- Secretaria Municipal da Saúde ASSIS

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PROTOCOLO DE SAÚDE DO ADULTO PARA
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
ATENÇÃO BÁSICA
ASSIS
Protocolo de Saúde do Adulto - Hipertensão Arterial Sistêmica
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PREFEITURA MUNICIPAL DE ASSIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Prefeito do Município de Assis
ÉZIO SPERA
Secretário Municipal de Saúde
EDUARDO DE CAMARGO NETO
Coordenadora da Estratégia de Saúde da Família
CRISTIANI SILVÉRIO DE ANDRADE BUSSINATI
Apoio Técnico
PAULO HENRIQUE WAIB
Elaboração Técnica
CLÁUDIA SILVA GONÇALVES
EFRAIN DARIO COLOMBANI LOPES
Colaboração
MÁRCIA PATRÍCIA CAETANO
HELENA MARIA DOS SANTOS SIMÕES PEREIRA
Edição
JULIO...
Revisão e Atualização 2012
BERENICE FRANÇA
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SUMÁRIO
Objetivo
1. Critérios Diagnósticos e Classificação
1.1 Detecção
1.2 Classificação
1.3 Estratificação de Risco
1.4 Situações Especiais de Aferição da Pressão
1.4 Técnica de Aferição da Pressão Arterial
1.6Dimensões recomendadas do Manguito
2.Tratamento
2.1 Metas
2.2 Metas Gerais de Tratamento da Hipertensão
2.3 Princípios Gerais do Tratamento Medicamentoso
2.4 Agentes Anti Hipertensivos
3.Organização do Processo de Trabalho
3.1.
Abordagem Multiprofissional do Paciente Hipertenso
3.1.1 Auxiliar de Enfermagem
3.1.2 Agente Comunitário de Saúde
3.1.3 Enfermeiro
3.1.4 Médico
3.1.5 Dentista
3.1.6 Profissional de Educação Física
4. Rotina de Atendimento Médico e de Enfermagem
4.1. Primeira Consulta Médica
4.2. Retorno
4.3. Consulta de Enfermagem
5. Fluxo de Atendimentos
6. Agendamento Por Grau de Risco – Período de Retornos
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7. Encaminhamentos
8. Avaliação Laboratorial
9. Indicadores
10. Anexos
10.1. Tabela de Estratificação de Risco para Tratamento
10.2. Orientação Nutricional
10.3. Tabela IMC – Índice de Massa Corporal
10.4. Tratamento Não Medicamentoso
10.5. RCQ – Relação Cintura Quadril
10.6. Diagnósticos de Enfermagem
10.7. Ficha de Controle para Pressão Arterial e Glicemia
10.8. Ficha de Acompanhamento Individual do Hipertenso
11. Referências Bibliográficas
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Objetivo
1.Reorganização do serviço e capacitação dos profissionais, garantindo aos portadores de Hipertensão Arterial, o
acompanhamento e tratamento sistemático, mediante sua vinculação às unidades de saúde.
2.Aumentar a acessibilidade dos usuários bem como o grau de conhecimento da população sobre o controle da
Hipertensão Arterial.
3.Aumentar o diagnóstico de HAS secundária e a resolubilidade nos serviços de saúde.
4.Detectar, estabelecer diagnóstico e garantir tratamento adequado;
5.Oferecer suporte e instrumentalizar os profissionais da atenção básica;
6.Reduzir complicações, internações e mortes relacionadas à hipertensão arterial;
1. Critérios de Diagnóstico e Classificação
Recomenda-se que as medidas sejam repetidas em pelo menos quatro visitas antes de confirmar o diagnóstico de
hipertensão, levando em consideração:
Na primeira avaliação devem ser obtidas em ambos os membros superiores e em caso de diferença utiliza-se sempre o
braço com o maior valor de pressão para as medidas subsequentes;
Na primeira avaliação as aferições devem ser obtidas em ambos os membros superiores;
Quando a sistólica e diastólica estão em categorias diferentes, classificar pela maior;
A medida na posição ortostática deve ser feita, pelo menos, na avaliação inicial, especialmente em idosos, diabéticos,
portadores de disautonomias, dependentes do álcool e usuários de medicações anti-hipertensivas;
Os valores que permitem classificar os indivíduos adultos acima de 18 anos, de acordo com os níveis de pressão arterial
estão na tabela a seguir:
Classificação
Ótima
Normal
Limítrofe
Hipertensão estágio 1
Hipertensão estágio 2
Hipertensão estágio 3
Sistólica isolada
Pressão sistólica (mmHg)
<120
< 130
130-139
140-159
160-179
≥ 180
≥ 140
Pressão diastólica (mmHg)
<80
< 85
85-89
90-99
100-109
≥ 110
< 90
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Estratificação de risco Individual do paciente hipertenso: risco cardiovascular adicional de acordo com os níveis da
pressão arterial e a presença de fatores de risco, lesões em órgãos alvo e doença cardiovascular.
Fatores de
risco
Outros fatores
de risco ou
doenças
Sem fator de
risco
1 a 2 fatores
de risco
3 ou mais
fatores de
risco ou lesão
de órgãos
alvo ou
Diabetes
mellitus
Doença
cardiovascular
Pressão arterial
Ótimo
PAS<120 ou
PAD<80
Risco basal
Risco baixo
Normal
PAS 120-129 ou
PAD 80-84
Limítrofe
PAS 130-139 ou
PAD 80-84
Risco basal
Risco baixo
Risco médio
Risco médio
Risco muito alto
Risco muito alto
Risco baixo
Risco alto
Risco muito alto
Hipertensão
estágio 1
PAS 140-159 ou
PAD 90-99
Hipertensão
estágio 2
PAS 160-179
ou
PAD 100-109
Hipertensão
estágio 3
PAS ≥180 ou
PAD ≥110
Risco baixo
Risco médio
Risco alto
Risco médio
Risco alto
Risco muito alto
Risco médio
Risco muito
alto
Risco alto
Risco muito
alto
Risco muito
alto
Risco muito
alto
A abordagem dos portadores de hipertensão arterial deve ser realizada com base nos níveis de pressão arterial e nos
fatores associados/comorbidades, como diabetes, lesões em órgãos alvo, doença cardiovascular e renal.
Grupo de Baixo Risco – Probabilidade de um evento cardiovascular grave nos próximos 10 anos menor
que 15%

Homens com idade inferior a 55 anos e mulheres com idade abaixo de 65 anos, com hipertensão de grau 1
e sem fatores de risco.
Grupo de Médio Risco - Probabilidade de um evento cardiovascular grave nos próximos 10 anos está entre
15 e 20%


Inclui portadores de hipertensão arterial grau 1 e 2, com um ou dois fatores de risco cardiovascular.
Grupo de Alto Risco – Probabilidade de um evento cardiovascular grave nos próximos 10 anos está entre
20 e 30%
Inclui portadores de hipertensão grau 1 ou 2, que possuem três ou mais fatores de risco e os que são
portadores de hipertensão grau 03, sem fatores de risco.
Grupo de Risco Muito Alto – Probabilidade de um evento cardiovascular grave nos próximos 10 anos é de
mais de 30%

Inclui portadores de hipertensão grau 3, que possuem um ou mais fatores de risco com doença renal ou
cardiovascular em curso.
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Situações especiais de aferição da pressão
Obeso
Utilizar o manguito de acordo com a especificação. Em braços com circunferência superior a 50 cm, quando não houver
manguito disponível, pode-se fazer a medida no antebraço e o pulso auscultado deve ser o radial.
Crianças
É recomendada a verificação da pressão arterial rotineiramente em crianças a partir do 3º ano de vida, pelo menos uma
vez ao ano. Em crianças com queixas frequentes de cefaleia, tonturas, náuseas, vômitos, parestesias, palpitações,
cansaço e visão turva, deve-se: verificar a pressão, utilizando o manguito de acordo com a especificação. Caso não haja o
manguito adequado, usar o de adulto na coxa da criança, seguindo a mesma técnica e auscultando os ruídos na artéria
poplítea, na dobra interna do joelho.
A pressão diastólica deve ser determinada na fase V de Korotkoff (apenas diminuição da intensidade dos sons, pois nem
sempre ocorre o seu desaparecimento total).
Idosos
Na medida da pressão arterial do idoso, existem dois aspectos importantes:
1. Maior frequência de hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos sons na ausculta durante a deflação do
manguito.
2. Pseudo-hipertensão, caracterizada por nível de pressão arterial falsamente elevado em decorrência do enrijecimento da
parede da artéria. Pode ser detectada por meio da manobra de Osler, que consiste na inflação do manguito até o
desaparecimento do pulso radial. Se a artéria continuar palpável após esse procedimento, o paciente é considerado Osler
positivo.
3. A maior ocorrência do efeito do avental branco, hipotensão ortostática e pós-prandial e, finalmente, a presença de
arritmias como a fibrilação atrial (FA) podem dificultar a medida da PA nesses indivíduos.
Gestantes
Devido às alterações na medida da pressão arterial em diferentes posições, atualmente recomenda-se que a medida da
pressão arterial em gestantes seja feita na posição sentada. A determinação da pressão diastólica deverá ser considerada
na fase V de Korotkoff. Eventualmente, quando os batimentos arteriais permanecerem audíveis até o nível zero, deve-se
utilizar a fase IV para registro da pressão arterial diastólica.
A aferição da pressão arterial:
Procedimento fácil de ser realizado, porém, está sujeito a erros ligados ao paciente, equipamento, ambiente, técnica de
medida e observador:
Paciente
 30-60 minutos antes da aferição da pressão: evitar atividade física, alimentação, fumo, ingestão de bebida alcoólica e/ou
café.
 Deve permanecer em repouso de 5 a 10 minutos, após ter esvaziado a bexiga.
 Não conversar durante o procedimento.
 O observador deve afastar dor, tensão e ansiedade.
 Manter a posição sentada, o tronco apoiado e relaxado no encosto da cadeira e as pernas relaxadas e descruzadas.
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 O braço em que o manguito estiver colocado deve estar no nível do coração, apoiado em suporte, livre de roupas, a
palma da mão voltada para cima, e o cotovelo ligeiramente fletido.
Equipamento
 Deve estar devidamente calibrado.
 O tamanho da bolsa de borracha deve ser adequado ao braço do paciente. Bolsa estreita em relação à circunferência do
braço do paciente pode levar à leitura de pressão falsamente elevada, conduzindo a um diagnóstico errôneo de
hipertensão. Por outro lado, se a bolsa for larga, a leitura poderá ser falsamente baixa, levando a um diagnóstico errôneo
de normotensão.
 O sistema de válvula e tubos de borracha também necessita de verificação periódica para identificar envelhecimento da
borracha, vazamentos nas conexões ou furos nas extensões.
Ambiente
 Deve ser calmo e com temperatura agradável para permitir o relaxamento do paciente.
 Medidas realizadas no domicílio pelo paciente ou familiar tendem ser mais baixas do que as de consultório.
Técnica de medida da pressão arterial
- A inflação excessiva do sistema provoca dor e elevação da pressão arterial e a deflação rápida faz com que haja
diminuição da pressão arterial sistólica e aumento da pressão arterial diastólica
- A compressão excessiva do estetoscópio pode deformar a artéria braquial e ocasionar a alteração do som auscultado.
- Posicionamento incorreto do braço do paciente, que não no nível do coração, manguito aplicado sobre roupas, mãos,
equipamentos excessivamente frios e não centralização da bolsa de borracha sobre a artéria braquial podem também
concorrer para erros na medida da pressão arterial.
Observador
O observador deve estar devidamente orientado e treinado. A preferência por valores de pressão arterial terminados com
dígitos zero ou cinco é frequente. O registro dos valores da pressão deve refletir precisamente a escala do manômetro
que possui números terminados pelos dígitos zero, dois, quatro, seis e oito, pois cada demarcação da escala corresponde
a 2 mmHg.
Passos para aferição da pressão arterial:
1º Explicar o procedimento ao paciente.
2º Certificar-se de que ele não está com a bexiga cheia, nem praticou exercícios físicos, tampouco ingeriu bebidas
alcoólicas ou café, alimentou ou fumou nos últimos 30 minutos.
3º Deixá-lo descansar durante 5-10 minutos, em ambiente calmo com temperatura agradável.
4º Localizar artéria braquial por palpação.
5º Colocar manguito, adequado ao tamanho do braço, firmemente 2-3 cm acima da fossa anticubital, centralizando a bolsa
de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da
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circunferência do braço e seu comprimento envolver pelo menos 80% do braço.
6º Manter o braço do paciente na altura do coração.
7º Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneroide.
8º Palpar pulso radial, inflar manguito até seu desaparecimento, para estimar nível da pressão sistólica, desinflar
rapidamente e aguardar por aproximadamente 15-30 segundos antes de inflar novamente.
9º Colocar estetoscópio nos ouvidos com curvatura voltada para frente.
10º Posicionar campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial, na fossa anticubital, evitando compressão excessiva.
11º Solicitar ao paciente para não falar durante a medida.
12º Inflar rapidamente até ultrapassar em 20-30mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação.
13º Desinflar lentamente, 2-4mmHg por segundo.
14º Determinar pressão sistólica no aparecimento do primeiro som (Fase I de Korotkoff), que se intensifica com aumento
da deflação.
15º Determinar pressão diastólica no desaparecimento do som (Fase V de Korotkoff). Auscultar 20-30mmHg abaixo do
último som para confirmar o seu desaparecimento e proceder à deflação rápida e completa. Quando os sons persistirem
até o zero, determinar a diastólica no abafamento dos sons (Fase IV de Korotkoff).
16º Registrar os valores da pressão realmente obtidos na escala do manômetro que varia de 2 em 2mmHg, evitando
arredondar para valores terminados em zero ou cinco.
17º Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar nova medida.
18º O paciente deve ser informado sobre os valores da pressão e possível necessidade de acompanhamento.
Dimensões recomendadas da bolsa do manguito
A tabela a seguir apresenta os diferentes tamanhos de manguito, de acordo com a circunferência do braço.
Circunferência do
Denominação do manguito
Largura da bolsa(cm)
Comprimento da bolsa(cm)
<ou= 10
Recém nascido
4
8
11-15
Criança
6
12
16-22
Infantil
9
18
20-26
Adulto pequeno
10
17
27-34
Adulto
12
23
35-45
Adulto grande
16
32
braço(cm)
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2. Tratamento
2.1
Metas
Se o paciente tolerar, recomenda-se atingir com o tratamento valores de pressão arterial menores que os indicados como
metas mínimas, alcançando, se possível os níveis da pressão arterial considerada ótima (≤ 120/80 mmHg).
Redução para níveis menores que 130/85 mmHg propiciam maior benefício em pacientes de alto risco cardiovascular,
diabéticos em especial com microalbuminúria, com insuficiência cardíaca, com nefropatia e na prevenção primária e
secundária de acidente vascular cerebral.
Metas de valores da pressão arterial a serem obtidas com o tratamento
Categorias
Meta (no mínimo) *
Hipertensos estágios 1 e 2 com risco cardiovascular baixo e
< 140/90 mmHg
médio
Hipertensos limítrofes com risco cardiovascular alto, muito alto ou
130/80 mmHg
com 3 ou mais fatores de risco, DM, SM, LOA.
Hipertensos com insuficiência renal com proteinúria > 1,0g
DM: diabetes; SM: síndrome metabólica; LOA: lesões órgãos
alvo.
2.2. Metas Gerais do Tratamento da Hipertensão Arterial
Glicose Plasmática (mg/dl)
Glicemia de jejum
Pós-prandial
99
140
Colesterol (mg/dl)
Total
HDL
LDL
Triglicerídeos
< 200
> 45
< 100
< 150
Perímetro de cintura
Homens
Mulheres
< 102 cm
< 88 cm
Relação cintura - quadril
Homens
Mulheres
<1
< 0,85
2.3 Princípios Gerais do Tratamento Medicamentoso
Para o início do tratamento medicamentoso da Hipertensão Arterial devem ser observados os seguintes princípios, com
relação ao medicamento:
Ser eficaz por via oral;
Ser bem tolerado e seguro;
Permitir a administração em menor número possível de tomadas;
Deve ser iniciado com as menores doses efetivas, aumentando-as gradativamente e/ou associando a outra classe
farmacológica;
Respeitar um período mínimo de quatro semanas para ajuste de dose e/ou associação de drogas;
Esclarecer ao paciente sobre a doença, efeitos colaterais dos medicamentos utilizados e os objetivos terapêuticos.
O Município de Assis implantou na Relação Municipal de Medicamentos, os seguintes itens:
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Diuréticos
Furosemida
40mg
Hidroclorotiazida 25mg
Espironolactona 25, 50 e 100mg
Ação Central
Metildopa
250 e 500mg
Betabloqueadores
Atenolol
25, 50 e 100mg
Bisoprolol
2,5 e 10mg
Propranolol
40mg
Carvedilol
3,125, 6,25 e 12,5mg
Metoprolol
25, 50 e 100mg
Vasodilatadores de ação direta
Minoxidil
10mg
Bloqueadores dos canais de cálcio
Verapamil
80mg
Diltiazem
30 e 60mg
Nifedipina
20mg
Inibidores da ECA
Anlodipino
5 e 10mg
Captopril
25mg
Ramipril
5mg
Enalapril
5 e 20mg
Bloqueadores do receptor AT1
Losartana
25 e 50mg
Antiagregantes plaquetários
AAS
100mg
Clopidogrel
75mg
2.4. Agentes Anti Hipertensivos
Diuréticos
Os diuréticos são eficazes no tratamento da HAS, tendo sido comprovada sua eficácia na redução da morbidade e
mortalidade cardiovasculares. Para uso como anti-hipertensivos, são preferidos os diuréticos tiazídicos (Hidroclorotiazida)
e similares. Os diuréticos de alça (Furosemida) são reservados para situações de HAS associada à insuficiência renal
com taxa de filtração glomerular abaixo de 30ml/min,1,73m2 e na insuficiência cardíaca com retenção de volume. Os
diuréticos poupadores de potássio (Espironolactona) apresentam pequena eficácia diurética, mas quando associados aos
tiazídicos e diuréticos de alça, são úteis na prevenção e tratamento de hipopotassemia.
Reações adversas: hipopotassemia, por vezes acompanhada de hipomagnesemia, que pode induzir arritmias
ventriculares e hiperuricemia; hiperglicemia.
Beta bloqueadores
Seu mecanismo anti-hipertensivo envolve diminuição inicial do débito cardíaco, redução da secreção de renina,
readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. Os de geração mais recente
(Carvedilol) também proporcionam vasodilatação. O Propranolol também se mostra útil em pacientes com tremor
essencial, síndromes hipercinéticas, cefaleia de origem vascular e naqueles com hipertensão portal.
Reações adversas: broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstricção periférica,
insônia, pesadelos, depressão psíquica, astenia e disfunção sexual.
Inibidores Simpáticos de Ação Central
Inibidor simpático de ação central indicado especificamente para o tratamento de HAS em gestantes, por ser mais efetivo
na redução da PA e mais seguro para o feto. A dose daria varia de 500 a 1500 mg divididas em duas a três tomadas.
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Reações adversas principais:
Sonolência, sedação, boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção sexual.
A alfametildopa pode provocar, ainda, embora com pequena frequência, galactorréia, anemia hemolítica e lesão
hepática. Ela é contraindicada na presença de disfunção hepática.
Alfabloqueadores
Apresentam efeito hipotensor discreto em longo prazo como monoterapia, devendo, portanto, ser associados com outros
anti-hipertensivos.
Podem induzir o aparecimento de tolerância medicamentosa, o que exige o uso de doses gradativamente crescentes.
Têm a vantagem de propiciar melhora discreta no metabolismo lipídico e dos sintomas de pacientes com hipertrofia
prostática benigna.
Bloqueadores dos Canais de Cálcio
São anti-hipertensivos eficazes e reduzem a morbidade e a mortalidade cardiovasculares. Em comparação com outros
anti-hipertensivos, levam a menos redução nas taxas de hospitalização por insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio.
Reações adversas principais: cefaleia, tontura, rubor facial e edema de membros inferiores, hiperplasia gengival, náuseas,
pirose, parestesias, palpitações e ginecomastia (principalmente em idosos e terapêutica prolongada). Esses efeitos
adversos são, em geral, dose-dependentes. Verapamil e Diltiazem podem provocar depressão miocárdica e bloqueio
atrioventricular. A obstipação intestinal é observada, sobretudo, com Verapamil.
Inibidores da ECA
São eficazes no tratamento da hipertensão arterial reduzindo a morbidade e a mortalidade cardiovasculares nos
hipertensos, pacientes com insuficiência cardíaca, paciente com infarto agudo do miocárdio, em especial quando
apresentam baixa fração de ejeção, pacientes de alto risco para doença aterosclerótica, sendo também úteis na
prevenção secundária do acidente vascular cerebral.
Reações adversas principais:
Tosse seca, alterações do paladar e, mais raramente, reações de hipersensibilidade com erupção cutânea.
Seu uso é contraindicado na gravidez pelo risco de complicações fetais. Desta forma, seu emprego deve ser cauteloso e
frequentemente monitorado em adolescentes e mulheres em idade fértil.
Bloqueadores do receptor AT ¹
Reações adversas principais: tontura e, raramente, reação de hipersensibilidade cutânea (rash).
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ESQUEMAS TERAPÊUTICOS
MONOTERAPIA:
HAS Estágio 1
HAS Estágios 2 e 3
Risco
cardiovascular
baixo e
moderado
Risco
cardiovascular
alto e muito alto
MONOTERAPIA
COMBINAÇÕES
Dois anti-hipertensivos de classes diferentes e em baixas doses
Todas as classes de
anti-hipertensivos,
com exceção dos
vasodilatadores
diretos.
RESPOSTA INADEQUADA OU EVENTOS ADVERSOS NÃO TOLERÁVEIS
Aumentar a
dose
Trocar
medicamento
Acrescentar
2º fármaco
A dose de
combinação
Trocar a
combinação
RESPOSTA INADEQUADA
ACRESCENTAR OUTROS ANTI-HIPERTENSIVOS
TERAPÊUTICA ANTI-HIPERTENSIVA COMBINADA
ASSOCIAÇÕES RECONHECIDAS COMO EFICAZES
Diuréticos com outros diuréticos de diferentes mecanismos de ação.
Diuréticos com simpatolíticos de ação central.
Diuréticos com betabloqueadores.
Diuréticos com inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA).
Diuréticos com bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II(BRA II).
Diuréticos com inibidor direto da renina.
Diuréticos com bloqueadores dos canais de cálcio (BCC).
Bloqueadores dos canais de cálcio com betabloqueadores.
Bloqueadores dos canais de cálcio com IECA.
Bloqueadores dos canais de cálcio com bloqueadores do receptor AT1.
Bloqueadores dos canais de cálcio com inibidor direto da renina.
Acrescentar
3º fármaco
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ANTI-HIPERTENSIVOS: INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Diuréticos
Tiazídicos e de alça
Digitálicos
Anti- inflamatórios
Hipoglicemiantes orais
Lítio
Poupadores de Potássio
Suplementos de K e IECA
Inibidores adrenérgicos
Ação central
Betabloqueadores
Antidepressivos tricíclicos
Insulina e hipoglicemiantes orais
Amiodarona quinidina
Cimetidina
Cocaína
Vasoconstritores nasais
Diltiazem, Verapamil
Dipiridamol
Anti-inflamatórios
Diltiazem, Verapamil e medicamentos
de ação central
Suplementos e diuréticos poupadores de
potássio
Ciclosporina
Anti-inflamatórios
Lítio
Antiácidos
IECA
Hipoglicemiantes da classe dos
inibidores da enzima DPP4
Intoxicação digitálica por
hipopotassemia
Antagonismo do efeito diurético
Efeito diminuído pelos tiazídicos
Aumento dos níveis séricos do lítio
Hipercalemia
Redução do efeito anti-hipertensivo
Redução dos sinais de hipoglicemia e
bloqueio da metabolização de glicose
Bradicardia
Redução da depuração hepática de
propranolol e metoprolol
Potencialização do efeito da cocaína
Facilitação do aumento da pressão pelos
vasoconstritores
Bradicardia, depressão sinusal e
atrioventricular
Bradicardia
Antagonismo do efeito hipotensor
Hipotensão
Hipercalemia
Aumento dos níveis de ciclosporina
Antagonismo do efeito hipotensor
Diminuição da depuração do lítio
Redução da biodisponibilidade do
Captopril
Aumento do risco de angioedema
associado ao uso dos IECA
Bloqueadores dos canais de cálcio
Digoxina
Bloqueadores de H2
Ciclosporina
Teofilina, Prazosina
Moxonidina
Verapamil e Diltiazem aumentam
Digoxina
Aumento dos níveis de BCC
Aumento da Ciclosporina, excreção de
Anlodipino
Níveis aumentados com Verapamil
Hipotensão
Bloqueadores do receptor AT1
Moxonidina
Suplementos e diuréticos poupadores de
K
Hipotensão com Losartana
Hipercalemia
3. ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO
3.1. ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL DO PACIENTE HIPERTENSO:
Apesar de haver uma definição bastante clara do papel que será exercido pelos diferentes profissionais,
haverá momentos em que as funções serão comuns, e isso deve acontecer de maneira natural. Para que isso ocorra há
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que se ter uma uniformidade de linguagem e condutas. As ações comuns aos membros da equipe são:
Ações educativas (educação preventiva, modificação de fatores de risco e produção de materiais educativos);
Treinamento de profissionais;
Encaminhamento a outros profissionais, quando indicado;
Ações assistenciais, individuais e em grupos;
Participação em projetos de pesquisa.
3.1.1. O atendimento do Auxiliar de enfermagem:
Realizar o atendimento de enfermagem:
1. Aferição dos dados vitais: PA, peso, altura;
2. Medida da circunferência abdominal;
3. Atualizar os dados da ficha HIPERDIA;
4. Avaliar a situação vacinal;
5. Orientações sobre os fatores de risco cardiovascular, alimentação, atividade física e lazer;
6. Encaminhamento às atividades educativas;
7. Encaminhamento às atividades físicas no AGITA ASSIS;
8. Encaminhamento para avaliação de saúde bucal e ginecológica (Papanicolaou);
9. Registrar no prontuário.
 Orientar a comunidade sobre a importância das mudanças nos hábitos de vida, ligadas à alimentação e à prática
de atividade física rotineira.
 Orientar as pessoas da comunidade sobre os fatores de risco cardiovascular, em especial aqueles ligados à
hipertensão arterial e diabetes.
 Realizar o agendamento das consultas médicas e de enfermagem, controlando o aprazamento.
dos retornos (de acordo com a estratificação de risco individual do hipertenso e estabilização do quadro).
 Cuidar dos equipamentos (tensiômetros e glicosímetros) e solicitar sua manutenção, quando necessária.
 Encaminhar as solicitações de exames complementares para serviços de referência.
3.1.2. Agente Comunitário de Saúde:
 Rastrear o território, identificando indivíduos com fatores de risco cardiovascular (tabagismo, obesidade, Diabetes
mellitus e antecedentes familiares).
 Ações educativas primárias, esclarecendo a comunidade sobre o risco para doenças cardiovasculares e para
hipertensão.
 Encaminhar para consulta de enfermagem, os indivíduos suspeitos de serem portadores de hipertensão arterial
sistêmica.
 Monitorar o comparecimento dos suspeitos de HAS à unidade de saúde, e os pacientes já diagnosticados através da
ficha de acompanhamento.
 Manter atualizados os dados cadastrais dos hipertensos no SIAB.
 Realizar busca ativa de faltosos às consultas.
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3.1.3. O enfermeiro:
Além de realizar a consulta de enfermagem, o enfermeiro também participa das atividades educativas, estabelecendo,
junto à equipe, estratégias que possam favorecer a adesão (grupos de hipertensos). Encaminha ao médico pelo menos
duas vezes ao ano e com maior frequência nos casos em que a pressão não estiver devidamente controlada ou na
presença de outras intercorrências. É responsável pela supervisão das atividades do técnico/auxiliar de enfermagem e
dos agentes comunitários de saúde nas suas ações. Deve promover e participar da capacitação da equipe de saúde, das
atividades educativas (grupos e salas de espera e outras) e da elaboração de estratégias para o melhor funcionamento do
programa na unidade de saúde.
3.1.4. O médico:
Além da consulta médica, deve participar da capacitação da equipe de saúde, das atividades educativas e da elaboração
de estratégias para o melhor funcionamento do programa na unidade.
3.1.5. O dentista
 Realizar exame clínico bucal, diagnosticar fatores de risco e focos de infecção.
 Encaminhar pacientes para consulta médica, com suspeita de hipertensão.
 Desenvolver atividades educativas de promoção e prevenção de saúde bucal com as pessoas da comunidade,
individuais ou em grupo com os pacientes hipertensos.
 Esclarecer a comunidade sobre os fatores de risco da cárie dental para as doenças cardiovasculares, orientando sobre
as medidas de prevenção.
3.1.6. O profissional de Educação Física
Realizar plano de aula para usuários das unidades de saúde levando em consideração a frequência, a duração e a
intensidade da atividade física, de forma que os usuários realizem atividade física moderada, por pelo menos 30 minutos
durante cinco dias da semana;
Realizar o controle de evolução regularmente dos pacientes cadastrados no Programa Agita Assis;
Desenvolver atividades educativas em grupo, conforme cronograma anual do Programa Agita Assis;
Desenvolver atividades com a população que estimule a mudança de hábitos e a prática de atividade física de forma
regular.
A inserção de outros profissionais, especialmente nutricionistas, assistentes sociais e psicólogos é vista como
bastante enriquecedora, destacando-se a importância da ação interdisciplinar para a prevenção e controle da HAS.
4. ROTINA DE ATENDIMENTO MÉDICO E DE ENFERMAGEM
4.1. Primeira Consulta Médica:
 Avaliação clínica (História detalhada e exame físico); sendo a pressão arterial verificada em ambos os membros
superiores e em pé. Cálculo do IMC, e circunferência abdominal.
17
 Confirmação do diagnóstico de HAS;
 Identificação de comorbidade;
 Solicitação de exames complementares de rotina e outros exames a critério clínico;
 Decisão terapêutica conforme a estratificação do risco individual;
 Orientações higienodietéticas;
 Prescrição medicamentosa, se necessário;
 Acompanhamento rigoroso da evolução do quadro e do alcance das metas do plano terapêutico para readequação;
 Encaminhamento para as atividades educativas (grupo na unidade) e físicas, no PROGRAMA AGITA ASSIS;
 Encaminhamento para avaliação fisioterápica e psicológica quando necessário;
 Encaminhamento para avaliações com especialistas, quando necessário;
 Avaliação e encaminhamento das emergências hipertensivas;
 Registro no prontuário;
4.2. Primeiro Retorno:
1. Avaliar peso e circunferência abdominal
2. Avaliar pressão arterial
3. Avaliar resultados dos exames solicitados na primeira consulta
4. Continuar programa educativo
4.3. Consulta de Enfermagem:
Medir a circunferência da cintura e quadril;
Calcular o índice de massa corporal (IMC);
Investigar sobre fatores de risco e hábitos de vida;
Avaliar as informações obtidas nos atendimentos de enfermagem;
Avaliar a adesão ao tratamento e o alcance das metas instituídas para o hipertenso;
Realizar estratificação de risco;
Monitorar intercorrências;
Solicitar e avaliar exames da rotina laboratorial básica,(urina I, creatinina, potássio, glicemia de jejum, TSH, ácido úrico,
lipidograma, Radiografia do tórax e ECG de repouso).
Orientar sobre as estratégias para o alcance das metas do tratamento anti-hipertensivo;
Orientar sobre medidas higienodietéticas;
Orientar sobre o tratamento medicamentoso já prescrito;
Repetir a medicação de indivíduos controlados e sem intercorrências;
Encaminhar para as atividades educativas (US) e físicas (PROGRAMA AGITA ASSIS);
Encaminhamento para avaliação psicológica quando necessário;
Avaliação e encaminhamento das emergências hipertensivas para serviços de pronto-atendimento clínico;
Encaminhamento para discussão dos casos junto à equipe;
Registro no prontuário.
18
Cada serviço, de acordo com sua equipe, estabelecerá uma estratégia, devendo estar aí incluídas atividades
individuais e/ou de grupo. Informação ao paciente sobre a rotina de atendimento, para que tenha maior compreensão e,
consequentemente, maior adesão ao tratamento.
4.4. Ações administrativas:
1. Cartão do paciente.
2. Obrigatoriedade do registro de todos os dados do paciente em prontuário.
3. Reuniões periódicas da equipe buscando uniformização de procedimentos e linguagem.
5. FLUXO DE ATENDIMENTOS
INDIVÍDUOS SEM FATORES DE RISCO PARA HAS
Prevenção Primária
Pré-hipertensão
Se ≥ 130/85
Normal
<120/ <80
A equipe deve
incentivar, em
todas as
oportunidades,
a verificação de
PA pelo
menos a cada
2 anos,
com registro em
prontuário
2. Agendar consulta de enfermagem;
3. Incentivar MEV;
4. Integrar ao Programa Agita Assis;
5. Busca ativa de faltosos nas consultas;
1. Realizar o atendimento conforme descrito nas
atribuições do Aux. de Enfermagem;
2. Agendar consulta de enfermagem;
3. Integrar ao Programa Agita Assis;
4. Cadastrar no Hiperdia;
5. Incentivar MEV.
1. Realizar a consulta de enfermagem;
2. Integrar ao Programa Agita Assis;
3. Reforçar MEV;
4. Se PA 130-139/85-89 associado à Insuficiência
cardíaca, renal crônica ou DM, agendar consulta
médica para iniciar tratamento farmacológico.
Neste caso os retornos serão semestrais, intercalando
Consulta médica e de enfermagem.
C
A
P
T
A
Ç
A
O
ACS
Auxiliar de
Enfermagem
Enfermeiro
19
Indivíduos com fatores de risco para HAS
(sobrepeso/obesidade, sedentarismo, história familiar de HAS, excesso na
ingestão de sal, dieta pobre em frutas, vegetais e potássio, raça negra,
(diabetes ou intolerância a glicose, abuso de álcool, dislipidemias, stress, idosos)
Prevenção
Primária
Pré-hipertensão
Se ≥ 130/85
Encaminhar para unidade;
Promover MEV;
ACS
Integrar ao Programa Agita Assis;
Busca ativa de faltosos nas consultas;
1. Encaminhar para consulta de enfermagem;
Auxiliar de
Enfermagem
2. Realizar agendamento conforme intervalo preconizado;
3. Promover MEV;
4. Integrar ao Programa Agita Assis;
5. Realizar aferição da PA e registrar no prontuário do paciente;
1. Promover MEV;
2. Integrar ao Programa Agita Assis;
3. Cadastrar nos programas específicos para
controle de seus fatores de risco;
Enfermeiro
5. Realizar a estratificação de risco;
Consulta de enfermagem
6. Se PA 130-139/85-89 associado à insuficiência cardíaca,
Renal crônica ou diabete, encaminhar para consulta médica para
iniciar tratamento medicamentoso;
1. Avaliação clínica; e confirmação diagnóstica;
2. Identificar comorbidades;
3. Promover MEV;
4. Integrar ao Programa Agita Assis;
Médico
Consulta médica
5. Encaminhar para programas específicos necessários ao controle de seus
fatores de risco;
6. Decisão terapêutica conforme a estratificação do risco individual;
7. Prescrição medicamentosa;
8. Orientar quanto medidas higienodietéticas;
20
FLUXO DE ATENDIMENTO PARA HIPERTENSOS
HAS ≥ 140 / ≥ 90 e
HAS sistólica isolada
(≥ 140 / < 90)
1. Encaminhar para consulta de enfermagem os indivíduos suspeitos de
serem portadores de hipertensão;
2. Cadastrar como hipertenso no SIAB e na ficha de acompanhamento de
hipertensos, para visita domiciliar mensal, se confirmação diagnóstica;
ACS
captação
3. Promover MEV;
4. Integrar ao Programa Agita Assis e nas atividades de grupo na unidade;
5. Verificar o comparecimento dos pacientes às consultas agendadas na unidade;
5. Busca ativa de faltosos nas consultas;
1. Encaminhar para consulta de enfermagem;
2. Realizar agendamento conforme intervalo preconizado;
Auxiliar de
Enfermagem
3. Agendar consulta médica após resultados dos exames;
4. Promover MEV;
5. Integrar ao Programa Agita Assis e atividades de grupo na unidade;
6. Manter registro da aferição da PA no prontuário do paciente;
7. Fornecer e orientar administração de medicamentos;
1. Realizar consulta de enfermagem;
2. Avisar da inclusão de casos novos de HAS, ao ACS;
3. Cadastrar nos programas específicos para
controle de seus fatores de risco: (Programa Agita Assis, apoio nutricional);
4. Solicitar rotina básica de exames laboratoriais (colesterol total, HDL, Triglicerí-
Enfermeiro
deos, glicemia, creatinina, potássio e urina I);
Consulta de enfermagem
5. Realizar a estratificação de risco (escore de Framingham);
6. Promover MEV;
7. Se Risco C, encaminhar para consulta médica para início de tratamento
medicamentoso com controle médico mensal até estabilização;
1. Avaliação clínica e confirmação diagnóstica;
2. Avisar da inclusão de casos novos;
3. Solicitar exames complementares;
4. Integrar ao Programa Agita Assis;
Médico
5. Iniciar TM com controle mensal até estabilização;
Consulta médica
6. Promover MEV;
7. Encaminhar à unidade de referência (C.E.A.), ao vascular, para DX dos
Renovasculares ou LOA;
8. . Retornos: se instável, devem ser mensais para avaliar tratamento farmacológico.
Se sintomático, retornos semanais.
Obs.: Se Risco C (com LOA ou DM) com PA estável ou Risco A e B: Retornos 4/4 meses intercalando consulta médica e de enfermagem. Se Risco A após 12 meses de MEV
sem sucesso, ou Risco B após 6 meses sem sucesso, agendar consulta médica e iniciar tratamento farmacológico
21
AÇÕES COMUNS À EQUIPE
ACS
Auxiliar
Enfermagem
São ações comuns a todos:
♥ Promover MEV;
Profissional
de Educação
Física
♥ Integrar ao Programa de atividade física: Agita Assis;
Enfermeiro
♥ Incentivar controle da PA;
♥ Promover ações em grupo na unidade
ou fora dela;
Médico
Dentista
Outros profissionais
6. AGENDAMENTO POR GRAU DE RISCO – Periodicidade de Retornos
Grupo Baixo Risco
Consulta médica
Consulta de enfermagem
Grupo de Médio Risco – no mínimo 3 consultas/ano:4/4 meses
Consulta médica
Consulta de enfermagem
Consulta médica
Grupo de Alto Risco
Consulta médica
Consulta de enfermagem
Consulta no C.E.A.
Consulta médica
Grupo de Muito Alto Risco
Consulta
Consulta de
Consulta no
Consulta de
médica
enfermagem
C.E.A
enfermagem
Consulta médica
♣ Atendimento do Auxiliar de Enfermagem (poderão ser individuais ou em grupo):

Grupo baixo risco: 2 x ano

Grupo médio risco: 3x ano

Grupo alto risco: 4 x ano
Consulta no
C.E.A.
22

Grupo muito alto risco: 6 x ano
6.1. Sugestão de retornos, intercalando todos os tipos de atendimentos previstos, conforme o grau de risco:
Grupo de Baixo Risco – Probabilidade de um evento cardiovascular grave nos próximos 10 anos menor que 15%

Homens com idade inferior a 55 anos e mulheres com idade abaixo de 65 anos, com hipertensão Grau 01 e sem
fatores de risco.
MÊS
ATENDIMENTO PREVISTO
Janeiro
Fevereiro
Março
Consulta médica
Abril
Maio
Junho
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Julho
Agosto
Setembro
Consulta de Enfermagem
Outubro
Novembro
Dezembro
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Grupo de Médio Risco - Probabilidade de um evento cardiovascular grave nos próximos 10 anos está entre 15 e
20%

Inclui portadores de hipertensão arterial Grau 01 e 02, com um ou dois fatores de risco cardiovascular.
MÊS
Janeiro
ATENDIMENTO PREVISTO
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Fevereiro
Março
Consulta Médica
Abril
Maio
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Junho
Julho
Consulta de Enfermagem
Agosto
Setembro
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Outubro
Novembro
Dezembro
Consulta Médica
23
Grupo de Alto Risco – Probabilidade de um evento cardiovascular grave nos próximos 10 anos está entre 20 e
30%

Inclui portadores de hipertensão Grau 01 ou 02, que possuem três ou mais fatores de risco e os que são
portadores de hipertensão grau 03, sem fatores de risco.
MÊS
Janeiro
ATENDIMENTO PREVISTO
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Fevereiro
Março
Consulta médica
Abril
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Maio
Junho
Consulta de Enfermagem
Julho
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Agosto
Setembro
Consulta médica no C.E.A.
Outubro
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Novembro
Dezembro
Consulta médica
Grupo de Risco Muito Alto – probabilidade de um evento cardiovascular grave nos próximos 10 anos é de
mais de 30%.
Inclui portadores de hipertensão grau 3, que possuem um ou mais fatores de risco, com doença renal ou
Cardiovascular em curso.
MÊS
ATENDIMENTO PREVISTO
Janeiro
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Fevereiro
Consulta Médica
Março
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Abril
Consulta de Enfermagem
Maio
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Junho
Consulta médica no C.E.A.
Julho
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Agosto
Consulta de Enfermagem
Setembro
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Outubro
Consulta médica
Novembro
Atendimento do Auxiliar de Enfermagem
Dezembro
Consulta médica no C.E.A.
24
6.2. Sugestão de outros critérios para a avaliação de retornos:
Semestral:
 Pessoas até 60 anos, que apresentem diabetes ou hipertensão arterial;
 Pessoas sem presença de complicações crônicas;
 Pessoas com adequado conhecimento sobre diabetes e ou hipertensão;
 Pessoas com adequado conhecimento de medidas preventivas;
 Pessoas com adequado controle metabólico e/ou da pressão arterial.
Trimestral:
 Pessoas acima de 60 anos;
 Pessoas com diabetes e hipertensão arterial;
 Pessoas com presença de outras complicações crônicas decorrentes do DM/HA (déficit visual, AVE, entre outras);
 Pessoas com inadequado controle metabólico (perante avaliação de exames laboratoriais que constem no prontuário)
e/ou da pressão arterial;
 Pessoas tabagistas ativas;
 Pessoas com déficit de conhecimento sobre diabetes e ou hipertensão;
 Pessoas que moram sozinhas, isoladas;
 Pessoas com baixo grau de escolaridade;
 Pessoas com alguma limitação da mobilidade para realizar o auto cuidado (problemas na coluna, nos joelhos,
obesidade, dentre outros, avaliando a necessidade de remoção ou visita domiciliar).
7. ENCAMINHAMENTOS
Algumas situações podem necessitar avaliações especializadas:
 Pacientes com pressão arterial que não estiver controlada com três medicações ou mais;
 Gestantes, crianças com HAS;
 Emergências hipertensivas;
 Suspeita de hipertensão secundaria;
 Pacientes com lesões importantes em órgãos alvo e condições clinicas associadas:
♥ Historia previa de IAM, edema agudo de pulmão e AVE com déficit sensitivo e/ou motor,
♥ Insuficiência renal crônica,
♥ Insuficiência cardíaca congestiva.
É importante o preenchimento correto do encaminhamento, esclarecendo os motivos, detalhando achados
relevantes do exame físico e dos exames complementares e medidas terapêuticas instituídas. O serviço de atenção
secundaria deverá, nas contra referencias, registrar o diagnóstico e as medidas terapêuticas realizadas.
No período inter consultas, o paciente deve continuar o acompanhamento na sua unidade de origem.
25
8. AVALIAÇÃO LABORATORIAL
Rotina Básica
Exame
Periodicidade
Solicitante
Avaliação
Urina I, creatinina,
Anual
Enfermeiro/ Médico
Médico
Periodicidade
Solicitante
Avaliação
P/ Diagnóstico
Médico
Médico
potássio, glicemia, ácido úrico, TSH
lipidograma, ECG, RX tórax
Rotina Complementar
Exame
RX tórax, HDL, triglicerídeos, ácido úrico,
proteinuria 24 horas,
Hemograma, cálcio, TSH
9. INDICADORES
Os indicadores abaixo dizem respeito à cobertura da população hipertensa das áreas de abrangência, à caracterização do
perfil do hipertenso assistido e às atividades assistenciais e educativas desenvolvidas pelos serviços de saúde. Seu
objetivo é auxiliar no monitoramento das metas pactuadas pelas equipes de saúde.
INDICADOR
Concentração de consultas
médicas/enfermagem para
hipertensos
PARÂMETRO
Realizar consultas médicas/enfermagem
conforme preconizado no protocolo
POPULAÇÃO ALVO
Hipertensos inscritos no
programa
Percentual de internações
relacionadas à Hipertensão
Monitorar internações por HA e
diagnósticos relacionados
Hipertensos inscritos no
programa
Cobertura de inscrições para
hipertensos
Realizar inscrição de 100% dos
hipertensos residente na área de
abrangência da US
20% da população acima de 20
anos residente na área de
abrangência
Percentual de retornos agendados
Agendar retorno para 100% dos
hipertensos inscritos conforme
preconizado no protocolo
Hipertensos inscritos no
programa
Concentração de atividades coletivas
educativas para pacientes inscritos
nos programas
Realizar, no mínimo, 2 atividades/ano
educativas coletivas para pacientes
hipertensos residentes na área de
abrangência da US
Hipertensos inscritos no
programa
26
10. ANEXOS
ANEXO 1 - ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA TRATAMENTO
Fatores de risco (FR)
Lesões em orgãos-alvo (LOA)
 Tabagismo
 Dislipidemia
 DM
 Idade > 60 anos
 Hx familiar de dça cardiovascular em
M > 65 Anos e H < 55 anos
 Doenças cardíacas: Hipertrofia ventricular esquerda, angina ou
IAM, revascularização miocárdica prévia, insuficiência cardíaca
 AIT / AVC
 Nefropatia
 Doença vascular periférica
 Retinopatia hipertensiva
Risco A
(sem FR ou LOA)
Pré-hipertenso
Estágio I
(até 159/99)
Estágio 2
(180/100 ou mais)
FR = Fatores de risco
MEV
MEV
(até 12 meses)
Risco B
(com FR menos DM e
sem LOA)
MEV
MEV **
(até 6 meses)
Risco C
(com LOA
e/ou DM)
MEV*
TM
TM
TM
LOA = Lesões em órgão alvo
TM
MEV = Mudança de estilo de vida
TM = tratamento medicamentoso *= TM se IC, IRC ou DM (se PA 130-139/85-89) ** = TM se múltiplos FR
27
ANEXO 2: Orientação Nutricional
Na educação alimentar, alguns itens devem ser considerados em todas as atividades de informação, educação e
comunicação:
 Promover o peso saudável através de mensagens positivas;
 Promover a substituição do consumo de alimentos pouco saudáveis para alimentos saudáveis;
 Não discriminar alimentos, mas propor a redução do consumo dos menos adequados;
 Esclarecer que alimentação saudável não é alimentação cara;
 Garantir as atividades de informação, educação e comunicação;
 Não reforçar padrões estéticos.
Os Dez Passos Para a Manutenção do Peso Saudável:
1º Passo: Coma frutas e verduras variadas, pelo menos duas vezes por dia.
2º Passo: Consuma feijão pelo menos quatro vezes por semana.
3º Passo: Evite alimentos gordurosos como carnes gordas, salgadinhos e frituras.
4º Passo: Retire a gordura aparente das carnes e a pele do frango.
5º Passo: Nunca pule refeições, faça três refeições e um lanche por dia. No lanche escolha uma fruta.
6º Passo: Evite refrigerante e salgadinhos.
7º Passo: Faça refeições com calma e nunca na frente da televisão.
8º Passo: Aumente a sua atividade física diária. Ser ativo é se movimentar. Evite ficar parado, você pode fazer isto em
qualquer lugar.
9º Passo: Suba escadas ao invés de usar o elevador; caminhe sempre que possível e não passe longos períodos sentado
assistindo TV.
10º Passo: Acumule trinta minutos de atividade física todos os dias.
Dieta Hipossódica:
Sal: 5 g de cloreto de sódio ou sal de cozinha (que corresponde a 2 g de sódio) a quantidade considerada máxima
saudável para ingestão alimentar diária.
Alimentos a serem evitados:
 Salsicha, linguiça, mortadela, salame, presunto, chouriço, carne seca.
 Alimentos em conserva: ervilha, sardinha, palmito, etc.
 Toucinho defumado, bacalhau, camarão seco, maionese industrializada.
 Queijos salgados.
 Molhos prontos: tipo inglês, soja, mostarda, ketchup.
 Bolachas salgadas.
 Margarina e manteiga com sal.
 Salgadinhos.
 Sopas e temperos industrializados.
*Prefira temperos naturais: alho, cebola, salsa, cebolinha, manjericão, limão, etc.
28
PADRÃO DIETÉTICO DASH
O padrão dietético DASH (Dietary Approaches to Stop Hyper- tension), rico em frutas, fibras e minerais, hortaliças
e laticínios com baixos teores de gordura, tem importante impacto na redução da PA.
29
ANEXO 3: Tabela IMC – Índice de massa corporal
Reduzir peso em pelo menos 5% - 10% associando reeducação alimentar e atividade física.
Classificação
IMC
Risco de co-morbidade
Normal
18,5 – 24,9
Baixo
Sobrepeso
25 – 29,9
Pouco aumentado
Obeso classe I
30 – 34,9
Moderado
Obeso classe II
35 – 39,9
Grave
Obeso classe III
> 40
Muito grave
ANEXO 4: Tratamento não medicamentoso
A. Exercício físico regular: reduz a pressão arterial, ajuda no tratamento das dislipidemias, no abandono do tabagismo,
e no controle do estresse.
-Acumular 30 a 45 minutos de atividade física três a cinco vezes por semana ajuda a reduzir os níveis de pressão arterial.
-Pacientes em uso de medicamentos anti-hipertensivos que interferem na frequência cardíaca, como betabloqueadores,
devem ser previamente submetidos à avaliação médica.
B. Redução do peso corporal: Devem ser incluídos em programas de redução de peso de modo a alcançar índice de
massa corpórea (IMC) inferior a 25 Kg/m e circunferência abdominal inferior a 102 cm (homens) e 88 cm (mulheres).
C. Redução da ingestão de sal (Cloreto de sódio – NaCl) tem sido considerada importante fator no desenvolvimento e
na intensidade da hipertensão arterial.
D. Abandono ou redução do consumo de bebidas alcoólicas:
O consumo excessivo de bebida alcoólica eleva a pressão arterial, variabilidade pressórica, prevalência da hipertensão
arterial e é causa de resistência anti-hipertensiva. Interfere no controle do peso corpóreo, uma vez que cada ml de álcool
fornece 7 calorias.
Consumo máximo diário de álcool/etanol:
Etanol → 30ml – homens
15ml – mulheres e indivíduos de baixo peso
O que equivale a: 720ml – cerveja
240ml – vinho
60ml – bebidas destiladas
30
E. Abandono do tabagismo
F. Redução do estresse – medidas de alívio:
- Utilizar-se de técnicas de relaxamento.
- Alimentação rica em legumes, verduras e frutas.
- Realizar atividades físicas (Agita Assis, subir escadas, passear nas praças).
- Repouso, sono apropriado às necessidades.
- Lazer e diversão.
Psicoterapias e medicação, se necessário.

G. Evitar drogas que podem elevar a pressão arterial:
 Anticoncepcionais orais.
 Anti-inflamatórios não esteroides
 Anti-histamínicos descongestionantes.
 Antidepressivos tricíclicos.
 Corticosteroides, esteroides anabolizantes.
 Vasoconstrictores nasais.
 Carbenoxolona.
 Ciclosporina
 Inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
 Moderadores do apetite.
 Hormônios tireoideanos (altas doses).
 Antiácidos ricos em sódio.
 Eritropoetina.
Cocaína
Cafeína
ANEXO 5: CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
 A Organização Mundial de Saúde estabelece como ponto de corte para risco cardiovascular a medida da circunferência
abdominal.
Técnica de medida: paciente em pé, sem roupa, fita métrica inelástica; medir entre o rebordo costal e crista ilíaca.
Sexo
Aumentado
Muito aumentado
Masculino
94 cm
102 cm
Feminino
80 cm
88 cm
31
ANEXO 6: Diagnósticos de Enfermagem
Possíveis de serem encontrados em pacientes hipertensos, passível de abordagem pelo Manual de Diagnósticos de
Enfermagem de Carpenito, LJ.
* CD: Características definidoras
* FR: Fatores relacionados
1.Comunicação verbal prejudicada
CD: Capacidade de falar prejudicada; disartria; afasia.
FR: AVE; deficiência auditiva; perda de memória recente; deficiência cognitiva.
2.Confusão crônica
CD: Perdas cognitivas; percepção alterada; comportamento antissocial
FR: Doença de Alzheimer; Distúrbios psiquiátricos, metabólicos, da estrutura ou da integridade cerebral.
3.Intolerância à Atividade
CD: Durante atividade apresenta dispneia, fraqueza, tontura, palidez.
FR: Arritmias, Angina, Doença cardíaca congestiva, hipovolemia, ICC.
4.Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais
CD: Excesso de peso; obesidade; comunicação de padrões indesejáveis.
FR: Relacionado à falta de conhecimento; relacionado à diminuição do padrão de atividades.
5.Distúrbio no padrão do sono
CD: Dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo; sonolência durante o dia; agitação; alteração de humor fadiga.
FR: Distúrbios circulatórios; arteriosclerose periférica; distúrbios respiratórios; efeito adverso de anti-hipertensivos;
antidepressivos; depressão; modificações hormonais, Angina.
6.Volume de líquido excessivo
CD: Edema periférico, sacral; falta de ar; aumento de peso.
FR: Taquicardia/arritmia; aumento da pré-carga; diminuição da contratilidade e à diminuição do débito cardíaco.
7.Síndrome do déficit no auto cuidado
CD: Apresenta prejuízo na função motora ou cognitiva, causando uma diminuição na capacidade de desempenhar cada
uma das cinco atividades de auto cuidado:
Alimentação
Banho/higiene
Instrumental
Uso do vaso sanitário
Vestir-se/arrumar-se
8.Mobilidade física prejudicada para andar
CD: Capacidade prejudicada para andar as distâncias exigidas; subir e descer o meio-fio.
FR: AVE; fadiga; motivação; dor; fraqueza muscular; agilidade motora diminuída.
9.Memória prejudicada
CD: Experiências observadas ou relatadas de esquecimento.
FR: Doença cerebral degenerativa; Déficit visual/auditivo; Deficiência nutricional (Vit. C, B12, folato, niacina, tiamina);
depressão; distração; distúrbio do sono.
10.Controle ineficaz do regime terapêutico
CD: Risco para controle ineficaz do regime terapêutico, relacionado ao conhecimento insuficiente sobre a condição, as
restrições dietéticas, os fatores de risco, e o prosseguimento dos cuidados.
11.Negação ineficaz
CD: Risco de não comprometimento relacionado aos efeitos colaterais negativos da terapia prescrita versus a crença de
que não é necessário o tratamento sem a presença de sintomas.
32
ANEXO 7:
FICHA DE CONTROLE DA PRESSÃO NO PRONTUÁRIO
Data
PA/glicemia
CONTROLE DE PRESSÃO –- GLICEMIA
Data
PA/glicemia
Data
PA/glicemia
33
ANEXO 8 – ESCORE DE FRAMINGHAM
Homens
Idade
20 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
60 a 64
65 a 69
70 a 74
75 a 79
Colesterol
Total, mg/dL
< 160
160 a 199
200 a 239
240 a 279
= 280
Fumo
Pontos
-9
-4
0
3
6
8
10
11
12
13
Idade
Idade Idade Idade Idade
20-39
40-49 50-59 60-69 70-79
0
0
0
0
0
4
3
2
1
0
7
5
3
1
0
9
6
4
2
1
11
8
5
3
1
Idade
Idade Idade Idade Idade
20-39
40-49 50-59 60-69 70-79
Não
0
0
0
0
0
Sim
8
5
3
1
1
HDL-colesterol (mg/dL)
Pontos
= 60
-1
50 a 59
0
40 a 49
1
< 40
2
PA (sistólica, mmHg)
Não tratada
Tratada
< 120
0
0
120 a 129
0
1
130 a 139
1
2
140 a 159
1
2
= 160
2
3
Total de pontos
Risco absoluto em 10 anos (%)
<0
<1
0
1
1
1
2
1
3
1
4
1
5
2
6
2
7
3
8
4
9
5
10
6
11
8
12
10
13
12
14
16
15
20
16
 17
Mulheres
Idade
20 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
60 a 64
65 a 69
70 a 74
75 a 79
Colesterol
Total, mg/dL
< 160
160 a 199
200 a 239
240 a 279
= 280
Fumo
Pontos
-7
-7
0
3
6
8
10
12
14
16
Idade Idade Idade Idade Idade
20-39 40-49 50-59 60-69 70-79
0
0
0
0
0
4
3
2
1
1
8
6
4
2
1
11
8
5
3
2
13
10
7
4
2
Idade Idade Idade Idade Idade
20-39 40-49 50-59 60-69 70-79
Não
0
0
0
0
0
Sim
9
7
4
2
1
HDL-colesterol (mg/dL)
Pontos
= 60
-1
50 a 59
0
40 a 49
1
< 40
2
PA (sistólica, mmHg) Não tratada
Tratada
< 120
0
0
120 a 129
1
3
130 a 139
2
4
140 a 159
3
5
= 160
4
6
Total de pontos
Risco absoluto em 10 anos (%)
<9
<1
9
1
10
1
11
1
12
1
13
2
14
2
15
3
16
4
17
5
18
6
19
8
20
11
21
14
22
17
23
22
24
27
 25
 30
25
 30
TOTAL:
34
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério da Saúde. Manual de Enfermagem. Programa Saúde da Família. Brasília, Ministério da Saúde, 2001.
Secretaria de Estado da Saúde. Manual de Orientação em Hipertensão Arterial Sistêmica. GASAI/CADAIS – 1994.
Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Protocolo Saúde do Adulto. 2.003
VI Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. 2010
Manual de Diagnósticos de Enfermagem. Carpenito, Lynda Juan. 8. Ed. – Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
Ministério da Saúde. Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Melitus. Programa de
Educação Permanente em HAS e DM. Brasília/DF, Ministério da Saúde, 2002.
Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica nº 14, série A: Normas e Manuais Técnicos. Brasília, 2006.
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