado. Em geral os professores são cumpridores de seu papel como educador. Quanto ao pedagogo desempenham o papel que lhe é atribuído, mas com muitas dificuldades, pois muitos são contratados PSS ou extra. A direção tem dificuldades para avaliar, pois cada ano é um pedagogo. Quanto aos funcionários também fazem seus afazeres, muitos com carinho, outros resmungam mas cumprem com seus horários de trabalhos procurando não falta. Ainda temos problemas também em relação a avaliação dos funcionários devido muitos a rotatividade na contratação. Em cumprimento à Lei 11645/08, que trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena a escola colocará em sua Proposta Pedagógica-Curricular, nas disciplinas afins, os recortes de conteúdos que tratam dessas questões. Portanto, mesmo sabendo que a escola não dá conta de tudo, ela pode, de forma consciente e fundamentada, fazer o exercício de discutir sobre este tema, entendendo-o na mesma perspectiva do conteúdo escolar, indo além de representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade. Esses temas devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu contexto e não o contrário transversalizando-o ou secundarizando-o. Portanto, 76 devem estar descritos no Plano de Trabalho Docente, com as questões discutidas e trabalhadas não de forma pontual, mas de forma contextualizada durante as aulas, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica. Assim, podemos contribuir para reverter a dívida histórica nacional, verificadas pelas situações de exclusão e invisibilidade a que foram submetidas toda uma população de afrodescendentes e africanos. Como atividade de fechamento utilizar-se-á o Dia da Consciência Negra, comemorado em novembro. O mesmo se aplica aos desafios: Prevenção ao Uso de Drogas, Enfrentamento à Violência na Escola, Educação Ambiental e Sexualidade. PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA SEMANA CULTURAL DESPORTIVA A Semana Cultural acontece uma vez por ano compreendendo um período de uma semana envolvimento de toda incluindo sábado e escola: Direção, Equipe domingo. Esta consiste no Pedagógica, Professores, Funcionários, Conselho Escolar, APMF, e pais de alunos, onde serão apresentados trabalhos de exposições, teatros, danças, várias modalidades esportivas e tem por objetivo o envolvimento de toda comunidade escolar, buscando maior interação 77 entre aluno-aluno, aluno-professor, professor-comunidade e comunidade-aluno, oportunizando também os alunos que não participaram de outros eventos externos como: Jogos Escolares, Fera, Com Ciência etc. FEIRA CULTURAL A Feira Cultural acontece a cada 03 anos, onde a escola elege uma comissão com um coordenador geral e mais um coordenador por área. Cada turma trabalha um tema e tem orientação de um ou mais professor ou pessoa da comunidade. Os trabalhos são classificados de acordo com o nível das turmas, ou seja, o Ensino Fundamental em dois níveis: Nível I 5ª e 6ª séries, Nível II 7ª e 8ª séries e Ensino Médio Nível III. A equipe de coordenação geral escolhe uma equipe secreta de avaliadores para cada nível, onde todos avaliam os trabalhos atribuídos por notas relevantes de 1,0 à 10,0 e o colégio faz uma premiação em notas para todos os participantes e os três primeiros colocados de cada nível recebem um prêmio em troféu ou medalha. As apresentações dos trabalhos são em dois dias, nos três turnos, e no terceiro dia será feita a premiação conforme regulamento. A Escola tem dentro de suas atividades trabalhar a socialização ou a valorização do ser humano, seus direitos e seus deveres, desenvolvendo nos alunos além da capacidade crítica, uma reflexão de seu papel como agente colaborativo. 78 PROJETOS DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA RELATIVOS AO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO: PROJETO 1 PROFESSOR PDE: DEOLY ELOI DA SILVA ÀREA:GEOGRAFIA TEMA: DEGRADAÇÃO AMBIENTAL EM BACIA HIDROGRÁFICA. TITULO: DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CORREGO ÀGUA DA PRATA, MUNICIPIO DE IVATÉ – PARANÁ. PÚBLICO-ALVO 3ª SÉRIE OBJETIVO: Este projeto se propõe a refletir e pesquisar sobre a ocupação e a degradação ambiental, é fundamental principalmente quando há o envolvimento de aluno de ensino fundamental e médio. Para isso é essencial que os alunos analisem os diversos momentos de ocupação do município em que moram. Tem como objetivo demonstrar as potencialidades e vulnerabilidades da bacia hidrográfica do Córrego 79 água da Prata em Ivaté - PR, os impactos causados pelas atividades socioeconômicas sobre o ambiente e as medidas mitigadoras para reverter essa degradação. A ampliação e atuação pedagógica deste projeto possibilitará o aprimoramento do diálogo através de pesquisas de campo entrevistas com outras pessoas a respeito do conteúdo, buscando a participação dos alunos, professores ( sociologia, história e biologia, química) e também de outras áreas como as do curso de técnico em meio ambiente, e até mesmo a comunidade, principalmente os moradores da bacia hidrográfica. PROJETO 2 PROFESSORA PDE: NEIDE FAVERO ESPOLADOR ÁREA: GEOGRAFIA TEMA : ÁGUA TTÍTULO: O RACIAL DA ÁGUA COMO UM DESAFIO POSSÍVEL:UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NO MUNICÍPIO DE IVATÉ -PR PÚBLICO ALVO 8ª SÉRIE- ENSINO FUNDAMENTAL 80 OBJETIVO: Proporciona momentos de repensar o uso racional da água, no sentido de buscar a construção de novas atitudes perante esse bem e estimular a mudança de hábitos e comportamentos. PROJETO 3 PROFESSOR PDE: CLEMENTINA DO CARMO MENEGASSI TEMA: PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA TÍTULO: A LEITURA E A ESCRITA NA TRANSPOSIÇÃO DO GÊNERO CRÔNICA LITERÁRIA PARA O GÊNERO HISTÓRIA EM QUADRINHOS PÚBLICO ALVO :ALUNOS DA 8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL OBJETIVO GERAL Pesquisar e encontrar uma metodologia para o trabalho da produção escrita, que leve o aluno a ter interesse e prazer em ler e escrever, através de história em quadrinhos. 81 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Promover leitura de livros de textos literários Observar a estrutura das histórias em quadrinhos. Verificar a diferença dos gêneros “obra literária”e história em quadrinhos. Propor a transposição de gêneros, de obra para história em quadrinhos. Comparar as histórias criadas com o texto original. Apresentar a produção dos alunos para a comunidade escolar. DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA A comemoração ao dia da família acontece todo ano onde os alunos farão apresentações de teatros, dança, música, paródias, atividades com jogos e sorteios, e brincadeiras interativas com a participação de alunos (as) de pais e mães ou responsáveis. Contamos também com colaboração da comunidade que fazem apresentações musicais. Durante o evento é oferecido lanche para todos os participantes. A data deste evento é flexível conforme com as comemorações do estabelecimento. A comunidade participa com patrocínio de prêmios que serão distribuídos à todos participantes, quer seja pai ou mãe de alunos ou não. Tem 82 como objetivo estreitar os vínculos entre família e escola, buscando o comprometimento e participação dos pais e ou responsáveis com a educação. PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO - IVATÉ Tópicos Problemas Ações da escola em Perí- discutidos levantados 2010 odo Projeto - maioria dos - Sempre que os 2010 Político professores e problemas se equipe repetirem, deve-se pedagógica Pedagógic funcionários o conhecem o PPP e conversar com os contribuíram em sua responsáveis tentando Responsável Direção e elaboração, mas nem saná-los. sempre as ações previstas acontecem. Regimento - O regimento Escolar escolar, acontece - Deixar sempre a disposição da como o PPP, maioria comunidade escolar, conhecem e sabem 2010 Direção e equipe pedagógica para serem analisados. de seus direitos e deveres, mas nem 83 sempre é colocado em prática. Instâncias -Pouca participação - colegiadas nas reuniões : Grêmio Trabalhar na conscientização e -representantes dos suas Estudantil/ professores tem que responsabilidades APMF/Con deixar a sala de aula - Discutir o melhor selho Escolar para participar das reuniões - Direção e 2010 equipe pedagógica Eleger horário líderes para de turma a cada início reuniões do ano letivo -muito dos - Convocar os líderes representantes não de turma para estudar o tem conhecimento estatuto e as funções das funções que lhe do grêmio na escola Conselho cabem. - Promover a Escolar, -poucos alunos articulação entre os Equipe conhecem o Estatuto vários seguimentos da do Grêmio sociedade e os setores -Pouca da escola, a fim de 2010 APMF, pedagógica responsabilidade dos garantir a eficiência do alunos. seu funcionamento. 84 - Participar dos planos de aplicação dos recursos recebidos - Participar da elaboração do PPP. Planejame Mais participação nto dos professores na Participativ construção dos o Trabalhar mais com os professores, na tentativa de 2010 Direção e documentos conscientizar a todos equipe referentes a escola. que uma escola não se pedagógica faz sozinha e que todos precisamos caminhar juntos. Cumprime - o calendário é nto do - Sem sugestão elaborado com o Calendário mínimo de dias Escolar letivos, isso faz com em dias que algumas letivos e disciplinas tem carga 2010 horas-aula horária em excesso e outras faltam, 85 dependendo dos dias da semana que tem mais feriados ou recesso. Relação - pouca participação - trabalhar com os Escola- da comunidade na alunos quanto a equipe importância da pedagógica Comunida escola, inclusive os de pais. 2010 Professores e participação dos pais. - procurar desenvolver atividades extra-classe que incentive ou exige a participação dos pais. Proposta - o plano de trabalho Pedagógic é elaborado pelos a professores que se - quando o horário e as 2010 Professores e turmas estiverem todas equipe acertadas, a equipe pedagógica Curricular/ encontram no colégio pedagógica, usará das Plano de nos dias reservados horas atividades dos trabalho para esse fim, sendo professores para docente que alguns estão em analisar a proposta e outras escolas e no ver se há concordância caso dos PSS que por todos. Caso alguém 86 não sabem do seu discordar será discutido destino e não e fará as alterações participam da necessárias. elaboração. - professores de mesma série e mesma disciplina, trabalham conteúdos diferentes. Avaliação - os casos serão escolar colocar a disposição Início Professores e discutidos em dos professores o do equipe conselhos de classe resultado do ano pedagógica ficando maioria das relatório final de letivo vezes só no cada ano letivo e problema. procurar trabalhar na melhoria desses resultados, principalmente quanto ao abandono, desistência, 87 repetência. Trabalhar com a campanha Eu acompanho meu filho e você? Procurar conscientizar os pais a participarem mais na vida escolar do seu filho. Conselho - muitas vezes é - discutir alternativas 2010 Professores e de Classe discutido a que possa ajudar o equipe dificuldade do aluno aluno a ter melhor pedagógica mas não se pensa rendimento, usando em procurar talvez, metodologias alternativas para diferentes, procurar melhora, ficando saber a razão de suas apenas a equipe dificuldades, pedagógica em conversar com o aluno ou com os 88 pais. Horaatividade - dificuldade em colocar hora atividade de todos professores da mesma disciplina no mesmo dia, pelo fato de alguns trabalharem em mais de uma escola. Recuperaç - a recuperação ão de estudos - professor quando paralela dificulta o perceber que o aluno trabalho do tem dificuldade, professor, em procurar uma forma em relação aos demais que os demais alunos alunos. da sala possa ajudar os 2010 Professores 2010 Professores e que tem um nível de raciocínio mais lento. Sala de Apoio Existem vários No inicio do ano é alunos feito uma avaliação equipe que precisam da para ver se o aluno pedagógica 89 sala de apoio, necessita da sala de apoio. Feito isto realizar reunião com os pais, dos alunos que precisam da sala de apoio para falar da necessidade do seu filho, e a importância do mesmo frequentar em contra turno a sala de apoio. Os professores irão trabalhar partindo da necessidade de cada aluno. Reuniões -o fato de muitos - deixar o plano de ação 2010 Professores, Pedagógic professores a disposição de todos equipe as/Se- trabalharem em mais os profissionais do pedagógica e mana de uma escola, faz funcionários. estabelecimento para 90 Pedagógic com que a discussão que mesmo que não a da semana tenha participado no pedagógica não momento ele possa abrange a todos. também dar sugestões e colaborar nas ações previstas. Enfrenta- - percebe-se que a Estar em constante 2010 Professores e mento à maioria dos alunos alerta quando as equipe evasão que deixam a escola, faltas dos alunos, pedagógica são alunos chamar o aluno e desmotivados conversar, se quando ao estudo, permanecer chamar sem perspectiva de os pais para futuro. averiguar o que esta acontecendo e tentar na maneira do possível achar uma solução. Grupos de Estudos - Não foram levantados 91 problemas Simpósio/ - O número de vagas -Que seja ampliado o Seminá- por núcleo é muito rios/Encon reduzido. tros Cursos 2010 NRE/SEED 2010 Direção e número de vagas ou que alguns eventos A falta de uma aconteçam mais de equipe pedagógica uma vez.. completa dificulta - suprir as demandas quando alguns da equipe pedagógicas professores estão na escola. participando dos encontros. PDE/GTR - dificuldade em - Incentivar os acessar o site professores a usarem o equipe - muitos professores computador. pedagógica participaram apenas dos primeiros módulos. - professores com pouco conhecimento de informática. Produção - há muita burocracia 1. - convocar os 2010 NRE/SEED 92 de material na aprovação de um professores (Folhas,O determinado interessados em AC) material, isso produzir algum tipo desmotiva os de material para professores a esclarecimentos e produzir. informações necessárias para que possam facilitar na elaboração e consequentemente na aprovação. Projetos - Projeto Escola Aberta, feita em parceria com Professores Específico a Prefeitura Municipal , que dá oportunidade s da todos alunos terem o conhecimento básico de escola informática. As aulas são no contra-turno com Prefeitura duas horas semanais. Semana - A exigência de que - trabalhar a Feira Cultural e a semana cultural Cultural em épocas esportiva diferentes dos jogos e deva ser realizada 2010 Escola e comunidade 93 em paralelo com a outras culturas como esportiva, faz com danças, teatros, que, quando temos a exposição, etc. Feira Cultural que é A Feira Cultural será realizada a cada dois trabalhada três dias e o anos, não esporte e outras conseguimos realizar culturas também três a esportiva, pois dias incluindo o sábado. 100% dos alunos, professores e funcionários se envolvem com a Feira. Programa - muitos professores - planejar de forma que institucion e alunos tem mais pessoas possam ais da interesse em SEED: participar, mas são 2010 SEED participar FERA/Co poucas vagas. mCiência/J OCOPs/C ELEM 94 Educação -praticamente hoje temos poucos alunos que do Campo são considerados do campo. Desafios - é muito mostrado pelos meios de educacion comunicação as violência nas escolas, a ais sexualidade, uso de drogas, isso parece dar contempor incentivo aos alunos praticarem e dificulta o âneos: trabalho das escolas. Quanto aos demais itens educação eles estão contemplados dentro da proposta. ambiental, sexualidad e, enfrentam ento à violência nas escolas, prevenção ao uso indevido de drogas, educação 95 fiscal, História e Cultura Afrobrasileira e Africana Materiais e A escola deve estar ligada às tecnologias ambientes e o acesso fácil às informações, e muitas didático- dessas tecnologias estão a nossa pedagógic disposição, portanto temos que nos fazer os: alguns ajuste para conciliar as aulas com Laboratóri as tecnologias. o de Ciências e de Informática /TV Paulo Freire, TV Pendrive, acervo da biblioteca, 96 Livro Didático Público Recursos - os recursos financeiros recebidos são : Fundo apenas suficientes Rotativo/P para as DDE necessidades - Cobrar dos órgão 2010 Direção responsáveis NRE insistentemente a Fundepar vistoria do prédio e Decon devidas melhorias. básicas da escola, e muitas vezes passamos por dificuldade como, falta de conjunto escolares ou péssima condições dos mesmos, reformas imediatas. PLANO DE AÇÃO DO DIRETOR (A) DA ESCOLA MUNICÍPIO: IVATÉ NÚCLEO: UMUARAMA 97 DIRETOR: ALBERTO VIDUINO STELA DIRETOR-AUXILIAR: RINALDO ANDREUCCI DE SOUZA INDICADORES DE SITUAÇÃO ATUAL PROPOSIÇÃO DO CANDIDATO GESTÃO ESCOLAR 1.1 Participação das instâncias colegiadas na gestão democrática do estabelecimento de ensino: a) Conselho Escolar Está criado, estatuto Que o conselho seja ainda mais (atuação, criação e montado e tem uma participativo estatuto) atuação parcialmente nas decisões cabíveis. ativa. b) APMF (atuação, Está criada, estatuto Incentivar ainda mais a criação montado e a sua participação da APMF no e estatuto) atuação é parcialmente acompanhamento das ativa. atividade escolar. c) Grêmio Estudantil Já foi criado, e hoje em Só esta faltando funcionar,mas (atuação, criação e dia está ativado. já estamos providenciando. estatuto) 1.2 Relações da Direção com a Comunidade Externa: a) Associações e Tem um relação aberta, Queremos manter o trabalho que movimentos sociais da buscando sempre o vem sendo desenvolvido comunidade almejando melhorar ainda mais melhor para a escola. 98 (moradores/bairros/out pois é de suma importância a ras) participação da sociedade b) Conselho Tutelar c) Promotoria Pública Sempre que acionado Queremos que o conselho tenha contribui de uma forma uma participação mais efetiva e ou outra com a escola. tomando as decisões cabíveis. Solicitou a participação Vamos manter esta parceria e do Promotor, para sempre que necessário instruir e orientar os estaremos convidando para pais em relação aos novas palestras. suas obrigações. d) Conselho de Saúde Esta participando Estamos desenvolvendo uma parceria com o Conselho com intuito de desenvolver palestras e campanhas. e) Conselho de Tem atuado na Buscamos uma parceria com o Segurança Escola Conselho, para desenvolver palestras. f) Clube de Mães ---------------------- g) Pastoral da Criança Tem atuado na Escola. -----------------------Buscar uma parceria que esta acontecendo com 99 acompanhamento no desenvolvimento de algumas gestantes. h) Pastoral da Terra ------------------------ ----------------------- i) Pastoral do Idoso ---------------------- --------------------- j) Centro Municipal dos tem atuado na Escola O CMDA participa e acompanha Direitos da Criança e com o do Adolescente Tutelar. Conselho o dia–à- orientando dia os da escola, educadores e educandos. k) Rede de Proteção ---------------- ------------------- l) Outros 1.3 Relações da Direção com a Comunidade Interna: a) Professores e Relação muito boa e Queremos manter esta relação Equipe Pedagógica transparente buscando procurando melhorar ainda mais (organização da hora- solucionar os o relacionamento com o corpo atividade e outras) problemas da melhor docente e discente da escola, b) Equipe Técnico maneira possível, sempre visando o melhor para a Administrativo e procurando sempre o escola. c) Equipede Auxiliar melhor para não Assistentes d) Alunos Operacional Execução e) Pais e/ou interferir no bom responsáveis 100 f) Atualização do andamento da escola. Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico (PPP), da Proposta Pedagógica 1.4 Relações come odoNRE e SEED: Curricular (PPC) a) Formação Plano de Trabalho Todas as vezes que o Estaremos sempre, repassando Continuada para o Docente (PTD) NRE ou SEED as informações: formação corpo docente comunicou a escola continuada aos professores, sobre qualquer tipo de pais, alunos, administrativo, evento como os equipe pedagógica, assistentes cursos formação de execução e auxiliar continuada, esta operacional, e incentivando a b) Eventos com pais e comunicação foi participação. alunos repassada aos: direção Buscaremos parcerias com e direção auxiliar instituições e empresas com o professores, alunos, intuito de capacitar os que não pais, equipe técnico são contemplados com cursos administrativo, oferecidos pela SEED e NRE. c) Formação Continuada para assistentes de Equipe Técnico Administrativo e Assistentes de Execução 101 d) Formação execução, para que os Continuada para mesmo capacitem Equipe Auxiliar e) Participação da buscando Operacional direção e direção aperfeiçoamento. auxiliar em Cursos de 1.5 Relação com Programas e Projetos do Governo Federal Formação Continuada a) Programa Dinheiro Está ativo em nossa Executar conforme instrução da Direto na Escola escola SEED. (PDDE) b) Programa de Desenvolvimento ---------------------------- ------------------------------- Educacional (PDEEscola) c) Programa Escola ----------------------------- -------------------------------- Aberta d) Projeto Tempo Segundo Temos participa alunos que Temos participado com o projeto e são da prefeitura beneficiados projeto que pelo Segundo Tempo. e) Programa Nacional Estamos recebendo 18 Oportunizar o corpo discente e 102 de Informática na computadores. docente. Educação (PROINFO) f) Programa Nacional de Fortalecimento dos ------------------------------ ---------------------------------- Conselhos Escolares g) Programa Bolsa Temos alunos que são Ter um acompanhamento mais Família beneficiados com programa. o rigoroso, incentivando os alunos a se dedicarem ainda mais. h) Programa de Temos alunos que são Ter um acompanhamento mais Erradicação do beneficiados Trabalho Infantil programa. com o rigoroso, incentivando os alunos a se dedicarem ainda mais. (PETI) i) Outros 1.5 Relação com Programas e Projetos do Governo Estadual a) Fera Com Ciência A escola tem Queremos incentivar e valorizar incentivado os alunos e ainda mais a participação dos professores a alunos e professores. participarem . b) Jogos Escolares Tem participado. Incentivar e valorizar ainda mais os alunos envolvidos. 103 c) SAREH Temos alunos. Está sendo atendido aos alunos necessitados. d) Patrulha Escolar Mais participativa e) Viva a Escola Não temos este ano. f) uma participação mas ativa. Programa Superação ----------------------------- -------------------------------- g) Programa de Tem professores Incentivar os professores a Desenvolvimento envolvidos. participar do PDE. Educacional (PDE) h) Outros Temos alunos detidos Estamos atendendo em (casa lar, cadeia normalmente. etc.) 1.6 Programas e Parcerias com outras instituições Parceria com a Prefeitura, Usina entre outros. Estamos mantendo as parcerias e buscaremos outras parcerias. 1.7 Outros Temos participa alunos do que Estamos projeto com o sendo projeto beneficiados da Fanfarra 104 Fanfarra. parceria da prefeitura. Responsáveis: DELMA RUFINO COSTA- DIRETORA ALBERTO VIDUINO STELA – DIRETOR – AUXILIAR PRAZO DE REALIZAÇÃO: JANEIRO DE 2009 A DEZEMBRO DE 2011. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO Será feita avaliação bimestral em conjunto com todos diretamente envolvido no processo educativo do estabelecimento (direção, equipe pedagógica, professores e funcionários), verificando se realmente as ações estão sendo desenvolvidas e se estão trazendo resultados positivos, caso contrário será retificado em conjunto, buscando novas metodologias. PARECER DO CONSELHO ESCOLAR O Conselho Escolar tem parecer favorável ao Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rachel de Queiroz, Ensino Fundamental e Médio. Titulares Presidente: Alberto nViduino Stela............................................................... Representante da Equipe Pedagógica: Neide Favero Espolador...................................................................................................................... 105 Representante do Corpo Docente do Ens. Fundamental: Rinaldo Andreucci de Souza....................................................................................................... Representante do Corpo Docente do Ensino Médio: Claudenir Romeiro Piva................................................................................................................................ Representante dos Funcionários Administrativo: Inês Angelo Navarro.......................................................................................................................... Representante dos Funcionários Serviços Gerais: Iolanda Bussula........................................................................................................................... Representante do Corpo Discente do Ens. Fundamental: Rafaela Cristine da Silva.......................................................................................................................... Representante do Corpo Discente do Ensino Médio: Larissa de Carvalho Dossi............................................................................................................................... Representante de Pais de Aluno: Edna Pereira Naldi............................................................................................................................... Representante dos Movimentos Sociais Organizados: Edilson Chalegre Nunes............................................................................................................................. Suplentes Representante da Equipe Pedagógica: Iraci Ferreira da Silva............................................................................................................................... 106 Representante do corpo docente do Ens. Fundamental: Iraci Leotério Tavares........................................................................................................................... Representante do Corpo Docente do Ensino Médio: Clementina do C. Menegassi...................................................................................................................... Representante dos Funcionários AdministrativoS: Maria José De Brito................................................................................................................................ Representante dos Funcionários Serviços Gerais: Marta Antônio Milani.............................................................................................................................. Representante do Corpo Discente do Ens. Fundamental: Wesley Henrique dos Santos..................................................................................................................... Representante do Corpo Discente do Ensino Médio: Lucas Penariol.......................................................................................................................... Representante de Pais de Aluno: Maria das Graças Lopes............................................................................................................................. Representante dos Movimentos Sociais Organizados: Nelci Alves Pereira Neri................................................................................................................................ Ivaté – Pr , 09 de setembro de 2010 REFERÊNCIAS 107 ARCO-VERDE, Y. F.S. Introdução às diretrizes curriculares. Disponível em: www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/.../texto_yvelise.pdf Acesso: 22/11/2010 CANEDO, D. “Cultura é o quê?” - reflexões sobre o conceito de cultura e a atuação dos poderes públicos. Salvador: UFBa, 2009. FRANCO, A. F. O mito da autoestima na aprendizagem escolar. Rev. Psicol. Esc. Educ. 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