INSTRUÇÕES DE USO HEMAGEN® VIRGO® CMV- IgG - Imunofluorescência Cat. No. 902111 - 96 testes (12x8) USO DO PRODUTO O teste de Citomegalovirus (CMV) – IgG Hemagen® Virgo® por imunofluorescência indireta é usado para a detecção e titulação dos anticorpos IgG do citomegalovirus no soro humano. RESUMO, EXPLICAÇÃO E PRINCÍPIO DO TESTE Por toda parte do mundo, a infecção por citomegalovírus (CMV) é assintomaticamente adquirida durante a infância. Porém, em uma comunidade afluente, a infecção primária pode ser retardada resultando em: - infecção durante a gravidez conduzindo ao princípio evidente ou retardado de anomalias congênitas em recém-nascidos. - Infecção seguida de transfusões de sangue que pode conduzir a mononucleose induzida por CMV. - Infecção seguida de imunossupressão por transplante de órgão que pode conduzir a complicações durante a recuperação e/ou perda de órgão. A infecção por CMV não pode ser clinicamente diagnosticada sem confirmação pelo teste de laboratório, tais como, o isolamento do vírus ou a demonstração de um aumento sorológico no título do anticorpo específico. Em 1904, Rippert descreveu células contendo grandes inclusões que é o efeito anátomo-patológico primário causado pelo CMV1. Este herpes vírus foi primariamente isolado cinqüenta anos mais tarde por Smith, mas o termo descritivo citomegalovirus foi denominado por Weller 2,3 . CMV IgG IFA 1 O CMV tem a capacidade de persistir em seu hospedeiro humano indefinidamente como uma infecção latente nas várias glândulas e nos rins. Ao contrário de outras viroses por herpes, o CMV cresce lentamente, produzindo um efeito citopático retardado nas culturas de células. A citomegalia é característica de uma infecção de CMV, resultando em células dilatadas contendo inclusões nucleares grandes. Os estudos de prevalência baseados na freqüência de soros positivos individuais na população geral (40-100 %), mostram uma correlação inversa entre a aquisição da infecção do CMV e a condição sócioeconômica da população. Estudos da incidência relacionada à idade sugere risco aumentado durante os períodos perinatal e reprodutivo do ciclo de vida humano5. A infecção perinatal pode ser adquirida através de secreções cervicais e leite materno, ao passo que o súbito aumento na soroconversão da maturidade sexual é sugestivo de uma possível transmissão venérea. Apesar de ser menos freqüente, a infecção de CMV pré-natal pode resultar de transmissão transplacentária da mãe para o feto e é a maior causa de infecção do retardamento mental e outros defeitos congênitos em recém nascidos. Somente 1 em 2000 crianças nascem expressando doença de inclusão citomegálica severa (CID), enquanto que dez vezes esta relação adquirem infecção assintomática no útero. Clinicamente, a doença congênita assintomática ou “silenciosa” é importante devido ao possível efeito de desenvolvimento a longo prazo e a perda dos sinais clínicos evidentes para guiar o diagnóstico médico6 . Adicionalmente podem ocorrer os dois tipos de infecção iatrogênica. Primeiro, a infecção recorrente ou reativada freqüentemente segue a terapia imunossupressiva que tipicamente acompanha o transplante de órgão7 ou tratamento de câncer8 . Segundo, receptores de transfusões múltiplas normalmente adquirem a infecção primária ou a reativada 9 . Estas infecções oportunistas são freqëntemente subclínicas, mas a severidade do estado de doença depende da dose recebida, do estado imune e da competência do sistema imune do indivíduo. Uma vez que a presença do anticorpo IgG circulante do CMV é indicativo de infecção prévia, a pesquisa da soropositividade em mulheres grávidas, em receptores de órgãos transplantados e em outros pacientes imunossuprimidos é uma CMV IgG IFA 2 ferramenta valiosa para determinar se eles foram ou não previamente infectados. PRINCÍPIO DO TESTE Os ensaios de anticorpos fluorescentes Hemagen® Virgo® utiliza o método indireto de impregnação de anticorpo fluorescente, descrito pela primeira vez por Weller e Coons em 1954 10 . O procedimento é realizado em dois passos de reações básicas. No passo um, o soro humano a ser testado entra em contato com o substrato antigênico. O anticorpo, se presente no soro teste, irá se ligar ao antígeno, formando um complexo antígeno-anticorpo. Se o soro a ser testado não contém anticorpo a este antígeno particular, não é formado nenhum complexo e todos os componentes do soro são removidos no passo de lavagem. O segundo passo envolve a adição de um anticorpo anti-humano marcado com fluoresceína aos poços de teste. Se o complexo antígeno-anticorpo específico é formado no passo um, o anticorpo marcado com fluoresceína irá ligar à metade do anticorpo do complexo no passo dois. Uma reação positiva,verde-maçã fluorescente brilhante pode ser vista com a ajuda de um microscópio de fluorescência. Princípio do Teste Indireto de Anticorpo Fluorescente Passo 1 Antígeno (substrato) na lâmina + Anticorpo específico = Complexo Antígeno-Anticorpo Passo 2 Antígeno-Anticorpo + Anticorpo anti-humano marcado com fluoresceína = Fluorescência MATERIAIS FORNECIDOS Quantidade de testes: 96 testes CMV IgG IFA 3 12 (8 poços) 01 frasco 01 frasco 01 frasco 03 pacotes 01 frasco 02 pacotes Lâminas contendo células infectadas com CMV (cepas AD- 169) e células não infectadas, fixadas. Frasco de Controle Positivo contendo soro humano liofilizado. Frasco de Controle Negativo contendo soro humano liofilizado. Conjugado FITC contendo IgG anti-humano inativado de cabra (cadeias leve e pesada) liofilizado com contracorante. *Tampão fosfato (PBS) em pó, com pH 7,4 +/- 0,2. *Contendo 2 ml de glicerol tamponado. *Contendo 5 mata-borrões. *Estes componentes podem ser trocados entre diferentes lotes. MATERIAIS REQUERIDOS MAS NÃO FORNECIDOS Tubos de testes e estantes para fazer as diluições. Pipetas para a preparação das diluições. Lamínulas de 22 x 50 mm, Nº 1 de espessura. Câmara úmida. Agitador magnético de placa (opcional) Travessa de coloração e estante com suporte de lâmina. Microscópio de fluorescência. Referir ao manual de instruções do fabricante para que o sistema de filtro dê ótimos resultados para o FITC (comprimento de excitação máxima = 490 nm. Comprimento de emissão média = 520 nm). Estes materiais podem ser obtidos nas lojas e/ou empresas que vendem produtos e acessórios para laboratório. ARMAZENAMENTO E ESTABILIDADE 1. Armazenar o kit de 2º a 8º C. O pó de PBS e o glicerol tamponado podem ser armazenados de 2º a 30º C se desejado. CMV IgG IFA 4 2. O kit de teste pode ser usado até a data de expiração indicada no lado externo da caixa. Após a hidratação: o controle positivo, controle negativo e o conjugado FITC deverão ser armazenados de 2º a 8º C, ou divididos em alíquotas e armazenados a – 20 ºC ou menos, caso não seja usado dentro de uma semana. NOTA: Foram tomadas precauções na fabricação deste produto para proteger os reagentes de contaminação. Após a reconstituição, deverão ser tomados cuidados para proteger os reagentes deste kit de contaminação. Se for mantida uma temperatura constante de armazenamento, os reagentes e substratos deverão ser estáveis até o período de vencimento do kit. CUIDADOS E PRECAUÇÕES 1. 2. 3. 4. 5. Este kit é somente para uso diagnóstico in vitro. Manusear todas as amostras do ensaio, lâminas, controles positivo e negativo como se fossem capazes de transmitir agentes infecciosos. Todos os componentes de sangue humano do kit foram testados por métodos aprovados pelo FDA e apresentou-se negativo para antígeno de superfície da hepatite B (HbsAg) e para anticorpos ao vírus tipo 1da imunodeficiência humana HIV-1. Como nenhum método pode oferecer completa segurança de que o vírus do HIV, hepatite B e outros agentes infecciosos estão ausentes, as amostras e os reagentes do kit deverão ser manuseados no Nível 2 de Biossegurança, como recomendado para qualquer soro humano ou amostra de sangue potencialmente infeccioso 11,12 . Os substratos antigênicos são fixados em acetona. Tentativas de re-isolar o vírus se apresentaram negativos. Não pipetar com a boca. Não fumar, comer ou beber em áreas onde as amostras ou reagentes do kit são manuseados. CMV IgG IFA 5 6. 7. 8. 9. Todos os materiais usados neste ensaio, incluindo reagentes, amostras e materiais de limpeza deverão ser descartados de uma maneira que irá inativar os agentes infecciosos. Não usar o kit ou os reagentes individuais além das suas datas de expiração marcadas. Os componentes do kit foram testados como uma unidade. Não trocar os componentes de outras fontes ou de diferentes lotes, exceto quando anotado. Proteger o conjugado de exposição prolongada à luz. COLETA, ARMAZENAMENTO E MANUSEIO DA AMOSTRA 1. As amostras de soro podem ser armazenadas à temperatura ambiente por até 24 horas. Por um período mais longo, podem ser armazenados de 2º a 8ºC (por até 3 dias), ou congeladas a –20ºC ou menos. Colocar a 37ºC até que a amostra seja descongelada. Remover e misturar bem antes do uso. Não é recomendado o auto degelo. Evitar ciclos múltiplos de congelamentos e descongelamentos13 . 2. A ótima execução do kit de CMV IgG Hemagen® Virgo® IF depende do uso de amostras de soro frescas. As amostras deverão ser colhidas assepticamente. A separação rápida do coágulo previne a hemólise do soro14 . 3. Para melhores resultados, deverá ser colhida uma nova amostra se houver a presença de contaminação bacteriana ou lípides. Se não for obtida uma nova amostra, é requerida uma filtração (0,45 μ) ou centrifugação (aproximadamente 3000xG por 10 minutos). 4. O excesso de lípides no soro teste pode produzir uma reação de “filmagem”. Os lípides “fixam” não especificamente no vidro e são extremamente difíceis de remover. A experiência CMV IgG IFA 6 irá habilitar o técnico a diferenciar esta reação de “filme” da reação específica. 5. Ocasionalmente as amostras podem conter certas enzimas proteolíticas que atacam e digerem o substrato. Isto é devido especialmente a amostras contaminadas com microorganismos. Tais amostras podem ser aquecidas a 56ºC por 30 minutos. Caso não ocorra a redução da atividade enzimática, deverá ser colhida nova amostra do paciente. PROCEDIMENTO DO TESTE A- PREPARAÇÃO DOS REAGENTES Deixar todos os reagentes e lâminas atingirem a temperatura ambiente por 15 a 30 minutos antes do uso. CMV IgG IFA 1. Lâminas e glicerol: prontos para uso. 2. PBS: dissolver o conteúdo de um pacote em 1 litro de água destilada ou deionizada. Fechar o recipiente para prevenir contaminação ou evaporação. 3. Controles: reidratar com 1,0 ml de PBS. Os controles estão agora a uma diluição apropriada de trabalho. Aliquotar e armazenar a –20ºC caso não seja usado em uma semana. 4. Conjugado: reidratar com 2,0 ml de PBS. Armazenar de 2º a 8ºC ou aliquotar e armazenar a –20ºC. 7 B- PROCEDIMENTO As amostras podem conter agentes infecciosos portanto deverão ser manuseadas com cuidado. Para obter ótimos resultados NÃO deixar os poços do substrato secarem durante a execução do teste. 1. Remover do refrigerador as lâminas e os reagentes requeridos e deixe-os atingir a temperatura ambiente (15 a 30 minutos). 2. Remova as lâminas da embalagem apenas antes do uso e identifique. 3. Reidrate os controles para preparar a diluição apropriada a 1:16. Estes são agora representativos de padrões de fluorescência positivo e negativo típico. 4. Dilua as amostras com PBS a diluições de 1:16 ou prepare diluições seriadas para a determinação quantitativa. 5. É necessário testar 1 Controle Positivo, 1 Controle Negativo e 1 Controle de Tampão PBS para cada bateria de lâminas testadas. 6. Cobrir cada poço com uma amostra diluída ou controles (aproximadamente 10-20 μl por poço). 7. Incubar em uma câmara úmida de 20º - 25ºC por 30 minutos. 8. Enxaguar as lâminas rapidamente com um leve jato de PBS. Não jogar direto nos poços. 9. Enxaguar as lâminas completamente por 7 minutos em uma travessa de coloração do PBS. Trocar o tampão e lavar uma vez mais por 8 minutos. Manusear as lâminas levemente. É necessária uma leve agitação do tampão para a lavagem eficiente da lâmina. CMV IgG IFA 8 10. Secar o lado pintado da lâmina com o mataborrão fornecido. Não deixar os poços secarem antes da adição do conjugado. 11. Cobrir cada poço com uma gota (~10 μl) do Conjugado FITC. 12. Incubar em uma câmara úmida de 20º - 25ºC por 30 minutos. Proteger da luz intensa. 13. Repetir os passos 8 e 9. Secar o lado pintado da lâmina com o mata-borrão, não deixar os poços secarem antes da adição do glicerol. 14. Colocar uma pequena gota do Glicerol Tamponado em cada poço e cobrir com uma lamínula. 15. Para melhores resultados, as lâminas deverão ser lidas imediatamente em aumento de 200 – 500 X. Alternativamente, as lâminas podem ser lidas dentro de 24 horas. Porém elas deverão ser armazenadas de 2º a 8ºC no escuro e seladas para prevenir a secagem do fluido de montagem. C- CRITÉRIO PARA A GRADUAÇÃO INTENSIDADE DE FLUORESCÊNCIA 4+ 3+ 2+ 1+ 0 DA Fluorescência verde-maçã brilhante nos corpos de inclusão nuclear difuso. Fluorescência verde-maçã luminoso nos corpos de inclusão nuclear difuso. Fluorescência verde-maçã claro distinguível nos corpos de inclusão nuclear difuso. Fluorescência verde-maçã escuro, mudando a forma mas legível nos corpos de inclusão nuclear difuso. Nenhuma fluorescência ou fluorescência discretamente visível (qualquer fluorescência visível é normalmente de cor amarelada) CMV IgG IFA 9 D- GUIA PARA FLUORESCÊNCIA CARACTERIZAR A FLUORESCÊNCIA ASSOCIADA AO CMV Uma reação de anticorpo de CMV positiva é caracterizada pela presença de corpos de inclusão nuclear difuso que exibe fluorescência verde-maçã. Como controle adicional, as células não infectadas são misturadas com células infectadas. Cada campo de fonte alta deve conter células que não exibem fluorescência específica. Estas células não infectadas “negativas” deverão exibir coloração do citoplasma vermelha ou laranja com núcleo preto-esverdeado a preto. FLUORESCÊNCIA NÃO ESPECÍFICA Toda a célula exibe fluorescência verde-maçã positiva no núcleo, citoplasma ou em ambos. Um estado de doença não relacionado ou em conjunto com infecção por CMV, tais como anticorpo antinuclear ou anticorpo antimitocondrial deverão ser considerados como responsáveis por esta reação 15,16 . NENHUMA FLUORESCÊNCIA Ausência de fluorescência ou menos que 1+ nas inclusões dentro do núcleo. Áreas amareladas a amarelo-esverdeadas no citoplasma somente. Notas: 1. Nas determinações quantitativas o título de ponto final é a diluição mais alta que apresenta fluorescência 1+ nas inclusões. CMV IgG IFA 10 2. Os corpos de inclusão são formados no núcleo do fibroblasto humano infectado com CMV. Tem sido reportado que o CMV também induz receptores para a porção Fc das moléculas de IgG. A reação somente na região perinuclear (Golgi) das células infectadas deverá ser considerada não relacionada com anticorpos anti-CMV17,18 . O contra corante empregado com o conjugado tende a fazer a fluorescência citoplasmática mais amarela do que verde. As inclusões difusas fluorescentes verde-maçã definidas devem estar presentes. ORIENTAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS DE LEITURA ESPECIFICAÇÕES DO MICROSCÓPIO Os sistemas de comparação de filtro são mostrados abaixo: Fluorescência da luz transmitida: Fonte de Luz Vapor de Mercúrio 200W 50W Tungstênio Halogênio 50W 100W Fluorescência da luz incidente: Filtro de Excitação KP490 + BG 38 (4 mm) ou BG 12 (4 mm) + BG 38 (4 mm) KP 490 + BG 38 (4 mm) KP510, K515, K530 Raio dicroico Filtro de Excitação de espelho dividido KP500 + BG 38 (4 mm) ou TK510 BG 23 (4 mm) para a supressão vermelha mais forte. Filtro de canto de 450 nm, 480 nm para banda de excitação estreita, supressão da série de autofluorescência. Fonte de Luz Vapor de mercúrio 200W 100W 50W CMV IgG IFA Filtro de Barreira KP510, K530 11 tungstênio halogênio 50W 100W KP500 + BG 38 (4 mm) TK510 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Resultados Significado Pesquisa Nenhuma fluorescência ou intensidade de Nenhum anticorpo IgG de fluorescência < 1+ à diluição 1 : 16 Suscetível de infecção por C Fluorescência > ou = 1+ a 1 : 16 ou mais em uma Positivo pela IF para os an única amostra de soro. CMV. Não diagnostica infe corrente sem amostra de sor Para confirmar infecção aguda, são requeridas amostras pareadas. A primeira amostra (aguda) deverá ser colhida logo após os sinais clínicos da infecção. A segunda amostra (convalescente) deverá ser colhida dentro de 10-14 dias da primeira. Ambas as amostras devem ser testadas ao mesmo tempo usando o mesmo lote de reagentes. Soros Pareados Aumento no título de quatro etapas ou mais nos soros pareados colhidos com intervalo de 10-14 dias. Diagnóstico de infecção corre LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO 1. 2. Os procedimentos do teste CMV IgG Hemagen® Virgo® e a interpretação dos resultados devem ser seguidos à risca para obtenção de resultados confiáveis. Os resultados de uma determinação simples do anticorpo não deverão ser usados para o diagnóstico de infecção recente. Amostras pareadas (agudas e convalescentes) deverão ser colhidas e testadas ao mesmo tempo para verificar a soroconversão ou aumento significativo dos níveis de anticorpos. CMV IgG IFA 12 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. O aumento significativo nos níveis de anticorpos indica estímulo antigênico recente mas não indica necessariamente excreção viral ativa. Uma vez que foram observadas flutuações de quatro diluições nos níveis de anticorpos de CMV IgG em alguns indivíduos aparentemente saudáveis, a forma mais definitiva de diagnóstico de infecção por CMV ativa é a cultura viral. Porém têm sido descritos casos de viremia assintomática19,20,21. A falta de aumento significativo no título de anticorpos não exclui a possibilidade de infecção por citomegalovírus. A presença de anticorpo CMV IgG não assegura a proteção à doença. Ao medir os níveis de anticorpos IgG, os resultados positivos em neonatos deverão ser interpretados com cautela uma vez que o anticorpo materno é transferido passivamente da mãe para o feto antes do nascimento. Os ensaios de IgM são geralmente os indicadores mais úteis da infecção em crianças abaixo de 6 meses. As amostras colhidas muito precocemente no curso de uma infecção podem não apresentar níveis detectáveis de IgM. Em tais casos é recomendado que seja feito um ensaio de IgG ou então que seja colhida uma segunda amostra de soro de 10 a 14 dias mais tarde para ser testada em paralelo com a amostra original para verificar a soro conversão, que é indicativa de infecção primária. Quando ambos os testes de CMV IgG e CMV IgM são positivos, existe a possibilidade de um falso positivo devido à presença de fator reumatóide22,23. Esta reação também pode ser observada no soro de alguns recém-nascidos, normais ou congenitamente infectados, e é devido à produção de anticorpo IgM contra o IgG materno passivamente adquirido 24 . A execução de um ensaio para o fator reumatóide pode esclarecer este fenômeno. Quando reações falsas positivas devido ao fator reumatóide ou reações falsas negativas devido à ligação competitiva de CMV IgG IFA 13 anticorpo IgG são suspeitas, recomenda-se um pré-tratamento do soro para a separação das frações IgG e IgM. 10. Há casos onde uma reação negativa de CMV é observada nas diluições mais baixas enquanto que as reações se tornam positivas nas diluições mais altas. Isto é o resultado de uma reação causada por saturação. É freqüentemente observada em soros com títulos altos de anticorpos IgM para CMV 25,26,27. 11. Os resultados deste teste deverão ser interpretados juntamente com outros achados clínicos e procedimentos diagnósticos. CONTROLE DE QUALIDADE 1. 2. 3. 4. Os soros controles são representativos de reações positivas e negativas. Na diluição de pesquisa, o controle positivo representa uma forte reação (3+ - 4+). Se a intensidade de fluorescência do controle positivo for menor que a faixa aceitável, o teste é inválido e deverá ser repetido. Cada lote do controle positivo deve ser titulado em uma diluição ponto final. O título ponto final deverá estar dentro de +/- duas diluições seriais de duplo passo do título de controle positivo reportado na nota de diluição do kit de CMV IgG por IF Hemagen® Virgo®. Se os resultados obtidos estiverem fora da faixa, o teste é inválido e deverá ser repetido. Na diluição de pesquisa, o controle negativo não deverá apresentar uma fluorescência nuclear difusa característica do CMV. Se for observada fluorescência, o teste é inválido e deverá ser repetido. Os resultados do Controle de Qualidade foram obtidos em um microscópio equipado Nikon® por epiiluminação com uma lâmpada ARC de mercúrio de 50W HBO, sistema de filtro B para FITC e uma objetiva seca de 40x (NA0,65). Diferenças na reatividade de ponto final e intensidade de fluorescência pode ser afetado pelo tipo e condição de fluorescência do equipamento usado (ver especificações do microscópio). CMV IgG IFA 14 CARACTERÍSTICAS DO DESEMPENHO O teste de CMV de IF foi avaliado pela comparação com o teste de FC, correntemente usado para a detecção dos anticorpos do citomegalovírus. As amostras colhidas foram testadas no procedimento de IF. Os resultados obtidos foram subseqüentemente comparados com os resultados obtidos nas alíquotas das amostras testadas pelo método de FC. Os resultados obtidos estão na Tabela 1. Tabela 1: Resultados dos ensaios de IF e FC para o anticorpo do citomegalovírus IgG. Nº da IF FC 1 64 32 2 32 16 3 64 32 4 32 16 5 128 64 6 32 16 7 64 32 8 32 16 amostra CMV IgG IFA 15 CMV IgG IFA 9 128 64 10 128 64 11 64 64 12 32 32 13 32 16 14 64 32 15 128 64 16 32 16 17 32 16 18 64 32 19 64 32 20 64 32 21 32 32 22 128 64 23 128 64 24 64 32 25 64 32 16 26 32 32 27 32 16 28 64 32 29 64 32 30 32 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Rippert, H , 1904. Ober protozoenartige Zellen in der Niere eines syphilitischen Neugeborenen und in der Parotis von Kindem. Centralb. L. Allg. Pathol., 15:945-948. 2. Smith, MG.1954. Propagation of Salivary Gland Virus of the Mouse in Issue Cultures. Proc. Sm.Exp. Blot. Med., 86:435440. 3. Weller, TH, JB Hanshaw and DE Scott.1960. Serologic Differentiation of Viruses Responsible for Cytomegalic Inclusion Disease. Virology, 12:130-132. 4. Booth, JC, G Hannington, TMF Baktir et al. 1982. 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IMP. EXP. LTDA. Rua Doutor Diogo de Faria, 109 – Vila Clementino São Paulo - SP - CEP 04037-000 Fone: (011) 3819-5222 Fax: (011)3816-7623 CGC: 64.002.686/0001-32 Resp. Técnico: Dhália Gutemberg CRF 07.183 - SP FABRICADO POR: HEMAGEN DIAGNOSTICS INC. VIRGO® PRODUCTS DIVISION Columbia, Maryland 21045 - USA CMV IgG IFA 20 Fone: (800) 436-2436 ou 617-890-3748. SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE Quaisquer dúvidas técnicas, no manuseio deste kit ou no seu procedimento entrar em contato com a ASSESSORIA CIENTÍFICA DA HEMAGEN DIAGNÓSTICOS, que estará sempre à disposição para auxiliar quando ocorrerem dificuldades na utilização de seus produtos. Contate a HEMAGEN através do seguinte endereço: HEMAGEN DIAGNÓSTICOS COM. IMP. EXP. LTDA. Rua Doutor Diogo de Faria, 109 – Vila Clementino São Paulo - SP - CEP 04037-000 Fone: (011) 3819-5222. Fax: (011) 3816-7623 DATA DA REVISÃO DAS INSTRUÇÕES DE USO Documento Revisado em: - Março de 2014. RESUMO DO KIT DE CMV IgG DA Hemagen VIRGO IMPORTANTE: É recomendado que se esteja familiarizado com o procedimento detalhado nas instruções de uso antes de usar este resumo. Cobrir os poços com as diluições apropriadas das amostras e controles. Para a determinação quantitativa, preparar diluições seriadas de duas etapas. CMV IgG IFA 21 Incube as lâminas em câmara úmida de 20º a 25ºC por 30 minutos. Enxaguar as lâminas rapidamente com PBS. Lavar por 15 minutos, trocando o tampão 1 vez. Enxugar as lâminas. Cobrir cada poço com o conjugado FITC. Incubar as lâminas em uma câmara úmida de 20º a 25ºC por 30 minutos. Repetir o passo de lavagem descrito acima. Colocar uma pequena gota do Glicerol Tamponado em cada poço e cobrir com uma lamínula. Ler as lâminas imediatamente de 200-500X de aumento em um microscópio de fluorescência. CMV IgG IFA 22