Informações Recomendáveis, mas não Obrigatórias

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As informações constantes deste item foram extraídas dos demonstrativos elaborados de acordo com os
princípios contábeis norte-americanos – U.S. GAAP.
ITEM 3. Key Information
A. Selected Financial Data
A tabela a seguir apresenta informações financeiras selecionadas da Companhia nas datas e para cada período
indicado. As informações financeiras selecionadas expostas abaixo foram extraídas das Demonstrações
Contábeis da Companhia de acordo com os Princípios Contábeis Americanos Geralmente Aceitos (U.S.
GAAP). As informações contábeis selecionadas para os períodos findo em 31 de dezembro de 2001, e 2000, e
para cada um dos três anos do período findo em 31 de dezembro de 2001 foram extraídos, e devem ser lidos
em conjunto com as Demonstrações Contábeis da Companhia contida neste documento. As informações
contábeis selecionadas para o período findo em 31 de dezembro de 1999, 1998 e 1997, e para cada um dos
dois anos do período findo em 31 de dezembro de 1998 foram extraídas de Demonstrações Financeiras
auditadas da Companhia que não estão incluídas neste documento. Essas informações devem ser lidas em
conjunto com “Revisão e Tendências Operacionais e Financeiras” e estão completamente qualificadas em
referência aos Demonstrativos Financeiros em U.S. GAAP e às notas que aparecem neste documento.
Para os exercícios findos em 31 de Dezembro de
2001
2000
1999
1998
1997
(em milhões de U.S. dólares, exceto,
Por valores de mil ações e por ADS)
Demonstração das operações
Vendas Líquidas
Custos de vendas e serviços
Lucro Bruto
Lucro Operacional
Receitas ...................................................
Financeiras
Despesas Financeiras
Ganhos e perdas na conversão (1)
1,382
(1,188)
194
133
76
(235)
Outras receitas (despesas) não operacionais, líquidas...... (4)
Lucro antes do imposto de renda e contribuição social,
(30)
participações minoritárias, participação nos lucros (prejuízos)
de coligadas e lucro proviniente de operações descontinuadas...
1,555
(1,252)
1,011
(719)
1,039
(804)
1,242
(943)
303
226
95
(134)
(2)
292
236
102
(220)
(9)
235
174
87
(173)
-
299
229
50
(94)
(3)
(3)
109
88
179
184
Imposto de renda e receita (despesa) de contribuição
social:
Corrente
Diferido ................................................................
Participações minoritárias
Participação nos lucros (prejuízos) de coligadas
Acúmulo devido a mudanças do princípios
contábeis
Lucro (prejuízo) de operações continuadas
Lucro de operações descontinuadas(2)
Lucro líquido (prejuízo)
Lucro (prejuízo) aplicável a:
Ações preferenciais classe A
Ações ordinárias
Lucro básico por lote de mil ações:
Ações preferenciais classe A
Ações preferenciais classe B
Ações ordinárias
Lucro diluído por lote de mil ações
(3)
Lucros (prejuízo) por ADS
(2)
16
(1)
4
2
(3)
7
-
(1)
(3)
(1)
1
-
(1)
16
(1)
(1)
-
(1)
(1)
(4)
-
(11)
-
188
-
105
14
101
-
173
3
(11)
188
119
101
176
-
119
69
76
43
64
36
112
64
(17.13)
(17.13)
0.86
106.10
21.12
106.10
106.10
5.31
66.57
22.53
66.57
66.57
3.33
56.42
33.34
56.42
56.42
2.82
98.88
36.09
98.88
98.15
4.94
Número de ADS em circulação
2,157,972
2,044,533
2,235,038
2,488,958
2,615,193
Para os exercícios findos em 31 de Dezembro de
2001
2000
1999
1998
1997
(em milhões de U.S. dólares, exceto,
Por valores de mil ações e por ADS)
Dados do Balanço Patrimonial
Caixa e equivalentes a caixa
Imobilizado, líquido
Total dos ativos
Parcela de curto prazo da dívida de longo prazo
Dívida a longo prazo
Debêntures
Patrimônio líquido
Outras informações financeiras
(4)
EBITDA
Caixa líquida proveniente de (usado em):
Atividades operacionais
Atividades de investimentos
Atividades financeiras
Gastos de capital
95
1,094
2,429
159
699
204
959
18
990
1,915
178
440
1,172
71
1,073
1,998
171
521
1,161
42
1,616
2,585
225
636
1,555
86
1,738
2,883
291
759
1,643
185
285
295
259
305
97
(298)
272
(721)
167
(66)
(150)
(58)
225
(138)
(55)
(24)
227
(40)
(221)
(66)
169
(280)
13
(127)
______________
Notas:
(1)
Em 01 de janeiro de 1998, a Companhia alterou sua moeda funcional de dólares americanos para o real brasileiro, como
resultado da mudança na situação da economia brasileira , de uma situação de altamente inflacionária, para não inflacionária. Ganhos ou
perdas resultantes de transações em moeda estrangeira são incluídos no resultado da Companhia a partir de 01 de janeiro de 1998 e não
são reconhecidos para as transações ocorridas até 31 de dezembro de 1997.
(2)
Resultado de operações descontinuadas incluem equivalência patrimonial em operações descontinuadas e resultado da venda
de ativos.
(3)
O lucro por ADS foi calculado considerando que cada ADS representa 50 ações Preferenciais Classe A. O lucro
por ADS é calculado como referência ao lucro disponível para as Ações Preferenciais Classe A e a média ponderada da Ações
Preferenciais Classe A em circulação em cada período.
EBITDA significa resultado operacional mais depreciação e amortização (U.S.$ 52 milhões em 31 de Dezembro de 2001; U.S.$59
milhões em 31 de Dezembro de 2000; U.S.$59 milhões em 31 de Dezembro de 1999; U.S.$85 milhões em 31 de Dezembro de 1998; and
U.S.$76 milhões em 31 de Dezembro de 1997). A Companhia acredita que o EBITDA serve como uma importante ferramenta de análise
financeira para medir e comparar empresas em diversos setores, como por exemplo, liquidez, desempenho operacional e alavancagem. O
EBITDA não indica que fluxos de caixa sejam suficientes para financiar todas as necessidades de caixa da Companhia. O EBITDA não
deverá ser considerado isoladamente ou como um substituto para o lucro líquido na medição de desempenho, fluxo de caixa proveniente
das atividades operacionais ou outras medições de liquidez determinadas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. O
EBITDA poderá não ser comparável a medições similarmente denominadas de outras empresas.
Vendas líquidas usadas na parte 1 deste quadro refere-se lucro bruto da Companhia, como está definido no U.S. GAAP, menos as taxas
relativas ao imposto de renda. Para os princípios do U.S. GAAP, o imposto de renda são reportados nas despesas operacionais. Os
diretores da empresa decidiram reportar o imposto de renda sobre as vendas líquidas na parte 1, pois produzirá informações mais
relevantes para a análise das tendências dos negócios da Companhia.
TAXAS DE CÂMBIO
Existem dois mercados de câmbio principais no Brasil: o mercado cambial com taxa comercial (o "Mercado
Comercial") e o mercado cambial com taxa flutuante (o "Mercado Flutuante"). A maioria das transações
comercias e financeiras feitas com moeda estrangeira, inclusive as transações relacionadas com a compra ou
venda de ações ou pagamento de dividendos relativos a ações, são executados no câmbio comercial. Compras
de moedas estrangeiras no câmbio comercial podem ser efetuadas apenas através de uma instituição
financeira no Brasil autorizada a comprar e vender moeda naquele mercado. A taxa de câmbio do mercado
comercial é a taxa comercial de conversão (venda) da moeda nacional para dólares americanos, conforme
fixado pelo Banco Central Brasileiro. A taxa de câmbio do mercado flutuante é, geralmente, aplicável às
transações para as quais a taxa comercial não é aplicável, conforme estabelecido pelo Banco Central. Antes da
implantação do Plano Real, a taxa comercial e a taxa flutuante às vezes diferiam substancialmente. Após a
introdução do Real, as duas taxas não têm diferido materialmente, embora seja possível que no futuro
diferenças materiais venham a ocorrer. Em ambos os mercados as taxas são livremente negociadas, mas
podem ser fortemente influenciadas por intervenção do Banco Central.
Tanto a taxa de câmbio do mercado comercial quanto a taxa de câmbio do mercado flutuante são negociadas
livremente, porém fortemente influenciadas pelo Banco Central. Após a implementação do Plano Real,, o
Banco Central inicialmente permitiu que o real flutuasse com o mínimo de intervenção. Em 06 de março de
1995 o Banco Central anunciou que interviria no mercado comprando ou vendendo dólares americanos e
estabelecendo uma banda cambial dentro da qual a taxa de câmbio R$/US$ poderia flutuar.
Em 13 de janeiro de 1999, as autoridades monetárias brasileiras suspenderam a intervenção para manter o
sistema anterior de bandas cambias fixada por uma taxa específica, onde os valores de compra e venda de
câmbio teriam taxas pré estabelecidas. Como resultado da pressão contínua pela desvalorização do real, o
Banco Central desvalorizou a moeda em 6,7%, estabelecendo uma nova banda cambial com pico de R$1,20 e
teto de R$1,32 para cada dólar americano. Apesar desta tentativa de desvalorização controlada do real,
pressões futuras fizeram com que o Banco Central anunciasse em 15 de janeiro de 1999 que iria deixar que o
real fosse flutuasse livremente, sendo comerciado em taxas praticadas nos mercados estrangeiros. Esta
decisão pôde ser confirmada em 18 de janeiro de 1999 quando o Banco Central anunciou oficialmente sua
nova política de livre negociação do real com taxas determinadas pelo mercado internacional, intervindo
apenas para evitar grandes mudanças no valor da moeda. Após este pronunciamento, o fechamento do dia
comercial, em 18 de janeiro de 1999, apresentou uma taxa de R$1,5384 por US$1,00. Em 03 de março de
2000 a taxa de câmbio R$/US$ alcançou uma máxima de R$2,16 por US$1,00. Em 31 de dezembro de 2000
a taxa do dólar comercial era de R$1,9554 para US$1,00. Em 10 de julho de 2002, a taxa do dólar comercial
era de R$2.8541 para US$1.00.
A tendência de depreciação da taxa de cambio iniciada em Fevereiro de 2001 foi justificada principalmente
pela sequência de impactos negativos que causaram a deteriorização da confiança dos investidores no
mercado brasileiro. A crescente demanda pela proteção da taxa de cambio por parte das companhias
brasileiras, resultou na pressão sobre a taxa de cambio que alcançou o patamar de R$ 2.3204 por U.S.$ 1.00
em 31 de dezembro de 2001.
Para 2002, o favorável cenário comercial externo influenciou a projeção da taxa de câmbio em Maio para R$
2.40 por U.S.$ 1.00. Contudo, as incertezas envolvendo o resultado da eleição presidencial, e com a crescente
popularidade do candidato de oposição nos últimos 30 dias, provocou um aumento da taxa do risco Brasil e
do preço do dólar, o qual foi quotado a R$ 2.52 por U.S.$ 1.00 em Maio, contrariando todas as expectativas.
O governo federal, em meados de junho, deverá anunciar algumas medidas para acalmar os anseios do
mercado interno e internacional, tais como: i) aumento do excedente público primário de 3.5% para 3.75% do
produto interno bruto – PIB em 2002; ii) empréstimo da ordem de U.S.$ 10 bilhões junto ao FMI iii) redução
da base de reserva internacional líquida de U.S.$ 20 bilhões para U.S.$ 15 bilhões e iv) re-compra dos títulos
brasileiros no mercado internacional, com vencimentos em 2003 e 2004.
As tabelas a seguir trazem informações sobre as taxas de câmbio do mercado comercial para os períodos
indicados.
Ano
Taxa de câmbio média (1)
1997
1998
1999
2000
2001
1.0780
1.1604
1.8142
1.8299
2.3520
Taxa de câmbio
Mês
Alta
Baixa
Janeiro 2002
Fevereiro 2002
Março 2002
Abril 2002
Maio 2002
Junho 2002
2.4384
2.4691
2.3663
2.3689
2.5296
2.8820
2.2932
2.3482
2.3236
2.2709
2.3770
2.5160
______________
Nota:
(1)
Representa a média das taxas de encerramento do mês durante o ano.
Fonte:
Banco Central
Revisão e Tendências Financeiras e Operacionais
RESULTADOS OPERACIONAIS
INTRODUÇÃO
Os seguintes comentários são baseados e devem ser lidos juntamente com as Demonstrações Contábeis
Consolidadas da Companhia, incluindo suas respectivas notas incluídas neste documento. As Demonstrações
Contábeis Consolidadas da Companhia foram, e continuarão sendo, preparadas de acordo com os Princípios
Contábeis Americanos Geralmente Aceitos (U.S. GAAP). Para certas finalidades, como a entrega de
declarações financeiras à CVM, e para determinar pagamentos de dividendos e obrigações tributárias no
Brasil, a Copene foi e continuará sendo sujeita às exigências dos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos no
Brasil, e a Copene continuará a preparar demonstrações contábeis no Brasil de acordo com os Princípios
Contábeis Geralmente Aceitos no Brasil.
APRESENTAÇÃO DO GAAP DOS ESTADOS UNIDOS E DA MOEDA PARA RELATÓRIO
A Companhia decidiu apresentar suas demonstrações contábeis em Dólares americanos. Para tal finalidade,
os valores na moeda brasileira para todos os períodos apresentados até 31 de dezembro de 1997 foram
convertidos em Dólares americanos de acordo com a metodologia prevista no documento SFAS 52 –
“Conversão de Moeda Estrangeira,” aplicável às empresas que operam nos países com economias altamente
inflacionarias. (Veja abaixo a metodologia utilizada após 31 de dezembro de 1997). Conforme o SFAS 52, (i)
os estoques, despesas do exercício seguinte, ativo permanente, ágio, depreciação e amortização acumulada,
alguns outros bens e o patrimônio líquido são convertidos de Reais para Dólares americanos pelas taxas
históricas de câmbio; (ii) o ativo e passivo remanescentes, expressos em Reais, são convertidos em Dólares
americanos pela taxa de câmbio no final do período, conforme publicação do Banco Central do Brasil
(R$1,1164 para US$1,00 no dia 31 de dezembro de 1997); e (iii) as demonstrações de resultados foram
convertidas de Reais para Dólares americanos utilizando-se a taxa média do câmbio em vigor no mês em que
as receitas ou despesas ocorreram. Os ganhos ou perdas resultantes da conversão das Demonstrações
Financeiras são incluídos no resultado do período.
Durante os períodos nos quais o Brasil teve uma economia altamente inflacionaria, as alterações nas taxas de
câmbio relacionadas à dívida expressa em Reais resultavam em ganhos ou perdas cambiais, sendo refletidos
nas demonstrações de resultado à medida em que tais transações são expressas em Dólares americanos.
Adicionalmente, não existe nenhum efeito nas demonstrações de resultado com relação a dívidas expressas
em Dólares americanos como resultado de variações na taxa de câmbio. Entretanto, como o Brasil deixou de
ter uma economia altamente inflacionaria, exatamente o inverso ocorrerá como resultado de transações
cotadas em Reais e convertidas para Dólares americanos através do patrimônio líquido. Isto é, as alterações
nas taxas de câmbio relacionadas aos financiamentos expressos em Reais não produzirão um ganho ou perda
cambial na demonstração de resultado, enquanto que as alterações nas taxas de câmbio relacionadas à dívida
expressa em Dólares americanos produzirão um ganho ou perda cambial.
Para o período de três anos findos em 30 de junho de 1997, o valor cumulativo da inflação no Brasil
decresceu para aproximadamente 53,0%, enquanto os índices anuais de inflação reduziram em cada um dos
três períodos de doze meses findos em 30 de junho de 1995, 1996 e 1997 para 28,0%, 12,0% e 7,0%,
respectivamente e, portanto, a economia brasileira deixou de ser considerada como altamente inflacionaria. A
partir do dia 01 de janeiro de 1998, a Companhia está considerando o Real brasileiro como sendo a moeda
funcional de acordo com os resultados da análise efetuada pela Administração, das condições previstas no
SFAS 52. Portanto, para 31 de dezembro de 2001 e 2000, (i) todo o ativo e passivo foi convertido em Dólares
americanos utilizando-se a taxa do final do período conforme publicação do Banco Central do Brasil (2001 –
R$2,3204 para US$ 1,00; 2000 - R$1,9554 para US$1,00) (ii) a demonstração de resultado foi convertida para
Dólares americanos utilizando-se a taxa média prevalecente no mês em que as receitas e despesas ocorreram;
(iii) as contas de capital foram convertidas utilizando-se taxas históricas. Os ganhos e perdas resultantes da
conversão das demonstrações contábeis não estão mais incluídos na demonstração de resultado, mas como um
componente de outros ganhos e perdas acumulados no patrimônio líquido. As alterações na taxa de câmbio ou
perdas decorrentes das transações (relacionados ao ativo e passivo em moeda estrangeira) ainda estão
incluídas na demonstração de resultado, como mencionado acima.
PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
As principais práticas contábeis que acreditamos serem críticas no que diz respeito à compreensão, avaliação
e posicionamento em relação à situação financeira e resultados das operações da Companhia de acordo com
os Princípios Contábeis Americanos geralmente aceitos (US GAAP) estão descritas na Nota 3 das
demonstrações financeiras consolidadas. As práticas e políticas contábeis requerem que façamos estimativas,
julgamentos e suposições nas quais acreditamos serem razoáveis baseados nas informações disponíveis. As
estimativas mais importantes incluem a vida útil dos nossos equipamentos, provisão para devedores
duvidosos, realização dos impostos diferidos ativos, provisão para contingências, o fair value dos
instrumentos financeiros, a deterioração dos ativos de longo prazo incluindo investimentos permanentes,
imobilizado e ágio e passivos futuros referentes ao fundo de pensão.
As taxas de depreciação utilizadas pela Companhia são baseadas na vida útil estimada dos ativos em questão,
que considera informações históricas disponíveis para a Companhia, assim como as tendências conhecidas da
indústria.
As provisões para devedores duvidosos são mantidas para perdas estimadas resultantes da incapacidade de
nossos clientes em cumprir com as obrigações assumidas. Nossas estimativas estão baseadas no aging list de
nosso contas a receber e no nosso histórico de recuperação. Se as condições financeiras de nossos clientes não
forem satisfatórias para o pagamento de suas obrigações, podem ser requeridas provisões adicionais.
Em relação aos instrumentos financeiros, deve-se fazer suposições sobre câmbio futuro e taxas de juros. Para
uma discussão sobre o possível impacto de flutuações no câmbio e taxas de juros em nossos principais
instrumentos financeiros e posições, veja " Artigo 11. Demonstrações Quantitativas e Qualitativas Sobre
Risco de Mercado".
Quanto aos passivos provenientes do fundo de pensão, definimos premissas sobre taxas de juros, retorno
sobre investimento, nível de inflação, taxa de mortalidade e níveis de empregabilidades futuras. Estas
suposições afetam nosso passivo pela provisão dos custos de pensão e a quantia exigida para a sua realização
a cada ano como nosso custo de pensão.
A realização dos impostos diferidos ativos depende da nossa habilidade de gerar lucro tributável futuro. A
Administração acredita na probabilidade de realização dos ativos, baseado em estimativas de lucros futuros.
Porém, não pode haver nenhuma garantia que as nossas expectativas de lucros futuros serão realizadas. A
administração freqüentemente avalia a probabilidade de realizar os impostos diferidos e a necessidade de
estimar provisões.
Estamos sujeito a processos e outras reivindicações relacionadas a impostos, reclamações trabalhistas e cíveis.
É necessária a avaliação da probabilidade de qualquer julgamento adverso ou resultados obtidos para estes
assuntos como também efeitos potenciais das perdas prováveis. Para tanto, deve-se realizar estimativas acerca
da quantia de provisões necessárias, as quais, se necessárias, são feitas depois de análise criteriosa de cada
assunto individual, baseado nas opiniões dos advogados. As provisões necessárias podem mudar no futuro
devido a novas variantes desenvolvidas em cada assunto ou mudanças de estratégia acerca dos mesmos.
Avaliando a capacidade de recuperação dos ativos de longo prazo da Companhia (que incluem investimentos
permanentes, imobilizado e ágio), deve-se fazer suposições a respeito das estimativas de fluxos de caixa
futuros e outros fatores a fim de determinar o valor de mercado fair value dos respectivos ativos. Se estas
estimativas ou as suposições relacionadas mudarem no futuro, a Companhia pode ser obrigada a registrar
deterioração para estes ativos previamente registrados.
PANORAMA GERAL
A Copene é a maior produtora de petroquímicos básicos do Brasil com uma produção total que representa
41,0% do volume total de petroquímicos e solventes básicos produzidos no país. Com relação ao desempenho
do ano de 2001, a expectativa era de que haveria uma recuperação de margens como fruto da queda do preço
do petróleo e consequentemente da nafta, item que representa 83% dos custos de produção da Copene.
Contudo, o preço do petróleo determinado em dólares não caiu como o esperado, o mesmo acontecendo com
a nafta. Por outro lado, com a maior oferta mundial de produtos, os preços dos petroquímicos recuaram em
maior intensidade que o da nafta, provocando estreitamento das margens.
No ano de 2001, a Companhia obteve receitas líquidas 11,1% inferiores às do ano anterior, atingindo o valor
de US$ 1,4 bilhão. Foi apurado prejuízo de US$ 11,1 milhões, contra um lucro de US$ 188,0 milhões em
2000, em conseqüência da compressão das margens e crescimento das despesas financeiras, atribuído ao
maior nível de endividamento.
As quantidades vendidas de petroquímicos básicos foram inferiores devido, principalmente, à realização de
uma parada programada para manutenção durante 27 dias entre os meses de julho e agosto de 2001. Além
disso, correntes que eram utilizadas para fabricação de petroquímicos, foram redirecionadas para a fabricação
de gasolina automotiva, cujas quantidades vendidas corresponderam a 349 milhões de litros contra 51 milhões
de litros em 2000.
A Companhia também tem receita proveniente da venda de utilidades e serviços industriais. Em termos
comerciais, destacam-se no ano de 2001 o incremento das vendas de gasolina automotiva, GLP e o início das
vendas de polietileno e poliéster a partir do mês de agosto.
Em 2001, as vendas de petroquímicos representaram 84,9% das vendas líquidas globais da Companhia, sendo
compostas de 62,5% de olefinas, 19,5% de aromáticos, 3,5% de polietilenos 2,4% de poliésteres e 12,1% de
outros. O eteno, propeno, e butadieno compõem as olefinas, enquanto os aromáticos incluem para-xileno,
benzeno, tolueno, xilenos mistos e orto-xileno. Os demais petroquímicos são MTBE, buteno, isopreno,
rafinado e outros. Os polietilenos compõem-se de polietileno de alta densidade e UTEC. Os poliésteres são
compostos de PET e DMT.
O negócio de utilidades representou 8,6% das vendas da líquidas da Companhia em 2001 e consiste na
produção para o consumo próprio e venda de eletricidade, vapor, água desmineralizada e ar comprimido, que
têm uma participação relativa de 41,7%, 50,7%, 4,7% e 3,0%, respectivamente sobre as vendas líquidas do
setor.
As vendas de combustíveis representaram 6,3% das vendas líquidas totais em 2001 contra 1,0% em 2000,
sendo compostas de gasolina automotiva com uma participação de 98,6% e GLP de 1,4%. Vale destacar que
as vendas de GLP foram iniciadas apenas em Novembro de 2001, totalizando 4 mil toneladas.
Os projetos de investimentos planejados pela Copene para os próximos anos priorizam o aumento da oferta de
eteno, para atender à demanda do mercado, bem como a construção de facilidades de logística para o
recebimento e movimentação de matérias-primas. A ampliação da capacidade de produção de eteno em
300.000 t/ano adicionais será executada em várias etapas até o ano de 2004. Os investimentos em logística
inserem-se na estratégia de diversificação de fontes de suprimento de matérias-primas para as operações da
Companhia, dentro de um ambiente competitivo e desregulamentado. A primeira fase do projeto, que
consistiu na adaptação do pier marítimo existente e na construção de dutos, tanques e outras facilidades, foi
concluída no ano de 2001. Vale mencionar que no final de 2001 já foram fechados os primeiros contratos de
importação de nafta, estando prevista a importação direta pela Copene de cerca de 30% do seu consumo. A
entrada da Copene no mercado internacional de nafta trará oportunidades de otimização de custos em futuro
breve.
A Copene continuou em 2001 mobilizada, buscando o aperfeiçoamento do seu modelo de gestão, que tem
como base a filosofia da Administração da Produtividade Total (TPM – Total Productivity Management),
tendo como meta sua classificação como empresa classe mundial no ano de 2005. As medidas de longo prazo
nas áreas de Meio Ambiente, Segurança, Saúde, assim como outras, que façam a Copene atingir a excelência
em termos de clima organizacional, prosseguiram em 2001.
No ano de 2000, a Copene obteve receitas líquidas 53,8% superiores às do ano anterior, atingindo o valor de
US$ 1,6 bilhão. O lucro líquido apurado de US$ 188 milhões, representou uma elevação de 58,0% em relação
a 1999. Os melhores indicadores operacionais e financeiros foram obtidos no primeiro semestre do ano. Neste
semestre, as margens operacionais foram boas, pois, embora o preço da nafta tivesse continuado numa
trajetória de alta, as condições favoráveis do mercado permitiram que se praticassem preços compatíveis para
os produtos petroquímicos. Entretanto, contrariamente às expectativas, os preços do petróleo e da nafta
subiram ainda mais no segundo semestre atingindo recordes históricos. Com o preço da nafta próximo a US$
300/t, as margens da Companhia sofreram um estreitamento significativo, já que não houve repasse
compatível para os preços. Ainda no segundo semestre, o volume de produção de petroquímicos foi afetado
por problemas de abastecimento de nafta. Adicionalmente, a variação da taxa do dólar de 9,3%, em 2000,
concentrou-se basicamente na segunda metade do ano, onerando as despesas financeiras do período e
afetando o lucro líquido.
Como parte da desregulamentação do setor do petróleo, as empresas petroquímicas básicas foram autorizadas
pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) a produzir e comercializar gasolina automotiva. Assim, a Copene
deu início em 2000 às atividades de um novo e promissor segmento de negócios, o de combustíveis. Além da
gasolina e do LPG, a Copene pretende também produzir e distribuir óleo diesel, entre outros no futuro. No
futuro, em adição à gasolina automotiva e GLP, a Copene tem planos de produzir e vender óleo diesel, entre
outros.
Em 2000, as vendas de petroquímicos representaram 90,9% das vendas líquidas globais da Companhia, dos
quais 66,5%, 19,4% e 14,1% foram relacionados às olefinas, aromáticos, e outros, respectivamente. O
negócio de utilidades é composto de eletricidade, vapor, água tratada e ar comprimido, com participação
relativa de 37,4%, 55,4%, 4,8% e 2,4%, respectivamente sobre as vendas líquidas do setor e representou 8,0%
das vendas líquidas globais da Companhia em 2000.
AMBIENTE ECONÔMICO BRASILEIRO
A economia brasileira tem sido caracterizada pela freqüente e drástica intervenção do Governo Federal e por
ciclos econômicos voláteis. O governo Federal tem, periodicamente, mudado a política monetária, fiscal,
creditícia, tarifária e outras políticas para influenciar o curso da economia brasileira. Novas alterações nas
políticas governamentais, assim como a inflação, flutuações nas taxas de juros e de câmbio, instabilidade
social e política, acontecimentos diplomáticos e econômicos, e a resposta do Governo Federal a tais eventos
podem afetar adversamente nossos negócios.
A economia brasileira é a maior na América Latina, com uma base industrial diversificada. A tabela seguinte
estabelece os indicadores econômicos selecionados para o Brasil para os anos indicados.
Exercício findo em 31 de dezembro de,
2001
2000
1999
(em bilhões de US$, a não ser que indicado diferentemente)
(1)
Produto Interno Bruto Nominal
Déficit Comercial
Dívida Externa Total
Crescimento Produto Interno Bruto Nominal (%)
Crescimento do Produto Interno Bruto Real (%)
Inflação (INPC) (%) .
.........................................................
IGP-M (2) (%)
Desvalorização (R$ vs. US$)(3) (%)
503,9
2,6
226,1
9,0
1,5
9,44
594,2
(0,7)
236,2
12,7
4,4
5,27
531,1
(1,2)
241,5
5,4
0,8
8,43
10,38
18,67
9,95
9,30
20,10
48,01
_______________
Observações:
Informação preliminar para 2001.
Indexador utilizado para atualização monetária das Demonstrações Contábeis sob o método da moeda constante, e também para atualizar
monetariamente alguns ativos e passivos financeiro
Cálculos feitos pela Copene
Fonte: Banco Central.
O ano de 2001 mostrou-se amplamente desfavorável aos preços dos ativos nacionais. O ambiente
internacional foi a variável chave na determinação do turbulento cenário, no qual a Argentina e os EUA
comandaram as atenções, especialmente após os ataques terroristas aos EUA e a conseqüente ofensiva militar
aos grupos responsáveis por tal tragédia. Além desses fatores, destacaram-se internamente a crise energética e
a intensificação do processo político sucessório. Nesse sentido, a desvalorização do Real prosseguiu
praticamente durante todo o ano e atingiu patamares que não eram esperados nem mesmo pelos pessimistas.
No setor externo, a balança comercial fechou o ano de 2001 com superávit de US$ 2,6 bilhões, superando as
previsões do mercado.
Em 2001 não foi possível repetir a performance inflacionaria dos dois anos anteriores na economia brasileira
interrompendo a trajetória declinante dos índices de preço que, efetivamente, vinha ocorrendo desde o final de
1999.
A economia brasileira registrou em 2000 um dos desempenhos mais sólidos e consistentes dos últimos anos,
criando a expectativa de que os bons resultados poderiam ser sustentados no futuro próximo. O PIB teve um
crescimento de cerca de 4,4%, com a inflação sob controle. O atingimento das metas do superávit primário do
setor público e o equilíbrio do balanço de pagamentos criaram as condições para a queda da taxa de juros,
fator importante para o aumento da demanda agregada.
As exportações em 2000 alcançaram o valor recorde de US$ 55,1 bilhões, crescendo 14,7% em relação a
1999, estimuladas pelas vendas externas de bens manufaturados, responsáveis por 74% do aumento total das
exportações no período. Por outro lado, as importações cresceram 13,2% totalizando US$ 56,8 bilhões. A
recuperação econômica e o aumento do preço internacional do petróleo no ano passado estão por trás deste
movimento.
OS EFEITOS DA ECONOMIA SOBRE AS OPERAÇÕES DA EMPRESA.
Sobre a Demanda de Consumo. Refletindo o comportamento da economia brasileira no decorrer do ano de
2001, o mercado interno de petroquímicos encerrou o ano com uma demanda interna total (vendas internas +
importações) de seus três principais segmentos de consumo – termoplásticos, elastômeros e fibras sintéticas –
inferior à de 2000 em cerca de 1%.
As exportações de produtos da 2ª geração foram prejudicadas em 2001 pela conjunção do excesso de oferta
resultante dos excedentes gerados pelas novas capacidades mundiais, em oposição ao enfraquecimento da
demanda ocasionado pela recessão da economia norte-americana, agravada pelos ataques terroristas de 11 de
setembro. Adicionalmente, os elevados preços da nafta, que vigoraram no mercado internacional até o 3º
trimestre, refletiram-se como perda de competitividade dos produtores brasileiros, dificultando as
exportações. A queda dos preços e margens no mercado internacional foi vertiginosa e o corte de produção
para equilíbrio dos estoques inevitável. Em conseqüência, as exportações de termoplásticos, elastômeros e
fibras sintéticas encerraram 2001 com uma queda em torno de 16% em relação às de 2000.
A desvalorização do Real em relação à moeda norte-americana foi um importante fator de inibição de
importações, evitando a entrada de grandes volumes de produtos petroquímicos em 2001. Entretanto, algumas
exceções ocorreram, a exemplo do polietileno e polipropileno de alta densidade, que continuaram a apresentar
crescimento das importações, já que os produtores argentinos, por conta da redução da demanda interna,
provocada pela grave crise econômica pela qual seu país passa, transferiram seus excedentes para o mercado
brasileiro. Outros produtos, como os derivados acrílicos, sofreram forte concorrência de produtos importados,
ofertados a preços muito inferiores aos praticados no mercado nacional. Esse comportamento por parte dos
produtores externos fez com que os produtores nacionais reagissem, praticando preços que levaram à redução
de margens em toda a cadeia petroquímica. Assim diante de todas as dificuldades, o total das importações foi
inferior em 2001 comparativamente ao do ano 2000.
A participação da Copene no mercado interno de petroquímicos básicos em 2001 correspondeu a 41%,
inferior em 1% aos 42% alcançados em 2000. A parada programada para manutenção de uma das unidades
produtoras de eteno, realizada entre os meses de julho e agosto de 2001, foi o principal fator para essa
redução.
A demanda interna de resina PET, representada pelas vendas internas mais importações, cresceu 5%, sendo
que o incremento das importações foi de 30%. O consumo aparente cresceu 13,7%, incluindo as vendas de
PET BG (bottle grade). A diferença significa aumento expressivo de estoques no final do ano.
Em 2000, apesar das altas taxas de juros, o crédito bancário expandiu-se a taxas vertiginosas. Na comparação
de dezembro de 2000 com dezembro de 1999, o valor das operações de crédito no segmento livre registrou
aumento de 60% para empresas e de 114% para pessoas físicas, com aumento de 285% nas operações para
aquisição de bens. Esse crescimento de crédito explica-se pela redução das incertezas inflacionarias e pelo
aumento dos índices de confiança dos investidores externos, empresários e consumidores propiciados, em
particular, pela melhoria no mercado de trabalho que, depois de longos anos mostrou queda de desemprego e
aumento de empregos formais.
Taxas de juros menores, expansão de crédito e melhoria das expectativas na economia sustentaram o
crescimento de 5,7% no consumo agregado em relação a 1999. Pelo lado da oferta, o crescimento foi
sustentado pelo setor industrial que cresceu 6,5%, sendo liderado pelos bens duráveis de consumo que
cresceram 20,5%, seguido pelos bens de capital, com 12,7%, e os intermediários, com 6,9%. Os semiduráveis e não-duráveis recuaram, refletindo o baixo crescimento da massa salarial.
Sobre os Custos. Não bastasse o quadro conjuntural negativo, tanto no cenário interno quanto no
internacional, a indústria petroquímica brasileira viu-se pressionada pelos elevados preços da nafta que
somente a partir do 3º trimestre de 2001 apresentaram queda, influenciados pela redução da atividade global
decorrente da retração da economia mundial.
A nafta, um produto derivado do petróleo, é a principal matéria-prima utilizada pela Copene na fabricação de
petroquímicos básicos e é responsável por 83,0% dos custos dos seus produtos. Em 2001 o preço médio anual
da nafta em dólar foi 8,6% inferior ao de 2000. Enquanto isso, o preço médio do eteno, produto responsável
por cerca de 35,8% do lucro da Copene, comparando-se os mesmos períodos, teve um recuo mais acentuado
de 14,4%. Essa redução mais acentuada do preço de venda fez com que a margem bruta da empresa caísse de
19,5% em 2000 para 14,1% em 2001. Essa redução não se restringiu apenas à Copene, mas ao longo de toda
a cadeia petroquímica. Pelo mesmo motivo ocorreram cortes de produção, que foram intensificados no final
de 2001, resultantes da perda de competitividade dos produtos petroquímicos brasileiros no mercado
internacional e, por conseguinte, das exportações.
Com a conclusão em outubro de 2001 das obras do terminal portuário de matérias-primas da Copene, foi
viabilizado o recebimento da primeira carga de nafta importada diretamente pela empresa. A partir de então, a
Copene passa a dispor de um canal alternativo de recebimento de matérias-primas. A nova matriz de
suprimento será marcada pela transição de um modelo de abastecimento com fornecedor único para um
modelo com múltiplos fornecedores, o que favorecerá a busca contínua de melhores condições de suprimento,
tanto com relação à qualidade quanto a preços. Nessa linha, já foram fechados os primeiros contratos de
importação de nafta, estando prevista a importação direta pela Copene de cerca de 30% do seu consumo.
A partir de novembro de 1999, segundo determinação de Portaria Interministerial, até 8 de agosto de 2000, os
reajustes do preço da nafta foram efetuados tendo como objetivo equipara-lo aos preços internacionais. Em
julho, o preço interno da nafta atingiu seu pico histórico, de US$ 298/t. A partir de 9 de agosto de 2000, foi
implementada a política de livre negociação dos preços da nafta, coincidindo com a escala dos preços do
petróleo e da nafta no mercado internacional, com reflexo nos preços internos.
Os preços dos petroquímicos no mercado internacional, puxados a princípio pelos aumentos expressivos da
matéria-prima, não se mantiveram. Já no segundo semestre de 2000, a pressão dos excedentes forçou a queda
de preços no mercado “spot”, fazendo com que as margens do setor fossem fortemente comprimidas.
No mercado interno, a situação também se agravou a partir do segundo semestre, refletindo negativamente
sobre as vendas de petroquímicos básicos da Copene.
Sobre Ativos e Passivos Financeiros. A inflação e a desvalorização da moeda brasileira podem ter efeitos
substanciais no valor informado dos ativos e passivos da Companhia. Em relação aos ativos e passivos
monetários da Companhia expressos em Reais, o valor de tais ativos e passivos quando expressos em Dólares
americanos, diminui quando o Real é desvalorizado em relação ao Dólar americano e aumenta quando o Real
é valorizado.
Uma parte dos ativos e passivos da Companhia expressos em Reais são indexados pela inflação de acordo
com um índice contratual. Até 31 de dezembro de 1997, as receitas financeiras, como relatadas nas
Demonstrações Financeiras Consolidadas da Companhia, incluem juros, líquidos dos ganhos ou perdas da
conversão atribuídos a tais ativos. As despesas financeiras incluem juros e indexação sobre os passivos
financeiros da Companhia, livres dos ganhos ou perdas da conversão atribuíveis a tais passivos.
Consequentemente, as receitas e as despesas financeiras da Companhia dependem, em parte, da relação entre
a taxa de câmbio do Dólar americano/Real, da taxa de indexação contratual dos ativos e passivos e das taxas
de juros declaradas. Quando a taxa da desvalorização diverge materialmente das taxas contratuais de
indexação dos ativos e dos passivos monetários, o efeito resultante sobre a receita e a despesa financeira pode
ser significativo. Ativos e passivos expressos em moedas estrangeiras são convertidos em Dólares americanos
utilizando-se a taxa oficial de câmbio estabelecida pelo Banco Central, em cada data de balanço.
Desde 01 de janeiro de 1998, a moeda funcional da Companhia mudou do Dólar americano para o Real, os
ganhos e perdas resultantes da conversão das demonstrações financeiras não estão mais incluídos na
demonstração de resultados, mas como um componente de outras receitas e despesas do patrimônio líquido.
Ganhos ou perdas de transações (relacionados aos ativos ou passivos em moeda estrangeira) ainda estão
incluídas na demonstração de resultados.
RESULTADOS DAS OPERAÇÕES
A tabela seguinte mostra certos itens da demonstração de resultados da Companhia expressos em
porcentagens da receita líquida para os anos indicados.
Exercício findo em 31 de dezembro de,
2001
2000
1999
(%)
Vendas líquidas
Custo das vendas
Lucro bruto
100
(86)
14
100
(81)
19
100
(71)
29
Despesas de vendas
Despesas gerais e administrativas
(2)
(2)
(4)
(2)
(2)
(4)
(3)
(3)
(6)
Lucro operacional
10
15
23
_________________
Fonte: Copene.
A tabela abaixo estabelece, por linha de produto, determinados itens da demonstração de resultados da
Companhia e apresenta uma comparação das variações sofridas nos anos indicados.
Vendas Líquidas
Petroquímicos
Utilidades
Combustíveis....................................
Serviços
Total
Custo das Vendas
Petroquímicos
Utilidades
Combustíveis....................................
Serviços
Total
Exercício findo em 31 de dezembro de
2001
2000
1999
2001 –2000
(em milhões deUS$)
(%)
2000 -1999
1.174
118
87
3
1.382
1.413
124
15
3
1.555
910
99
2
1.011
(16,9)
(4,8)
480,0
(11,1)
55,3
25,3
50,0
53,8
(1.014)
(99)
(73)
(2)
(1.188)
(1.137)
(99)
(13)
(3)
(1.252)
(641)
(76)
(2)
(719)
(10,8)
461,5
(33,3)
(5,2)
77,4
30,3
50,0
74,1
Lucro Bruto
Petroquímicos
Utilidades
Combustíveis....................................
Serviços
Total
Despesas de vendas
Despesas gerais e administrativas
Receitas financeira
Despesas financeiras
Itens Extraordinários ..........................
Outras receitas (despesas)
operacionais, líquidas
Outras despesas não operacionais,
líquidas
Imposto de renda e contribuição
social
Participações de terceiros
Ganho (Perda) em equivalência
patrimonial em coligadas e
controladas
Efeito acumulado de mudanças de
princípio contábil
Lucro das operações descontinuadas
Lucro líquido
160
20
13
1
194
(28)
(29)
76
(235)
-
276
25
2
303
(24)
(37)
95
(134)
(14)
269
23
292
(26)
(28)
102
(220)
-
(42,0)
(20,0)
557,0
(35,8)
16,7
(21,6)
(21,1)
73,9
-
2,6
8,7
3,8
(7,7)
32,1
(6,9)
(39,1)
-
(4)
(3)
(2)
16,7
(50,0)
(4)
(30)
(2)
184
109
75,0
(115,0)
(77,8)
68,8
14
(1)
(3)
-
(4)
(1)
566,7
-
(25,0)
-
4
7
1
(42,9)
600,0
2
-
-
14
-
-
(11)
188
119
(105,6)
58,0
(9)
_________________
Fonte: Copene.
A ESTRUTURA E A LUCRATIVIDADE DAS OPERAÇÕES DA EMPRESA
Vendas Líquida
A tabela a seguir demonstra o preço médio efetivamente cobrado, excluindo impostos, dos principais produtos
petroquímicos e nafta para os exercícios indicados.
Exercício findo em 31 de dezembro de
2001...
2000... 1999...
2001 -2000 2000 –1999
(em U.S. Dólares por tonelada)
(%)
Mercado Interno
- Olefinas
Eteno
Propeno (Cadeia Química)
Propeno (Cadeia de Polímeros)
Butadieno
487
342
569
453
348
236
365
476
475
439
244
276
(14,4) 63,6
(24,5)
91,9
(23,2)
94,8
59,1
(8,4)
- Aromáticos
Para-xileno
Benzeno
- Combustíveis
Gasolina Automotiva
GLP
- Poliesteres
DMT
482
299
245
291
474
367
359
230
291
537
-
-
(1,7)
(18,5)
32,1
59,6
(15,8)
-
-
-
-
PET
- Polietilenos
PEAD
UTEC
Mercado Externo
- Olefinas
Propeno (Cadeia de Polímeros)
Butadieno
- Aromáticos
Para-xileno
Benzeno
- Poliesteres
DMT
- Polietilenos
PEAD
UTEC
Nafta
1.025 -
-
-
-
796 1.443 -
-
-
-
326
273
697
470
294
327
241
425
370
306
236
(30,6)
43,8
22,0
-
38,7
56,8
(26,2)
-
-
-
-
685 1.245 233
-
-
-
255
127
(8,6)
100,8
_______________
Fonte:
Copene.
As vendas líquidas somaram US$ 1.382,0 milhões no exercício de 2001, representando um recuo de 11,1%
quando comparadas ao exercício 2000, sendo esse desvio atribuído ao menor volume vendido de
petroquímicos e queda dos preços de venda. O segmento de petroquímicos, combustíveis, utilidades e
serviços representaram 84,9%, 6,3%, 8,6% e 0,2% das vendas líquidas, respectivamente. Como decorrência
da aquisição de participações acionárias pela Companhia através do Leilão dos Ativos do Nordeste, o
segmento de petroquímicos foi acrescido dos negócios de polietilenos e poliesteres. Esses produtos têm como
suas matérias primas principais o eteno e o para-xileno, produtos derivados da nafta e produzidos pela
Copene.
Em 2000, as vendas líquidas totalizaram US$ 1.555,1 milhões, representando um acréscimo de 53,7% frente à
1999. Este crescimento decorreu da elevação média de 57,8% nos preços dos produtos, sendo 61,9% referente
aos petroquímicos e 31,1% às utilidades. Na composição das vendas o segmento de petroquímicos
representou 90,8%, combustíveis 1,0%, utilidades 8,0% e serviços 0,2%.
Petroquímicos
O segmento de petroquímicos é composto por olefinas, aromáticos e, a partir de Agosto de 2001, polietilenos
e poliésteres. As vendas líquidas de olefinas no ano de 2001, foi da ordem de US$ 733,5 milhões,
apresentaram queda de 22,7% em relação ao exercício anterior. A razão principal foi a redução de volumes
vendidos de 3.090,4 t em 2000 para 2.712,8 t em 2001. O preço médio anual do eteno decresceu de US$ 569/t
em 2000 para US$ 487/t em 2001. Os volumes foram afetados pela realização da parada programada para
manutenção durante 27 dias no mês de agosto em uma das unidades produtoras de eteno.
Quanto aos aromáticos, houve em 2001 um recuo de 4,7% das vendas físicas em relação às de 2000, motivado
pela forte concorrência dos produtos importados, especialmente do para-xileno e seus derivados. Além disso,
a Companhia diminuiu as vendas de para-xileno em 36,7 mil t, pois passou a utilizá-lo como principal insumo
de poliésteres. As vendas líquidas atingiram 228,6 milhões, inferiores em 17,3% às realizadas em 2000.
Com relação ao ano 2000, as vendas líquidas de olefinas, da ordem de US$949,6 milhões, em razão dos
preços mais elevados, apresentaram crescimento de 66% em relação ao exercício anterior. No caso do eteno,
o preço médio anual passou de US$ 348/t em 1999 para US$ 569/t em 2000. Paralelamente, o preço médio
anual da nafta subiu de US$ 127/t em 1999 para US$ 255/t em 2000.
Quanto aos aromáticos, houve em 2000 um recuo de 8% das vendas físicas em relação às de 1999, motivado
pelo aumento do custo da nafta associado à forte concorrência dos produtos importados, especialmente do
para-xileno e seus derivados. Não obstante, as vendas líquidas atingiram US$ 276,4 milhões, superando em
34% às realizadas em 1999.
Poliésteres
Com a incorporação da Proppet (ativo de Poliéster) (ver Nota 12 das Demonstrações Financeiras
Consolidadas) em agosto de 2001, a Copene agregou a unidade produtora de resina PET dos tipos “bottle
grade” (BG), produto derivado do para-xileno, também fabricado pela Copene. As vendas líquidas de US$
28,6 milhões corresponderam a 2,1% das vendas líquidas totais da Companhia e 2,4% das vendas líquidas de
petroquímicos. Ao longo do período compreendido entre Agosto e Dezembro de 2001.
No primeiro semestre de 2001, as vendas e preços de PET foram beneficiados por um período de calor e
poucas chuvas, o que estimulou as vendas de bebidas e elevação dos preços, acompanhando a sazonalidade do
hemisfério norte. A partir do 2º semestre ocorreu uma queda expressiva nos preços do PET, provocada por
um aumento de oferta do produto no mercado mundial, tendo como origem principal os produtores asiáticos.
Em 21 de outubro de 2001, o ativo poliester recebeu a certificação ISO-9002. Nesse mesmo mês conquistou a
qualificação total da resina para uso no sistema Coca Cola.
As vendas líquidas de polietilenos relativas ao período de agosto a dezembro de 2001 corresponderam a US$
41,3 milhões, representando 3,0% das vendas líquidas totais da Companhia e 3,5% das vendas líquidas de
petroquímicos.
Exportações
Em 2001, foram exportadas diretamente pela Copene 385,4 mil ton. de petroquímicos, inferiores em 13,4% ao
alcançado no ano anterior. Na mesma tendência, os preços também ficaram inferiores aos praticados em 2000.
As vendas líquidas para o mercado externo totalizaram US$125,5 milhões e corresponderam a um decréscimo
de 25,2% sobre as de 2000. As exportações de benzeno e MTBE corresponderam a 50,4% do total.
Em 2000, foram exportadas diretamente pela Copene 445,1 mil t de petroquímicos, inferiores em 11,1% ao
alcançado no ano anterior. Entretanto, com os preços dos petroquímicos superiores aos de 1999,
principalmente no primeiro semestre, as vendas líquidas de US$ 167,7 milhões obtidas com as exportações
corresponderam a um acréscimo de 27,6% sobre as de 1999. As exportações de benzeno e MTBE
corresponderam a 60,6% do total.
Utilidades
As vendas líquidas de utilidades atingiram US$ 118,6 milhões em 2001 e foram inferiores às de 2000 em
4,4%. Deste total, US$ 49,3 milhões referiram-se a energia elétrica e US$ 69,3 a vapor, água e ar
comprimido. A exemplo do que ocorreu em 2000, a Copene voltou a vender energia elétrica além dos clientes
do pólo petroquímico de Camaçari. Desta vez não só para a CHESF (estatal distribuidora de energia), mas
também para os clientes da 3a geração, durante o período de racionamento imposto pelo Governo Federal.
Em 2000 as vendas líquidas de utilidades atingiram US$ 124,0 milhões e foram superiores às de 1999 em
24,6%. Deste total US$ 46,4 milhões referiram-se a energia elétrica e US$ 77,6 milhões a vapor, água e ar
comprimido. A exemplo do que ocorreu em 1999, a Copene voltou a vender energia elétrica para a CHESF
nos meses de janeiro e fevereiro, face à situação dos níveis das barragens das hidroelétricas brasileiras.
Combustíveis
Em 2001 verificou-se o incremento das vendas de gasolina automotiva, sendo a Copene a primeira central
petroquímica a obter autorização da ANP – Agência Nacional de Petróleo, para produzi-la e comercializá-la.
As vendas de gasolina tipo A alcançaram 349 milhões de litros em 2001 contra 51 milhões de litros de 2000.
Limitações logísticas, juntamente com a parada programada de manutenção, impediram a comercialização de
um maior volume desse combustível. Isso, entretanto, não impediu que a Copene consolidasse sua liderança
nesse mercado na região nordeste do Brasil, diversificando sua área de atuação por vários estados do norte e
nordeste, tais como: Pará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Bahia. A participação da Copene no mercado
nordestino atingiu 14,6% no período e as vendas para Pernambuco representaram 62% daquele mercado.
No mês de outubro de 2001, a Copene obteve junto à Agência Nacional do Petróleo - ANP a autorização para
comercialização de GLP – Gás Liqüefeito de Petróleo. As vendas foram iniciadas em novembro, atendendo o
mercado industrial das distribuidoras de gás instaladas na Bahia. No total foram comercializadas 4.000 t.
A receita líquida de combustíveis atingiu US$ 86,4 milhões em 2001 frente a US$ 15 milhões em
2000, correspondendo a 6,3% e 1,0% da receita líquida total da Copene, respectivamente.
Impostos sobre vendas
Os impostos indiretos sobre vendas, constituídos principalmente pelo ICMS, PIS, COFINS, PPE (Parcela de
Preço Específico) que incide apenas sobre os combustíveis e ISS representaram 28,2% das receitas líquidas de
2001, um aumento de 17,5% em relação a 2000. Este crescimento decorreu do maior volume de vendas de
combustíveis que possuem carga tributária bastante superior aos demais produtos.
Em 2000 estes impostos representaram 21,3% das receitas líquidas, um acréscimo percentual de 80,9%
quando comparado com o ano de 1999. Tal acréscimo decorre basicamente da majoração da alíquota da
Cofins de 2% para 3%, que passou a ser reconhecida no resultado da Companhia a partir de 1º de janeiro de
2000, conforme comentado a seguir.
A partir de setembro de 2000, a Companhia iniciou as vendas de combustível. Sobre este produto incide uma
taxa adicional denominada PPE (Parcela de Preço Específico) que varia de acordo com o preço do
combustível assim como COFINS e PIS cujas taxas são maiores quando comparadas às incidentes sobre
produtos petroquímicos, conforme abaixo demonstrado:
Taxas
PIS
COFINS
Petroquímicos /
Utilidades
Combustível
0,65%
3,00%
3,00%
12,45%
A partir do mês de fevereiro de 1999, o Governo Federal instituiu diversas alterações na Legislação Tributária
e, dentre elas, promoveu um aumento na base de cálculo das contribuições para o PIS e COFINS, além de
majorar a alíquota da COFINS, que passou de 2% para 3% (Lei n. 9.718/98). Por entender ser
inconstitucional o aumento na base de cálculo, a Companhia ingressou com Ação Judicial contra o Tesouro
Nacional, pleiteando o direito de não pagar tais aumentos, tendo obtido liminar com e sem depósito judicial
para o COFINS e PIS, respectivamente. A Companhia, baseada na opinião dos seus assessores jurídicos,
também não registrou qualquer provisão para os valores acessórios em discussão relacionados a 1999. Ver
“nota 19” das Demonstrações Financeiras Consolidadas.
Contudo, em face das alterações da legislação fiscal ocorridas através de Medida Provisória, a partir de 1º de
janeiro de 2000, a qual eliminou a possibilidade de compensação da Contribuição Social com a COFINS, a
majoração da alíquota da COFINS de 2% para 3%, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2000, passou
a ser recolhida e registrada contabilmente na rubrica Impostos sobre Vendas.
O Custo das Vendas e o Lucro Bruto
A tabela a seguir demonstra os componentes do custo das vendas efetuadas pela Copene, nos exercícios
findos indicados, em percentual dos custos totais.
Exercício findo em 31 de dezembro de
2001
2000
1999
(%)
Custos variáveis
Nafta
83
83
75
Combustível
Outros custos
Total dos custos variáveis
6
3
92
5
4
92
5
6
86
Custos fixos
Salários, encargos e benefícios
Manutenção
Amortização do diferido
Depreciação
Outros custos
Total dos custos fixos
2
2
1
3
8
2
2
1
3
8
4
2
2
5
1
14
Total dos custos
100
100
100
_______________
Fonte: Copene.
A tabela a seguir demonstra os custos fixos de produção consolidados, para os exercícios findos indicados.
Exercício findo em 31 de dezembro de
2001
2000
1999
(em milhões de US$ Dólares)
Manutenção
Salários, encargos e benefícios
Outros
Total dos custos fixos desembolsáveis
Amortização de parada para manutenção
Depreciação
Total dos custos fixos de produção
19
36
13
68
9
40
117
20
34
5
59
8
43
110
16
31
5
52
15
39
106
__________
Fonte: Copene.
Os custos das vendas do ano de 2001 totalizaram US$ 1.187,6 milhões, uma redução de 5,2% frente ao ano
2000. A queda de 8,6% do preço da nafta, os menores volumes de petroquímicos vendidos e a parada
programada de manutenção, foram os principais fatores de redução dos custos.
Com a redução dos preços de venda em patamares superiores à queda dos preços das matérias primas e com
menores volumes de vendas, o lucro bruto em 2001 atingiu US$ 194,5 milhões, com uma margem de 14,1%
sobre as vendas líquidas, desempenho inferior ao exercício 2000 que foi de US$ 302,7 milhões para uma
margem de 19,5%.
Os custos das vendas totais no ano de 2000 registraram US$ 1.252,4 milhões um acréscimo de 74,1% em
relação a 1999. A elevação do preço da nafta no segundo semestre reduziu as margens da cadeia
petroquímica, obrigando tanto a Copene como seus clientes a modificarem suas estratégias de produção. A
Copene aproveitou para sanar problemas operacionais nas duas plantas de Pirólise e na unidade de Reforma
Catalítica, bem como passou a processar gás natural como matéria-prima alternativa para a produção de eteno.
De um modo geral, houve uma sensível melhora nas operações das unidades, refletida nos índices de
performance e no atingimento dos desafios estabelecidos no Programa de Maximização de Resultados. Em
particular, as Unidades de Pirólise apresentaram um excelente nível de estabilidade operacional, fruto de
ações desenvolvidas no sentido de elevar a confiabilidade dos grandes compressores e a capacitação dos
profissionais envolvidos em suas operações. A aplicação dos pilares do TPM garantiu elevada disponibilidade
e eficiência dos equipamentos, assim como o acompanhamento sistemático dos processos produtivos. Vários
equipamentos, em todas as áreas de produção, vêm atingindo elevado estágio de conservação e domínio por
parte dos operadores e mantenedores, comprovando o nível de comprometimento e a crença dos empregados
na filosofia de gestão adotada pela Companhia.
Na área de utilidades, registrou-se uma maior confiabilidade no fornecimento, tendo a Copene atingido em
2000 seu melhor desempenho histórico em termos de disponibilidade de produtos, o que se traduziu em
ganhos na utilização da capacidade instalada dos clientes. Vale ressaltar também a melhoria da qualidade da
água clarificada, propiciando redução de custos aos clientes em função da diminuição da utilização de
produtos químicos em suas unidades.
Petroquímicos
O custo das vendas de petroquímicos em 2001 somou US$ 1.013,8 milhões, 10,8% inferior ao ano 2000 em
conseqüência da queda de custo da nafta e de menores volumes vendidos. Apesar dos custos fixos
apresentarem redução de US$ 11,5 milhões quando comparada ao ano anterior, atribuída aos ganhos com
programas de otimização de custos, o aumento líquido de US$ 10,4 milhões nos custos fixos é atribuído à
incorporação dos ativos de Polietileno e Poliéster que aumentou os custos fixos em US$ 21,9 milhões.
Os custos com manutenção das plantas, somaram US$ 16,6 milhões em 2001 contra US$ 15,9 milhões
registrados no ano 2000. A amortização dos custos de parada programada sofreram um acréscimo de US$2,4
milhões totalizando US$ 7,8 milhões no ano. Os custos com salários e encargos sociais atingiram US$ 29,7
milhões com aumento de 12,1% no comparativo com o ano anterior.
O lucro bruto dos petroquímicos somou US$ 160,0 milhões, 42% inferior ao ano 2000, sendo esse declínio
decorrente de menores volumes vendidos, quedas dos preços de vendas mais acentuadas do que o recuo de
preço da nafta.
Em 2000, o custo das vendas de petroquímicos totalizou US$ 1.137 milhões, um acréscimo de US$ 496
milhões quando comparado a 1999. Este aumento decorreu da alta verificada nos preços do petróleo e da
nafta durante o ano de 2000, principalmente no segundo semestre do ano. Os custos com manutenção da
planta, totalizaram US$ 15,9 milhões. A amortização dos custos de parada foi reduzida em US$ 6,1 milhões,
totalizando US$ 5,4 milhões no ano. Os custos com salários e encargos foram impactados basicamente pelo
aumento do quadro de pessoal, bem como, reajuste salarial de 8%, atendendo ao acordo coletivo. O total dos
custos fixos de petroquímicos em 2000 foi de US$ 89,2 milhões, resultando num acréscimo de US$ 2,4
milhões quando comparado com o ano anterior.
Os petroquímicos registraram no ano de 2000 um lucro bruto no montante de US$276,0 milhões, um
acréscimo de 2,6% em relação a 1999.
Utilidades
No ano 2001 os custos de utilidades totalizam US$ 98,5 milhões, mantendo-se no mesmo patamar do ano
2000 devido basicamente ao maior volume vendido de energia elétrica sendo compensado por uma redução
dos custos fixos de US$ 3,8 milhões, refletindo medidas de contenção. Os custos fixos relacionados à
manutenção da planta sofreram uma redução de US$ 1,3 milhão, totalizando US$ 3,0 milhões. Os custos com
a amortização da parada programada de manutenção totalizaram US$ 1,2 milhão em 2001, representando uma
redução de US$ 0,9 milhões quando comparada a 2000. Os custos com salários e deduções atingiram US$ 6,1
milhões, uma redução de US$ 1,6 milhões quando comparada ao ano anterior.
O lucro bruto totalizou US$ 20,1 milhões contra US$ 24,7 milhões do ano 2000, representando um recuo de
18,6%. Os principais fatores que contribuíram para a queda do lucro foram a evolução das tarifas em
patamares inferiores aos preços dos combustíveis e mudança do perfil operacional, o qual exigiu um mix mais
caro de consumos de combustíveis.
As utilidades no ano de 2000 registram um custo total de US$ 99,2 milhões, US$ 23,7milhões acima do
registrado em 1999. Os custos com manutenção da planta aumentaram em US$ 1,2 milhão totalizando US$
4,3 milhões. A amortização dos custos de parada programada para manutenção totalizou US$ 2,1 milhões
representando um decréscimo de US$ 1,0 milhão em relação a 1999. Os custos com salários e encargos foram
impactados pelo aumento do quadro de pessoal, bem como, reajuste de 8% de acordo com a determinação do
acordo coletivo.
O Lucro Bruto em 2000 totalizou US$ 24,7 milhões, um acréscimo de 8,7% quando comparado a 1999.
Combustíveis
Em 2001 o custo dos combustíveis totalizou US$ 73,3 milhões, superando os US$ 13,0 milhões de 2000,
principalmente, pelo maior volume das vendas.
O lucro bruto foi de US$ 13,0 milhões, representando 15,2% das vendas líquidas contra 13,3% de 2000.
Despesas com Vendas
Em 2001, as despesas com vendas totalizaram US$ 28,1 milhões, superando o ano anterior em US$ 4,1
milhões, devido à maior movimentação de produtos, notadamente a gasolina automotiva.
Durante o ano de 2000, as despesas com vendas decresceram em US$ 2,1 milhões, quando comparadas com a
ano de 1999. O decréscimo reflete basicamente os ganhos incorridos com os contratos com taxa fixa de dólar,
bem como o decréscimo das quantidades vendidas principalmente na linha de aromáticos no ano de 2000, em
relação a 1999.
Despesas Gerais e Administrativas
Em 2001 as despesas administrativas somaram US$ 28,7 milhões, 21,6% abaixo do valor registrado em
2000, decréscimo decorrente do efeito de conversão para dólar de despesas incorridas em reais, tendo em
vista que a taxa de dólar médio em 2001 foi maior que a de 2000.
As despesas gerais e administrativas no ano de 2000 registraram um montante de US$36,7 milhões e foram
superiores em US$9,2 milhões às registradas em 1999. Este significativo aumento é reflexo dos seguintes
fatores: (i) reajuste de 8% praticado na folha de pagamento da Companhia (ii) aumento de 17,5% no valor
pago a título de PPR - programa relacionado a participação dos empregados nos resultados da Companhia
como um bônus de incentivo para que metas preestabelecidas fossem atingidas, no intuito de aumentar a
eficiência e produção, qualidade dos produtos, segurança, preservação do meio ambiente, e redução dos
custos fixos e (iii) aumento dos custos com consultoria e advogados em 75% por conta de êxitos obtidos em
processos judiciais que estavam em andamento.
Autos de Infração – ICMS
Em 2000, a Companhia manteve entendimentos com as autoridades fazendárias, eliminando a totalidade de
suas pendências fiscais no âmbito administrativo e judicial junto a Fazenda Estadual da Bahia, conforme
descrito na nota explicativa nº 19 das Demonstrações Contábeis, sendo registrado, como despesa, no resultado
da Companhia o montante de US$ 14,3 milhões.
Receita Financeira
As receitas financeiras do exercício de 2001 totalizaram US$ 76,5 milhões, 19,4% abaixo dos US$ 94,9
milhões registrados no exercício 2000, esse recuo foi provocado pela redução das disponibilidades financeiras
e queda das taxas de juros relativas às aplicações financeiras (CDI – Certificado de Depósito Interbancário).
Foram registrados no ano de 2000, como receitas financeiras, o montante de US$ 94,9 milhões um
decréscimo de 6,9% quando comparado com o ano de 1999. A redução da TJLP aliada a menor taxa do CDI –
Certificado de Depósito Interbancário, contribuíram para a redução nas variações monetárias ativas. A menor
variação da taxa do câmbio de 9,3% em 2000 contra 48% em 1999, foi responsável pela diminuição das
variações cambiais ativas.
Despesas Financeiras
Com o crescimento da dívida da Companhia, decorrente das captações destinadas à aquisição dos Ativos do
Nordeste no leilão do dia 25 de Julho de 2001, as despesas financeiras evoluíram de US$ 134,0 milhões em
2000 para US$ 234,9 milhões em 2001, alta de 75,3%.
Em 31 de dezembro de 2001 a Companhia mantinha contratos externos de proteção contra variação cambial
(hedge) no montante nominal de US$ 226,2 milhões. Com o comportamento dos diversos índices que
compõem as variações monetárias passivas, a Companhia obteve ganho de US$ 6,2 milhões.
As despesas financeiras da Companhia no ano de 2000, totalizaram US$ 134,0 milhões, um decréscimo de
39,1% quando comparada a 1999. Como mencionado acima em Receita Financeira, a queda na variação das
taxas do Dólar, TJLP e CDI quando comparadas com 1999, diminuíram as variações monetárias passivas.
Além disso a Companhia efetuou amortização de 36% da sua dívida mantida com o BNDES – Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Em 31 de dezembro de 2000, a Companhia mantinha contratos externos de “hedge” no montante conceitual
de US$ 110,0 milhões. Em 2000 a Companhia reconheceu perdas líquidas de US$ 3,1 milhões referentes a
estes contratos.
Imposto de Renda
Em 2001, a Companhia registrou um benefício de imposto de renda no montante de US$14,3 milhões
relacionados à constituição de imposto de renda diferido ativo sobre o prejuízo fiscal apurado no ano, do
efeito fiscal sobre as mudanças de base dos ativos entre os princípios contábeis brasileiros e americanos,
assim como a realização dos ajustes de conversão acumulados (CTA)
Em 2000, a Companhia registrou despesas com imposto de renda no montante de US$ 2,9 milhões,
decorrentes do efeito fiscal sobre as mudanças de base dos ativos, entre os princípios contábeis brasileiros e
americanos, bem como da realização dos ajustes de conversão acumulados (CTA).
Participação nos Lucros (Prejuízos) de Controladas e Coligadas
A Companhia apurou em 2001 US$ 5,1 milhões de receita de equivalência patrimonial com empresas
controladas e coligadas frente a US$ 6,9 milhões do ano de 2000. Esta diferença deveu-se, basicamente, à
redução do ganho proveniente da Norcell, de US$ 9,8 milhões em 2000 para US$ 1,0 milhão em 2001 devido
ao estreitamento de margem e ao reconhecimento da baixa de ativo. Em contrapartida, a Companhia apurou
ganho de US$ 3,0 milhões proveniente da Politeno, integrada em 2001, e de US$ 1,0 milhão da Petroflex que
em 2000 produziu perda de US$ 1,8 milhão.
Em 2000, a Companhia registrou uma receita de US$6,9 milhões proveniente das suas participações em
controladas e coligadas, este valor representa um ganho de US$6,3 milhões quando comparado com 1999. O
principal efeito foi decorrente da Controlada Norcell S.A. (ver nota explicativa nº 9 das Demonstrações
Financeiras Consolidadas) que teve uma sensível melhoria na sua performance operacional no ano de 2000,
em decorrência do aumento nas exportações, bem como, da queda da variação do Dólar em relação ao ano
anterior que indexa grande parte dos seus passivos.
Lucro/Prejuízo Líquido
A Companhia obteve prejuízo de US$ 11,1 milhões em 2001 contra lucro líquido de US$ 188,0 milhões em
2000. Este prejuízo decorreu do estreitamento das margens, bem como do incremento das despesas
financeiras.
Em 2000 a Companhia registrou um lucro líquido de US$ 188,0 milhões, um aumento de US$ 69,2 milhões
quando comparado com 1999. Os principais responsáveis por este aumento foram: (i) o bom desempenho
operacional da Companhia ocorrido principalmente no primeiro semestre do ano, (ii) redução das despesas
financeiras líquidas em US$ 78,8 milhões pelos fatos já citados nos itens receitas e despesas financeiras.
LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL
Liquidez
As principais exigências de caixa da Copene incluem: (i) pagamentos das dívidas da Companhia, (ii)
investimentos no aumento da capacidade e melhorias operacionais, focando nas atualizações tecnológicas e na
otimização dos processos, e (iii) pagamento dos dividendos das Ações Preferenciais e Ordinárias. As
principais fontes de liquidez da Companhia têm sido, historicamente, os fluxos de caixa provenientes das
atividades operacionais e de empréstimos. Os fluxos de caixa das atividades operacionais totalizaram US$
97,1 milhões, US$ 166,6 milhões e US$ 225,5 milhões para os três períodos encerrados em 31 de dezembro
de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. Estes fluxos de caixa foram utilizados principalmente para o
pagamento das despesas com dividendos, pagamento de dívidas e gastos de capital, e o valor excedente foi
investido como aplicações financeiras.
Capital de Giro Líquido
Em 31 de dezembro de 2001 o capital de giro líquido era de US$ 42,1 milhões, recuando US$ 142,3 milhões
frente a 2000. Esta diferença reflete, principalmente: o crescimento na conta de Sociedades Controladas e
Coligadas em US$ 60,0 milhões, proveniente do leilão dos Ativos Nordeste; US$ 33,0 milhões na conta de
Salários, encargos e outros impostos, em virtude do maior volume de vendas de gasolina automotiva; e US$
34,0 milhões de fornecedores decorrente de mudança no prazo de pagamento da nafta.
O capital de giro líquido em 31 de dezembro de 2000 diminuiu para US$ 184,4 milhões, contra US$ 251,7
milhões em 31 de Dezembro de 1999. O decréscimo é decorrente da diminuição de equivalentes a caixa e
aplicações financeiras, em decorrência do fluxo de caixa negativo de US$52,4 milhões em 2000 contra o
fluxo de caixa positivo de US$ 28,9 milhões em 1999, e a redução da dívida de curto prazo em US$ 10,5
milhões comparado ao ano anterior.
Endividamento e Estratégia Financeira
A Copene encerrou o exercício de 2001 com uma dívida consolidada total bruta de US$ 1.155,8 milhões e
líquida de US$ 1.005,5 milhões, registrando um aumento de 89,3% em relação ao exercício de 2000, quando
a dívida total (bruta) era de US$ 610,6 milhões e líquida de US$ 248,1 milhões. O aumento da dívida em
2001 foi basicamente decorrência do Contrato de Assunção do “Leilão ESAE” em 27 de julho de 2001, pelo
qual o grupo Odebrecht e Mariani, adquiriram o controle da Copene, e por sua vez a Copene assumiu uma
dívida no valor total de principal de US$ 481,1 milhões, dívida essa que em 28 de dezembro de 2001 foi
quitada e substituída por uma operação de debêntures de US$ 232,6 milhões com prazo de 5 anos e uma
operação de pré-pagamento de exportações de US$ 250 milhões, dos quais US$ 80 milhões vencem em 3
anos e US$170 milhões em 5 anos.
Em 31 de dezembro de 2001, o total do passivo circulante consolidado da Copene era de US$ 1.155,8
milhões, dos quais 43,6% estavam expressos em moeda nacional, e os restantes 56,4% em dólares norteamericanos.
A composição total da dívida consolidada da Copene em 31 de dezembro de 2001 expressa em dólares norte
americanos é a seguinte:
saldo da emissão de Eurobonds no mercado internacional no valor de US$ 150 milhões, representando 23,0%
do total da dívida em dólar norte americano. Essa emissão de US$ 150 milhões, foi lançada em junho de
1997, com coupom de 9,0% a.a. e vencimento em junho de 2007. Em 25 de maio de 2002 foi exercida uma
opção de “put” sobre o valor de face de US$ 134,3 milhões cujo preço de exercício é de 98,40% equivalente
a US$ 132,2 milhões, tendo sido os mesmos recolocados no mercado;
saldo de operações de pré-pagamentos de exportações no valor de US$ 469,5 milhões, representando 72,0%
do total da dívida em dólar norte americano. Os prazos de vencimentos variam entre 1 e 5 anos e a taxa média
ponderada é de 6,43% a.a. (já incluída o custo da libor em 31/12/01) mais variação da taxa do dólar norte
americano sobre a moeda brasileira; e
os restantes 5,0% do endividamento em dólar norte americano são operações de financiamentos de
importações, outras operações de aquisição de investimentos financiadas e provisão de juros.
A composição da dívida consolidada da Copene em 31 de dezembro de 2001 expressa em moeda nacional é a
seguinte:
saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (“BNDES”),
BNDESPAR e FINAME no montante de US$ 172,9 milhões representando, 34,3% do total da dívida em
moeda nacional. As taxas de spread variam de 2,0 a 5,0% a.a. acima da Taxa de Juros de Longo Prazo
(“TJLP”) e os prazos de vencimentos vão até 2007;
saldo de debêntures no valor de US$ 204,1 milhões, com vencimento em outubro de 2006 e representando
40,5% do total da dívida em moeda nacional;
saldo de mútuos com sociedades coligadas no valor de US$ 62,6 milhões, representando 12,4% do total da
dívida em moeda nacional; e
os restantes 12,8% são financiamentos remanescentes de aquisição de ações da Petroflex quando da sua
privatização, financiamentos de capital de giro e provisão de juros.
O quadro abaixo mostra a posição da dívida consolidada da Copene, em dólares norte americanos em 31 de
Dezembro de 2001 e 2000.
Financiamentos Nacionais
. BNDES/BNDESPAR/FINAME
. Privatização Petroflex
. Debêntures
. Provisão de Juros
. Assunção de Obrigações
. Swaps
. Sociedades coligadas
.Outros
Em milhares de US$
31/12/01
31/12/00
503.980
63.217
172.975
67.863
1.095
3.532
204.119
13.878
7.808
(12.763)
12.009
(3.658)
62.580
435
37.324
-
Financiamento Estrangeiros
. Títulos Comerciais no Exterior (Eurobônus)
. Pré-pagamentos de Exportações
. Financiamentos a Importações
. Outros
. Provisão de Juros
. Assunção de Obrigações
651.861
150.000
469.980
25.091
2.758
4.532
-
547.418
205.000
340.121
2.297
-
TOTAL DA DÍVIDA
1.155.841
610.635
(-) DISPONIBILIDADES
. Caixa e Bancos
. Aplicações Financeiras
. Títulos e Valores Mobiliários
150.324
94.472
176
55.676
362.519
1.986
9.059
351.474
DÍVIDA LÍQUIDA
1.005.517
248.116
Visto que a Copene opera no mercado internacional, captando recursos para manter suas operações e
investimentos, a Copene está exposta aos riscos de mercado decorrentes das variações na taxa de câmbio de
moeda estrangeira e nas taxas de juros. Para se proteger contra os movimentos da taxa de câmbio que afetam
seus empréstimos expressos em dólares norte americanos, a Copene vem mantendo, desde 1997, política de
proteção de sua dívida em dólares contra eventuais desvalorizações da moeda brasileira.
Em função da atual conjuntura econômica mundial e da captação de parte dos recursos necessários para
liquidar o Empréstimo Ponte do “Leilão ESAE” ser na forma de pré-pagamentos de exportações, a Copene
decidiu alterar sua política de hedge a partir de 31 de dezembro de 2001, quando passou a ser a seguinte:
manutenção de cobertura de hedge de parcelas de principal e juros vencíveis nos próximos 12 (doze) meses
em (i) 60% (sessenta por cento) da dívida em dólar vinculada a exportações (trade finance), excluídos ACCs
de até 6 (seis) meses de prazo e Adiantamento de Contratos de Exportação (“ACEs”); e (ii) 75% (setenta e
cinco por cento) da dívida em dólar não vinculada a exportações (non trade finance), de tal forma que a
Copene terá sempre, no mínimo 60% (sessenta por cento) e no máximo 75% (setenta e cinco por cento), de
sua dívida total em dólar vencível nos 12 (doze) meses subseqüentes coberta por operações de hedge.
Diversas formas de hedge de moeda são utilizadas pela Copene, utilizando ou não caixa. As formas mais
comuns, que utilizam caixa adotadas pela Copene são assunção de dívidas, aplicações no exterior
(Certificados de Depósito, Fundos Estrangeiros, Time Deposits e Over), CDB’s com “swap” para cambial
(dólar) e encarteiramento de Eurobonds de emissão da própria Copene por sua subsidiária estrangeira CPN
Inc. As formas de hedge cambial (dólar), sem utilização de caixa, mais utilizadas pela Copene são os swaps
(troca de moeda dólar por CDI) e as Opções (Venda de Put e Compra de Call).
O cronograma de pagamento do principal da dívida consolidada da Copene em 31 de dezembro de 2001 é o
seguinte:
2002
2003
2004
2005
2006
2007 em diante
Total
Em US$ MILHÕES (1)
252,4
132,5
144,5
128,9
343,2
154,3
1.155,8
%
21,8
11,5
12,5
11,2
29,7
13,3
100,0
(1) de acordo com as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2001, considerando a
parcela do exercício de “put” de US$ 134,3 milhões dos Eurobônus de US$ 150 milhões em 25 de junho de
2002 (“put date”) e o restante, US$ 15,7 milhões, no vencimento em junho de 2007, e debêntures no
vencimento em outubro de 2006. Os títulos foram imediatamente recolocados no mercado com os mesmos
preços e opção de “put”.
Embora a Companhia tenha efetuado um maior volume de investimentos e pagamentos de dividendos, foi
possível reduzir o saldo da dívida durante o exercício de 2000, encerrando o período com uma dívida total de
US$617,7 milhões, registrando uma queda de 10,7% quando comparada aos US$692,0 milhões registrados no
ano de 1999. Foram efetuados pagamentos dos débitos vencíveis durante o ano com recursos gerados pela
Companhia.
Em 31 de dezembro de 2000 o total do débito circulante da Companhia consistia em US$ 177,8 milhões, dos
quais US$26,6 milhões (14,9%) de empréstimos expressos em Reais, e US$ 151,2 milhões (85,1%) de débitos
expressos em Dólares americanos. A composição do débito total da Companhia expresso em Dólar é:
US$205,0 milhões (37,4%) referente a duas emissões de Eurobônus no mercado internacional com
vencimento em 2001 e 2007; US$340,1 milhões (62,2%) referentes a pré-pagamentos de exportações com
datas de vencimento até 2003; US$1,7 milhões (0,4%) são empréstimos para importações de metanol e
equipamentos. A composição dos empréstimos expressos em Reais é: US$67,3 milhões (95,1%) emprestado
pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e FINAME, baseado na TJLP (Taxa
de Juros de Longo Prazo) com datas de vencimentos até 2006, composto de financiamentos para expansão da
planta petroquímica, pesquisa e desenvolvimento, projetos ambientais e melhorias de
equipamentos/processos; US$3,5 milhões (4,9%) relativo a empréstimos utilizados na aquisição de ações da
Petroflex, sendo o custo destes empréstimos baseado no IGP-M.
O custo médio do débito em Dólar da Companhia em 31 de dezembro de 2000 foi 9,3% ao ano mais variação
cambial nas dívidas de curto prazo (até um ano) e 9,2% ao ano mais variação cambial para dívidas de longo
prazo. Em relação à dívida expressa em real, o custo médio era TJLP mais 3,8% ao ano e IGP-M mais 4,5%
ao ano para dívidas de curto prazo (até um ano) e TJLP mais 3,4% ao ano e IGP-M mais 4,5% ao ano para
dívidas de longo prazo.
Os juros pagos (líquido dos juros capitalizados) da Companhia foram de US$ 102,9 milhões, US$66,1milhões
e US$71,6 milhões em 2001, 2000 e 1999, respectivamente.
Com o objetivo de alongar o prazo de amortização e reduzir o custo médio das suas dívidas, a Copene emitiu
cinco Eurobônus tendo as três primeiras sido reembolsados. As quatro primeiras emissões totalizaram
US$265,0 milhões com uma taxa de juros média de 9,9% por ano. A quinta emissão de Eurobônus, no valor
de US$150,0 milhões, foi concluída em junho de 1997. A transação atingiu uma taxa de juros de 9% ao ano
(250 pontos bases acima das taxas para as Notas da Tesouro dos Estados Unidos) e condição de vencimento
notáveis (10 anos, com uma opção “put” no quinto ano).
As operações financeiras prevêem a estratégia de manutenção de financiamentos para investimentos com
recursos do BNDES/FINAME que, em função das incertezas cambiais, apresentam menor risco e maior
prazo. No intuito de gerenciar os níveis de fluxo de caixa, a utilização de financiamento de pré-exportação é
planejada. A política de proteção para débitos em dólares não vinculados à exportação continua mantida.
Uma vez que a Copene opera no mercado internacional captando recursos para sustentar as suas operações e
investimentos, encontra-se exposta aos riscos de mercado e mudanças nas taxas de câmbio e de juros. As
exportações, que geralmente resultam em direitos a receber em dólares amercianos, cobre uma parte
significativa do passivo da Companhia em dólar. Sempre que possível, a Companhia tenta utilizar operações
financeiras para suprir as suas necessidades de capital de giro, porque os mesmos possuem um custo menos
elevado, uma vez que a contraparte do empréstimo percebe a mitigação do risco de variação cambial com as
exportações em dólares. No entanto, não se pode ter certeza que os dólares provenientes de operações futuras
serão em um montante suficiente para se obter uma cobertura do passivo tão extensiva quanto a atual.
Contudo, com a desvalorização do real ocorrida em 1999, a Companhia encontrava-se parcialmente protegida
e manteve essa proteção em 31 de dezembro de 2001 e 2000, como segue:
Proteção Contra Débitos Estrangeiros
Milhões de Dólares
31/12/01
31/12/00
Débito estrangeiro:
. Eurobonds
. Pré-pagamento de exportações
. Importações
. Outros
651,9
150,0
469,5
25,1
7,3
546,8
205,0
340,1
1,7
-
Hedge:
. SWAP de Dólar para CDI
. Opções
. Assunção de dívidas
. Títulos do Tesouro Americano
. Aplicações financeiras
. Receita sobre exportações
. Outros
185,3
92,0
209,9
30,0
80,0
12,8
75,3
17,2
0,8
84,1
3,0
Investimentos
O programa de investimentos da Copene para 2001, excetuando-se a aquisição dos Ativos Nordeste no leilão
realizado em 25 de julho 2001, manteve-se dentro das estimativas, atingindo a casa dos US$ 130,7 milhões.
Como previsto, tais gastos foram direcionados ao projeto de ampliação da capacidade de 80 mil toneladas de
eteno, às adaptações no Terminal Marítimo de Aratu e à parada geral de manutenção programada. O total de
tais investimentos foi maior em 130,7% ao montante gasto em 2000.
As maiores inversões foram nos projetos de ampliação da capacidade de eteno, construção do Terminal
Marítimo, construção da dutovia de nafta, na modernização de equipamentos/sistemas das plantas de olefinas
e aromáticos. Mereceram destaque também os investimentos em meio-ambiente, em aumento da produção e
no escoamento de gasolina automotiva.
As obras de ampliação da capacidade de eteno, que por razões técnicas foi adiada para o primeiro trimestre de
2002, desenvolveram-se no ritmo esperado e estão programadas para o período da Parada Geral com início
em março de 2002. A execução das principais modificações na planta de Eteno I serão complementadas ao
longo do ano de 2002 com a modernização dos fornos de pirólise. Também ocorreu a modernização dos
fornos e a implantação do sistema de controle avançado da planta de Eteno II.
No final de 2001, entraram em operação o Terminal Marítimo de Aratu, possibilitando a importação direta de
nafta, e o duto de gasolina automotiva para o Tequimar, que permitiu o aumento da produção e escoamento
de gasolina automotiva para o patamar de 4,8 milhões litros por mês.
Os projetos de meio-ambiente concluídos ou em fase de conclusão foram focados na minimização de
emissões e tratamento de efluentes, com uma redução de custos na produção e passivos ambientais, além do
atendimento às exigências legais.
No ano de 2000, os desembolsos com investimentos em termos de fluxos de caixa totalizaram US$ 58,4
milhões, US$ 34,4 milhões acima dos efetuados no ano de 1999. Os desembolsos foram concentrados no
projeto de ampliação da capacidade de produção da planta de eteno e na construção do terminal marítimo e
outras facilidades logísticas para a importação de matérias-primas. Além disso, foram realizados
investimentos chamados de permanência (melhorias operacionais, atualização tecnológica, meio ambiente e
segurança e outros). Em 31 de dezembro de 2000, a Companhia tinha compromissado como Investimentos o
montante de US$ 70,5 milhões, o qual será desembolsado ao longo do ano de 2001.
Pesquisa e desenvolvimento, patentes e licenças
O ano de 2001 foi de muita atividade na área de tecnologia da Copene, envolvendo execução de importantes
projetos voltados ao aumento da capacidade de produção de eteno e demais produtos petroquímicos, assim
como à maior eficiência operacional da Central de Matérias Primas. Prosseguindo trabalhos conjuntos com o
CENPES iniciados em 2000, novas etapas foram atingidas na implantação seqüencial do Controle Preditivo
Multivariável nas unidades da Planta II de Pirólise. Projeto semelhante está sendo estendido para as
unidades produtoras de aromáticos, já tendo sido concluído o Projeto Conceitual. A implementação desse
sistema, que inclui a modernização de instrumentos e melhoria do controle regulatório, trará maior
rentabilidade a este conjunto de plantas.
Ainda na linha do uso de controles e automação mais eficiente no parque produtivo, foi contratada com
empresa especializada e já iniciados, serviços de implantação da base de dados em tempo real, para
gerenciamento dos processos, ferramenta que trará grandes benefícios ao monitoramento e otimização do
desempenho operacional da Central.
Visando atender demandas futuras na produção de eteno e, ao mesmo tempo definir oportunidades de
melhorias tecnológicas e de eficiência do processo, foi concluído projeto de Engenharia Básica da seção de
separação para uma produção adicional de 150.000 toneladas ano de eteno na Planta II de pirólise. Com o
mesmo objetivo foram contratados e concluídos os projetos conceituais para processamento da carga
adicional nas unidades de Butadieno, Hidrogenação de Gasolina de Pirólise mais Extração e Fracionamento
de Aromáticos, permitindo ainda resolver várias limitações de performance existentes nessas unidades.
O foco na busca de matérias primas alternativas mais atrativas levou à contratação de serviços para
execução da Engenharia Básica, já concluída, para instalação de uma planta voltada ao processamento de
petróleo cru extra-leve, para obtenção de nafta petroquímica e alguns derivados combustíveis.
No campo da capacitação voltada à produção de gasolina automotiva, relevantes resultados foram obtidos. Já
está instalado e em fase de testes, equipamento adquirido para formulação das composições mais rentáveis da
gasolina. Atendendo edital publicado pela ANP/FINEP, dentro do programa CTPETRO, cinco projetos foram
apresentados e aprovados. Eles têm como objetivo o desenvolvimento de gasolina e outros combustíveis,
controle de vazamento em dutos para proteção ambiental e economia no consumo de água de processo. Serão
desenvolvidos durante dois anos e executados em parceria com pesquisadores de universidades da Bahia, Rio
de Janeiro e São Paulo, envolvendo investimentos da ordem de R$ 0,63 milhões.
É da política da Companhia manter um nível satisfatório de gastos com pesquisa e desenvolvimento com a
intenção de se situar na vanguarda de tecnologias de ponta. Esta política é direcionada à sustentação do
desempenho da Companhia e melhoria da eficiência de suas operações. Além de sua pequena equipe própria,
a Companhia também coloca ênfase em pesquisa de laboratório e tem vínculos com programas em
importantes universidades brasileiras bem como reconhecidos centros estrangeiros de pesquisa e
desenvolvimento. No ano findo em 31 de dezembro de 2001, a Copene investiu US$2,6 milhões em pesquisa
e desenvolvimento, enquanto que em 2000 investiu US$2,5 milhões.
Com a desregulamentação do setor petroquímico, as atividades tecnológicas da Copene têm sido direcionadas
para projetos de natureza estratégica, visando o aumento da capacidade de produção de eteno, a obtenção de
novos produtos e o processamento de novas matérias primas. Foi iniciada pela Linde A.G., empresa
contratada para esse fim, a preparação da engenharia de processo para o projeto de aumento de capacidade de
produção de eteno em 80 mil toneladas por ano, como também para desenvolver o Concepção e Engenharia
Básica da nova Unidade de Fracionamento de Condensados. Outros projetos vêm sendo desenvolvidos para
permitir a unidades da cadeia de produção a processar maiores capacidades e melhorar suas produtividades.
As patentes originais abrangendo o processo de produção de petroquímicos da Copene são de domínio
público. A Copene foi licenciada para utilizar certas tecnologias em conexão com a construção da segunda
planta de eteno, mas ela não é dependente de patentes externas ou “know-how” para as suas operações. Isto
também vale para a maioria das plantas de aromáticos, com exceção da ampliação da produção de para-xileno
realizada em 1998, onde uma licença de “know-how” é válida por 15 anos.
Tendências Operacionais
A Companhia iniciou a produção de gasolina em setembro de 2000, logo após a autorização concedida pela
Agência Nacional de Petróleo – ANP, naquele mês a Companhia produziu 8 milhões de litros. Em fevereiro
de 2001 a produção foi duplicada para 17 milhões de litros/mês, ampliando em março para 25 milhões de
litros/mês. A partir do mês de agosto de 2001 a produção alcançou a marca dos 50 milhões de litros/mês,
possibilitando assim, a abertura de outros mercados, e totalizando no ano 349 milhões de litros. Também
estava prevista para este ano a comercialização de 18 mil t de GLP como combustível começando em julho de
2001. Foram vendidas 4 mil toneladas até o final de Dezembro.
Após o leilão de 25 de julho de 2001, quando os grupos econômicos Odebrecht e Mariani, juntos adquiriram
os ativos pertencentes ao Banco Econômico S A, que se encontravam sob a administração do Banco Central
do Brasil, iniciou-se o processo de reestruturação da petroquímica brasileira. O passo inicial foi a
incorporação das empresas Nova Camaçari e Proppet em setembro de 2001. Devido a essa última a Copene
passou atuar no segmento de resinas termoplásticas, no caso o PET (Polietileno Tereftalato) cuja aplicação
maior é em embalagens de bebidas, etc. Espera-se um crescimento de 4% desse mercado no ano de 2002.
O segundo passo nesse processo e reestruturação é esperado ser dado até o fim de julho de 2002, com a
criação da Braskem, nome que passará a ter a Copene após incorporação da OPP Química (empresa
totalmente controlada pelo grupo Odebrecht e produtora de polietilenos e polipropilenos, com participação
relevante na Trikem S A e Copesul Companhia Petroquímica do Sul S A) e da integração da participação do
grupo Mariani na Nitrocarbono S A .
Até o final do segundo semestre deverá ocorrer o terceiro e último passo dessa fase, que será a incorporação
da Polialden S A (empresa produtora de polietilenos), da Nitrocarbono S A ( empresa produtora de
caprolactama) e da Trikem S A (empresa produtora de PVC) na Braskem, criando assim uma empresa com
operações integradas, permitindo maior eficiência operacional e fiscal. A Braskem pelo seu porte será líder no
mercado de resinas termoplásticas na América Latina, com 14 unidades industriais, produção de 4,4 milhões
de toneladas de Químicos e Petroquímicos, responsável por 42% da demanda nacional de petroquímicos e
exportações estimadas em US$300 milhões.
Até o momento já foram identificadas 115 oportunidades de ganhos de sinergia, frutos dessa integração, nas
áreas: Industrial, comercial, logística, administrativa , tributária e financeira.
A expectativa da Companhia para o segundo semestre de 2002 é a manutenção da recuperação de
rentabilidade no negócio petroquímico após uma fase de redução de margens ocorrida em 2001. A parada
geral da unidade número 01 de pirólise para adição de 80 mil toneladas ano à produção de etileno, prevista
para durar 45 dias , atingiu por problemas técnicos imprevistos 85 dias, o que provocará redução não
programada na oferta daquele produto da ordem de 60 mil toneladas neste ano, prejudicando o resultado da
Companhia no primeiro trimestre, assim como no exercício de 2002 com um todo.
A entrada em operação da ampliação do terminal marítimo de Aratu permitirá a importação de 30% das
necessidades de Nafta, a principal matéria prima da Copene, com melhores preços e condições de pagamento
obtidas no mercado nacional, o que afetará positivamente a rentabilidade e o capital de giro da Companhia no
ano de 2002.
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