Texto de apoio ao curso de Especialização

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Texto de apoio ao curso de Especialização
Atividade física adaptada e saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
NOTÍCIAS
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doença celíaca, pesquise em Artigos. Para ler as notícias antigas, clique em: Notícias anteriores .
2007
Nova linha da nutrição mostra que cada pessoa reage de um jeito aos
alimentos e faz correções radicais na dieta para tratar de enxaqueca a
hiperatividade
MÔNICA TARANTINO - ISTO É - On-line
Esqueça tudo o que ouviu falar até hoje sobre calorias e os
efeitos da combinação de carboidratos e proteínas. O segredo
da boa alimentação está em descobrir – e respeitar – as
particularidades de cada organismo. Por essa premissa, há
risco de que aquele cacho de uva que você come com prazer,
por exemplo, cause reações nada benéficas ao seu corpo.
Pelo menos é isso o que acreditam representantes de uma
nova corrente da nutrição, os nutricionistas funcionais.
Segundo essa linha de estudos, por mecanismos individuais,
pode-se responder mal a alimentos e, com isso, sofrer
reações alérgicas muitas vezes não reconhecidas como tal. A
SUCESSO Helinho faz dieta rígida e
repetição dos episódios é nefasta. “O consumo excessivo de
melhorou da hiperatividade. Seus pais, um alimento tido como inofensivo pode estar na origem de
Solimar e Hélio, aprovam o método
males como enxaqueca, ansiedade, tensão pré-menstrual,
rinite, distúrbios de comportamento e hiperatividade”, explica a
especialista em nutrição funcional Patricia Haiat Davidson, do Rio de Janeiro.
Os mecanismos que levam a esse desfecho só começaram a ser desvendados a partir da constatação
de que é o metabolismo de cada um que determina o que e como o corpo aproveita os alimentos.
“Posso me dar bem com aspargos ou leite, mas outra pessoa pode não ter as enzimas exigidas para a
boa digestão”, explica Valéria Paschoal, vice-presidente do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional.
Para esse segundo indivíduo, o resultado da ingestão repetida desses alimentos pode ser o
desenvolvimento das alergias tardias. “Isso ocorre porque, com o tempo, o corpo se torna sensível às
substâncias que não aproveita e se defende”, explica a nutricionista Lucyanna Kalluf, de São Paulo. A
partir daí, o que se segue é a liberação de várias substâncias que, no final da cascata, prejudicam o
funcionamento cerebral e todo o sistema vascular, expondo o organismo a várias doenças. Um dos
pontos atingidos, por exemplo, é a fabricação de serotonina, composto envolvido no processamento das
emoções. Em desequilíbrio, pode levar à depressão e ao agravamento dos sintomas da TPM.
Baseados nessa nova abordagem, os nutricionistas têm trabalhado em parceria com médicos para
melhorar sintomas e prevenir doenças. Foi por intermédio de um psiquiatra que Solimar Lélis, de São
Paulo, marcou uma consulta com Lucyanna em busca de opções para amenizar os sintomas de
hiperatividade e transtorno de déficit de atenção do filho Helinho, 12 anos. Ela diagnosticou alergia a
leite e derivados, tirou também produtos com trigo e alimentos com glutamato, como o molho de soja
shoyu, que ele amava. “Contém glutamato monossódico, que leva à excitabilidade, péssimo para quem
é hiperativo”, explica Lucyanna. Seguindo a dieta há um ano, o garoto se delicia com achocolatados
de soja e biscoitos à base de polvilho e arroz e não toma mais remédio. “Ele está menos agitado,
dorme profundamente e já o vi lendo revistas concentrado, o que antes era impensável”, comemora
Solimar.
Para descobrir os alimentos que podem estar na raiz das
doenças, os nutricionistas fazem uma investigação detalhada.
No primeiro encontro, Helinho e Solimar responderam a mais
de 100 perguntas sobre hábitos, alimentos mais consumidos,
sensações e comportamentos associados à comida. As
informações foram processadas por um programa de
computador desenhado para revelar os inimigos do
metabolismo do paciente. Alguns também são submetidos a
exames para identificar alérgenos e possíveis alterações
genéticas.
A partir dessas informações, cria-se um novo cardápio. A atriz
MUDANÇA Mariska deu adeus aos
Mariska Nichalik, 26 anos, deu uma virada radical na
latícínios e produtos com trigo. Livroualimentação. Ela tinha sintomas intensos de TPM com
se da TPM
duração de pelo menos 20 dias e sentia-se deprimida.
Também lutava com o peso. Após uma consulta com a
nutricionista Patrícia, cortou laticínios, refrigerante diet, pão, leite e glúten e incorporou alimentos como
a couve-flor e o óleo de linhaça. “Não tive mais sintomas e perdi mais de cinco quilos”, conta. Outro
ponto que preocupa os nutricionistas é o consumo exagerado de alimentos industrializados. “O risco é a
grande ingestão de componentes químicos estranhos ao organismo, o que pode desencadear alergias
e, conseqüentemente, outras doenças”, explica Lucyanna.
ISTO É ON-LINE - 27/08/2007
ACELBRAs participam da
III CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
em Fortaleza
Entre os dias 03 e 06 de julho de 2007 foi realizada em Fortaleza a III Conferência Nacional de SAN,
organizada pelo CONSEA e Governo Federal. As Acelbras estiveram presentes defendendo os direitos
dos celíacos e de todos os portadores de necessidades alimentares especias ( diabéticos, hipertensos,
fenilcetonúricos, alérgicos ). Durante a Conferência a Acelbra foi responsável pela organização de uma
Oficina oferecida aos participantes ( Delegados e Observadores) onde pode apresentar a Doença
Celíaca e as questões ligadas ao celíaco. A Nutricionista Margarida Silva ( Universidade Federal de
Viçosa / Acelbra-MG ) foi a palestrante e os representantes das Acelbras contribuiram com a
apresentação de esquetes teatrais para dinamizar a Oficina. No encerramento da Conferência a Acelbra
apresentou uma MOÇÃO, encaminhada ao Ministério da Saúde:
"OS DELEGADOS DA III CNSAN SOLICITAM QUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE, POR
MEIO DA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA E ATENÇÃO À SAÚDE - SAS, CONCRETIZE O
PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES DA DOENÇA CELÍACA E IMPLEMENTE A
CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS,
PRIORITARIAMENTE OS QUE ATUAM NA ATENÇÃO BÁSICA E PROGRAMA DA SAÚDE DA
FAMÍLIA-PSF
Representantes das Acelbras e o Ministro Patrus Ananias
Mercado alimentício não atende celíacos
A necessidade de produtos especiais sem glúten torna os
celíacos um público consumidor abandonado pelo mercado.
Quando percebeu isso, baseada num problema da própria
filha, Rose Abranches passou a desenvolver produtos a
partir da banana verde, ou seja, sem glúten - a proteína que
afeta a qualidade de vida dos celíacos. O organismo de quem
tem esse problema produz anticorpos que combatem o glúten
assim que toma contato com a proteína. Esses anticorpos
atrofiam o intestino delgado, que perde a capacidade de
absorver nutrientes.
O interesse de Rose em desenvolver esse
JULIANA GONÇALVES
tipo de alimento surgiu de um problema
enfrentado pela filha.
Foto: Juliana
Ainda pouco conhecida, seus sintomas podem se confundir com
Gonçalves.
outros distúrbios. Trata-se da doença celíaca - intolerância
permanente ao glúten. A doença geralmente se manifesta na infância, entre o primeiro e o terceiro ano
de vida. No entanto, pode surgir em qualquer idade, inclusive na adulta.
O organismo do celíaco produz anticorpos que combatem o glúten assim que toma contato com a
proteína. Esses anticorpos atrofiam o intestino delgado, que perde a capacidade de absorver nutrientes.
De acordo com a nutricionista Letícia Mantrim, a doença celíaca é uma deficiência permanente, que
impede a absorção da proteína. "A ingestão de glúten provoca uma reação imunológica. É como se
fosse um corpo estranho, que o organismo rejeita para se proteger", explicou Letícia.
A nutricionista explicou ainda que os sintomas e as reações do organismo dos celíacos variam muito.
Em crianças os sintomas mais freqüentes são emagrecimento, anemia, diarréia crônica, vômito e
distensão abdominal. Além disso, baixa estatura, osteoporose, prisão de ventre e irritabilidade podem
ser indicativos da doença.
O glúten é uma proteína encontrada no trigo, na aveia, no centeio, na cevada e no malte. Assim, o único
tratamento possível para a doença é a dieta isenta de qualquer alimento à base de algum desses
ingredientes, ou seja, pães, bolos, massas, bolachas e bebidas (cerveja, whisky, vodka).
O paciente celíaco que ingere esses alimentos tem maior risco de desenvolver outras doenças, como
problemas de tireóide, de fígado, nos rins, de pele e até câncer. Por isso, a doença pode até levar à
morte. Qualquer quantidade de glúten pode ser prejudicial para o celíaco. Por isso existe até legislação
para regulamentar o assunto. A lei federal 10.674, de 2003, obriga os fabricantes a identificarem nas
embalagens a presença ou não de glúten nos alimentos industrializados. Conforme um estudo da
Universidade de Brasília (UnB) existe um celíaco para cada 600 habitantes.
Vida de celíaco
O celíaco pode apresentar um conjunto de sintomas ou apenas um, o que às vezes atrasa e dificulta o
diagnóstico da doença. Aline Gonçalves de Santa, por exemplo, só descobriu que era celíaca aos 13
anos de idade. O diagnóstico foi feito por causa da baixa estatura. Só depois de procurar o médico,
preocupada com o fato de não estar crescendo, foi que Aline descobriu que era celíaca.
Diagnosticado o problema, Aline - hoje aos 17 anos - disse que cortou alimentos com glúten de sua
alimentação e passou a substituir o trigo por outros ingredientes, como fubá, fécula de batata, farinha de
arroz e amido de milho. No entanto, além do problema fisiológico, o celíaco enfrenta ainda outra
dificuldade. "É muito difícil encontrar produtos sem glúten no mercado", contou Aline que elabora muitos
dos produtos que consome.
Segundo informações da Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra), devido à falta de produtos
industrializados especiais sem glúten no mercado brasileiro, a maior parte dos alimentos consumidos
pelos celíacos é elaborada em casa, por eles mesmos. Foi aí que a microempresária Rose Mary
Abranches encontrou uma brecha.
Inspirada num programa de televisão que ensinava como fazer salgadinho de banana, Rose passou a
desenvolver novos produtos a partir da fruta. Além de pôr em prática a receita do salgadinho, ela
desenvolveu misturas para bolos, tortas, nhoque, macarrão, almôndegas, empadas - tudo feito com
banana verde, ou seja, sem glúten.
A última novidade é o granulado de banana para quibe, que inclusive já foi patenteado pela
microempresária. Os produtos, além de saborosos, são nutritivos e saudáveis porque são elaborados
com ingredientes naturais. Rose Mary Abranches demonstrou seus produtos na 47ª Exposição
Agropecuária e Industrial de Londrina, realizada de 5 a 15 de abril.
O interesse de Rose em desenvolver esse tipo de alimento surgiu de um problema enfrentado pela filha.
Depois de sofrer um aneurisma, seu organismo já não aceitava qualquer alimento. A aprovação foi tão
grande que Rose decidiu comercializar seus produtos. Registrou-os, desenvolveu embalagens e passou
a divulgar os produtos.
A maioria dos alimentos elaborados por ela surgiu a partir de pedidos de clientes com intolerância a
algum tipo de alimento. Por isso, o empenho de Rose em criar novas alternativas é constante. A fim de
ajudar as pessoas e diversificar seu negócio, ela faz experimentos frequentemente para chegar a novas
receitas. Hoje ela já recebe encomendas de bolo, bem-casado, brigadeiro, beijinho, cajuzinho; e
salgados, como coxinha, risóles, quibe e tortas. Tudo sem glúten. As últimas experiências têm sido na
tentativa de produzir doce de leite de soja, agora para pessoas intolerantes à lactose.
www13.unopar.br/unopar/publicacao/manchete.action?m=355 - 24k ESTUDO E PESQUISA PARA ESTABELECER UMA DIETA DENTRO DE LIMITE SEGURO, PARA
PACIENTES DE DOENÇA CELÍACA
www.celiac.com
Pesquisadores de doença celíaca na Itália e no Centro de Pesquisas em Baltimore, Maryland USA,
conduziram uma apuração aleatória multicentrada, com uso de placebo sem conhecimento de médicos
e pacientes, envolvendo 49 indivíduos adultos que tiveram biópsia comprovada da doença celíaca. Eles
estavam fazendo a dieta sem glúten, contendo menos de 5 mg de gluten por dia, por no mínimo dois
anos.
O objetivo desse estudo era determinar se há um limite seguro para exposição diária e prolongada a
uma pequena quantidade de gluten. Os ítens do estudo foram divididos em tres grupos, aos quais foram
dadas cápsulas diárias contendo 0mg, 5mg e 50mg de gluten. Foram feitos exames e biópsias antes e
depois do desafio. Um paciente ao qual foi fornecido 10mg de gluten diariamente experimentou recaída
clínica, mas ao final não havia sido encontrada diferença significativa na contagem de IEL dos tres
grupos, o que levou à conclusão de que " a ingestão de gluten contaminador pode ser mantido abaixo
de 50 mg por dia no tratamento dos doentes celíacos".
Este estudo está em alinhamento com os anteriores, sobre ingestão limítrofe de gluten. Para ajudar a
colocar as quantidades de gluten usadas na pesquisa em perspectiva e demonstrar porque o nível
standard do Codex Alimentarius é considerado seguro para os pacientes, o debate a seguir servirá para
quantificar o montante de gluten existente em ( ou que compõe) 50mg.
A quantidade de glúten no seu pão de trigo branco ( aproximadamente 30 gramas cada fatia) é por
volta de 4.8 gramas ou 4.800 miligramas - normalmente 10% de seu peso. Se dividir 4.800 por 50
achará 96; então se uma fatia comum de pão branco for dividida em 96 pedaços se achará o que, mais
ou menos, é considerado seguro para um doente celíaco consumir em um dia, de acordo com este
estudo. Esta é uma fórmula que pode ser usada para determinar quantos miligramas de gluten há na
sua alimentação, baseando-se em quantas partes por milhão (ppm) de glúten existe no produto. A
fórmula portanto é: ppm do produto vezes o número de gramas do alimento dividido por mil, que é igual
ao número de miligramas. O CODEX ALIMENTARIUS especifica que os alimentos naturalmente livres
de glúten contém menos de 20ppm, e os que são fabricados sem glúten com a qualidade Codex contém
menos de 200ppm. Usando esta fórmula se pode calcular quantas fatias de pão um celíaco pode ingerir
para consumir 50 mg de glúten.
Este estudo e este artigo não são para estimular doentes celíacos a ingerir glúten. A realidade é
que a contaminação cruzada de produtos supostamente sem glúten é muito comum, e muitos de nós
que fazemos a dieta acabamos ingerindo, por desconhecimento, enormes quantidades diariamente.
Estudos como este podem trazer perspectivas e mais consciência sobre alimento industrializado.
Tradução: ANA MARIA ALEMIDA XAVIER
Nikkei também pode sofrer intolerância a glúten
Há poucos anos temos tido notícias de um mal ainda
pouco conhecido, a doença celíaca – a intolerância ao
glúten (proteína de cereais como o trigo, a cevada, o
centeio e a aveia), da qual sofrem pessoas com
predisposição genética, segundo a Associação de Celíacos
do Rio de Janeiro (Acelbra-RJ). A entidade estima que,
para cada celíaco diagnosticado, existem de cinco a oito
sem o diagnóstico, por isso, ainda não existem estimativas
exatas no Brasil. Mas calcula-se que, para cada grupo de
200 pessoas, uma tenha a doença, que pode ser
descoberta tanto nos primeiros anos de vida quanto na
fase adulta.
Estas pessoas não podem comer nenhum alimento que
tenha glúten, para evitar o risco de desenvolver outras
O pão sem glúten é produto mais procurado por
doenças, como osteoporose e até câncer. A dieta isenta de
doentes celíacos
glúten é o único tratamento.
A doença tem preocupado a comunidade nikkei. Moisés Hirata, dono de uma loja de produtos
dietéticos no Mercado Municipal de Curitiba, acabou focando o seu negócio em alimentos sem glúten
porque a Associação de Celíacos do Paraná pediu que fornecesse. “Por conhecer algumas pessoas da
Associação, descobri que precisavam de espaço para vender esses produtos. Até então queriam que
os supermercado fornecessem. As redes não se comprometeram. Aceitei, desde que tivesse respaldo
de compra e venda da Associação. Sigo à risca todas as dicas da assessoria e carrego a bandeira”, diz
o lojista, que costuma freqüentar as reuniões da entidade.
Há estudos que apontam a incidência maior em mulheres e em parentes de primeiro grau de quem tem
o problema. A engenheira eletricista Mari Watanabe descobriu que tinha dermatite herpetiforme - uma
variedade da doença celíaca, que em vez de atacar o intestino ataca a pele – há cinco anos. A
variedade é muito mais rara, atinge um em cada grupo de 100 mil e por isso ela levou mais tempo para
aprender como se tratar. A engenheira havia acabado de perder a mãe, Haruko Oda, seis meses
antes de ter o diagnóstico da doença, e teve que mudar todo o seu estilo de vida em função do
tratamento.
Desde 1994, Mari administrava a empresa de equipamentos mecânicos herdada do pai, Akio Oda,
localizada no bairro da Vila Hauer, em Curitiba. Quando a mãe faleceu, ela ficou em estado de
estresse e começou a ter alergias que resultavam em feridas que nunca cicatrizavam. Teve febre,
anemia e emagreceu. Após uma biópsia, descobriu que tinha a doença celíaca. A engenheira
terceirizou a empresa e passou a ter uma vida mais tranqüila, mudando para Pinhais, na Região
Metropolitana de Curitiba.
“Como as vendas da empresa caíram com a concorrência de importados, despedi funcionários,
terceirizei os serviços e aluguei o barracão onde a empresa estava instalada”, conta.
Em Pinhais, além de aprender a fazer pães e massas sem usar farinha de trigo (substituindo por
Karen Fukushima
farinha de arroz, fécula de batata e polvilho de mandioca, entre outros), ela passou a fabricar
componentes elétricos num ritmo mais vagaroso. E a dedicar-se a atividades pacíficas, como cultivar
horta, fazer ilustrações botânicas (ela freqüenta um grupo de ilustradores no Jardim Botânico), além de
participar de grupos e ir a congressos de celíacos para conhecer mais sobre a doença.
Mari está sempre alerta para o perigo de se “contaminar”, isto é, ingerir alimento com glúten, que
acaba desencadeando alergias que causam bolhas em sua pele. Por isso, cada vez que vai a um
restaurante ou comer fora, ela tem que criar estratégias. “Ou vou de barriga cheia pra não comer nada
que faz mal ou até levo a base da massa quando sou convidada pra ir numa pizzaria com amigos”,
diz, bem-humorada.
Ficha médica
A doença celíaca é conhecida desde o Século 11, mas só em 1888 foi descrita em detalhes por um
pesquisador inglês, que achou que as farinhas poderiam ser as causadoras da moléstia. Em 1953 a
teoria da doença foi comprovada. O diagnóstico é feito através de biópsia da mucosa intestinal,
de endoscopia digestiva e/ou da resposta à dieta isenta de glúten.
Sintomas típicos
Adultos: diarréia crônica, perda de peso, anemia, distensão abdominal e fraqueza
Crianças: retardo no desenvolvimento, baixa estatura, perda de peso, vômitos, diarréia, dor abdominal
recorrente, desnutrição
Em ambos: anemia por deficiência de ferro, neuropatia periférica
Condições associadas : pode estar associada a outros males como câncer.
Tratamento: dieta estritamente sem glúten, por toda a vida. Com a dieta correta, há regressão
completa da lesão intestinal e dos sintomas.
Fonte: Paraná Shimbun
22/12/2006 03:48
Secretaria Municipal de Saúde atende celíacos e fenilcetonúricos
Cascavel, PR - A Secretaria de Saúde da Cascavel (PR) através do Sistema de Vigilância Alimentar e
Nutricional (Sisvan) realizou esta semana, no Centro Especializado de Atendimento à Criança (Ceacri) o
repasse de 28 cestas – referentes aos meses de Dezembro e Janeiro – e brinquedos, para os 14
pacientes (10 celíacos e 4 fenilcetonúricos), que são atendidos no Programa de Apoio à Portadores de
Intolerâncias Alimentares.
De acordo com a nutricionista, Márcia Dalla Costa, o trabalho é desenvolvido a alguns anos em parceria
com o Governo do Estado. “Mensalmente o grupo reúne-se para trocar experiências, bem como receber
cesta de alimentos específicos ao tratamento da doença”, explicou.
A fenilcetonúrica é uma doença congênita, que se não tratada corretamente causa deficiência mental. É
uma das cinco doenças detectadas pelo Teste do Pezinho, que incide em média em um caso para cada
28 mil bebês nascidos.
Já a doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten presente no trigo, centeio, cevada e
aveia. “Quando o celíaco ingere alimentos contendo glúten, este produz lesão no intestino que no
decorrer dos anos pode causar câncer. Os sintomas cessam com a retirada do glúten da dieta”, afirma a
nutricionista.
Os sinais da doença celíaca referem-se à perda de peso, parada do crescimento, diarréia crônica,
distensão e dor abdominal, irritabilidade, vômitos, entre outros. A recomendação da nutricionista Márcia
é de que os pais fiquem atentos a estes sinais e procurem a Unidade Básica de Saúde mais próxima
para obterem um diagnóstico preciso. “Hoje temos 10 pacientes carentes atendidos, mas é importante
que os profissionais da área da saúde fiquem atentos aos sintomas já que estes podem ser facilmente
confundidos”, alerta a nutricionista.
Objetivo - A distribuição de brinquedos no Natal teve como meta principal atrair a presença das
crianças e assim poder fazer a vigilância nutricional. Durante a entrega foram pesadas e medidas, tendo
as informações registradas no Sisvan para o acompanhamento crescimento e desenvolvimento. O
trabalho conta ainda com uma parceria com o curso de nutrição da Faculdade Assis Gurgacz (FAG).
XI Congresso Brasileiro da Mandioca: pesquisadores apresentam pré-mix para
pão sem glúten, à base de derivados da mandioca.
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