Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) 18° Domingo do Tempo Comum - C 31 de julho de 2016 LEITURAS 1ª leitura: Ecl 1,2; 2,21-23 = Que resta ao homem de todos os seus trabalhos? Salmo Responsorial: Sl 89 = Vós fostes ó Senhor, um refúgio para nós 2ª leitura: Cl 3,1-5.9-11 = Esforçai-vos para alcançar as coisas do alto, onde está Cristo Evangelho: Lc 12,13-21 = E para quem ficará o que acumulaste? Primeiro olhar A 1ª leitura pode ser considerada como uma crítica a quem busca sentido na vida no ganho fácil, no lucro e na fama. Tudo passa e ninguém pode comprar o tempo de sua vida com toda a riqueza que conseguiria amontoar no decorrer de sua existência. ILUMINADOS PELA PALAVRA O grande sábio que escreveu o Livro do Eclesiastes é um homem que busca e interroga a vida e o viver (1ª leitura). Representa todos os homens e mulheres que se esforçam para compreender o sentido de um mundo contraditório e inexplicável. Para compreender o Eclesiastes é preciso considerar a busca de um sentido para viver sem encontrar respostas, principalmente quando nos colocamos diante de um mundo, como este que vivemos atualmente, que se alimenta de aparências e de mentiras sempre buscando o lucro e o ganho a todo custo. A 1ª leitura pode ser considerada uma crítica ao acúmulo e à imagem, com os quais se procura mostrar a realização existencial. O autor do Eclesiastes denuncia um estilo de vida fundamentado em quimeras, as quais homens e mulheres dedicam suas vidas em detrimento do essencial. É uma forte denúncia de todas as tentativas de substituir Deus por ídolos que prometem somente ilusões e enganos. O mesmo tema é considerado por Jesus, no Evangelho deste Domingo, ao destacar a loucura do homem que pensa ser possível comprar o tempo de sua vida. Tudo passa e tudo é vaidade, diz o sábio que conhece a vida (1ª leitura). Na Bíblia, a riqueza não é apresentada como ruim, mas como um perigo, que engana os “loucos” ou os “tolos”, como traduzido em algumas versões (Evangelho). A riqueza torna-se fonte da loucura através da ganância que, por sua vez, alimenta-se da cobiça que, se for compulsiva, coloca em risco a vida pessoal. É quando não se consegue parar o impulso de querer ter sempre mais e mais, deixando-se enganar pelo desejo do enriquecimento. Quem fundamenta sua vida na riqueza sempre traz consigo o desejo de demolir o que tem — “vou derrubar os meus celeiros” — para construir algo maior, pretendendo comprar o que não pode ser comprado com dinheiro: a eternidade. A cobiça por mais riqueza promove na pessoa a troca de Deus pelo “ídolo dinheiro”. Um ídolo voraz, que sempre propõe nova meta, incapaz de promover a paz na vida de quem é dominado pelo dinheiro. Por isso, repetindo, as riquezas não são um mal, mas um perigo pelo poder de direcionar a vida do homem ao egoísmo e ao personalismo, no qual “só conta o que eu quero, só conta quem eu sou”. É quanto ele enterra as relações com Deus e com os outros por se achar soberano. Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) Mas, o grande perigo da ganância, diz Jesus é o desprezo pelo Reino, o desprezo pelo projeto divino. É a pessoa “ajuntar tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus” (Evangelho). O ensinamento de Jesus propõe o enriquecimento diante de Deus. Ser alguém, cujo trabalho é fecundo, quer dizer, capaz de enriquecer e, ao mesmo tempo, partilhar o que recebe, reconhecendo que tudo vem das mãos de Deus (salmo responsorial). É o trabalho de quem se esforça para conseguir as coisas do alto e não se limita a contentar-se com as coisas da terra (2ª leitura). No conceito de como usar as riquezas da vida, Paulo coloca Jesus Cristo — o critério do Evangelho, se quisermos — como riqueza da vida humana e lança um desafio provocador para a mentalidade de nossos tempos: fazer morrer tudo que pertence à terra, especialmente a cobiça e a idolatria. É o desafio de desfazer-se do homem velho para revestir-se do homem novo (2ª leitura), aquele homem e mulher capazes de valorizarem mais a vida que as riquezas, que sabe contar seus dias com a sabedoria divina (salmo responsorial), que não se deixa levar pela ganância (Evangelho), porque reconhece que tudo que impede de chegar a Deus não de passa de “vaidade das vaidades” (1ª leitura). ILUMINADOS PELAS ORAÇÕES (eucologia da missa) Para este Domingo, estamos propondo a Oração Eucarística VI - C tem como tema “Jesus Caminho para o Pai”. Uma oração que se compõe com um prefácio próprio. Está no grupo das Orações Eucarísticas para diversas circunstâncias, muito apropriada para a celebração deste Domingo por considerar que Jesus é “o caminho, a verdade e a vida” do homem e da mulher. O início do embolismo do Prefácio proclama o Mistério da Salvação a partir da Palavra criadora de Deus (Gn 1,1 — 2,25; Jo 1,1,3). Palavra que se encarna na natureza humana (Jo 1,14), Palavra anunciada no Evangelho como caminho e como convite ao seguimento, pelo discipulado (Jo 1,12). Em vez de seguir a palavra proposta pelo mundo, entendida como vaidade pelo sábio do Eclesiastes (Ecl 1,2), seguir a Palavra de Jesus, presente no Evangelho. No momento seguinte ao memorial do Prefácio, a Igreja proclama diante do Pai que reconhece Jesus Cristo como “caminho, verdade e vida” (Jo 14,6), de que em Jesus Cristo nasce a alegria de viver de modo pleno na comunidade da Igreja, constituída como povo redimido pelo sangue de Cristo, na Cruz (1Cor 7,11), povo marcado com o selo do Espírito Santo (2Cor 1,22) para a glória do Nome de Deus. A Igreja, no contexto deste Domingo, é um povo que vive para ajuntar tesouros para Deus, reconhecendo em Jesus o seu Salvador. Proclamar a Oração eucarística VI – C com seu Prefácio próprio Tema: “Jesus, caminho para o Pai” ILUMINADOS PELA VIDA A Palavra deste Domingo é um grande desafio colocado diante de todos nós: o uso dos bens e a riqueza. Hoje, a vida gira em torno deste sol que se chama bens de consumo e riqueza. Todas as publicidades mostram gente rica feliz porque tem muitos bens e vivem na riqueza. Cria assim a cultura do enriquecimento material com a proposta de que os bens materiais são a fonte da felicidade, da alegria e da serenidade Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) interior. É um tema difícil de trabalhar e, até mesmo, de se confrontar, hoje em dia, porque de tanta publicidade das mais variadas formas, tornou-se natural viver tendo como meta de vida o enriquecimento. Infelizmente, isto existe também dentro da Igreja, haja visto a dificuldade de se viver o conselho evangélico da pobreza, do desapego dos bens até mesmo entre padres e religiosos. Uma comunidade que coloca a arrecadação de verbas como prioridade é uma comunidade que poderá ter dificuldade para celebrar este 18DTC-C. Sim, porque o pano de fundo da parábola de Jesus é a relação que ele estabelece entre a riqueza do mundo e a riqueza do Reino, concluindo a parábola com o convite para ser rico diante de Deus. A riqueza diante de Deus, seja pessoal como comunitária, consiste em viver a verdadeira religião, atuada pelo socorrer os necessitados (Tg 1,27) e não em amontoar tesouros para si (Evangelho). Proposta de partilha, não de acúmulo. Isto pode constranger leigos e alguns padres ou inteiras comunidades quanto ao uso dos bens, em chave de fidelidade ao Evangelho. Uma comunidade que arrecada fundos unicamente para garantir-se e não para partilhar com os pobres, é uma comunidade que precisa rever seus princípios, quanto ao uso dos bens. Uma comunidade que se serve do assistencialismo estéril como maquiagem de caridade, poderá fazer, neste 18DTC-C, uma reflexão séria sobre o que significa partilhar para que o pobre viva e tenha condições de viver. Tudo isso indica que a celebração deste 18DTC-C não deve servir de pretexto para criticar os ricos e os corruptos de nosso país, algo bastante evidente do que acontece com os gananciosos. Não se esconder, portanto, atrás de críticas transferidas a terceiros, mas considerar a finalidade do uso dos bens como motivo de partilha e de caridade dentro da própria comunidade. Para isso, convenhamos, é preciso muita coragem e muita sinceridade. (Francisco Régis) CONTEXTO CELEBRATIVO No caminho do discipulado, existe a necessidade de despojar-se do homem velho para revestir-se do homem novo (2L) em todos os sentidos. Isto vale também para o desapego dos bens materiais e a eliminação da ganância na vida pessoal e comunitária. Oração Tocai meu coração e minha mente, Senhor. Purificai-me de toda ganância e de toda cobiça, para que livre e libertado de todo apego material, eu seja cada vez mais vosso discípulo. Tirai de meu coração qualquer tentação de colocar nas riquezas, a segurança de minha vida, pois professo e creio que só vós sois minha segurança e minha proteção. Amém! (SV) Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) VAMOS CANTAR A CELEBRAÇÃO NB As canções sugeridas têm a finalidade de facilitar o repertório da celebração. Normalmente, propomos cinco canções. Caso, nenhuma seja conhecida, a poesia da letra poderá orientar na escolha de outra canção. Os números entre parêntesis indicam o número da canção, na lista após comentário. Siglas SAL – a letra da canção encontra-se na página – www.liturgia.pro.br HL = “Hinário Litúrgico da CNBB” (Livro de canções publicado pela CNBB) CO = “Cantos e Orações” (Livro de canções publicado pela Editora Vozes, 2004) L = “Louvemos” (Livro de canções publicado pela “Associação do Senhor Jesus”) CD = CD publicado pela Paulus com cantos do Hinário Litúrgico da CNBB. ILUMINADOS PELAS CANÇÕES O celebrante deste 18DTC-C reconhece a necessidade da libertação divina para viver desapegado dos bens terrenos (antífona de entrada) e poder saborear o pão celeste, que contém o sabor da vida divina (antífona de comunhão). Um celebrante que canta a alegria de ter Deus como refúgio (antífona do SR) e encontrar na humildade o caminho para participar do Reino dos Céus (aclamação ao Evangelho). Humildade de quem caminha ao encontro do altar, reconhecendo em Deus o único fundamento da sua existência (entrada), tendo a partilha como regra de vida e de felicidade (ofertório [2]) para se cultivar a vida plena que Jesus trouxe para a terra (comunhão [4]). A canção do envio, que acompanha a dissolvência da assembléia, poderá cantar a esperança de tempos novos, marcados pela partilha e pela alegria de viver anunciando o amor divino em todas as partes (envio [3]). Entrada: 1 – “Irá chegar, um novo dia” (SAL 48) (CO 1489) 2 – “Senhor, quem entrará” (SAL 79) (CO 633) 3 – “Eu só confio no Senhor” (SAL 138) (L 192) 4 – “Como membro dessa Igreja peregrina” (SAL 21) (CO 569) 5 – “A fé é compromisso” (SAL 248) (CO 618) Outras canções de entrada no site: www.liturgia.pro.br [SAL 78] Ouvir canção (1) http://www.4shared.com/mp3/MWY7Sp92/36-Ir_Chegar_um_novo_dia.htm Ouvir canção (2) http://search.4shared.com/q/1/05%20senhor%20quem%20entrar%C3%A1?view=searchMainField Ouvir canção (3) http://search.4shared.com/q/1/11%20-%20eu%20s%C3%B3%20confio%20no%20senhor?view=searchMainField Ouvir canção (4) http://search.4shared.com/q/1/como%20membro%20dessa%20Igreja?view=ls Ouvir canção (5) http://www.4shared.com/mp3/wfv7UJN6/230_-_A_f__compromisso.html Salmo responsorial: 1 – cf. “Cantado salmos e aclamações” (Paulus) p. 232 2 – Cf. “HL da CNBB”, fasc. 3, (Paulus), p. 176-177 Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) Ouvir Sl 89 = http://www.cancaonova.com/cnova/ministerio/temp/inf_txt.php?id=1963 Aclamação ao Evangelho: 1 – “Aleluia! Bem feliz” (SAL 1054) (HL, fasc. 3, p. 239) 2 – “Aleluia! Eu te bendigo ó Pai” (SAL 206) (CO 608) 3 – “Aleluia! Fala, Senhor” (SAL 644) 4 – “Aleluia! Eu vim para cumprir” (SAL 1055) (CO 553) 5 – “Aleluia! Eu te bendigo, ó Pai” (SAL 1295) Ouvir canção (3) http://search.4shared.com/q/1/aleluia%20fala%20senhor?view=ls&suggested Ouvir canção (5) http://aaamp3.com/mp3/ir-miria-035-aleluia-eu-te-bendigo-o-pai-mp3/ Ofertas: 1 – “O pão e o vinho me dizem tanto” (SAL 271) 2 – “Trabalhar o pão” (SAL 283) (CO 718) 3 – “Tu que renovas todas as coisas” (SAL 437) (CO 1389) 4 – “Tomado pela mão, com Jesus eu vou” (SAL 436) (L 530) 5 – “A nossa vida a um sopro é semelhante” (SAL 657) (CO 1139) Ouvir canção (2) http://mp3skull.com/mp3/0385_trabalhar_o_p_o.html Ouvir canção (3) http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/padre-marcelo-rossi/tu-que-renovas/1182231 Ouvir canção (4) http://www.4shared.com/mp3/-r18B-Ny/016_-_tomado_pela_mo_com_jesus.html Ouvir canção (5) http://www.4shared.com/mp3/xKO99Bw-/332_-_A_nossa_vida.htm Comunhão: 1 – “O meu Reino tem muito a dizer” (SAL 306) (CO 132) 2 – “O Senhor nos tem amado” (SAL 309) (L 866) 3 – “Na mesa da Eucaristia” (SAL 587) (CO 748) 4 – “Eu vim para que todos tenham vida” (SAL 865) (CO 164) 5 – “Cantar a beleza da vida” (SAL 289) (CO 347) Ouvir canção (1) http://www.youtube.com/watch?v=8cFt8zCku0g Ouvir canção (2) http://search.4shared.com/q/1/o%20senhor%20nos%20tem%20amado?view=searchMainField Ouvir canção (3) http://search.4shared.com/q/1/na%20mesa%20da%20eucaristia?view=ls&suggested Ouvir canção (4) http://search.4shared.com/q/1/eu%20vim%20para%20que%20todos?view=searchMainField&suggested Ouvir canção (5) http://www.4shared.com/mp3/0YNEikYt/Cantar_a_beleza_da_vida.html Outras canções de entrada no site: www.liturgia.pro.br [SAL 414] Envio: 1 – “Espero em Ti, Senhor” (SAL 2) 2 – “Se eu soubesse achar um tempo” (SAL 1051) 3 – “Vou cantar teu amor” (SAL 174) (L 818) 4 – “Meu Deus e meu tudo” (SAL 1053) (CO 1332) 5 – “Se um dia caíres no caminho” (SAL 433) (CO 436) Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) Ouvir canção (2) http://mp3round.com/mp3-download-padre-zezinho-amar-e-rezar-1997.html Ouvir canção (3) http://search.4shared.com/q/1/padre_fabio_de_melo_-_vou_cantar_teu_amor%20orig.mp3?view=ls Ouvir canção (4) http://www.4shared.com/audio/xQ6bHbPs/Meu_Deus_e_meu_Tudo_eu_vou_rez.html Ouvir canção (5) http://search.4shared.com/q/1/se%20um%20dia%20ca%C3%ADres%20no%20caminho?view=ls&suggested O QUE VALORIZAR NA CELEBRAÇÃO Espaço simbólico: a proposta é colocar na frente do altar, ou num local visível, alguns elementos a serem usados em uma construção, como no caso: tijolos, madeira, prego... e instrumentos para levantar a construção. A questão de fundo é: sobre qual fundamento cada qual irá construir sua vida: nos fundamentos do homem velho (2L), devotado às riquezas (E), ou no fundamento do homem novo (2L), que se enriquece diante de Deus e promove o projeto divino (E). Frase celebrativa: uma frase conhecida, mas que contém uma força espiritual muito provocadora para os nossos tempos. Frase celebrativa Vaidade das vaidades, tudo é vaidade! Equipe de acolhida: acolher os celebrantes com a mesma proposta de Jesus de se enriquecer para Deus e diante de Deus. Frase de acolhida Fique rico para Deus! Boa celebração. Ambientação: o primeiro momento da ambientação poderá considerar o encerramento da Jornada Mundial da Juventude, que acontece neste Domingo, na cidade de Cracóvia (Polonia). Depois de pedir para rezar pelos jovens, o ambientador poderá propor a seguinte pergunta: onde está o sentido da sua vida?, ou então, em qual fundamento, você constrói a sua vida? Na proposta mundana do enriquecimento ou na proposta de Jesus, para se fazer rico diante de Deus? Outra questão é provocar os celebrantes a considerarem o que significa para eles as riquezas e o dinheiro e qual a relação que mantém com os mesmos. Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) Pensamento inicial Buscar o Reino de Deus e se propor a viver de acordo com o projeto divino. Esta é a proposta que ouviremos no Evangelho de hoje. Para isso, é preciso viver a liberdade da beleza da vida, pois a ganância e o apego aos bens materiais traz prejuízo e mal estar. É preciso ser livre diante dos bens materiais. Ritos iniciais Motivação ritual Os ritos iniciais introduzem os celebrantes no contexto celebrativo pedindo perdão pela ganância e por não se enriquecer diante de Deus. Orientação ritual O rito do ato penitencial inspira-se na 2ª leitura, mas com a luz iluminadora do Evangelho para ser pausadamente recitado. Antífona de entrada: Antífona de entrada Meu Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em socorrer-me. Vós sois meu socorro e meu libertador; Senhor, não tardeis mais. Acolhida presidencial: Modelo para acolhida presidencial A graça divina que vos ajuda a aspirar e a buscar os bens do alto, onde está Cristo, esteja sempre convosco. T – Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! Monição inicial: Modelo de monição inicial Na 2ª leitura, Paulo orienta a buscar as coisas do alto e não se apegar ao que é da terra. Jesus, no Evangelho, adverte para o perigo de fundamentar a própria vida nos bens terrenos. Pelas vezes que fomos gananciosos e buscamos mais as riquezas do mundo e não nos enriquecemos para Deus, peçamos perdão. (breve pausa de silêncio) Ato penitencial: Modelo para o ato penitencial Senhor, vós que nos ensinais o desapego dos bens materiais, tende piedade de nós! T – Senhor, tende piedade de nós! Cristo, vós que conduzis nossas vidas a buscar as coisas do alto, onde viveis, tende piedade de nós! T – Cristo, tende piedade de nós! Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) Senhor, vós que sois a imagem do homem e da mulher novos, tende piedade de nós! T – Senhor, tende piedade de nós! P – Deus misericordioso, que vosso perdão divino faça morrer em nós tudo que pertence à terra, para que possamos cultivar deste agora a riqueza da vida eterna. T – Amém! Rito de glorificação inicial: Modelo de motivação para o rito do glória Nosso canto de alegria a Deus que, em Jesus Cristo, nos convida a nos desprender dos bens deste mundo para possuirmos os tesouros no Reino dos céus. Oração do dia: Oremos Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas, que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, conservando-a renovada. PNSJC T – Amém! Liturgia da Palavra Motivação ritual Proclamar a Palavra para orientar os celebrantes a não se apegarem aos bens terrenos, mas se sentirem livres e usá-los com liberdade. Orientação ritual A proclamação da oração dos fiéis poderá ser feita por membros da Pastoral do Dízimo. Proposta para a homilia Objetivo: levar os celebrantes a refletirem sobre a importância dos bens materiais, mas também sobre os perigos e os riscos que os mesmos podem proporcionar a todos que nele se apegam. Dinâmica: com a finalidade de dinamizar a homilia, pode-se projetar as seguintes imagens: (1) foto de empresário rico; (2) foto de pessoas vaidosas; (3) foto de pessoas e felizes e livres; (4) ilustração com o tema “apego aos bens”. Profissão de fé: Proposta de monição para o Credo Professemos nossa fé no Deus da vida. Professemos juntos que queremos usar os bens deste mundo para construir uma sociedade mais justa e mais fraterna. Professemos nossa fé dizendo: Creio em Deus... Oração dos fiéis: Deus bondoso, atendei nossa súplica! Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) P - Deus se revela a nós como um Pai generoso e bom, por isso, com confiança elevemos nossos pedidos, para que aprendamos a viver desapegados dos bens deste mundo e buscar os bens celestes. Por todos os membros da Igreja, para que sejam repletos da bondade de Deus e não se prendam aos bens deste mundo, rezemos ao Senhor: T – Deus bondoso, atendei nossa súplica! Por aqueles que têm fome e sede de justiça, para que saibam valorizar os bens do Reino de Deus e cultivá-los em nosso meio, rezemos ao Senhor: T – Deus bondoso, atendei nossa súplica! Por todas as famílias que sofrem o drama do desemprego, para que saibam suprir suas necessidades com a partilha fraterna dos cristãos, rezemos ao Senhor: T – Deus bondoso, atendei nossa súplica! Por todos os homens e mulheres que padecem na escravidão do apego dos bens materiais e do dinheiro, para que vivam na liberdade proposta pelo Evangelho, rezemos ao Senhor: T – Deus bondoso, atendei nossa súplica! Pelos jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude, que se conclui neste Domingo, para que sejam exemplos vivos do desapego dos bens através da partilha com os mais necessitados, rezemos ao Senhor: T – Deus bondoso, atendei nossa súplica! P – Deus bondoso, atendei nossas súplicas e derramai vossa graça, para que possamos nos desapegar dos bens terrenos e buscar cada vez mais os bens do alto, onde convosco vive e reina vosso Filho Jesus, pelos séculos dos séculos. T - Amém! Liturgia Sacramental Motivação ritual O desapego dos bens materiais é condição para se ofertar generosamente os dons da vida e reconhecer, pela adoração, que somente Deus é o Senhor. Orientação ritual A procissão ofertorial para levar os dons ao altar poderá contar com a presença de pessoas pobres da comunidade, representando a assembléia deste Domingo. Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) Procissão das ofertas: quem não coloca sua segurança nos bens terrenos, quem usa seus bens para partilhar com os mais necessitados está em condições para se apresentar diante do altar e fazer sua oferenda ao Pai. Orate fratres: Orate fratres Orai, irmãos e irmãs, para que nossos dons, purificados de todo apego terreno, sejam aceitos por Deus Pai todo-poderoso. T – Receba o Senhor por tuas mãos Sobre as oferendas: Oração sobre as oferendas Dignai-vos, ó Deus, santificar estas oferendas e, aceitando este sacrifício espiritual, fazei de nós uma oferenda eterna para vós. PCNS. T – Amém! Oração eucarística: Modelo de monição para a Oração Eucarística Libertados de toda idolatria, adoremos com o coração purificado nosso Deus e Senhor, presente na Eucaristia. Preparação para a comunhão Motivação ritual A liberdade de ser filho e filha de Deus abre nossos corações para nos enriquecer diante de Deus e nos tornar cultivadores da paz em nossa sociedade. Pai nosso: Convite para o Pai nosso Guiados pelo Espírito de Jesus, que nos conduz a partilhar e viver na fraternidade, rezemos: Pai nosso... Abraço da paz: Proposta de saudação da paz Libertados de toda ganância, ofertemos nossa paz com um gesto fraterno. Convite para a comunhão: Proposta de convite para a comunhão Vossa vida está escondida com Cristo, em Deus! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Antífona de comunhão: Antífona de comunhão A vida do homem e da mulher não consiste na abundância da riqueza, mas em ser rico para Deus. Oração depois da comunhão: Oração depois da comunhão Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) Acompanhai, ó Deus, com proteção constante os que renovastes com o pão do céu e, como não cessais de alimentálos, tornai-os dignos da Salvação eterna. PCNS T – Amém! Ritos finais Motivação ritual Que a bênção divina favoreça a renúncia e o distanciamento de toda cobiça e ganância na vida dos celebrantes, para livremente buscarem as coisas do alto. Orientação ritual Se, na comunidade houver algum movimento pela simplicidade da vida, estes poderão propor o compromisso concreto. Não havendo, o padre faça a proposta do compromisso concreto. Para a bênção final, sugerimos uma fórmula de oração sobre o povo, suplicando a proteção divina, para que os celebrantes possam trabalhar em vista do bem comum, com alegria e simplicidade. Depois da proposta do compromisso concreto, dentro das possibilidades, pode-se apresentar alguns slides (via datashow) com fotos da Jornada Mundial da Juventude e um representante da PJ propor algum tema de reflexão a partir das homilias do Papa, por exemplo, no decorrer da semana, ou oportunamente, como eco da JMJ de Cracóvia. Compromisso concreto: propor aos celebrantes que faça uma reflexão se vale a pena transformar o trabalho de uma vida inteira buscando riquezas e bens materiais. Juntamente com a necessidade de trabalhar para se ter o necessário de uma vida digna e confortável, é preciso cultivar valores como amizade, serenidade, presença de Deus, amor e alegria para com todos. Fora disso, tudo o que se pode ajuntar não passará de vaidade que um dia será desfrutado por outras pessoas. Com nossos agradecimentos pela sua audiência, desejamos um bom domingo e uma boa semana. Bênção e despedida: Sugestão de oração sobre o povo e bênção P – O Senhor esteja convosco T – Ele está no meio de nós. T - Derramai vossas bênçãos sobre o povo, Senhor, para que libertado da idolatria da cobiça e vivendo na simplicidade tenha uma vida saudável e colabore para o bem de toda a sociedade. Por Cristo, nosso Senhor. T – Amém! P – Abençoe-vos, Deus todo-poderoso Pai e Filho e Espírito Santo. T – Amém! A despedida da assembléia poderá ser feita como segue: Só em Deus está o fundamento de nossas vidas. Ide em paz, o Senhor vos acompanhe. Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) LITURGIA DA PALAVRA (leituras) Atenção No quadro abaixo estamos propondo uma monição geral da Liturgia da Palavra, que poderá ser feita pelo sacerdote ou pelo comentarista. Esta monição elimina as motivações de cada uma das leituras. A 1ª leitura pode ser considerada como uma crítica a quem busca sentido na vida no ganho fácil, no lucro e na fama. Tudo passa e ninguém pode comprar o tempo de sua vida com toda a riqueza que conseguiu amontoar no decorrer de sua existência, diz Jesus. Para se enriquecer diante de Deus, a necessidade de se renovar e viver como homens e mulheres novos. Primeira leitura – Ecl 1,2; 2,21-23 Leitura do Livro do Eclesiastes Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade. Por exemplo: um homem que trabalhou com inteligência, competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em nada colaborou. Também isso é vaidade e grande desgraça. De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol? Toda a sua vida é sofrimento, sua ocupação, um tormento. Nem mesmo de noite repousa o seu coração. Também isso é vaidade. Palavra do Senhor. Graças a Deus Salmo responsorial - Sl 89 Vós fostes ó senhor, um refúgio para nós Vós fazeis voltar ao pó todo ser mortal, quando dizeis: “voltai ao pós, filhos de Adão!” Pois mil anos são para vós como ontem, qual vigília de uma noite que passou. Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) Vós fostes ó senhor, um refúgio para nós Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca. Vós fostes ó senhor, um refúgio para nós Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos! Vós fostes ó senhor, um refúgio para nós Saciai-nos de manhã com vosso amor e exultaremos de alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza Vós fostes ó senhor, um refúgio para nós Segunda leitura - Cl 3,1-5.9-11 Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos para alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestido de glória. Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria. Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir e vos revestistes do homem novo, que se renova segunda a imagem do seu Criador, Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) em ordem ao conhecimento. Aí não se faz distinção entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre, mas Cristo é tudo em todos. Palavra do Senhor. Graças a Deus Aclamação ao Evangelho: Mt 5,3 Aleluia, aleluia, aleluia Felizes os humildes de espírito Porque deles é o Reino dos céus. Evangelho: Lc 12,13-21 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas Naquele tempo, Alguém do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou dividir vossos bens?” E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. E pensava consigo mesmo: O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita. Então resolveu: já sei o que vou fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita! Mas Deus lhe disse: “louco!” Ainda nesta noite, pedirão de vota a tua vida. E para que ficará o que acumulaste? Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus. Palavra da Salvação. Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) REFLEXÃO CELEBRATIVA (proposta de homilia) 1 – Contexto social e bens de consumo Não é preciso muito esforço para compreender que estamos num tempo que valoriza demais o lado material da vida. As palavras que mais ouvimos falar, na televisão e, principalmente, em palestras motivacionais, é competitividade, talento empresarial, ser bom administrador para lucrar. Todos estes termos pertencem a pessoas que venceram na vida e ficaram ricos. O modelo de vida, apresentado nos grandes meios de comunicação, é composto por empresários e pessoas bem sucedidas na área de negócios. Comparando o Evangelho que ouvimos hoje com a realidade de nossos dias, é, também, simples e fácil de perceber como muita gente é insensata ao colocar o suporte de suas vidas nos bens materiais e nas riquezas deste mundo. Se é verdade que o homem pode ter controle sobre seus bens, é também verdadeiro que não podemos controlar nossa vida eternamente. Um dia seremos chamados para prestar contas do que fizemos na terra. Naquele dia, diz Jesus, contará o amor e não o sucesso empresarial. 2 – Para que serve as riquezas? Referindo-se a estes que se preocupam demais com as coisas da terra, Jesus os chama de loucos, de tolos. Trabalham, trabalham e, num belo dia, quando pensam que poderão descansar e desfrutar dos bens terrenos, morrem e deixam tudo para os outros. Com palavras assim, Jesus quer recordar que quem coloca sua segurança nos bens terrenos nunca terá sossego. Viverá sempre um pouco ou muito preocupado com aquilo que tem e com o medo da possibilidade de ser roubado pelos outros. Será alguém que não dormirá tranquilamente. — De que serve tudo isso? Podemos nos perguntar. Para que serve tudo isso? —. O livro do Eclesiastes, na 1ª leitura, diz que isso não serve para nada e define tal preocupação como vaidade, quer dizer, uma simples aparência que passa. Tudo não passa de vaidade das vaidades. O homem não é capaz de tirar nenhum proveito de todo este esforço. Nem mesmo a riqueza que julgava ter conseguido lhe pertence. Um dia, no momento da partida definitiva desta terra, terá que deixar tudo para os outros. “Vaidade das vaidades. Tudo é vaidade”. 3 – A vida é muito mais que a mania de ter Todo este discurso, esta reflexão que faço com vocês, no atual contexto social e na mentalidade de nossos dias, parece e talvez seja bastante pessimista. É, com certeza, uma reflexão que vai contracorrente. Na realidade, não tem nada de pessimista porque é um discurso realista. Tratamos com a realidade da vida que muitas vezes deixamos de vivê-la porque nos preocupamos demais com as coisas do mundo e principalmente com o lucro que queremos ter em tudo que fazemos. Perdemos assim a espontaneidade que nos vem da gratuidade. A vida é muito mais que ter e acumular riquezas e bens. A vida é muito mais que a mania de ter e sempre ter cada vez mais. A vida é bonita quando sabemos usar os bens e as riquezas para o proveito de toda uma família, de uma comunidade como a nossa. Nem o sábio do Eclesiastes e nem Jesus dizem que a riqueza é algo ruim; dizem apenas que é perigosa quando ameaça tirar o sentido da vida e o rumo existencial. Dizem mais. Você pode ter riquezas, o problema é fazer das riquezas o fundamento e a segurança da vida. Nenhuma riqueza consegue acrescentar nem dias e nem horas à nossa existência. É isto que Jesus está ensinando. Serviço de Animação Litúrgica (www.liturgia.pro.br) 4 – O valor da vida é maior que as riquezas Dinheiro e bens materiais todos precisamos ter para viver bem e viver dignamente em nossa sociedade atual. O que a Bíblia chama atenção não é quanto ao ter dinheiro, mas para o apego com as coisas deste mundo, porque as riquezas do mundo, quando nos tornamos apegadas a ela, são fonte de ansiedade e não de paz. Trabalhar para ter bens e poder viver confortavelmente é justo. O que a Palavra deste Domingo adverte é quanto ao ficar apegado e viver em função da riqueza e dos bens. A vida é muito bonita e não pode ser perdida, vivendo preocupado com lucros e dividendos. Viver perto de Deus, viver feliz, viver alegre, viver em paz, ter amigos é uma riqueza muito mais compensadora que os bens materiais. O resto é vaidade pura. Além disso, as riquezas e os bens que temos não servem unicamente para que tenhamos uma vida confortável. Isto é egoísmo. Todo bem que temos, no contexto da Doutrina Social da Igreja, provoca-nos e nos desafia a partilhar com quem não tem. Um Domingo, portanto, que merece uma profunda reflexão de todos nós sobre o que representam os bens materiais para nós e como nós os administramos. Amém! Coordenação: Serginho Valle [email protected] São José do Rio Preto, maio de 2016 Todos os Direitos são reservados ao SAL, que não autoriza a publicação escrita total ou parcial dos textos em nenhum meio público.