As informações constantes deste item foram extraídas dos demonstrativos elaborados de acordo com os princípios contábeis norte-americanos – U.S. GAAP. ITEM 3. Key Information A. Selected Financial Data A tabela a seguir apresenta informações financeiras selecionadas da Companhia nas datas e para cada período indicado. As informações financeiras selecionadas expostas abaixo foram extraídas das Demonstrações Contábeis da Companhia de acordo com os Princípios Contábeis Americanos Geralmente Aceitos (U.S. GAAP). As informações contábeis selecionadas para os períodos findo em 31 de dezembro de 2001, e 2000, e para cada um dos três anos do período findo em 31 de dezembro de 2001 foram extraídos, e devem ser lidos em conjunto com as Demonstrações Contábeis da Companhia contida neste documento. As informações contábeis selecionadas para o período findo em 31 de dezembro de 1999, 1998 e 1997, e para cada um dos dois anos do período findo em 31 de dezembro de 1998 foram extraídas de Demonstrações Financeiras auditadas da Companhia que não estão incluídas neste documento. Essas informações devem ser lidas em conjunto com “Revisão e Tendências Operacionais e Financeiras” e estão completamente qualificadas em referência aos Demonstrativos Financeiros em U.S. GAAP e às notas que aparecem neste documento. Para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2001 2000 1999 1998 1997 (em milhões de U.S. dólares, exceto, Por valores de mil ações e por ADS) Demonstração das operações Vendas Líquidas Custos de vendas e serviços Lucro Bruto Lucro Operacional Receitas ................................................... Financeiras Despesas Financeiras Ganhos e perdas na conversão (1) 1,382 (1,188) 194 133 76 (235) Outras receitas (despesas) não operacionais, líquidas...... (4) Lucro antes do imposto de renda e contribuição social, (30) participações minoritárias, participação nos lucros (prejuízos) de coligadas e lucro proviniente de operações descontinuadas... 1,555 (1,252) 1,011 (719) 1,039 (804) 1,242 (943) 303 226 95 (134) (2) 292 236 102 (220) (9) 235 174 87 (173) - 299 229 50 (94) (3) (3) 109 88 179 184 Imposto de renda e receita (despesa) de contribuição social: Corrente Diferido ................................................................ Participações minoritárias Participação nos lucros (prejuízos) de coligadas Acúmulo devido a mudanças do princípios contábeis Lucro (prejuízo) de operações continuadas Lucro de operações descontinuadas(2) Lucro líquido (prejuízo) Lucro (prejuízo) aplicável a: Ações preferenciais classe A Ações ordinárias Lucro básico por lote de mil ações: Ações preferenciais classe A Ações preferenciais classe B Ações ordinárias Lucro diluído por lote de mil ações (3) Lucros (prejuízo) por ADS (2) 16 (1) 4 2 (3) 7 - (1) (3) (1) 1 - (1) 16 (1) (1) - (1) (1) (4) - (11) - 188 - 105 14 101 - 173 3 (11) 188 119 101 176 - 119 69 76 43 64 36 112 64 (17.13) (17.13) 0.86 106.10 21.12 106.10 106.10 5.31 66.57 22.53 66.57 66.57 3.33 56.42 33.34 56.42 56.42 2.82 98.88 36.09 98.88 98.15 4.94 Número de ADS em circulação 2,157,972 2,044,533 2,235,038 2,488,958 2,615,193 Para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2001 2000 1999 1998 1997 (em milhões de U.S. dólares, exceto, Por valores de mil ações e por ADS) Dados do Balanço Patrimonial Caixa e equivalentes a caixa Imobilizado, líquido Total dos ativos Parcela de curto prazo da dívida de longo prazo Dívida a longo prazo Debêntures Patrimônio líquido Outras informações financeiras (4) EBITDA Caixa líquida proveniente de (usado em): Atividades operacionais Atividades de investimentos Atividades financeiras Gastos de capital 95 1,094 2,429 159 699 204 959 18 990 1,915 178 440 1,172 71 1,073 1,998 171 521 1,161 42 1,616 2,585 225 636 1,555 86 1,738 2,883 291 759 1,643 185 285 295 259 305 97 (298) 272 (721) 167 (66) (150) (58) 225 (138) (55) (24) 227 (40) (221) (66) 169 (280) 13 (127) ______________ Notas: (1) Em 01 de janeiro de 1998, a Companhia alterou sua moeda funcional de dólares americanos para o real brasileiro, como resultado da mudança na situação da economia brasileira , de uma situação de altamente inflacionária, para não inflacionária. Ganhos ou perdas resultantes de transações em moeda estrangeira são incluídos no resultado da Companhia a partir de 01 de janeiro de 1998 e não são reconhecidos para as transações ocorridas até 31 de dezembro de 1997. (2) Resultado de operações descontinuadas incluem equivalência patrimonial em operações descontinuadas e resultado da venda de ativos. (3) O lucro por ADS foi calculado considerando que cada ADS representa 50 ações Preferenciais Classe A. O lucro por ADS é calculado como referência ao lucro disponível para as Ações Preferenciais Classe A e a média ponderada da Ações Preferenciais Classe A em circulação em cada período. EBITDA significa resultado operacional mais depreciação e amortização (U.S.$ 52 milhões em 31 de Dezembro de 2001; U.S.$59 milhões em 31 de Dezembro de 2000; U.S.$59 milhões em 31 de Dezembro de 1999; U.S.$85 milhões em 31 de Dezembro de 1998; and U.S.$76 milhões em 31 de Dezembro de 1997). A Companhia acredita que o EBITDA serve como uma importante ferramenta de análise financeira para medir e comparar empresas em diversos setores, como por exemplo, liquidez, desempenho operacional e alavancagem. O EBITDA não indica que fluxos de caixa sejam suficientes para financiar todas as necessidades de caixa da Companhia. O EBITDA não deverá ser considerado isoladamente ou como um substituto para o lucro líquido na medição de desempenho, fluxo de caixa proveniente das atividades operacionais ou outras medições de liquidez determinadas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. O EBITDA poderá não ser comparável a medições similarmente denominadas de outras empresas. Vendas líquidas usadas na parte 1 deste quadro refere-se lucro bruto da Companhia, como está definido no U.S. GAAP, menos as taxas relativas ao imposto de renda. Para os princípios do U.S. GAAP, o imposto de renda são reportados nas despesas operacionais. Os diretores da empresa decidiram reportar o imposto de renda sobre as vendas líquidas na parte 1, pois produzirá informações mais relevantes para a análise das tendências dos negócios da Companhia. TAXAS DE CÂMBIO Existem dois mercados de câmbio principais no Brasil: o mercado cambial com taxa comercial (o "Mercado Comercial") e o mercado cambial com taxa flutuante (o "Mercado Flutuante"). A maioria das transações comercias e financeiras feitas com moeda estrangeira, inclusive as transações relacionadas com a compra ou venda de ações ou pagamento de dividendos relativos a ações, são executados no câmbio comercial. Compras de moedas estrangeiras no câmbio comercial podem ser efetuadas apenas através de uma instituição financeira no Brasil autorizada a comprar e vender moeda naquele mercado. A taxa de câmbio do mercado comercial é a taxa comercial de conversão (venda) da moeda nacional para dólares americanos, conforme fixado pelo Banco Central Brasileiro. A taxa de câmbio do mercado flutuante é, geralmente, aplicável às transações para as quais a taxa comercial não é aplicável, conforme estabelecido pelo Banco Central. Antes da implantação do Plano Real, a taxa comercial e a taxa flutuante às vezes diferiam substancialmente. Após a introdução do Real, as duas taxas não têm diferido materialmente, embora seja possível que no futuro diferenças materiais venham a ocorrer. Em ambos os mercados as taxas são livremente negociadas, mas podem ser fortemente influenciadas por intervenção do Banco Central. Tanto a taxa de câmbio do mercado comercial quanto a taxa de câmbio do mercado flutuante são negociadas livremente, porém fortemente influenciadas pelo Banco Central. Após a implementação do Plano Real,, o Banco Central inicialmente permitiu que o real flutuasse com o mínimo de intervenção. Em 06 de março de 1995 o Banco Central anunciou que interviria no mercado comprando ou vendendo dólares americanos e estabelecendo uma banda cambial dentro da qual a taxa de câmbio R$/US$ poderia flutuar. Em 13 de janeiro de 1999, as autoridades monetárias brasileiras suspenderam a intervenção para manter o sistema anterior de bandas cambias fixada por uma taxa específica, onde os valores de compra e venda de câmbio teriam taxas pré estabelecidas. Como resultado da pressão contínua pela desvalorização do real, o Banco Central desvalorizou a moeda em 6,7%, estabelecendo uma nova banda cambial com pico de R$1,20 e teto de R$1,32 para cada dólar americano. Apesar desta tentativa de desvalorização controlada do real, pressões futuras fizeram com que o Banco Central anunciasse em 15 de janeiro de 1999 que iria deixar que o real fosse flutuasse livremente, sendo comerciado em taxas praticadas nos mercados estrangeiros. Esta decisão pôde ser confirmada em 18 de janeiro de 1999 quando o Banco Central anunciou oficialmente sua nova política de livre negociação do real com taxas determinadas pelo mercado internacional, intervindo apenas para evitar grandes mudanças no valor da moeda. Após este pronunciamento, o fechamento do dia comercial, em 18 de janeiro de 1999, apresentou uma taxa de R$1,5384 por US$1,00. Em 03 de março de 2000 a taxa de câmbio R$/US$ alcançou uma máxima de R$2,16 por US$1,00. Em 31 de dezembro de 2000 a taxa do dólar comercial era de R$1,9554 para US$1,00. Em 10 de julho de 2002, a taxa do dólar comercial era de R$2.8541 para US$1.00. A tendência de depreciação da taxa de cambio iniciada em Fevereiro de 2001 foi justificada principalmente pela sequência de impactos negativos que causaram a deteriorização da confiança dos investidores no mercado brasileiro. A crescente demanda pela proteção da taxa de cambio por parte das companhias brasileiras, resultou na pressão sobre a taxa de cambio que alcançou o patamar de R$ 2.3204 por U.S.$ 1.00 em 31 de dezembro de 2001. Para 2002, o favorável cenário comercial externo influenciou a projeção da taxa de câmbio em Maio para R$ 2.40 por U.S.$ 1.00. Contudo, as incertezas envolvendo o resultado da eleição presidencial, e com a crescente popularidade do candidato de oposição nos últimos 30 dias, provocou um aumento da taxa do risco Brasil e do preço do dólar, o qual foi quotado a R$ 2.52 por U.S.$ 1.00 em Maio, contrariando todas as expectativas. O governo federal, em meados de junho, deverá anunciar algumas medidas para acalmar os anseios do mercado interno e internacional, tais como: i) aumento do excedente público primário de 3.5% para 3.75% do produto interno bruto – PIB em 2002; ii) empréstimo da ordem de U.S.$ 10 bilhões junto ao FMI iii) redução da base de reserva internacional líquida de U.S.$ 20 bilhões para U.S.$ 15 bilhões e iv) re-compra dos títulos brasileiros no mercado internacional, com vencimentos em 2003 e 2004. As tabelas a seguir trazem informações sobre as taxas de câmbio do mercado comercial para os períodos indicados. Ano Taxa de câmbio média (1) 1997 1998 1999 2000 2001 1.0780 1.1604 1.8142 1.8299 2.3520 Taxa de câmbio Mês Alta Baixa Janeiro 2002 Fevereiro 2002 Março 2002 Abril 2002 Maio 2002 Junho 2002 2.4384 2.4691 2.3663 2.3689 2.5296 2.8820 2.2932 2.3482 2.3236 2.2709 2.3770 2.5160 ______________ Nota: (1) Representa a média das taxas de encerramento do mês durante o ano. Fonte: Banco Central Revisão e Tendências Financeiras e Operacionais RESULTADOS OPERACIONAIS INTRODUÇÃO Os seguintes comentários são baseados e devem ser lidos juntamente com as Demonstrações Contábeis Consolidadas da Companhia, incluindo suas respectivas notas incluídas neste documento. As Demonstrações Contábeis Consolidadas da Companhia foram, e continuarão sendo, preparadas de acordo com os Princípios Contábeis Americanos Geralmente Aceitos (U.S. GAAP). Para certas finalidades, como a entrega de declarações financeiras à CVM, e para determinar pagamentos de dividendos e obrigações tributárias no Brasil, a Copene foi e continuará sendo sujeita às exigências dos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos no Brasil, e a Copene continuará a preparar demonstrações contábeis no Brasil de acordo com os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos no Brasil. APRESENTAÇÃO DO GAAP DOS ESTADOS UNIDOS E DA MOEDA PARA RELATÓRIO A Companhia decidiu apresentar suas demonstrações contábeis em Dólares americanos. Para tal finalidade, os valores na moeda brasileira para todos os períodos apresentados até 31 de dezembro de 1997 foram convertidos em Dólares americanos de acordo com a metodologia prevista no documento SFAS 52 – “Conversão de Moeda Estrangeira,” aplicável às empresas que operam nos países com economias altamente inflacionarias. (Veja abaixo a metodologia utilizada após 31 de dezembro de 1997). Conforme o SFAS 52, (i) os estoques, despesas do exercício seguinte, ativo permanente, ágio, depreciação e amortização acumulada, alguns outros bens e o patrimônio líquido são convertidos de Reais para Dólares americanos pelas taxas históricas de câmbio; (ii) o ativo e passivo remanescentes, expressos em Reais, são convertidos em Dólares americanos pela taxa de câmbio no final do período, conforme publicação do Banco Central do Brasil (R$1,1164 para US$1,00 no dia 31 de dezembro de 1997); e (iii) as demonstrações de resultados foram convertidas de Reais para Dólares americanos utilizando-se a taxa média do câmbio em vigor no mês em que as receitas ou despesas ocorreram. Os ganhos ou perdas resultantes da conversão das Demonstrações Financeiras são incluídos no resultado do período. Durante os períodos nos quais o Brasil teve uma economia altamente inflacionaria, as alterações nas taxas de câmbio relacionadas à dívida expressa em Reais resultavam em ganhos ou perdas cambiais, sendo refletidos nas demonstrações de resultado à medida em que tais transações são expressas em Dólares americanos. Adicionalmente, não existe nenhum efeito nas demonstrações de resultado com relação a dívidas expressas em Dólares americanos como resultado de variações na taxa de câmbio. Entretanto, como o Brasil deixou de ter uma economia altamente inflacionaria, exatamente o inverso ocorrerá como resultado de transações cotadas em Reais e convertidas para Dólares americanos através do patrimônio líquido. Isto é, as alterações nas taxas de câmbio relacionadas aos financiamentos expressos em Reais não produzirão um ganho ou perda cambial na demonstração de resultado, enquanto que as alterações nas taxas de câmbio relacionadas à dívida expressa em Dólares americanos produzirão um ganho ou perda cambial. Para o período de três anos findos em 30 de junho de 1997, o valor cumulativo da inflação no Brasil decresceu para aproximadamente 53,0%, enquanto os índices anuais de inflação reduziram em cada um dos três períodos de doze meses findos em 30 de junho de 1995, 1996 e 1997 para 28,0%, 12,0% e 7,0%, respectivamente e, portanto, a economia brasileira deixou de ser considerada como altamente inflacionaria. A partir do dia 01 de janeiro de 1998, a Companhia está considerando o Real brasileiro como sendo a moeda funcional de acordo com os resultados da análise efetuada pela Administração, das condições previstas no SFAS 52. Portanto, para 31 de dezembro de 2001 e 2000, (i) todo o ativo e passivo foi convertido em Dólares americanos utilizando-se a taxa do final do período conforme publicação do Banco Central do Brasil (2001 – R$2,3204 para US$ 1,00; 2000 - R$1,9554 para US$1,00) (ii) a demonstração de resultado foi convertida para Dólares americanos utilizando-se a taxa média prevalecente no mês em que as receitas e despesas ocorreram; (iii) as contas de capital foram convertidas utilizando-se taxas históricas. Os ganhos e perdas resultantes da conversão das demonstrações contábeis não estão mais incluídos na demonstração de resultado, mas como um componente de outros ganhos e perdas acumulados no patrimônio líquido. As alterações na taxa de câmbio ou perdas decorrentes das transações (relacionados ao ativo e passivo em moeda estrangeira) ainda estão incluídas na demonstração de resultado, como mencionado acima. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As principais práticas contábeis que acreditamos serem críticas no que diz respeito à compreensão, avaliação e posicionamento em relação à situação financeira e resultados das operações da Companhia de acordo com os Princípios Contábeis Americanos geralmente aceitos (US GAAP) estão descritas na Nota 3 das demonstrações financeiras consolidadas. As práticas e políticas contábeis requerem que façamos estimativas, julgamentos e suposições nas quais acreditamos serem razoáveis baseados nas informações disponíveis. As estimativas mais importantes incluem a vida útil dos nossos equipamentos, provisão para devedores duvidosos, realização dos impostos diferidos ativos, provisão para contingências, o fair value dos instrumentos financeiros, a deterioração dos ativos de longo prazo incluindo investimentos permanentes, imobilizado e ágio e passivos futuros referentes ao fundo de pensão. As taxas de depreciação utilizadas pela Companhia são baseadas na vida útil estimada dos ativos em questão, que considera informações históricas disponíveis para a Companhia, assim como as tendências conhecidas da indústria. As provisões para devedores duvidosos são mantidas para perdas estimadas resultantes da incapacidade de nossos clientes em cumprir com as obrigações assumidas. Nossas estimativas estão baseadas no aging list de nosso contas a receber e no nosso histórico de recuperação. Se as condições financeiras de nossos clientes não forem satisfatórias para o pagamento de suas obrigações, podem ser requeridas provisões adicionais. Em relação aos instrumentos financeiros, deve-se fazer suposições sobre câmbio futuro e taxas de juros. Para uma discussão sobre o possível impacto de flutuações no câmbio e taxas de juros em nossos principais instrumentos financeiros e posições, veja " Artigo 11. Demonstrações Quantitativas e Qualitativas Sobre Risco de Mercado". Quanto aos passivos provenientes do fundo de pensão, definimos premissas sobre taxas de juros, retorno sobre investimento, nível de inflação, taxa de mortalidade e níveis de empregabilidades futuras. Estas suposições afetam nosso passivo pela provisão dos custos de pensão e a quantia exigida para a sua realização a cada ano como nosso custo de pensão. A realização dos impostos diferidos ativos depende da nossa habilidade de gerar lucro tributável futuro. A Administração acredita na probabilidade de realização dos ativos, baseado em estimativas de lucros futuros. Porém, não pode haver nenhuma garantia que as nossas expectativas de lucros futuros serão realizadas. A administração freqüentemente avalia a probabilidade de realizar os impostos diferidos e a necessidade de estimar provisões. Estamos sujeito a processos e outras reivindicações relacionadas a impostos, reclamações trabalhistas e cíveis. É necessária a avaliação da probabilidade de qualquer julgamento adverso ou resultados obtidos para estes assuntos como também efeitos potenciais das perdas prováveis. Para tanto, deve-se realizar estimativas acerca da quantia de provisões necessárias, as quais, se necessárias, são feitas depois de análise criteriosa de cada assunto individual, baseado nas opiniões dos advogados. As provisões necessárias podem mudar no futuro devido a novas variantes desenvolvidas em cada assunto ou mudanças de estratégia acerca dos mesmos. Avaliando a capacidade de recuperação dos ativos de longo prazo da Companhia (que incluem investimentos permanentes, imobilizado e ágio), deve-se fazer suposições a respeito das estimativas de fluxos de caixa futuros e outros fatores a fim de determinar o valor de mercado fair value dos respectivos ativos. Se estas estimativas ou as suposições relacionadas mudarem no futuro, a Companhia pode ser obrigada a registrar deterioração para estes ativos previamente registrados. PANORAMA GERAL A Copene é a maior produtora de petroquímicos básicos do Brasil com uma produção total que representa 41,0% do volume total de petroquímicos e solventes básicos produzidos no país. Com relação ao desempenho do ano de 2001, a expectativa era de que haveria uma recuperação de margens como fruto da queda do preço do petróleo e consequentemente da nafta, item que representa 83% dos custos de produção da Copene. Contudo, o preço do petróleo determinado em dólares não caiu como o esperado, o mesmo acontecendo com a nafta. Por outro lado, com a maior oferta mundial de produtos, os preços dos petroquímicos recuaram em maior intensidade que o da nafta, provocando estreitamento das margens. No ano de 2001, a Companhia obteve receitas líquidas 11,1% inferiores às do ano anterior, atingindo o valor de US$ 1,4 bilhão. Foi apurado prejuízo de US$ 11,1 milhões, contra um lucro de US$ 188,0 milhões em 2000, em conseqüência da compressão das margens e crescimento das despesas financeiras, atribuído ao maior nível de endividamento. As quantidades vendidas de petroquímicos básicos foram inferiores devido, principalmente, à realização de uma parada programada para manutenção durante 27 dias entre os meses de julho e agosto de 2001. Além disso, correntes que eram utilizadas para fabricação de petroquímicos, foram redirecionadas para a fabricação de gasolina automotiva, cujas quantidades vendidas corresponderam a 349 milhões de litros contra 51 milhões de litros em 2000. A Companhia também tem receita proveniente da venda de utilidades e serviços industriais. Em termos comerciais, destacam-se no ano de 2001 o incremento das vendas de gasolina automotiva, GLP e o início das vendas de polietileno e poliéster a partir do mês de agosto. Em 2001, as vendas de petroquímicos representaram 84,9% das vendas líquidas globais da Companhia, sendo compostas de 62,5% de olefinas, 19,5% de aromáticos, 3,5% de polietilenos 2,4% de poliésteres e 12,1% de outros. O eteno, propeno, e butadieno compõem as olefinas, enquanto os aromáticos incluem para-xileno, benzeno, tolueno, xilenos mistos e orto-xileno. Os demais petroquímicos são MTBE, buteno, isopreno, rafinado e outros. Os polietilenos compõem-se de polietileno de alta densidade e UTEC. Os poliésteres são compostos de PET e DMT. O negócio de utilidades representou 8,6% das vendas da líquidas da Companhia em 2001 e consiste na produção para o consumo próprio e venda de eletricidade, vapor, água desmineralizada e ar comprimido, que têm uma participação relativa de 41,7%, 50,7%, 4,7% e 3,0%, respectivamente sobre as vendas líquidas do setor. As vendas de combustíveis representaram 6,3% das vendas líquidas totais em 2001 contra 1,0% em 2000, sendo compostas de gasolina automotiva com uma participação de 98,6% e GLP de 1,4%. Vale destacar que as vendas de GLP foram iniciadas apenas em Novembro de 2001, totalizando 4 mil toneladas. Os projetos de investimentos planejados pela Copene para os próximos anos priorizam o aumento da oferta de eteno, para atender à demanda do mercado, bem como a construção de facilidades de logística para o recebimento e movimentação de matérias-primas. A ampliação da capacidade de produção de eteno em 300.000 t/ano adicionais será executada em várias etapas até o ano de 2004. Os investimentos em logística inserem-se na estratégia de diversificação de fontes de suprimento de matérias-primas para as operações da Companhia, dentro de um ambiente competitivo e desregulamentado. A primeira fase do projeto, que consistiu na adaptação do pier marítimo existente e na construção de dutos, tanques e outras facilidades, foi concluída no ano de 2001. Vale mencionar que no final de 2001 já foram fechados os primeiros contratos de importação de nafta, estando prevista a importação direta pela Copene de cerca de 30% do seu consumo. A entrada da Copene no mercado internacional de nafta trará oportunidades de otimização de custos em futuro breve. A Copene continuou em 2001 mobilizada, buscando o aperfeiçoamento do seu modelo de gestão, que tem como base a filosofia da Administração da Produtividade Total (TPM – Total Productivity Management), tendo como meta sua classificação como empresa classe mundial no ano de 2005. As medidas de longo prazo nas áreas de Meio Ambiente, Segurança, Saúde, assim como outras, que façam a Copene atingir a excelência em termos de clima organizacional, prosseguiram em 2001. No ano de 2000, a Copene obteve receitas líquidas 53,8% superiores às do ano anterior, atingindo o valor de US$ 1,6 bilhão. O lucro líquido apurado de US$ 188 milhões, representou uma elevação de 58,0% em relação a 1999. Os melhores indicadores operacionais e financeiros foram obtidos no primeiro semestre do ano. Neste semestre, as margens operacionais foram boas, pois, embora o preço da nafta tivesse continuado numa trajetória de alta, as condições favoráveis do mercado permitiram que se praticassem preços compatíveis para os produtos petroquímicos. Entretanto, contrariamente às expectativas, os preços do petróleo e da nafta subiram ainda mais no segundo semestre atingindo recordes históricos. Com o preço da nafta próximo a US$ 300/t, as margens da Companhia sofreram um estreitamento significativo, já que não houve repasse compatível para os preços. Ainda no segundo semestre, o volume de produção de petroquímicos foi afetado por problemas de abastecimento de nafta. Adicionalmente, a variação da taxa do dólar de 9,3%, em 2000, concentrou-se basicamente na segunda metade do ano, onerando as despesas financeiras do período e afetando o lucro líquido. Como parte da desregulamentação do setor do petróleo, as empresas petroquímicas básicas foram autorizadas pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) a produzir e comercializar gasolina automotiva. Assim, a Copene deu início em 2000 às atividades de um novo e promissor segmento de negócios, o de combustíveis. Além da gasolina e do LPG, a Copene pretende também produzir e distribuir óleo diesel, entre outros no futuro. No futuro, em adição à gasolina automotiva e GLP, a Copene tem planos de produzir e vender óleo diesel, entre outros. Em 2000, as vendas de petroquímicos representaram 90,9% das vendas líquidas globais da Companhia, dos quais 66,5%, 19,4% e 14,1% foram relacionados às olefinas, aromáticos, e outros, respectivamente. O negócio de utilidades é composto de eletricidade, vapor, água tratada e ar comprimido, com participação relativa de 37,4%, 55,4%, 4,8% e 2,4%, respectivamente sobre as vendas líquidas do setor e representou 8,0% das vendas líquidas globais da Companhia em 2000. AMBIENTE ECONÔMICO BRASILEIRO A economia brasileira tem sido caracterizada pela freqüente e drástica intervenção do Governo Federal e por ciclos econômicos voláteis. O governo Federal tem, periodicamente, mudado a política monetária, fiscal, creditícia, tarifária e outras políticas para influenciar o curso da economia brasileira. Novas alterações nas políticas governamentais, assim como a inflação, flutuações nas taxas de juros e de câmbio, instabilidade social e política, acontecimentos diplomáticos e econômicos, e a resposta do Governo Federal a tais eventos podem afetar adversamente nossos negócios. A economia brasileira é a maior na América Latina, com uma base industrial diversificada. A tabela seguinte estabelece os indicadores econômicos selecionados para o Brasil para os anos indicados. Exercício findo em 31 de dezembro de, 2001 2000 1999 (em bilhões de US$, a não ser que indicado diferentemente) (1) Produto Interno Bruto Nominal Déficit Comercial Dívida Externa Total Crescimento Produto Interno Bruto Nominal (%) Crescimento do Produto Interno Bruto Real (%) Inflação (INPC) (%) . ......................................................... IGP-M (2) (%) Desvalorização (R$ vs. US$)(3) (%) 503,9 2,6 226,1 9,0 1,5 9,44 594,2 (0,7) 236,2 12,7 4,4 5,27 531,1 (1,2) 241,5 5,4 0,8 8,43 10,38 18,67 9,95 9,30 20,10 48,01 _______________ Observações: Informação preliminar para 2001. Indexador utilizado para atualização monetária das Demonstrações Contábeis sob o método da moeda constante, e também para atualizar monetariamente alguns ativos e passivos financeiro Cálculos feitos pela Copene Fonte: Banco Central. O ano de 2001 mostrou-se amplamente desfavorável aos preços dos ativos nacionais. O ambiente internacional foi a variável chave na determinação do turbulento cenário, no qual a Argentina e os EUA comandaram as atenções, especialmente após os ataques terroristas aos EUA e a conseqüente ofensiva militar aos grupos responsáveis por tal tragédia. Além desses fatores, destacaram-se internamente a crise energética e a intensificação do processo político sucessório. Nesse sentido, a desvalorização do Real prosseguiu praticamente durante todo o ano e atingiu patamares que não eram esperados nem mesmo pelos pessimistas. No setor externo, a balança comercial fechou o ano de 2001 com superávit de US$ 2,6 bilhões, superando as previsões do mercado. Em 2001 não foi possível repetir a performance inflacionaria dos dois anos anteriores na economia brasileira interrompendo a trajetória declinante dos índices de preço que, efetivamente, vinha ocorrendo desde o final de 1999. A economia brasileira registrou em 2000 um dos desempenhos mais sólidos e consistentes dos últimos anos, criando a expectativa de que os bons resultados poderiam ser sustentados no futuro próximo. O PIB teve um crescimento de cerca de 4,4%, com a inflação sob controle. O atingimento das metas do superávit primário do setor público e o equilíbrio do balanço de pagamentos criaram as condições para a queda da taxa de juros, fator importante para o aumento da demanda agregada. As exportações em 2000 alcançaram o valor recorde de US$ 55,1 bilhões, crescendo 14,7% em relação a 1999, estimuladas pelas vendas externas de bens manufaturados, responsáveis por 74% do aumento total das exportações no período. Por outro lado, as importações cresceram 13,2% totalizando US$ 56,8 bilhões. A recuperação econômica e o aumento do preço internacional do petróleo no ano passado estão por trás deste movimento. OS EFEITOS DA ECONOMIA SOBRE AS OPERAÇÕES DA EMPRESA. Sobre a Demanda de Consumo. Refletindo o comportamento da economia brasileira no decorrer do ano de 2001, o mercado interno de petroquímicos encerrou o ano com uma demanda interna total (vendas internas + importações) de seus três principais segmentos de consumo – termoplásticos, elastômeros e fibras sintéticas – inferior à de 2000 em cerca de 1%. As exportações de produtos da 2ª geração foram prejudicadas em 2001 pela conjunção do excesso de oferta resultante dos excedentes gerados pelas novas capacidades mundiais, em oposição ao enfraquecimento da demanda ocasionado pela recessão da economia norte-americana, agravada pelos ataques terroristas de 11 de setembro. Adicionalmente, os elevados preços da nafta, que vigoraram no mercado internacional até o 3º trimestre, refletiram-se como perda de competitividade dos produtores brasileiros, dificultando as exportações. A queda dos preços e margens no mercado internacional foi vertiginosa e o corte de produção para equilíbrio dos estoques inevitável. Em conseqüência, as exportações de termoplásticos, elastômeros e fibras sintéticas encerraram 2001 com uma queda em torno de 16% em relação às de 2000. A desvalorização do Real em relação à moeda norte-americana foi um importante fator de inibição de importações, evitando a entrada de grandes volumes de produtos petroquímicos em 2001. Entretanto, algumas exceções ocorreram, a exemplo do polietileno e polipropileno de alta densidade, que continuaram a apresentar crescimento das importações, já que os produtores argentinos, por conta da redução da demanda interna, provocada pela grave crise econômica pela qual seu país passa, transferiram seus excedentes para o mercado brasileiro. Outros produtos, como os derivados acrílicos, sofreram forte concorrência de produtos importados, ofertados a preços muito inferiores aos praticados no mercado nacional. Esse comportamento por parte dos produtores externos fez com que os produtores nacionais reagissem, praticando preços que levaram à redução de margens em toda a cadeia petroquímica. Assim diante de todas as dificuldades, o total das importações foi inferior em 2001 comparativamente ao do ano 2000. A participação da Copene no mercado interno de petroquímicos básicos em 2001 correspondeu a 41%, inferior em 1% aos 42% alcançados em 2000. A parada programada para manutenção de uma das unidades produtoras de eteno, realizada entre os meses de julho e agosto de 2001, foi o principal fator para essa redução. A demanda interna de resina PET, representada pelas vendas internas mais importações, cresceu 5%, sendo que o incremento das importações foi de 30%. O consumo aparente cresceu 13,7%, incluindo as vendas de PET BG (bottle grade). A diferença significa aumento expressivo de estoques no final do ano. Em 2000, apesar das altas taxas de juros, o crédito bancário expandiu-se a taxas vertiginosas. Na comparação de dezembro de 2000 com dezembro de 1999, o valor das operações de crédito no segmento livre registrou aumento de 60% para empresas e de 114% para pessoas físicas, com aumento de 285% nas operações para aquisição de bens. Esse crescimento de crédito explica-se pela redução das incertezas inflacionarias e pelo aumento dos índices de confiança dos investidores externos, empresários e consumidores propiciados, em particular, pela melhoria no mercado de trabalho que, depois de longos anos mostrou queda de desemprego e aumento de empregos formais. Taxas de juros menores, expansão de crédito e melhoria das expectativas na economia sustentaram o crescimento de 5,7% no consumo agregado em relação a 1999. Pelo lado da oferta, o crescimento foi sustentado pelo setor industrial que cresceu 6,5%, sendo liderado pelos bens duráveis de consumo que cresceram 20,5%, seguido pelos bens de capital, com 12,7%, e os intermediários, com 6,9%. Os semiduráveis e não-duráveis recuaram, refletindo o baixo crescimento da massa salarial. Sobre os Custos. Não bastasse o quadro conjuntural negativo, tanto no cenário interno quanto no internacional, a indústria petroquímica brasileira viu-se pressionada pelos elevados preços da nafta que somente a partir do 3º trimestre de 2001 apresentaram queda, influenciados pela redução da atividade global decorrente da retração da economia mundial. A nafta, um produto derivado do petróleo, é a principal matéria-prima utilizada pela Copene na fabricação de petroquímicos básicos e é responsável por 83,0% dos custos dos seus produtos. Em 2001 o preço médio anual da nafta em dólar foi 8,6% inferior ao de 2000. Enquanto isso, o preço médio do eteno, produto responsável por cerca de 35,8% do lucro da Copene, comparando-se os mesmos períodos, teve um recuo mais acentuado de 14,4%. Essa redução mais acentuada do preço de venda fez com que a margem bruta da empresa caísse de 19,5% em 2000 para 14,1% em 2001. Essa redução não se restringiu apenas à Copene, mas ao longo de toda a cadeia petroquímica. Pelo mesmo motivo ocorreram cortes de produção, que foram intensificados no final de 2001, resultantes da perda de competitividade dos produtos petroquímicos brasileiros no mercado internacional e, por conseguinte, das exportações. Com a conclusão em outubro de 2001 das obras do terminal portuário de matérias-primas da Copene, foi viabilizado o recebimento da primeira carga de nafta importada diretamente pela empresa. A partir de então, a Copene passa a dispor de um canal alternativo de recebimento de matérias-primas. A nova matriz de suprimento será marcada pela transição de um modelo de abastecimento com fornecedor único para um modelo com múltiplos fornecedores, o que favorecerá a busca contínua de melhores condições de suprimento, tanto com relação à qualidade quanto a preços. Nessa linha, já foram fechados os primeiros contratos de importação de nafta, estando prevista a importação direta pela Copene de cerca de 30% do seu consumo. A partir de novembro de 1999, segundo determinação de Portaria Interministerial, até 8 de agosto de 2000, os reajustes do preço da nafta foram efetuados tendo como objetivo equipara-lo aos preços internacionais. Em julho, o preço interno da nafta atingiu seu pico histórico, de US$ 298/t. A partir de 9 de agosto de 2000, foi implementada a política de livre negociação dos preços da nafta, coincidindo com a escala dos preços do petróleo e da nafta no mercado internacional, com reflexo nos preços internos. Os preços dos petroquímicos no mercado internacional, puxados a princípio pelos aumentos expressivos da matéria-prima, não se mantiveram. Já no segundo semestre de 2000, a pressão dos excedentes forçou a queda de preços no mercado “spot”, fazendo com que as margens do setor fossem fortemente comprimidas. No mercado interno, a situação também se agravou a partir do segundo semestre, refletindo negativamente sobre as vendas de petroquímicos básicos da Copene. Sobre Ativos e Passivos Financeiros. A inflação e a desvalorização da moeda brasileira podem ter efeitos substanciais no valor informado dos ativos e passivos da Companhia. Em relação aos ativos e passivos monetários da Companhia expressos em Reais, o valor de tais ativos e passivos quando expressos em Dólares americanos, diminui quando o Real é desvalorizado em relação ao Dólar americano e aumenta quando o Real é valorizado. Uma parte dos ativos e passivos da Companhia expressos em Reais são indexados pela inflação de acordo com um índice contratual. Até 31 de dezembro de 1997, as receitas financeiras, como relatadas nas Demonstrações Financeiras Consolidadas da Companhia, incluem juros, líquidos dos ganhos ou perdas da conversão atribuídos a tais ativos. As despesas financeiras incluem juros e indexação sobre os passivos financeiros da Companhia, livres dos ganhos ou perdas da conversão atribuíveis a tais passivos. Consequentemente, as receitas e as despesas financeiras da Companhia dependem, em parte, da relação entre a taxa de câmbio do Dólar americano/Real, da taxa de indexação contratual dos ativos e passivos e das taxas de juros declaradas. Quando a taxa da desvalorização diverge materialmente das taxas contratuais de indexação dos ativos e dos passivos monetários, o efeito resultante sobre a receita e a despesa financeira pode ser significativo. Ativos e passivos expressos em moedas estrangeiras são convertidos em Dólares americanos utilizando-se a taxa oficial de câmbio estabelecida pelo Banco Central, em cada data de balanço. Desde 01 de janeiro de 1998, a moeda funcional da Companhia mudou do Dólar americano para o Real, os ganhos e perdas resultantes da conversão das demonstrações financeiras não estão mais incluídos na demonstração de resultados, mas como um componente de outras receitas e despesas do patrimônio líquido. Ganhos ou perdas de transações (relacionados aos ativos ou passivos em moeda estrangeira) ainda estão incluídas na demonstração de resultados. RESULTADOS DAS OPERAÇÕES A tabela seguinte mostra certos itens da demonstração de resultados da Companhia expressos em porcentagens da receita líquida para os anos indicados. Exercício findo em 31 de dezembro de, 2001 2000 1999 (%) Vendas líquidas Custo das vendas Lucro bruto 100 (86) 14 100 (81) 19 100 (71) 29 Despesas de vendas Despesas gerais e administrativas (2) (2) (4) (2) (2) (4) (3) (3) (6) Lucro operacional 10 15 23 _________________ Fonte: Copene. A tabela abaixo estabelece, por linha de produto, determinados itens da demonstração de resultados da Companhia e apresenta uma comparação das variações sofridas nos anos indicados. Vendas Líquidas Petroquímicos Utilidades Combustíveis.................................... Serviços Total Custo das Vendas Petroquímicos Utilidades Combustíveis.................................... Serviços Total Exercício findo em 31 de dezembro de 2001 2000 1999 2001 –2000 (em milhões deUS$) (%) 2000 -1999 1.174 118 87 3 1.382 1.413 124 15 3 1.555 910 99 2 1.011 (16,9) (4,8) 480,0 (11,1) 55,3 25,3 50,0 53,8 (1.014) (99) (73) (2) (1.188) (1.137) (99) (13) (3) (1.252) (641) (76) (2) (719) (10,8) 461,5 (33,3) (5,2) 77,4 30,3 50,0 74,1 Lucro Bruto Petroquímicos Utilidades Combustíveis.................................... Serviços Total Despesas de vendas Despesas gerais e administrativas Receitas financeira Despesas financeiras Itens Extraordinários .......................... Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Outras despesas não operacionais, líquidas Imposto de renda e contribuição social Participações de terceiros Ganho (Perda) em equivalência patrimonial em coligadas e controladas Efeito acumulado de mudanças de princípio contábil Lucro das operações descontinuadas Lucro líquido 160 20 13 1 194 (28) (29) 76 (235) - 276 25 2 303 (24) (37) 95 (134) (14) 269 23 292 (26) (28) 102 (220) - (42,0) (20,0) 557,0 (35,8) 16,7 (21,6) (21,1) 73,9 - 2,6 8,7 3,8 (7,7) 32,1 (6,9) (39,1) - (4) (3) (2) 16,7 (50,0) (4) (30) (2) 184 109 75,0 (115,0) (77,8) 68,8 14 (1) (3) - (4) (1) 566,7 - (25,0) - 4 7 1 (42,9) 600,0 2 - - 14 - - (11) 188 119 (105,6) 58,0 (9) _________________ Fonte: Copene. A ESTRUTURA E A LUCRATIVIDADE DAS OPERAÇÕES DA EMPRESA Vendas Líquida A tabela a seguir demonstra o preço médio efetivamente cobrado, excluindo impostos, dos principais produtos petroquímicos e nafta para os exercícios indicados. Exercício findo em 31 de dezembro de 2001... 2000... 1999... 2001 -2000 2000 –1999 (em U.S. Dólares por tonelada) (%) Mercado Interno - Olefinas Eteno Propeno (Cadeia Química) Propeno (Cadeia de Polímeros) Butadieno 487 342 569 453 348 236 365 476 475 439 244 276 (14,4) 63,6 (24,5) 91,9 (23,2) 94,8 59,1 (8,4) - Aromáticos Para-xileno Benzeno - Combustíveis Gasolina Automotiva GLP - Poliesteres DMT 482 299 245 291 474 367 359 230 291 537 - - (1,7) (18,5) 32,1 59,6 (15,8) - - - - PET - Polietilenos PEAD UTEC Mercado Externo - Olefinas Propeno (Cadeia de Polímeros) Butadieno - Aromáticos Para-xileno Benzeno - Poliesteres DMT - Polietilenos PEAD UTEC Nafta 1.025 - - - - 796 1.443 - - - - 326 273 697 470 294 327 241 425 370 306 236 (30,6) 43,8 22,0 - 38,7 56,8 (26,2) - - - - 685 1.245 233 - - - 255 127 (8,6) 100,8 _______________ Fonte: Copene. As vendas líquidas somaram US$ 1.382,0 milhões no exercício de 2001, representando um recuo de 11,1% quando comparadas ao exercício 2000, sendo esse desvio atribuído ao menor volume vendido de petroquímicos e queda dos preços de venda. O segmento de petroquímicos, combustíveis, utilidades e serviços representaram 84,9%, 6,3%, 8,6% e 0,2% das vendas líquidas, respectivamente. Como decorrência da aquisição de participações acionárias pela Companhia através do Leilão dos Ativos do Nordeste, o segmento de petroquímicos foi acrescido dos negócios de polietilenos e poliesteres. Esses produtos têm como suas matérias primas principais o eteno e o para-xileno, produtos derivados da nafta e produzidos pela Copene. Em 2000, as vendas líquidas totalizaram US$ 1.555,1 milhões, representando um acréscimo de 53,7% frente à 1999. Este crescimento decorreu da elevação média de 57,8% nos preços dos produtos, sendo 61,9% referente aos petroquímicos e 31,1% às utilidades. Na composição das vendas o segmento de petroquímicos representou 90,8%, combustíveis 1,0%, utilidades 8,0% e serviços 0,2%. Petroquímicos O segmento de petroquímicos é composto por olefinas, aromáticos e, a partir de Agosto de 2001, polietilenos e poliésteres. As vendas líquidas de olefinas no ano de 2001, foi da ordem de US$ 733,5 milhões, apresentaram queda de 22,7% em relação ao exercício anterior. A razão principal foi a redução de volumes vendidos de 3.090,4 t em 2000 para 2.712,8 t em 2001. O preço médio anual do eteno decresceu de US$ 569/t em 2000 para US$ 487/t em 2001. Os volumes foram afetados pela realização da parada programada para manutenção durante 27 dias no mês de agosto em uma das unidades produtoras de eteno. Quanto aos aromáticos, houve em 2001 um recuo de 4,7% das vendas físicas em relação às de 2000, motivado pela forte concorrência dos produtos importados, especialmente do para-xileno e seus derivados. Além disso, a Companhia diminuiu as vendas de para-xileno em 36,7 mil t, pois passou a utilizá-lo como principal insumo de poliésteres. As vendas líquidas atingiram 228,6 milhões, inferiores em 17,3% às realizadas em 2000. Com relação ao ano 2000, as vendas líquidas de olefinas, da ordem de US$949,6 milhões, em razão dos preços mais elevados, apresentaram crescimento de 66% em relação ao exercício anterior. No caso do eteno, o preço médio anual passou de US$ 348/t em 1999 para US$ 569/t em 2000. Paralelamente, o preço médio anual da nafta subiu de US$ 127/t em 1999 para US$ 255/t em 2000. Quanto aos aromáticos, houve em 2000 um recuo de 8% das vendas físicas em relação às de 1999, motivado pelo aumento do custo da nafta associado à forte concorrência dos produtos importados, especialmente do para-xileno e seus derivados. Não obstante, as vendas líquidas atingiram US$ 276,4 milhões, superando em 34% às realizadas em 1999. Poliésteres Com a incorporação da Proppet (ativo de Poliéster) (ver Nota 12 das Demonstrações Financeiras Consolidadas) em agosto de 2001, a Copene agregou a unidade produtora de resina PET dos tipos “bottle grade” (BG), produto derivado do para-xileno, também fabricado pela Copene. As vendas líquidas de US$ 28,6 milhões corresponderam a 2,1% das vendas líquidas totais da Companhia e 2,4% das vendas líquidas de petroquímicos. Ao longo do período compreendido entre Agosto e Dezembro de 2001. No primeiro semestre de 2001, as vendas e preços de PET foram beneficiados por um período de calor e poucas chuvas, o que estimulou as vendas de bebidas e elevação dos preços, acompanhando a sazonalidade do hemisfério norte. A partir do 2º semestre ocorreu uma queda expressiva nos preços do PET, provocada por um aumento de oferta do produto no mercado mundial, tendo como origem principal os produtores asiáticos. Em 21 de outubro de 2001, o ativo poliester recebeu a certificação ISO-9002. Nesse mesmo mês conquistou a qualificação total da resina para uso no sistema Coca Cola. As vendas líquidas de polietilenos relativas ao período de agosto a dezembro de 2001 corresponderam a US$ 41,3 milhões, representando 3,0% das vendas líquidas totais da Companhia e 3,5% das vendas líquidas de petroquímicos. Exportações Em 2001, foram exportadas diretamente pela Copene 385,4 mil ton. de petroquímicos, inferiores em 13,4% ao alcançado no ano anterior. Na mesma tendência, os preços também ficaram inferiores aos praticados em 2000. As vendas líquidas para o mercado externo totalizaram US$125,5 milhões e corresponderam a um decréscimo de 25,2% sobre as de 2000. As exportações de benzeno e MTBE corresponderam a 50,4% do total. Em 2000, foram exportadas diretamente pela Copene 445,1 mil t de petroquímicos, inferiores em 11,1% ao alcançado no ano anterior. Entretanto, com os preços dos petroquímicos superiores aos de 1999, principalmente no primeiro semestre, as vendas líquidas de US$ 167,7 milhões obtidas com as exportações corresponderam a um acréscimo de 27,6% sobre as de 1999. As exportações de benzeno e MTBE corresponderam a 60,6% do total. Utilidades As vendas líquidas de utilidades atingiram US$ 118,6 milhões em 2001 e foram inferiores às de 2000 em 4,4%. Deste total, US$ 49,3 milhões referiram-se a energia elétrica e US$ 69,3 a vapor, água e ar comprimido. A exemplo do que ocorreu em 2000, a Copene voltou a vender energia elétrica além dos clientes do pólo petroquímico de Camaçari. Desta vez não só para a CHESF (estatal distribuidora de energia), mas também para os clientes da 3a geração, durante o período de racionamento imposto pelo Governo Federal. Em 2000 as vendas líquidas de utilidades atingiram US$ 124,0 milhões e foram superiores às de 1999 em 24,6%. Deste total US$ 46,4 milhões referiram-se a energia elétrica e US$ 77,6 milhões a vapor, água e ar comprimido. A exemplo do que ocorreu em 1999, a Copene voltou a vender energia elétrica para a CHESF nos meses de janeiro e fevereiro, face à situação dos níveis das barragens das hidroelétricas brasileiras. Combustíveis Em 2001 verificou-se o incremento das vendas de gasolina automotiva, sendo a Copene a primeira central petroquímica a obter autorização da ANP – Agência Nacional de Petróleo, para produzi-la e comercializá-la. As vendas de gasolina tipo A alcançaram 349 milhões de litros em 2001 contra 51 milhões de litros de 2000. Limitações logísticas, juntamente com a parada programada de manutenção, impediram a comercialização de um maior volume desse combustível. Isso, entretanto, não impediu que a Copene consolidasse sua liderança nesse mercado na região nordeste do Brasil, diversificando sua área de atuação por vários estados do norte e nordeste, tais como: Pará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Bahia. A participação da Copene no mercado nordestino atingiu 14,6% no período e as vendas para Pernambuco representaram 62% daquele mercado. No mês de outubro de 2001, a Copene obteve junto à Agência Nacional do Petróleo - ANP a autorização para comercialização de GLP – Gás Liqüefeito de Petróleo. As vendas foram iniciadas em novembro, atendendo o mercado industrial das distribuidoras de gás instaladas na Bahia. No total foram comercializadas 4.000 t. A receita líquida de combustíveis atingiu US$ 86,4 milhões em 2001 frente a US$ 15 milhões em 2000, correspondendo a 6,3% e 1,0% da receita líquida total da Copene, respectivamente. Impostos sobre vendas Os impostos indiretos sobre vendas, constituídos principalmente pelo ICMS, PIS, COFINS, PPE (Parcela de Preço Específico) que incide apenas sobre os combustíveis e ISS representaram 28,2% das receitas líquidas de 2001, um aumento de 17,5% em relação a 2000. Este crescimento decorreu do maior volume de vendas de combustíveis que possuem carga tributária bastante superior aos demais produtos. Em 2000 estes impostos representaram 21,3% das receitas líquidas, um acréscimo percentual de 80,9% quando comparado com o ano de 1999. Tal acréscimo decorre basicamente da majoração da alíquota da Cofins de 2% para 3%, que passou a ser reconhecida no resultado da Companhia a partir de 1º de janeiro de 2000, conforme comentado a seguir. A partir de setembro de 2000, a Companhia iniciou as vendas de combustível. Sobre este produto incide uma taxa adicional denominada PPE (Parcela de Preço Específico) que varia de acordo com o preço do combustível assim como COFINS e PIS cujas taxas são maiores quando comparadas às incidentes sobre produtos petroquímicos, conforme abaixo demonstrado: Taxas PIS COFINS Petroquímicos / Utilidades Combustível 0,65% 3,00% 3,00% 12,45% A partir do mês de fevereiro de 1999, o Governo Federal instituiu diversas alterações na Legislação Tributária e, dentre elas, promoveu um aumento na base de cálculo das contribuições para o PIS e COFINS, além de majorar a alíquota da COFINS, que passou de 2% para 3% (Lei n. 9.718/98). Por entender ser inconstitucional o aumento na base de cálculo, a Companhia ingressou com Ação Judicial contra o Tesouro Nacional, pleiteando o direito de não pagar tais aumentos, tendo obtido liminar com e sem depósito judicial para o COFINS e PIS, respectivamente. A Companhia, baseada na opinião dos seus assessores jurídicos, também não registrou qualquer provisão para os valores acessórios em discussão relacionados a 1999. Ver “nota 19” das Demonstrações Financeiras Consolidadas. Contudo, em face das alterações da legislação fiscal ocorridas através de Medida Provisória, a partir de 1º de janeiro de 2000, a qual eliminou a possibilidade de compensação da Contribuição Social com a COFINS, a majoração da alíquota da COFINS de 2% para 3%, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2000, passou a ser recolhida e registrada contabilmente na rubrica Impostos sobre Vendas. O Custo das Vendas e o Lucro Bruto A tabela a seguir demonstra os componentes do custo das vendas efetuadas pela Copene, nos exercícios findos indicados, em percentual dos custos totais. Exercício findo em 31 de dezembro de 2001 2000 1999 (%) Custos variáveis Nafta 83 83 75 Combustível Outros custos Total dos custos variáveis 6 3 92 5 4 92 5 6 86 Custos fixos Salários, encargos e benefícios Manutenção Amortização do diferido Depreciação Outros custos Total dos custos fixos 2 2 1 3 8 2 2 1 3 8 4 2 2 5 1 14 Total dos custos 100 100 100 _______________ Fonte: Copene. A tabela a seguir demonstra os custos fixos de produção consolidados, para os exercícios findos indicados. Exercício findo em 31 de dezembro de 2001 2000 1999 (em milhões de US$ Dólares) Manutenção Salários, encargos e benefícios Outros Total dos custos fixos desembolsáveis Amortização de parada para manutenção Depreciação Total dos custos fixos de produção 19 36 13 68 9 40 117 20 34 5 59 8 43 110 16 31 5 52 15 39 106 __________ Fonte: Copene. Os custos das vendas do ano de 2001 totalizaram US$ 1.187,6 milhões, uma redução de 5,2% frente ao ano 2000. A queda de 8,6% do preço da nafta, os menores volumes de petroquímicos vendidos e a parada programada de manutenção, foram os principais fatores de redução dos custos. Com a redução dos preços de venda em patamares superiores à queda dos preços das matérias primas e com menores volumes de vendas, o lucro bruto em 2001 atingiu US$ 194,5 milhões, com uma margem de 14,1% sobre as vendas líquidas, desempenho inferior ao exercício 2000 que foi de US$ 302,7 milhões para uma margem de 19,5%. Os custos das vendas totais no ano de 2000 registraram US$ 1.252,4 milhões um acréscimo de 74,1% em relação a 1999. A elevação do preço da nafta no segundo semestre reduziu as margens da cadeia petroquímica, obrigando tanto a Copene como seus clientes a modificarem suas estratégias de produção. A Copene aproveitou para sanar problemas operacionais nas duas plantas de Pirólise e na unidade de Reforma Catalítica, bem como passou a processar gás natural como matéria-prima alternativa para a produção de eteno. De um modo geral, houve uma sensível melhora nas operações das unidades, refletida nos índices de performance e no atingimento dos desafios estabelecidos no Programa de Maximização de Resultados. Em particular, as Unidades de Pirólise apresentaram um excelente nível de estabilidade operacional, fruto de ações desenvolvidas no sentido de elevar a confiabilidade dos grandes compressores e a capacitação dos profissionais envolvidos em suas operações. A aplicação dos pilares do TPM garantiu elevada disponibilidade e eficiência dos equipamentos, assim como o acompanhamento sistemático dos processos produtivos. Vários equipamentos, em todas as áreas de produção, vêm atingindo elevado estágio de conservação e domínio por parte dos operadores e mantenedores, comprovando o nível de comprometimento e a crença dos empregados na filosofia de gestão adotada pela Companhia. Na área de utilidades, registrou-se uma maior confiabilidade no fornecimento, tendo a Copene atingido em 2000 seu melhor desempenho histórico em termos de disponibilidade de produtos, o que se traduziu em ganhos na utilização da capacidade instalada dos clientes. Vale ressaltar também a melhoria da qualidade da água clarificada, propiciando redução de custos aos clientes em função da diminuição da utilização de produtos químicos em suas unidades. Petroquímicos O custo das vendas de petroquímicos em 2001 somou US$ 1.013,8 milhões, 10,8% inferior ao ano 2000 em conseqüência da queda de custo da nafta e de menores volumes vendidos. Apesar dos custos fixos apresentarem redução de US$ 11,5 milhões quando comparada ao ano anterior, atribuída aos ganhos com programas de otimização de custos, o aumento líquido de US$ 10,4 milhões nos custos fixos é atribuído à incorporação dos ativos de Polietileno e Poliéster que aumentou os custos fixos em US$ 21,9 milhões. Os custos com manutenção das plantas, somaram US$ 16,6 milhões em 2001 contra US$ 15,9 milhões registrados no ano 2000. A amortização dos custos de parada programada sofreram um acréscimo de US$2,4 milhões totalizando US$ 7,8 milhões no ano. Os custos com salários e encargos sociais atingiram US$ 29,7 milhões com aumento de 12,1% no comparativo com o ano anterior. O lucro bruto dos petroquímicos somou US$ 160,0 milhões, 42% inferior ao ano 2000, sendo esse declínio decorrente de menores volumes vendidos, quedas dos preços de vendas mais acentuadas do que o recuo de preço da nafta. Em 2000, o custo das vendas de petroquímicos totalizou US$ 1.137 milhões, um acréscimo de US$ 496 milhões quando comparado a 1999. Este aumento decorreu da alta verificada nos preços do petróleo e da nafta durante o ano de 2000, principalmente no segundo semestre do ano. Os custos com manutenção da planta, totalizaram US$ 15,9 milhões. A amortização dos custos de parada foi reduzida em US$ 6,1 milhões, totalizando US$ 5,4 milhões no ano. Os custos com salários e encargos foram impactados basicamente pelo aumento do quadro de pessoal, bem como, reajuste salarial de 8%, atendendo ao acordo coletivo. O total dos custos fixos de petroquímicos em 2000 foi de US$ 89,2 milhões, resultando num acréscimo de US$ 2,4 milhões quando comparado com o ano anterior. Os petroquímicos registraram no ano de 2000 um lucro bruto no montante de US$276,0 milhões, um acréscimo de 2,6% em relação a 1999. Utilidades No ano 2001 os custos de utilidades totalizam US$ 98,5 milhões, mantendo-se no mesmo patamar do ano 2000 devido basicamente ao maior volume vendido de energia elétrica sendo compensado por uma redução dos custos fixos de US$ 3,8 milhões, refletindo medidas de contenção. Os custos fixos relacionados à manutenção da planta sofreram uma redução de US$ 1,3 milhão, totalizando US$ 3,0 milhões. Os custos com a amortização da parada programada de manutenção totalizaram US$ 1,2 milhão em 2001, representando uma redução de US$ 0,9 milhões quando comparada a 2000. Os custos com salários e deduções atingiram US$ 6,1 milhões, uma redução de US$ 1,6 milhões quando comparada ao ano anterior. O lucro bruto totalizou US$ 20,1 milhões contra US$ 24,7 milhões do ano 2000, representando um recuo de 18,6%. Os principais fatores que contribuíram para a queda do lucro foram a evolução das tarifas em patamares inferiores aos preços dos combustíveis e mudança do perfil operacional, o qual exigiu um mix mais caro de consumos de combustíveis. As utilidades no ano de 2000 registram um custo total de US$ 99,2 milhões, US$ 23,7milhões acima do registrado em 1999. Os custos com manutenção da planta aumentaram em US$ 1,2 milhão totalizando US$ 4,3 milhões. A amortização dos custos de parada programada para manutenção totalizou US$ 2,1 milhões representando um decréscimo de US$ 1,0 milhão em relação a 1999. Os custos com salários e encargos foram impactados pelo aumento do quadro de pessoal, bem como, reajuste de 8% de acordo com a determinação do acordo coletivo. O Lucro Bruto em 2000 totalizou US$ 24,7 milhões, um acréscimo de 8,7% quando comparado a 1999. Combustíveis Em 2001 o custo dos combustíveis totalizou US$ 73,3 milhões, superando os US$ 13,0 milhões de 2000, principalmente, pelo maior volume das vendas. O lucro bruto foi de US$ 13,0 milhões, representando 15,2% das vendas líquidas contra 13,3% de 2000. Despesas com Vendas Em 2001, as despesas com vendas totalizaram US$ 28,1 milhões, superando o ano anterior em US$ 4,1 milhões, devido à maior movimentação de produtos, notadamente a gasolina automotiva. Durante o ano de 2000, as despesas com vendas decresceram em US$ 2,1 milhões, quando comparadas com a ano de 1999. O decréscimo reflete basicamente os ganhos incorridos com os contratos com taxa fixa de dólar, bem como o decréscimo das quantidades vendidas principalmente na linha de aromáticos no ano de 2000, em relação a 1999. Despesas Gerais e Administrativas Em 2001 as despesas administrativas somaram US$ 28,7 milhões, 21,6% abaixo do valor registrado em 2000, decréscimo decorrente do efeito de conversão para dólar de despesas incorridas em reais, tendo em vista que a taxa de dólar médio em 2001 foi maior que a de 2000. As despesas gerais e administrativas no ano de 2000 registraram um montante de US$36,7 milhões e foram superiores em US$9,2 milhões às registradas em 1999. Este significativo aumento é reflexo dos seguintes fatores: (i) reajuste de 8% praticado na folha de pagamento da Companhia (ii) aumento de 17,5% no valor pago a título de PPR - programa relacionado a participação dos empregados nos resultados da Companhia como um bônus de incentivo para que metas preestabelecidas fossem atingidas, no intuito de aumentar a eficiência e produção, qualidade dos produtos, segurança, preservação do meio ambiente, e redução dos custos fixos e (iii) aumento dos custos com consultoria e advogados em 75% por conta de êxitos obtidos em processos judiciais que estavam em andamento. Autos de Infração – ICMS Em 2000, a Companhia manteve entendimentos com as autoridades fazendárias, eliminando a totalidade de suas pendências fiscais no âmbito administrativo e judicial junto a Fazenda Estadual da Bahia, conforme descrito na nota explicativa nº 19 das Demonstrações Contábeis, sendo registrado, como despesa, no resultado da Companhia o montante de US$ 14,3 milhões. Receita Financeira As receitas financeiras do exercício de 2001 totalizaram US$ 76,5 milhões, 19,4% abaixo dos US$ 94,9 milhões registrados no exercício 2000, esse recuo foi provocado pela redução das disponibilidades financeiras e queda das taxas de juros relativas às aplicações financeiras (CDI – Certificado de Depósito Interbancário). Foram registrados no ano de 2000, como receitas financeiras, o montante de US$ 94,9 milhões um decréscimo de 6,9% quando comparado com o ano de 1999. A redução da TJLP aliada a menor taxa do CDI – Certificado de Depósito Interbancário, contribuíram para a redução nas variações monetárias ativas. A menor variação da taxa do câmbio de 9,3% em 2000 contra 48% em 1999, foi responsável pela diminuição das variações cambiais ativas. Despesas Financeiras Com o crescimento da dívida da Companhia, decorrente das captações destinadas à aquisição dos Ativos do Nordeste no leilão do dia 25 de Julho de 2001, as despesas financeiras evoluíram de US$ 134,0 milhões em 2000 para US$ 234,9 milhões em 2001, alta de 75,3%. Em 31 de dezembro de 2001 a Companhia mantinha contratos externos de proteção contra variação cambial (hedge) no montante nominal de US$ 226,2 milhões. Com o comportamento dos diversos índices que compõem as variações monetárias passivas, a Companhia obteve ganho de US$ 6,2 milhões. As despesas financeiras da Companhia no ano de 2000, totalizaram US$ 134,0 milhões, um decréscimo de 39,1% quando comparada a 1999. Como mencionado acima em Receita Financeira, a queda na variação das taxas do Dólar, TJLP e CDI quando comparadas com 1999, diminuíram as variações monetárias passivas. Além disso a Companhia efetuou amortização de 36% da sua dívida mantida com o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Em 31 de dezembro de 2000, a Companhia mantinha contratos externos de “hedge” no montante conceitual de US$ 110,0 milhões. Em 2000 a Companhia reconheceu perdas líquidas de US$ 3,1 milhões referentes a estes contratos. Imposto de Renda Em 2001, a Companhia registrou um benefício de imposto de renda no montante de US$14,3 milhões relacionados à constituição de imposto de renda diferido ativo sobre o prejuízo fiscal apurado no ano, do efeito fiscal sobre as mudanças de base dos ativos entre os princípios contábeis brasileiros e americanos, assim como a realização dos ajustes de conversão acumulados (CTA) Em 2000, a Companhia registrou despesas com imposto de renda no montante de US$ 2,9 milhões, decorrentes do efeito fiscal sobre as mudanças de base dos ativos, entre os princípios contábeis brasileiros e americanos, bem como da realização dos ajustes de conversão acumulados (CTA). Participação nos Lucros (Prejuízos) de Controladas e Coligadas A Companhia apurou em 2001 US$ 5,1 milhões de receita de equivalência patrimonial com empresas controladas e coligadas frente a US$ 6,9 milhões do ano de 2000. Esta diferença deveu-se, basicamente, à redução do ganho proveniente da Norcell, de US$ 9,8 milhões em 2000 para US$ 1,0 milhão em 2001 devido ao estreitamento de margem e ao reconhecimento da baixa de ativo. Em contrapartida, a Companhia apurou ganho de US$ 3,0 milhões proveniente da Politeno, integrada em 2001, e de US$ 1,0 milhão da Petroflex que em 2000 produziu perda de US$ 1,8 milhão. Em 2000, a Companhia registrou uma receita de US$6,9 milhões proveniente das suas participações em controladas e coligadas, este valor representa um ganho de US$6,3 milhões quando comparado com 1999. O principal efeito foi decorrente da Controlada Norcell S.A. (ver nota explicativa nº 9 das Demonstrações Financeiras Consolidadas) que teve uma sensível melhoria na sua performance operacional no ano de 2000, em decorrência do aumento nas exportações, bem como, da queda da variação do Dólar em relação ao ano anterior que indexa grande parte dos seus passivos. Lucro/Prejuízo Líquido A Companhia obteve prejuízo de US$ 11,1 milhões em 2001 contra lucro líquido de US$ 188,0 milhões em 2000. Este prejuízo decorreu do estreitamento das margens, bem como do incremento das despesas financeiras. Em 2000 a Companhia registrou um lucro líquido de US$ 188,0 milhões, um aumento de US$ 69,2 milhões quando comparado com 1999. Os principais responsáveis por este aumento foram: (i) o bom desempenho operacional da Companhia ocorrido principalmente no primeiro semestre do ano, (ii) redução das despesas financeiras líquidas em US$ 78,8 milhões pelos fatos já citados nos itens receitas e despesas financeiras. LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL Liquidez As principais exigências de caixa da Copene incluem: (i) pagamentos das dívidas da Companhia, (ii) investimentos no aumento da capacidade e melhorias operacionais, focando nas atualizações tecnológicas e na otimização dos processos, e (iii) pagamento dos dividendos das Ações Preferenciais e Ordinárias. As principais fontes de liquidez da Companhia têm sido, historicamente, os fluxos de caixa provenientes das atividades operacionais e de empréstimos. Os fluxos de caixa das atividades operacionais totalizaram US$ 97,1 milhões, US$ 166,6 milhões e US$ 225,5 milhões para os três períodos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. Estes fluxos de caixa foram utilizados principalmente para o pagamento das despesas com dividendos, pagamento de dívidas e gastos de capital, e o valor excedente foi investido como aplicações financeiras. Capital de Giro Líquido Em 31 de dezembro de 2001 o capital de giro líquido era de US$ 42,1 milhões, recuando US$ 142,3 milhões frente a 2000. Esta diferença reflete, principalmente: o crescimento na conta de Sociedades Controladas e Coligadas em US$ 60,0 milhões, proveniente do leilão dos Ativos Nordeste; US$ 33,0 milhões na conta de Salários, encargos e outros impostos, em virtude do maior volume de vendas de gasolina automotiva; e US$ 34,0 milhões de fornecedores decorrente de mudança no prazo de pagamento da nafta. O capital de giro líquido em 31 de dezembro de 2000 diminuiu para US$ 184,4 milhões, contra US$ 251,7 milhões em 31 de Dezembro de 1999. O decréscimo é decorrente da diminuição de equivalentes a caixa e aplicações financeiras, em decorrência do fluxo de caixa negativo de US$52,4 milhões em 2000 contra o fluxo de caixa positivo de US$ 28,9 milhões em 1999, e a redução da dívida de curto prazo em US$ 10,5 milhões comparado ao ano anterior. Endividamento e Estratégia Financeira A Copene encerrou o exercício de 2001 com uma dívida consolidada total bruta de US$ 1.155,8 milhões e líquida de US$ 1.005,5 milhões, registrando um aumento de 89,3% em relação ao exercício de 2000, quando a dívida total (bruta) era de US$ 610,6 milhões e líquida de US$ 248,1 milhões. O aumento da dívida em 2001 foi basicamente decorrência do Contrato de Assunção do “Leilão ESAE” em 27 de julho de 2001, pelo qual o grupo Odebrecht e Mariani, adquiriram o controle da Copene, e por sua vez a Copene assumiu uma dívida no valor total de principal de US$ 481,1 milhões, dívida essa que em 28 de dezembro de 2001 foi quitada e substituída por uma operação de debêntures de US$ 232,6 milhões com prazo de 5 anos e uma operação de pré-pagamento de exportações de US$ 250 milhões, dos quais US$ 80 milhões vencem em 3 anos e US$170 milhões em 5 anos. Em 31 de dezembro de 2001, o total do passivo circulante consolidado da Copene era de US$ 1.155,8 milhões, dos quais 43,6% estavam expressos em moeda nacional, e os restantes 56,4% em dólares norteamericanos. A composição total da dívida consolidada da Copene em 31 de dezembro de 2001 expressa em dólares norte americanos é a seguinte: saldo da emissão de Eurobonds no mercado internacional no valor de US$ 150 milhões, representando 23,0% do total da dívida em dólar norte americano. Essa emissão de US$ 150 milhões, foi lançada em junho de 1997, com coupom de 9,0% a.a. e vencimento em junho de 2007. Em 25 de maio de 2002 foi exercida uma opção de “put” sobre o valor de face de US$ 134,3 milhões cujo preço de exercício é de 98,40% equivalente a US$ 132,2 milhões, tendo sido os mesmos recolocados no mercado; saldo de operações de pré-pagamentos de exportações no valor de US$ 469,5 milhões, representando 72,0% do total da dívida em dólar norte americano. Os prazos de vencimentos variam entre 1 e 5 anos e a taxa média ponderada é de 6,43% a.a. (já incluída o custo da libor em 31/12/01) mais variação da taxa do dólar norte americano sobre a moeda brasileira; e os restantes 5,0% do endividamento em dólar norte americano são operações de financiamentos de importações, outras operações de aquisição de investimentos financiadas e provisão de juros. A composição da dívida consolidada da Copene em 31 de dezembro de 2001 expressa em moeda nacional é a seguinte: saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (“BNDES”), BNDESPAR e FINAME no montante de US$ 172,9 milhões representando, 34,3% do total da dívida em moeda nacional. As taxas de spread variam de 2,0 a 5,0% a.a. acima da Taxa de Juros de Longo Prazo (“TJLP”) e os prazos de vencimentos vão até 2007; saldo de debêntures no valor de US$ 204,1 milhões, com vencimento em outubro de 2006 e representando 40,5% do total da dívida em moeda nacional; saldo de mútuos com sociedades coligadas no valor de US$ 62,6 milhões, representando 12,4% do total da dívida em moeda nacional; e os restantes 12,8% são financiamentos remanescentes de aquisição de ações da Petroflex quando da sua privatização, financiamentos de capital de giro e provisão de juros. O quadro abaixo mostra a posição da dívida consolidada da Copene, em dólares norte americanos em 31 de Dezembro de 2001 e 2000. Financiamentos Nacionais . BNDES/BNDESPAR/FINAME . Privatização Petroflex . Debêntures . Provisão de Juros . Assunção de Obrigações . Swaps . Sociedades coligadas .Outros Em milhares de US$ 31/12/01 31/12/00 503.980 63.217 172.975 67.863 1.095 3.532 204.119 13.878 7.808 (12.763) 12.009 (3.658) 62.580 435 37.324 - Financiamento Estrangeiros . Títulos Comerciais no Exterior (Eurobônus) . Pré-pagamentos de Exportações . Financiamentos a Importações . Outros . Provisão de Juros . Assunção de Obrigações 651.861 150.000 469.980 25.091 2.758 4.532 - 547.418 205.000 340.121 2.297 - TOTAL DA DÍVIDA 1.155.841 610.635 (-) DISPONIBILIDADES . Caixa e Bancos . Aplicações Financeiras . Títulos e Valores Mobiliários 150.324 94.472 176 55.676 362.519 1.986 9.059 351.474 DÍVIDA LÍQUIDA 1.005.517 248.116 Visto que a Copene opera no mercado internacional, captando recursos para manter suas operações e investimentos, a Copene está exposta aos riscos de mercado decorrentes das variações na taxa de câmbio de moeda estrangeira e nas taxas de juros. Para se proteger contra os movimentos da taxa de câmbio que afetam seus empréstimos expressos em dólares norte americanos, a Copene vem mantendo, desde 1997, política de proteção de sua dívida em dólares contra eventuais desvalorizações da moeda brasileira. Em função da atual conjuntura econômica mundial e da captação de parte dos recursos necessários para liquidar o Empréstimo Ponte do “Leilão ESAE” ser na forma de pré-pagamentos de exportações, a Copene decidiu alterar sua política de hedge a partir de 31 de dezembro de 2001, quando passou a ser a seguinte: manutenção de cobertura de hedge de parcelas de principal e juros vencíveis nos próximos 12 (doze) meses em (i) 60% (sessenta por cento) da dívida em dólar vinculada a exportações (trade finance), excluídos ACCs de até 6 (seis) meses de prazo e Adiantamento de Contratos de Exportação (“ACEs”); e (ii) 75% (setenta e cinco por cento) da dívida em dólar não vinculada a exportações (non trade finance), de tal forma que a Copene terá sempre, no mínimo 60% (sessenta por cento) e no máximo 75% (setenta e cinco por cento), de sua dívida total em dólar vencível nos 12 (doze) meses subseqüentes coberta por operações de hedge. Diversas formas de hedge de moeda são utilizadas pela Copene, utilizando ou não caixa. As formas mais comuns, que utilizam caixa adotadas pela Copene são assunção de dívidas, aplicações no exterior (Certificados de Depósito, Fundos Estrangeiros, Time Deposits e Over), CDB’s com “swap” para cambial (dólar) e encarteiramento de Eurobonds de emissão da própria Copene por sua subsidiária estrangeira CPN Inc. As formas de hedge cambial (dólar), sem utilização de caixa, mais utilizadas pela Copene são os swaps (troca de moeda dólar por CDI) e as Opções (Venda de Put e Compra de Call). O cronograma de pagamento do principal da dívida consolidada da Copene em 31 de dezembro de 2001 é o seguinte: 2002 2003 2004 2005 2006 2007 em diante Total Em US$ MILHÕES (1) 252,4 132,5 144,5 128,9 343,2 154,3 1.155,8 % 21,8 11,5 12,5 11,2 29,7 13,3 100,0 (1) de acordo com as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2001, considerando a parcela do exercício de “put” de US$ 134,3 milhões dos Eurobônus de US$ 150 milhões em 25 de junho de 2002 (“put date”) e o restante, US$ 15,7 milhões, no vencimento em junho de 2007, e debêntures no vencimento em outubro de 2006. Os títulos foram imediatamente recolocados no mercado com os mesmos preços e opção de “put”. Embora a Companhia tenha efetuado um maior volume de investimentos e pagamentos de dividendos, foi possível reduzir o saldo da dívida durante o exercício de 2000, encerrando o período com uma dívida total de US$617,7 milhões, registrando uma queda de 10,7% quando comparada aos US$692,0 milhões registrados no ano de 1999. Foram efetuados pagamentos dos débitos vencíveis durante o ano com recursos gerados pela Companhia. Em 31 de dezembro de 2000 o total do débito circulante da Companhia consistia em US$ 177,8 milhões, dos quais US$26,6 milhões (14,9%) de empréstimos expressos em Reais, e US$ 151,2 milhões (85,1%) de débitos expressos em Dólares americanos. A composição do débito total da Companhia expresso em Dólar é: US$205,0 milhões (37,4%) referente a duas emissões de Eurobônus no mercado internacional com vencimento em 2001 e 2007; US$340,1 milhões (62,2%) referentes a pré-pagamentos de exportações com datas de vencimento até 2003; US$1,7 milhões (0,4%) são empréstimos para importações de metanol e equipamentos. A composição dos empréstimos expressos em Reais é: US$67,3 milhões (95,1%) emprestado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e FINAME, baseado na TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) com datas de vencimentos até 2006, composto de financiamentos para expansão da planta petroquímica, pesquisa e desenvolvimento, projetos ambientais e melhorias de equipamentos/processos; US$3,5 milhões (4,9%) relativo a empréstimos utilizados na aquisição de ações da Petroflex, sendo o custo destes empréstimos baseado no IGP-M. O custo médio do débito em Dólar da Companhia em 31 de dezembro de 2000 foi 9,3% ao ano mais variação cambial nas dívidas de curto prazo (até um ano) e 9,2% ao ano mais variação cambial para dívidas de longo prazo. Em relação à dívida expressa em real, o custo médio era TJLP mais 3,8% ao ano e IGP-M mais 4,5% ao ano para dívidas de curto prazo (até um ano) e TJLP mais 3,4% ao ano e IGP-M mais 4,5% ao ano para dívidas de longo prazo. Os juros pagos (líquido dos juros capitalizados) da Companhia foram de US$ 102,9 milhões, US$66,1milhões e US$71,6 milhões em 2001, 2000 e 1999, respectivamente. Com o objetivo de alongar o prazo de amortização e reduzir o custo médio das suas dívidas, a Copene emitiu cinco Eurobônus tendo as três primeiras sido reembolsados. As quatro primeiras emissões totalizaram US$265,0 milhões com uma taxa de juros média de 9,9% por ano. A quinta emissão de Eurobônus, no valor de US$150,0 milhões, foi concluída em junho de 1997. A transação atingiu uma taxa de juros de 9% ao ano (250 pontos bases acima das taxas para as Notas da Tesouro dos Estados Unidos) e condição de vencimento notáveis (10 anos, com uma opção “put” no quinto ano). As operações financeiras prevêem a estratégia de manutenção de financiamentos para investimentos com recursos do BNDES/FINAME que, em função das incertezas cambiais, apresentam menor risco e maior prazo. No intuito de gerenciar os níveis de fluxo de caixa, a utilização de financiamento de pré-exportação é planejada. A política de proteção para débitos em dólares não vinculados à exportação continua mantida. Uma vez que a Copene opera no mercado internacional captando recursos para sustentar as suas operações e investimentos, encontra-se exposta aos riscos de mercado e mudanças nas taxas de câmbio e de juros. As exportações, que geralmente resultam em direitos a receber em dólares amercianos, cobre uma parte significativa do passivo da Companhia em dólar. Sempre que possível, a Companhia tenta utilizar operações financeiras para suprir as suas necessidades de capital de giro, porque os mesmos possuem um custo menos elevado, uma vez que a contraparte do empréstimo percebe a mitigação do risco de variação cambial com as exportações em dólares. No entanto, não se pode ter certeza que os dólares provenientes de operações futuras serão em um montante suficiente para se obter uma cobertura do passivo tão extensiva quanto a atual. Contudo, com a desvalorização do real ocorrida em 1999, a Companhia encontrava-se parcialmente protegida e manteve essa proteção em 31 de dezembro de 2001 e 2000, como segue: Proteção Contra Débitos Estrangeiros Milhões de Dólares 31/12/01 31/12/00 Débito estrangeiro: . Eurobonds . Pré-pagamento de exportações . Importações . Outros 651,9 150,0 469,5 25,1 7,3 546,8 205,0 340,1 1,7 - Hedge: . SWAP de Dólar para CDI . Opções . Assunção de dívidas . Títulos do Tesouro Americano . Aplicações financeiras . Receita sobre exportações . Outros 185,3 92,0 209,9 30,0 80,0 12,8 75,3 17,2 0,8 84,1 3,0 Investimentos O programa de investimentos da Copene para 2001, excetuando-se a aquisição dos Ativos Nordeste no leilão realizado em 25 de julho 2001, manteve-se dentro das estimativas, atingindo a casa dos US$ 130,7 milhões. Como previsto, tais gastos foram direcionados ao projeto de ampliação da capacidade de 80 mil toneladas de eteno, às adaptações no Terminal Marítimo de Aratu e à parada geral de manutenção programada. O total de tais investimentos foi maior em 130,7% ao montante gasto em 2000. As maiores inversões foram nos projetos de ampliação da capacidade de eteno, construção do Terminal Marítimo, construção da dutovia de nafta, na modernização de equipamentos/sistemas das plantas de olefinas e aromáticos. Mereceram destaque também os investimentos em meio-ambiente, em aumento da produção e no escoamento de gasolina automotiva. As obras de ampliação da capacidade de eteno, que por razões técnicas foi adiada para o primeiro trimestre de 2002, desenvolveram-se no ritmo esperado e estão programadas para o período da Parada Geral com início em março de 2002. A execução das principais modificações na planta de Eteno I serão complementadas ao longo do ano de 2002 com a modernização dos fornos de pirólise. Também ocorreu a modernização dos fornos e a implantação do sistema de controle avançado da planta de Eteno II. No final de 2001, entraram em operação o Terminal Marítimo de Aratu, possibilitando a importação direta de nafta, e o duto de gasolina automotiva para o Tequimar, que permitiu o aumento da produção e escoamento de gasolina automotiva para o patamar de 4,8 milhões litros por mês. Os projetos de meio-ambiente concluídos ou em fase de conclusão foram focados na minimização de emissões e tratamento de efluentes, com uma redução de custos na produção e passivos ambientais, além do atendimento às exigências legais. No ano de 2000, os desembolsos com investimentos em termos de fluxos de caixa totalizaram US$ 58,4 milhões, US$ 34,4 milhões acima dos efetuados no ano de 1999. Os desembolsos foram concentrados no projeto de ampliação da capacidade de produção da planta de eteno e na construção do terminal marítimo e outras facilidades logísticas para a importação de matérias-primas. Além disso, foram realizados investimentos chamados de permanência (melhorias operacionais, atualização tecnológica, meio ambiente e segurança e outros). Em 31 de dezembro de 2000, a Companhia tinha compromissado como Investimentos o montante de US$ 70,5 milhões, o qual será desembolsado ao longo do ano de 2001. Pesquisa e desenvolvimento, patentes e licenças O ano de 2001 foi de muita atividade na área de tecnologia da Copene, envolvendo execução de importantes projetos voltados ao aumento da capacidade de produção de eteno e demais produtos petroquímicos, assim como à maior eficiência operacional da Central de Matérias Primas. Prosseguindo trabalhos conjuntos com o CENPES iniciados em 2000, novas etapas foram atingidas na implantação seqüencial do Controle Preditivo Multivariável nas unidades da Planta II de Pirólise. Projeto semelhante está sendo estendido para as unidades produtoras de aromáticos, já tendo sido concluído o Projeto Conceitual. A implementação desse sistema, que inclui a modernização de instrumentos e melhoria do controle regulatório, trará maior rentabilidade a este conjunto de plantas. Ainda na linha do uso de controles e automação mais eficiente no parque produtivo, foi contratada com empresa especializada e já iniciados, serviços de implantação da base de dados em tempo real, para gerenciamento dos processos, ferramenta que trará grandes benefícios ao monitoramento e otimização do desempenho operacional da Central. Visando atender demandas futuras na produção de eteno e, ao mesmo tempo definir oportunidades de melhorias tecnológicas e de eficiência do processo, foi concluído projeto de Engenharia Básica da seção de separação para uma produção adicional de 150.000 toneladas ano de eteno na Planta II de pirólise. Com o mesmo objetivo foram contratados e concluídos os projetos conceituais para processamento da carga adicional nas unidades de Butadieno, Hidrogenação de Gasolina de Pirólise mais Extração e Fracionamento de Aromáticos, permitindo ainda resolver várias limitações de performance existentes nessas unidades. O foco na busca de matérias primas alternativas mais atrativas levou à contratação de serviços para execução da Engenharia Básica, já concluída, para instalação de uma planta voltada ao processamento de petróleo cru extra-leve, para obtenção de nafta petroquímica e alguns derivados combustíveis. No campo da capacitação voltada à produção de gasolina automotiva, relevantes resultados foram obtidos. Já está instalado e em fase de testes, equipamento adquirido para formulação das composições mais rentáveis da gasolina. Atendendo edital publicado pela ANP/FINEP, dentro do programa CTPETRO, cinco projetos foram apresentados e aprovados. Eles têm como objetivo o desenvolvimento de gasolina e outros combustíveis, controle de vazamento em dutos para proteção ambiental e economia no consumo de água de processo. Serão desenvolvidos durante dois anos e executados em parceria com pesquisadores de universidades da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, envolvendo investimentos da ordem de R$ 0,63 milhões. É da política da Companhia manter um nível satisfatório de gastos com pesquisa e desenvolvimento com a intenção de se situar na vanguarda de tecnologias de ponta. Esta política é direcionada à sustentação do desempenho da Companhia e melhoria da eficiência de suas operações. Além de sua pequena equipe própria, a Companhia também coloca ênfase em pesquisa de laboratório e tem vínculos com programas em importantes universidades brasileiras bem como reconhecidos centros estrangeiros de pesquisa e desenvolvimento. No ano findo em 31 de dezembro de 2001, a Copene investiu US$2,6 milhões em pesquisa e desenvolvimento, enquanto que em 2000 investiu US$2,5 milhões. Com a desregulamentação do setor petroquímico, as atividades tecnológicas da Copene têm sido direcionadas para projetos de natureza estratégica, visando o aumento da capacidade de produção de eteno, a obtenção de novos produtos e o processamento de novas matérias primas. Foi iniciada pela Linde A.G., empresa contratada para esse fim, a preparação da engenharia de processo para o projeto de aumento de capacidade de produção de eteno em 80 mil toneladas por ano, como também para desenvolver o Concepção e Engenharia Básica da nova Unidade de Fracionamento de Condensados. Outros projetos vêm sendo desenvolvidos para permitir a unidades da cadeia de produção a processar maiores capacidades e melhorar suas produtividades. As patentes originais abrangendo o processo de produção de petroquímicos da Copene são de domínio público. A Copene foi licenciada para utilizar certas tecnologias em conexão com a construção da segunda planta de eteno, mas ela não é dependente de patentes externas ou “know-how” para as suas operações. Isto também vale para a maioria das plantas de aromáticos, com exceção da ampliação da produção de para-xileno realizada em 1998, onde uma licença de “know-how” é válida por 15 anos. Tendências Operacionais A Companhia iniciou a produção de gasolina em setembro de 2000, logo após a autorização concedida pela Agência Nacional de Petróleo – ANP, naquele mês a Companhia produziu 8 milhões de litros. Em fevereiro de 2001 a produção foi duplicada para 17 milhões de litros/mês, ampliando em março para 25 milhões de litros/mês. A partir do mês de agosto de 2001 a produção alcançou a marca dos 50 milhões de litros/mês, possibilitando assim, a abertura de outros mercados, e totalizando no ano 349 milhões de litros. Também estava prevista para este ano a comercialização de 18 mil t de GLP como combustível começando em julho de 2001. Foram vendidas 4 mil toneladas até o final de Dezembro. Após o leilão de 25 de julho de 2001, quando os grupos econômicos Odebrecht e Mariani, juntos adquiriram os ativos pertencentes ao Banco Econômico S A, que se encontravam sob a administração do Banco Central do Brasil, iniciou-se o processo de reestruturação da petroquímica brasileira. O passo inicial foi a incorporação das empresas Nova Camaçari e Proppet em setembro de 2001. Devido a essa última a Copene passou atuar no segmento de resinas termoplásticas, no caso o PET (Polietileno Tereftalato) cuja aplicação maior é em embalagens de bebidas, etc. Espera-se um crescimento de 4% desse mercado no ano de 2002. O segundo passo nesse processo e reestruturação é esperado ser dado até o fim de julho de 2002, com a criação da Braskem, nome que passará a ter a Copene após incorporação da OPP Química (empresa totalmente controlada pelo grupo Odebrecht e produtora de polietilenos e polipropilenos, com participação relevante na Trikem S A e Copesul Companhia Petroquímica do Sul S A) e da integração da participação do grupo Mariani na Nitrocarbono S A . Até o final do segundo semestre deverá ocorrer o terceiro e último passo dessa fase, que será a incorporação da Polialden S A (empresa produtora de polietilenos), da Nitrocarbono S A ( empresa produtora de caprolactama) e da Trikem S A (empresa produtora de PVC) na Braskem, criando assim uma empresa com operações integradas, permitindo maior eficiência operacional e fiscal. A Braskem pelo seu porte será líder no mercado de resinas termoplásticas na América Latina, com 14 unidades industriais, produção de 4,4 milhões de toneladas de Químicos e Petroquímicos, responsável por 42% da demanda nacional de petroquímicos e exportações estimadas em US$300 milhões. Até o momento já foram identificadas 115 oportunidades de ganhos de sinergia, frutos dessa integração, nas áreas: Industrial, comercial, logística, administrativa , tributária e financeira. A expectativa da Companhia para o segundo semestre de 2002 é a manutenção da recuperação de rentabilidade no negócio petroquímico após uma fase de redução de margens ocorrida em 2001. A parada geral da unidade número 01 de pirólise para adição de 80 mil toneladas ano à produção de etileno, prevista para durar 45 dias , atingiu por problemas técnicos imprevistos 85 dias, o que provocará redução não programada na oferta daquele produto da ordem de 60 mil toneladas neste ano, prejudicando o resultado da Companhia no primeiro trimestre, assim como no exercício de 2002 com um todo. A entrada em operação da ampliação do terminal marítimo de Aratu permitirá a importação de 30% das necessidades de Nafta, a principal matéria prima da Copene, com melhores preços e condições de pagamento obtidas no mercado nacional, o que afetará positivamente a rentabilidade e o capital de giro da Companhia no ano de 2002.