6N2-A Tecnologias para Implementação de Redes O modelo de referência OSI da ISO define as diretivas genéricas para construção de redes de computadores que independem da tecnologia de implementação. A construção efetiva das redes envolve a seleção e integração de várias tecnologias, cada uma destinada a atender requisitos específicos de custo e desempenho. Vários organismos normalizadores se empenharam para elaboração de padrões de tecnologia que implementam funções de uma ou mais camadas do modelo OSI. A elaboração desses padrões envolve a participação ativa de fabricantes, garantindo a adoção do padrão. O processo de elaboração de padrões é bastante evolutivo, sendo que novas tecnologias estão continuamente surgindo propondo soluções cada vez mais performantes. 6N2-A.1. Arquiteturas de Redes 6N2-A.2. Padrões de Tecnologia 6N2-A.3. Sistema Operacional de Rede Hotwords ISO: A International Organization for Standardization é a principal organização no que se refere a elaboração de padrões de comunicação de alcance mundial. 6N2-A.1. Arquiteturas de Redes Conceito: Conjunto de tecnologias que compõem a infra-estrutura completa para construção de uma rede de computadores. O modelo OSI define uma arquitetura genérica com 7 camadas. Sua elaboração representou um esforço na tentativa de padronização e direcionamento do desenvolvimento de novas tecnologias para implementação de redes de computadores. Entretanto, nem todas as soluções existentes no mercado seguem o modelo OSI. Arquiteturas alternativas tem sido adotadas para construções de redes no mundo todo. Algumas soluções proprietárias, como a SNA, se impuseram como resultado do sucesso de um grande fabricante. Soluções não proprietárias, como TCP/IP, surgiram como resultado de esforços de pesquisa, incluindo grande participação do mundo acadêmico. Exemplo de arquiteturas de redes SNA Arquitetura TCP/IP Aplicação Serviço de Transação Aplicação Apresentação Serviços de Apresentação Controle de Fluxo de dados Controle de Transmissão Modelo OSI Sessão Transporte Transmissão Rede Controle de Caminho Rede Enlace de Dados Controle de Enlace de Dados Interface com outras tecnologias. Física Controle Físico Hotwords SNA: Systems Network Architecture. Conjunto de produtos de comunicação proprietários da IBM. O SNA inspirou a criação do modelo OSI, guardando muitas similaridades com o padrão proposto pela ISO. A SNA é uma das arquiteturas dominantes no mercado de computadores da atualidade, e é suportada por uma ampla gama de fornecedores. TCP/IP: Abreviatura de Transmission Control Protocol/Internet Protocol. A arquitetura TCP/IP define um modelo com menos camadas que o modelo OSI. As camadas de enlace de dados e física não são especificadas na arquitetura TCP/IP, podendo ser implementadas através de soluções propostas em outras arquiteturas. A arquitetura TCP/IP é muito difundida no mundo acadêmico e comercial, superando em popularidade soluções inteiramente compatíveis com o modelo OSI. 6N2-A.2. Padrões de Tecnologia Conceito: Os padrões para tecnologia de comunicação definem de maneira precisa como um produto deve ser implementado, garantindo sua compatibilidade com outros produtos que sigam o mesmo padrão. Os padrões de tecnologia são classificados em 2 grandes grupos: padrões de direto (jure) e padrões de facto. Os padrões de direito são definidos por organismos internacionais de certificação, como a ISO e o CCITT. A maioria dos padrões de jure para redes de computadores foram elaborados de acordo com as diretivas gerais propostas no modelo de referência OSI da ISO. Outras tecnologias, denominadas padrões de facto, se impuseram devido a sua grande aceitação de mercado. Os padrões de facto nem sempre seguem o modelo OSI, constituindo muitas vezes soluções alternativas não compatíveis entre si. Padrões de Direito Padrões de Facto Normalizados pela: ISO IEEE ANSI etc Proprietários Desenvolvidos por um fabricante específico Não Proprietários Desenvolvidos por projetos de pesquisa e a comunidade acadêmica Hotwords ISO: A International Organization for Standardization é a principal organização no que se refere a elaboração de padrões de comunicação de alcance mundial. IEEE: O Institute of Electrical and Electronics Engineers é uma organização da qual participam profissionais do mundo todo. Além de organizar conferências e publicar periódicos especializados, o IEEE inclui grupos de padronização responsáveis por desenvolver padrões para tecnologias emergentes. ANSI: O American National Standards Institute é estruturado em diversos subcomitês técnicos. Cada subcomitê é responsável por elaborar padrões para áreas técnicas específicas, como processamento de informação e telecomunicações. 6N2-A.3. Sistemas Operacionais de Rede Conceito: Conjunto de programas que constituem o software básico do computador, incluindo todas os módulos necessários para suportar a comunicação em rede. A maior parte das funções do modelo OSI é implementada pelo sistema operacional de rede das estações. Além de gerenciar os recursos locais do computador, o sistema operacional de rede incorpora os módulos necessários para suportar a comunicação em rede. Os sistemas operacionais de rede são geralmente multiprotocolo, isto é, suportam mais de um tipo de protocolo para cada camada. Esta característica permite interligar, numa mesma rede, computadores com sistemas operacionais de fabricantes diferentes. Programas aplicativos escritos para os usuários SISTEMA OPERACIONAL DE REDE OSI Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace de Dados HARDWARE Física As funções das camadas superiores são geralmente implementadas por módulos de sofware proprietários embutidos no sistema operacional de rede. O sistema operacional de rede suporta geralmente vários protocolos de Transporte e de Rede simultaneamente. As funções das camadas inferiores dependem do tipo de adaptador de rede e da infra-estrutura física de conexão. Hotword Sistema Operacional: O sistema operacional é um conjunto de programas que constitui o software básico de um computador. O sistema operacional esconde as peculiaridades do hardware e disponibiliza funções que executam uma série de serviços computacionais de alto nível, simplificando o desenvolvimento de aplicações para os usuários. 6N2-B Padrões IEEE 802 O termo IEEE 802 refere-se a um conjunto de padrões para redes locais e metropolitanas elaborados pelo IEEE. Os padrões IEEE 802 estão em conformidade com o modelo OSI da ISO, sendo inclusive republicados como padrões internacionais sob a denominação ISO 9902. Os padrões IEEE 802 agrupam uma série de tecnologias para redes locais muito difundidas, como os padrões Ethernet e Token Ring. 6N2.B.1 - Padrões IEEE 802 e o Modelo OSI 6N2.B.2 - Ethernet ou CSMA/CD bus (IEEE 802.2) 6N2.B.3 - Extensões do Padrão Ethernet 6N2.B.2.1 - Fast-Ethernet (IEEE 802.3u) 6N2.B.2.2 - Giga-Ethernet (IEEE 802.3z) 6N3.B.2.3 - Switch-Ethernet 6N2.B.3 - Token-passing bus (IEEE 802.4) 6N2.B.4 - Token-passing ring (IEEE 802.5) 6N2.B.5 - DQDB (IEEE 802.6) 6N2.B.6 - Padrão IEEE 802.2 (LLC) Hotwords: ISO: A International Organization for Standardization é a principal organização no que se refere a elaboração de padrões de comunicação de alcance mundial. IEEE: O Institute of Electrical and Electronics Engineers é uma organização da qual participam profissionais do mundo todo. Além de organizar conferências e publicar periódicos especializados, o IEEE inclui grupos de padronização responsáveis por desenvolver padrões para tecnologias emergentes. 6N2-B1 Padrões IEEE 802 e o Modelo OSI Conceito: Os padrões IEEE 802 definem uma série de tecnologias para implementação das funções das camadas física e de enlace de dados do modelo de referência OSI. O conjunto de padrões IEEE 802 compõem um modelo para implementação de redes locais compatível com o modelo OSI. Diferente do modelo OSI que apenas aborda diretivas genéricas, o padrão IEEE aborda detalhes tecnológicos que definem de maneira precisa como os diversos protocolos e funções da rede devem ser implementados. O relacionamento entre os diversos padrões IEEE 802 e o modelo OSI está descrito no documento IEEE 802.1. O padrão IEEE 802.2 divide as funções da camada de enlace nas subcamadas LLC e MAC. camada de enlace de dados A camada LLC é definida pelo padrão IEEE 802.2. 802.2 LLC MAC 802.3 camada física 802.4 802.5 802.6 A camada MAC e a camada física são definidas por uma série de padrões que definem tecnologias "alternativas". Hotwords 802.2: Define a implementação da sub-camada Logical Link Control - LLC. 802.3: Define uma tecnologia para implementação de redes com topologia em barramento, utilizando como princípio o acesso randômico das estações ao meio de transmissão. Este padrão é relacionado a tecnologia Ethernet. 802.4: Define uma tecnologia para implementação de redes com topologia em barramento, com controle de acesso das estações ao meio de transmissão por passagem de permissão. Este padrão é relacionado a tecnologia Token Passing-Bus. 802.5: Define uma tecnologia para implementação de redes com topologias em anel, com controle de acesso das estações ao meio de transmissão por passagem de permissão. Este padrão é relacionado a tecnologia Token Passing-Ring. 802.6: Define uma tecnologia para implementação de redes com topologia em barramento duplo. Este padrão está relacionado a tecnologia DQDB (Distributed Queue Dual Bus) utilizado em redes metropolitanas. LLC: Logical Link Control. Sub-camada (ou camada) correspondente a parte das funções da camada de enlace de dados que independem da tecnologia de implementação da rede. MAC: Medium Access Control. Sub-camada (ou camada) correspondente a parte das funções da camada de enlace de dados que dependem da tecnologia de implementação da rede. 6N2-B2 Ethernet ou CSMA/CD bus (IEEE 802.3) Conceito: Define uma tecnologia para implementação de redes com topologia em barramento, com acesso randômico ao meio. O padrão IEEE 802.3 define uma tecnologia para implementação de redes locais com topologia barramento utilizando o mecanismo de controle de acesso randômico ao meio denominado CSMA/CD. O padrão IEEE 802.3 mantém uma relação direta com a especificação Ethernet II, desenvolvido pelas empresas Xerox, DEC e Intel em 1985. As especificações Ethernet II e IEEE 802.3 diferem, entretanto, em dois aspectos. O padrão IEEE 802.3 cobre velocidades de transmissão entre 1 e 10 Mbps, enquanto que o padrão Ethernet é específico para velocidades de 10 Mbps. As especificações diferem ligeiramente também na formatação dos quadros (frames) da camada de enlace. Os principais aspectos definidos pelo padrão IEEE 802.3 são os seguintes: 6N2-B2.1 - Controle de Acesso ao Meio - Define os procedimentos para uma estação ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir informações. O mecanismo adotado no IEEE 802.3 é o CSMA/CD. 6N2-B2.2 - Especificações Elétricas. - Define a maneira como os bits de informação são representados eletricamente. 6N2-B2.3 - Especificações Físicas - Define o tipo de cabeamento utilizado como meio físico de transmissão. 6N2-B2.4 - Formatação do quadro - Define como as unidades de protocolo da camada de enlace de dados (quadros) são formatados. 6N2-B2.5 - Desempenho da protocolo. - Indica a capacidade da tecnologia em utilizar ao máximo a capacidade do meio de transmissão. Hotwords CSMA/CD: Carrier Sense Multiple Access/Collision Detection. Conjunto de procedimentos que definem um mecanismo para gerenciar como cada estação deve acessar um meio de transmissão compartilhado. 6N2-B2.1 - Controle de Acesso ao Meio Conceito: Define os procedimentos para uma estação ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir informações. O padrão IEEE 802.3 define que o mecanismo de controle de acesso ao meio utilizado é o CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access/Collision Detection). O método CSMA/CD é a contenção, isto é, as estações competem entre si para acessar o meio. O mecanismo do CSMA/CD pode ser resumido da seguinte maneira: 1. 2. 3. 4. Quando uma estação quer transmitir ela primeiro escuta o meio. Se o meio estiver ocupado, a estação espera até que o meio fique desocupado. Se o meio estiver livre, a estação transmite imediatamente. Se duas ou mais estações sentirem ao mesmo tempo que o meio está livre, e transmitirem, haverá uma colisão dos sinais, ocasionando perdas de informação. 5. As estações ao sentirem a colisão (a informação que está trafegando no meio não será igual a informação que elas transmitiram) encerram imediatamente a transmissão. 6. Cada estação após a colisão espera um tempo randômico, e tenta novamente acessar o meio. Este tempo será muito provavelmente diferente para cada estação, reduzindo assim a possibilidade que a colisão ocorra novamente. 7. Se a espera aleatória das estações conduzir a tempos muito próximos, então uma nova colisão ocorrerá. Neste caso, o procedimento de espera aleatória se repete, mas deste vez o limite superior da espera é dobrado, num método conhecido como espera esponencial truncada, aumentando a possibilidade de gerar tempos muito diferentes. Se após um certo número de tentativas de retransmissão as colisões persistirem, a transmissão é abortada. Hotwords Tempo randômico: O tempo randômico é um intervalo escolhido aleatoriamente entre 0 e um limite superior. Espera exponencial truncada: Neste método, o limite superior de espera é dobrado a cada colisão consecutiva. O tempo de espera não aumenta indefinidamente. Quando este tempo se torna muito grande ele é truncado num valor máximo, evitando que o tempo de espera se torne muito grande. Exemplo: A B 0) A estação que deseja transmitir monitora o meio para saber se ele está livre. C D 1) Ao sentir o meio livre, a estação transmite imediatamente. A estação continua o monitorar o meio mesmo enquanto transmite. Se o sinal recebido do meio for igual ao sinal transmitido, então a transmissão está correta. A 3) Esta estação ainda não sentiu que o meio está ocupado pois o sinal ainda não chegou até ela. C B D 2) O sinal se propaga pelo meio em ambas as direções. Na medida em que o sinal se propaga pelo meio, as estações (não apenas a destinatária da mensagem) sentem o sinal no meio, e sabem que ele está ocupado. 4) Como a estação D ainda não sentiu o meio ocupado , ela inicia sua transmissão. A B C 5) Os sinais enviados pelas estações B e D vão eventualmente colidir, ocasionando destruição dos dados. D 7) Quando a estação transmissora verifica que o sinal do meio de transmissão se tornou diferente do sinal transmitido ela determina que houve uma colisão, e pára imediatamente de transmitir. A C B D 6) Os sinais sobrepostos atingem eventualmente as estações que estão efetuando a transmissão. 8) As estações envolvidas na colisão aguardam um tempo aleatório antes de tentar transmitir novamente. A estação que tiver o intervalo de espera mais curto ganha o direito de usar o meio de transmissão, e retransmite sua mensagem. A A C B quadro aceito C B quadro ignorado D D quadro ignorado 9) Se não houver colisão, a mensagem se propaga para todas as estações do barramento. Cada estação compara o endereço do destinatário, contido no cabeçalho da mensagem (quadro), com o seu próprio endereço. Se o endereço coincidir a mensagem é aceita, caso contrário ele é descartada. 6N2-B2.2 - Especificações Elétricas. Conceito: Define a maneira como os bits de informação são representados eletricamente. O padrão IEEE 802.3 especifica que o sinal é transmitido eletricamente através do meio utilizando um mecanismo de codificação Manchester. Na codificação em Manchester cada bit lógico 1 é representado por uma transição do nível elétrico alto (+0.85V) para o nível elétrico baixo (-0.85V). O bit lógico 0 é representado pela transição inversa, isto é, do nível elétrico baixo (-0.85V) par ao nível elétrico alto (+0.85V). 1 0 0 0 0 1 0 representação lógica binária +0.85V -0.85V representação elétrica cada bit consome dois pulsos de relógio A codificação Manchester apresenta a vantagem de tornar desnecessária a transmissão de um sinal de referência de relógio. Como cada bit é sempre definido por uma transição entre dois níveis, a própria transição serve como referência para amostrar o bit. A desvantagem é que como cada bit necessita de dois pulsos de relógio para ser representado, a codificação em Manchester utiliza o dobro da banda que a codificação binária direta utilizaria. 6N2-B2.3 - Especificações Físicas Conceito: Define o tipo de cabeamento utilizado como meio físico de transmissão. O padrão IEEE especificou uma nomenclatura para cada tipo de cabo utilizado como meio físico de transmissão. A nomenclatura segue o seguinte padrão: <taxa de transmissão><técnica de sinalização><tamanho máximo do segmento * 100> Por exemplo, a especificação 10BASE5 significa que a taxa de transmissão é de 10 Mbps, a técnica de sinalização é a banda básica e o comprimento máximo do cabo é 500 metros. As especificações físicas definidas pelo padrão IEEE 802 são as seguintes: 10BASE5: Descrição: Cabo coaxial grosso (thick coaxial cable). Diâmetro de aproximandamente 1,2 cm. Impedância 50 ohms +/- 2 ohms. 10BASE2: Descrição: Cabo coaxial fino (thin-Ethernet Cheapernet). Diâmetro de aproximadamente 0,5 cm. Impedância 50 ohms +/- 2 ohms. Distância Máxima: 500 metros. (a atenuação máxima nesta distância deve ser 9 dB). Distância Máxima: ou 200 metros. (atenuação máxima deve ser 8,5 dB em 185 metros). 10BROAD36 Descrição: Meio de transmissão para banda larga. Cabo coaxial único ou duplo. Impedância 75 ohms. Cabo utilizado com uma central repetidora (headhead). 10BASET: Descrição: Cabo de par trançado (twisted-pair). Especificação mínima: UTP (Unshielded Twisted Pairs), categoria 3.. Distância Máxima: 3600 metros. (1800 metros da estação transmissora até o repetidor, 1800 metros do repetidor até o destinatário). Distância Máxima: 100 metros, a princípio. A distância pode ser maior ou menor dependendo da qualidade do par trançado. 10BASEFP Descrição: Distância Máxima: Cabo de fibra ótica utilizado para conexão de 500 metros. redes do tipo estrela passiva. Fibra de 62,5/125 m. 10BASEFL Descrição: Distância Máxima: Cabo de fibra ótica utilizado para interligar 2000 metros. uma estação a um repetidor, duas estações ou dois repetidores entre si. Fibra de 62,5/125 m. 10BASEFB: Descrição: Distância Máxima: Cabo de fibra ótica utilizado para redes 2000 metros. backbone (interligação de repetidores). Fibra de 62,5/125 m. Hotwords Taxa de transmissão: a taxa de transmissão é especificada em Mega-bits por segundo. Técnica de sinalização: pode ser de 2 tipos: banda básica (indicado pela sigla BASE) ou banda larga (indicado pela sigla BROAD). A técnica de sinalização em banda básica indica que o sinal é transmitido sem modulação, implicando que uma única estação pode acessar o meio de transmissão de cada vez. Na técnica de sinalização em banda larga o sinal é modulado, permitindo que um mesmo meio transmita vários sinais simultaneamente. Tamanho máximo do segmento: indica o comprimento máximo do cabo sem a necessidade de usar um repetidor. Hotwords das Figuras: MAU: (Medium Attachment Unit). Unidade de Conexão com o Meio. Nome dado pelo padrão IEEE 802 ao dispositivo responsável por transmitir, receber e detectar a presença de sinais no meio. MDI: (Medium Dependent Interface). Nome dado pelo padrão IEEE 802 ao dispositivo que efetua a conexão entre o MAU e o meio físico. Corresponde geralmente a um simples conector. AUI: (Attachment Unit Interface). Nome dado pelo padrão IEEE 802 a interface de conexão entre a placa adaptadora e MAU. O AUI é utilizado quando o MAU está situado externamente a placa adaptadora. Neste caso, o AUI corresponde aos conectores e ao cabo que interconecta a placa adaptadora ao MAU. 6N2-B2.4 - Formatação do Quadro Conceito: Define como as unidades de protocolo da camada de enlace de dados (quadros) são formatados. Um quadro representa a unidade elementar de informação trocada entre as estações ao nível da camada de enlace. Os endereços utilizados para identificar o destinatário e o remetente do quadro são comumente referidos como endereços MAC. O padrão IEEE 802 define 2 formas de endereçamento MAC: endereços administrados localmente e endereços universais. preâmbulo (56 bits) SFD (8 bits) Endereço MAC do Destinatário (48 bits) Endereço MAC do Remetente (48 bits) Comprimento (16 bits) Dados (368 bits a 12 Kbits) FCS (32 bits) Hotwords: Preâmbulo: Conjunto de 7 bytes, todos iguais a 10101010. Os bytes do preambulo fornecem o tempo suficiente para que o circuito do receptor se sincronize com a taxa adotada pelo transmissor. SFD: Start Frame Delimiter (delimitador de início de quadro). Seqüência binária '10101011' que marca o início do quadro. Endereço MAC do Destinatário: Conjunto de 6 bytes que identifica o receptor. O primeiro bits do endereço MAC tem um significado especial, ele indica se o endereço é individual (bit = 0) ou de grupo (bit = 1). Se todos os bits do endereço forem iguais a um (FFFFFF, em hexadecimal) então o endereço é considerado de difusão (broadcast) e o quadro é endereçado simultaneamente a todas as máquinas do barramento. Endereço MAC do Remetente: Conjunto de 6 bytes que identifica o transmissor. Comprimento: Indica o comprimento do campo de dados em bytes. No padrão Ethernet este campo tem outra função. Ele armazena um código de 2 bytes que identifica o tipo de protocolo utilizado na camada superior à camada de enlace de dados (geralmente, o protocolo da camada de rede, quando existe). Este campo constitui uma das diferenças entre os padrões IEEE 802.3 e Ethernet. No padrão Ethernet, o campo Comprimento é substituído pelo campo Tipo, o qual identifica o protocolo utilizado na camada imediadamente superior (normalmente a camada LLC ou a camada de rede). Dados: Contém as informações passadas pela camada LLC para camada MAC. Deve-se observar que do ponto de vista da camada MAC, a camada LLC é a camada imediatamente superior. A camada de rede (se existir) corresponde a camada imediatamente superior à camada LLC. O princípio de transferência de dados entre camadas adjacentes segue os princípio determinado pelo modelo OSI. O padrão IEEE 803.2 especifica um comprimento mínimo para o quadro. Se a quantidade da dados não for suficiente para satisfazer o comprimento mínimo, bits de preenchimento (PAD) são colocados no campo de dados. FCS: O campo FCS contém um verificador de redundância cíclica (CRC - Cyclic Redundancy Check). O CRC é determinado pelo transmissor, aplicando um cálculo matemático nos bits da mensagem. Ao receber o quadro o receptor reaplica a função matemática sobre os bits recebidos. Se o valor calculado do CRC coincidir com o valor recebido no campo FCS, então o quadro é considerado íntegro. Caso contrário o receptor solicita ao transmissor para reenviar o quadro. Endereços administrados localmente: O administrador da rede atribui o endereço ao adaptador de rede quando ele é instalado. Este modo de endereçamento deixa sobre a responsabilidade dos administradores da rede evitar que os adaptadores recebam endereços MAC duplicados. Endereços universais: Blocos de endereços distintos são atribuídos aos fabricantes que responsabilizam-se pela atribuição de endereços aos produtos que fabricam. Este mecanismo garante que não haja duplicação de endereços mesmo quando redes diferentes são interconectadas. 6N2-B2.5 - Desempenho da protocolo Conceito: Indica a capacidade da tecnologia em utilizar ao máximo a capacidade do meio de transmissão O padrão IEEE 802.3 especifica taxas nominais de transmissão variando entre 1 e 10 Megabits/s. Na prática, devido ao tempo gasto pela estação para acessar ao meio, a taxa efetiva de transmissão é sempre inferior a taxa nominal. para utilizar a máxima capacidade do meio os quadros precisam ser transmitidos sem nenhum intervalo de tempo entre eles. T quadro quadro quadro quadro tempo T´ quadro quadro quadro tempo tempo gasto para negociar o acesso ao meio na prática isto é impossível, pois para cada quadro transmitido um certo tempo é perdido para que as estações negociem quem tem direito de acessar o meio. O desempenho do protocolo, simbolizado pela letra , pode ser então definido da seguinte forma: T 1 T, Vários fatores influenciam o desempenho do protocolo: número de estações conectadas ao barramento, tamanho de cada quadro, velocidade de propagação do meio, volume de informações trocadas e distâncias máximas entre as estações. Como é praticamente impossível prever o volume de dados a ser transmitido por cada estação, o desempenho do protocolo não pode se determinado de maneira precisa. Como parâmetro de comparação, costuma-se adotar um procedimento de cálculo considerando um número muito grande de estações, com uma probabilidade de transmissão uniformemente distribuída segundo a distribuição de Poisson: 1 L cn 1 6,44 vp l 1 Exemplo: Considere os seguintes parâmetros: distância máxima entre as estações: 100 m velocidade de propagação do meio: 200000 Km/s (aproximandamente a velocidade de propagação de um sinal elétrico através do cobre). tamanho médio dos quadros: 1000 bits taxa nominal de transmissão: 10 Megabits/s Com esta configuração, o desempenho do protocolo será de 0,93 ou 93%. Hotwords da Fórmula L: distância máxima entre 2 estações, em metros. l: tamanho médio de um quadro, em bits. vp: velocidade de propagação do meio, em metros/s. cn: taxa nominal de transmissão em bits/s. Hotwords da Figura T: tempo teórico gasto para transmitir um quadro considerando-se a taxa de transmissão nominal. Por exemplo, se a taxa de transmisão é de 10 Megabits/s e o tamanho do quadro é de 1000 bits, o tempo teórico é de 0,1 ms. T´: tempo efetivamente gasto para transmitir o quadro, contanto o tempo gasto para acessar o meio. Observações para a fórmula: A distância máxima varia entre 0 e 10 Km. A velocidade de propagação é fixa, pois ela depende do meio. O tamanho médio dos quadros pode varia entre 64 e 1024 bytes. A taxa nominal de transmissão varia entre 1 e 10 Megabits/s. 6N2.B.2 - Extensões do Padrão Ethernet Conceito: Tecnologias derivadas do padrão Ethernet (IEEE 802.3) que permitem trabalhar com taxas nominais de transmissão superiores a 10 Megabits/s. O padrão IEEE 802.3 definiu originalmente taxas nominais de transmissão de até 10 Megabits/s. A demanda crescente por mais vazão na rede, fez com que novos padrões surgissem para suportar maiores taxas de transmissão. Alguns desses novos padrões são extensões feitas ao padrão Ethernet em topologias baseadas em concentradores (ou hubs). O princípio das extensões consiste aumentar a taxa de transmissão reaproveitando ao máximo possível a infra-estrutura dos meios físicos de comunicação. As novas tecnologias propõe também substituir os concentradores tradicionais por dispositivos mais sofisticados, usualmente conhecidos como Switches-Ethernet, 6N2.B.2.1 - Fast-Ethernet (IEEE 802.3u) 6N2.B.2.2 - Gigabit Ethernet (IEEE 802.3z) 6N3.B.2.3 - Switches Ethernet 1000 Megabits/s 100 Megabits/s GigaEthernet (IEEE 802.3z) 10 Megabits/s Ethernet (IEEE 802.3) FastEthernet (IEEE 802.3u) evolução das tecnologias para implementação de redes baseados no padrão Ethernet. 6N2.B.2.1 - Fast-Ethernet (IEEE 802.3u) Conceito: Tecnologia derivada do padrão Ethernet (IEEE 802.3) que permite trabalhar com taxas nominais de transmissão de 100 Megabits/s. O padrão IEEE 802.3u (comumente chamado de Fast-Ethernet) é um adendo, oficialmente aprovado pelo IEEE em junho de 1995, ao padrão IEEE 802.3 (Ethernet). O Fast-Ethernet mantém basicamente os mesmos princípios da tecnologia Ethernet, mas estende a taxa nominal de transmissão a 100 Megabits/s. Os seguintes meios físicos de transmissão são suportados pela tecnologia: 100Base-T4: Utiliza cabo UTP categoria 3. Permite conectar estações distantes até 100 metros do concentrador (hub). 100Base-TX: Utiliza cabo UTP categoria 5 ou cabo STP. Permite conectar estações distantes até 100 metros do concentrador (hub), em modo de transmissão full-duplex. 100Base-FX: Utiliza cabo de fibra ótica. Permite conectar estações distantes até 2000 metros do concentrador (hub), em modo de transmissão full-duplex. 6N2.B.2.2 - Gigabit Ethernet (IEEE 802.3z) Conceito: Tecnologia derivada do padrão Ethernet (IEEE 802.3) que permite trabalhar com taxas nominais de transmissão de 1000 Megabits/s. O termo Gigabit Ethernet (IEEE 802.3z) é o termo dado a tecnologia emergente para construção de redes com taxas nominais de transmissão de 1000 Megabits/s. A tecnologia é considerada uma extensão do padrão Ethernet, pois mantém ainda diversas características do padrão original. Os objetivos do Gigabit Ethernet são os mesmos do Fast Ethernet, isto é, permitir taxas de comunicação mais elevadas sem em grandes alterações na infra-estrutura das redes já instaladas. Em especial, o novo padrão prevê a compatibilidade com meios físicos de transmissão baseados em cabos UTP categoria 5 (sob a nova denominação 1000 Base-T). O padrão prevê também a criação de novos padrões para os meios físicos de transmissão baseados em fibra óptica e cobre. 6N2.B.2.3 - Switches Ethernet Conceito: Dispositivos que permitem efetuar a segmentação da rede Ethernet diminuindo o nível de colisão entre as estações. Quando o número de estações é muito grande, as redes baseadas no padrão IEEE 803 (Ethernet) apresentam uma grande queda de desempenho. Nessas condições, a taxa de colisões e retransmissões é muito elevada, fazendo com que a eficiência da rede seja bastante reduzida. Para permitir a interconexão de um número grande de estações com um bom desempenho foram desenvolvidos dispositivos especiais denominados Switches Ethernet. O Switch Ethernet é um dispositivo constituído de várias portas. Cada porta pode ser conectada a uma única estação ou a várias estações, através de um concentrador. As portas do switch podem operar em taxas nominais de transmissão diferentes, sendo que as conversões necessárias são efetuadas pelo próprio Switch. O Switch efetua o roteamento dos quadros que chegam a cada porta analisando as informações de endereçamento contidos nos seus cabeçalhos. Por exemplo, quando uma estação conectada ao concentrador da porta A envia um quadro para uma estação conectada a porta D, o quadro é roteado ao seu destino sem se propagar para as portas B e C. Esta característica permite, por exemplo, que estações ligadas ao concentrador da porta B se comuniquem ao mesmo tempo que a comunicação entre A e D sem que uma colisão seja gerada. A Porta 10Megabits/s concentrador estações B Porta 10Megabits/s D C Porta 10Megabits/s Porta 100Megabits/s concentrador estações estação estação 6N2.B.3 - Token-passing bus (IEEE 802.4) Conceito: Define uma tecnologia para implementação de redes com topologia em barramento, com controle de acesso das estações ao meio de transmissão por passagem de permissão. O padrão IEEE 802.4, também conhecido como Token-passing bus, define uma tecnologia para implementação de redes locais utilizando mecanismo de controle de acesso determinístico ao meio. O Token-passing bus é um padrão bastante complexo, desenvolvido principalmente para atender aos requisitos de robustez e desempenho de redes locais industriais, usualmente empregadas na interligação de estações que comandam fábricas automatizadas. O padrão especifica velocidades de 1, 5 e 10 Megabits/s. Apesar da topologia física ser do tipo barramento, no que se refere ao controle de acesso ao meio, as estações estão organizadas num anel lógico. Quando o anel lógico é inicializado, a estação de maior prioridade ganha o direito de acessar ao meio por um certo tempo. Quando o tempo se esgota ou não existem mais dados para enviar, a estação passa o controle para a próxima estação do anel enviando um quadro de controle especial denominado token (ficha ou bastão). Como apenas a estação detentora do token pode utilizar o meio, não existe colisão neste método de acesso. estação de maioir prioridade da estação anel lógico 3 10 sentido de propagação do token. cabo coaxial grosso 9 7 5 Hotwords anel lógico: Denominação dada ao caminho fechado que determina a ordem na qual a permissão de acesso é passada entre as estações. O anel lógico é programado fazendo com que cada estação conheça o endereço da estação imediatamente anterior e imediatamente posterior no anel. prioridade: A prioridade da estação é definida na inicialização do anel lógico. As estações são inseridas na ordem de seus endereços físicos, do maior para o menor. A estação de maior endereço físico é considerada a estação de maior prioridade. controle de acesso determinístico: Num método determinístico, ao contrário dos randômicos (como o CSMA/CD), é possível prever o tempo máximo para que uma estação ganhe acesso ao meio. 6N2.B.4 - Token-passing ring (IEEE 802.5) Conceito: Define uma tecnologia para implementação de redes com topologia em anel, com controle de acesso das estações ao meio de transmissão por passagem de permissão. O padrão IEEE 802.5, também conhecido como Token-passing ring, define uma tecnologia para implementação de redes locais com topologia em anel, utilizando mecanismo de controle de acesso baseado na passagem de permissão. O padrão especifica velocidades de 4 ou 16 Megabits/s, utilizando como meio de transmissão o par trançado. Os principais aspectos definidos pelo padrão IEEE 802.5 são os seguintes: 6N2-B4.1 - Controle de Acesso ao Meio - Define os procedimentos para uma estação ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir informações. O mecanismo adotado no IEEE 802.5 é a passagem de permissão. 6N2-B4.2 - Especificações Elétricas. - Define a maneira como os bits de informação são representados eletricamente. 6N2-B4.3 - Especificações Físicas - Define o tipo de cabeamento utilizado como meio físico de transmissão. 6N2-B4.4 - Formatação do quadro - Define como as unidades de protocolo da camada de enlace de dados (quadros) são formatados. 6N2-B4.5 - Desempenho da protocolo. - Indica a capacidade da tecnologia em utilizar ao máximo a capacidade do meio de transmissão. 6N2-B4.1 - Controle de Acesso ao Meio Conceito: Define os procedimentos para uma estação ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir informações. O mecanismo adotado no IEEE 802.5 é a passagem de permissão. O padrão IEEE 802.5 define que o mecanismo de controle de acesso ao meio baseado em passagem de permissão. Neste mecanismo, quando a estação detentora do direito de acessar o meio termina de transmitir seus quadros, ela passa a permissão para a próxima estação do anel transmitindo um quadro especial, denominado token (ficha ou bastão). Este procedimento evita colisões, pois apenas a estação detentora tem permissão para acessar o meio. O funcionamento simplificado deste protocolo pode ser ilustrado da seguinte maneira: 1. Um token circula pelo anel, sendo repetido de estação para estação. 2. Quando uma estação deseja transmitir informações, ela captura o token, isto é, ela não o retransmite para estação seguinte. 3. A estação que capturou o token transmite o quadro de informação para próxima estação informando os endereços de origem (o seu próprio) e de destino. 4. A estação que recebe o quadro compara o endereço de destino no cabeçalho do quadro com o seu próprio endereço. Se os endereços coincidem, ela copia o quadro internamente para processá-lo. Se os endereços não coincidirem, o quadro é ignorado. Em ambos os casos, o quadro é repetido para estação seguinte do anel. 5. Após completar uma volta no anel, o quadro de informação retorna para própria estação que o transmitiu. A estação transmissora, verificando que o endereço de origem do quadro recebido é o seu próprio endereço, retira o quadro do anel, isto é, não o retransmite para próxima estação. 6. Se a estação que detém o token tiver mais quadros para transmitir, o procedimento se repete até os quadros acabarem ou tempo máximo de retenção do token se esgotar. 7. Quando a estação não tiver mais quadros para transmitir, ela libera a permissão de acesso ao meio, transmitindo o token para a próxima estação do anel. Exemplo: Não quer transmitir. 1) um quadro especial de controle denominado token circula pelo anel, sendo repetido de estação para estação. A B D Não quer transmitir Quer transmitir C Quer transmitir A B D 2) a estação C, que deseja transmitir, captura o token, isto é, não o retransmite para próxima estação. C 3) a estação C transmite um quadro de informação informando os endereços de origem e destino. Neste exemplo o endereço de origem é destino. Neste exemplo o destinatário é a estação A. 4) a estação A ao receber o quadro verifica que é a destinatária da mensagem. Copia o quadro internamente para processá-lo e repassa uma cópia para estação B. A B D 5) a estação B ignora o quadro , e o retransmite para estação C. C 4) a estação D ao receber o quadro verifica que o endereço de destino não corresponde ao seu e o ignora, retransmitindo para estação seguinte. A B D C 7) Se a estação D tiver mais dados para transmitir ela envia um novo quadro no anel. Caso contrário, ela libera a permissão de acesso ao meio retransmindo o token para estação D. 6) a estação D verifica que o endereço de origem do quadro recebido corresponde ao seu próprio endereço e não o retransmite. 6N2-B4.2 - Especificações Elétricas. Conceito: Define a maneira como os bits de informação são representados eletricamente. O padrão IEEE 802.5 especifica que o sinal é transmitido eletricamente através do meio utilizando um mecanismo de codificação Manchester diferencial. A codificação em Manchester diferencial é uma variação da codificação em Manchester. Na codificação diferencial, a representação elétrica de cada bit depende do bit anterior. Se houver transição no nível elétrico no início do intervalo do bit, então ele representa um "0" lógico, caso contrário ele representa um "1" lógico. A codificação diferencial necessita de um equipamento mais sofisticado, mas apresenta a vantagem de maior imunidade ao ruído que a codificação em Machester convencional. 1 0 0 0 0 1 0 representação lógica binária representação elétrica em Manchester +3 a +4.5V representação elétrica em Manchester diferencial -3 a -4.5V A transição no início do período do bit indica nível "0". A ausência de transição no início do período do bit indica nível "1". Cada bit consome dois pulsos de relógio. A transição na metade do período do bit auxilia na sincronização da taxa de amostragem do sinal. 6N2-B4.3 - Especificações Físicas Conceito: Define o tipo de cabeamento utilizado como meio físico de transmissão. O padrão IEEE 802.5 determina a implementação da rede com os seguintes meios de transmissão: Cabo de par trançado blindado (STP) com 150 ohms de impedância, operando a 4 ou 16 Megabits/s, com no máximo 250 repetidores ligados ao anel. Cabo de par trançado sem blindagem com 100 ohms (UTP) operando a 4 ou 16 Megabits/s, com no máximo 250 repetidores ligados ao anel (segundo a revisão efetuada pelo comite IEEE em 1992). A especificação física da rede inclui a possibilidade de utilizar concentradores passivos ou ativos. O concentrador ativo difere do passivo no sentido de que possui repetidores embutidos nas portas onde cada estação é conectada. Como os repetidores tem a capacidade de amplificar o sinal, a distância máxima permitida entre o concentrador ativo e a estação é o dobro da distância possível para um concentrador passivo. Inserir figura da página 9.12. Hotwords para figura: TCU: Unidade de acoplamento ao tronco (Trunk Coupling Unit). Dispositivo que atua como uma chave, podendo inserir ou retirar a estação do anel. A TCU está associada a um repetidor, no caso de um concentrador ativo. 6N2-B4.4 - Formatação do Quadro Conceito: Define como as unidades de protocolo da camada de enlace de dados (quadros) são formatados. Um quadro representa a unidade elementar de informação trocada entre as estações ao nível da camada de enlace. O protocolo IEEE 802.5 especifica 2 tipos de quadros: 1) quadros de informação SD AC FC Endereço MAC Endereço MAC do Dados FCS ED FS (1 byte) (1 byte) (1 byte) do Destinatário Remetente (sem limite) (4 bytes) (1 byte) (1 byte) (2 ou 6 bytes) (2 ou 6 bits) 2) quadros de controle de permissão (token) SD (1 byte) PPP (3 bits) AC (1 byte) T (1 bits) ED (1 byte) M (1 bits) RRR (3 bits) Hotwords: Quadro de informação: Quadro que contém informações a serem trocadas entre as estações. Quadro de controle de permissão (token): Quadro utilizado para determinar qual estação do anel deverá ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir quadros de informação. SD: Starting Delimiter (delimitador de início de quadro). Sequência especial 'JK0JK000' que marca o início do quadro. J e K são símbolos que representam bits especiais usados na codificação Manchester. Os bits J e K, ao contrário dos bits lógicos "0" e "1", não apresentam uma transição de nível na metade do intervalo do bit. O bit J permanece no nível baixo e o bit K permanece no nível alto, durante todo o intervalo do bit. ED: End Delimiter (delimitador de fim de quadro). Sequência especial 'JK1JK1IE' que marca o fim do quadro. J e K são símbolos que representam bits especiais usados na codificação Manchester. Os bits J e K, ao contrário dos bits lógicos "0" e "1", não apresentam uma transição de nível na metade do intervalo do bit. O bit J permanece no nível baixo e o bit K permanece no nível alto, durante todo o intervalo do bit. O bit I indica se o quadro é o último de uma sequência de transmissões efetuadas por uma estação (I='0') ou não (I='1'). O bit E é colocado em '1' quando uma estação ao repetir um quadro encontra um erro de checksum (verificado através do campo FCS). AC: Access Control (controle de acesso). Sequência de 8 bits com o formato 'PPPTMRRR' que contém as informações de controle de permissão do token. PPP: Conjunto de 3 bits que indicam a permissão corrente. São definidos oito níveis de prioridade, crescendo de '000' (nível 0) até '111' (nível 7). Quando uma estação recebe um token, ela só pode transmitir os quadros que tenham pemissão maior ou igual a permissão corrente. T: O bit T é igual a '0' na transmissão de um token, e igual a '1' na transmissão de um quadro de informação. Quando uma estação recebe um quadro com o bit T em nível '0', ela pode reter o token e transmitir os quadros que possuam prioriade maior ou igual a prioridade indicada no token (bits PPP). M: O bit M é usado pela estação monitora da rede para evitar que um token de prioridade maior que 0 circule indefinidamento no anel, impedindo que as estações transmitam quadros de baixa prioridade. A estação monitora é uma estação qualquer da rede, escolhida para efetuar operações de controle de erros como perda ou duplicação do token. Toda vez que uma estação qualquer emite um token, o bit M é colocado no nível "0". Quando o token passa pela estação monitora pela primeira vez o bit M é colocado no nível "1". Se o token passar uma segunda vez estação monitora com o bit M = "1", então nenhuma estação conseguiu capturar o token e ele é regenerado com prioridade igual a 0. RRR: Conjunto de 3 bits que indicam a permissão reservada. São definidos oito níveis de prioridade, crescendo de '000' (nível 0) até '111' (nível 7). A reserva de permissão é feita pelas estações quando elas repetem um quadro. Quando a estação deseja reservar uma prioridade (mais alta que a corrente) ela altera os valores dos bits RRR ao copiar o quadro. Quando a estação detentora do token termina de transmitir seus quadros, ela repassa a permissão ao anel, criando um token com prioridade corrente (bits PPP) igual a prioridade indicada pelos bits RRR. A reserva de prioridade faz com que o direito de transmissão chegue mais rapidamente as estações com quadros mais prioritários, pois as estações com quadros menos prioritários repassam o token sem transmitir seus quadros. FC: Frame Control (controle de quadro). Sequência de oito bits que possui o formato 'FFZZZZZZ'. Os bits FF indicam se o quadro é de controle (FF = '11') ou informação (FF='00'). Os bits 'ZZZZZZ' indicam o tipo de quadro de controle sendo transmitido. Endereço MAC do Destinatário: Conjunto de 2 ou 6 bytes que identifica o receptor. Os endereços MAC do padrão IEEE 802.5 são definidos da mesma maneira que para o padrão IEEE 802.3. Endereço MAC do Remetente: Conjunto de 2 ou 6 bytes que identifica o transmissor. Dados: O campo de dados pode ser de qualquer tamanho, inclusive nulo. Este campo pode ser utilizado tanto para transmitir informações trocadas pelos usuários (quadro de dados) quanto informações de controle usadas pelo protocolo IEEE 802.5 (quadro de controle). FCS: O campo FCS contém um verificador de redundância cíclica (CRC - Cyclic Redundancy Check). O CRC é determinado pelo transmissor, aplicando um cálculo matemático nos bits da mensagem. Ao receber o quadro o receptor reaplica a função matemática sobre os bits recebidos. Se o valor calculado do CRC coincidir com o valor recebido no campo FCS, então o quadro é considerado íntegro. Caso contrário o receptor solicita ao transmissor para reenviar o quadro. FS: Frame State (estado do quadro). Sequência de oito bits que possui o formato 'ACrrACrr'. Os bits 'r' são reservados para uso futuro. A estação transmissora envia quadros com os bits A e C no nível '0'. Quando uma estação recebe um quadro e reconhece o seu endereço, ela repete o quadro com os bits A = '1'. Mesmo reconhecendo o endereço a estação de destino pode aceitar ou não o quadro. Se aceitar, os bits C são colocados no nível '1', caso contrário permanecem em '0'. Quando a estação transmissora recebe seu quadro de volta (após uma volta completa no anel) ela verifica os campos A e C para determinar se a transmissão teve sucesso ou não. 6N2-B4.5 - Desempenho da protocolo Conceito: Indica a capacidade da tecnologia em utilizar ao máximo a capacidade do meio de transmissão O padrão IEEE 802.5 especifica taxas nominais de transmissão de 4 ou 16 Megabits/s. Na prática, devido ao tempo gasto para propagar o token, a taxa efetiva de transmissão é sempre inferior a taxa nominal. O nível de ocupação do meio, simbolizado pela letra , pode ser definido da seguinte forma: Cn C, 1 O desempenho do protocolo IEEE 802.5 piora muito quando o nível de ocupação do meio aumenta. De fato, quando tende a 1 (100%) o tempo para uma estação acessar ao meio tende ao infinito. Esta característica pode ser observada pelas seguinte relação: L tC vp N b 1 1 Exemplo: Considere os seguintes parâmetros: Comprimento total do anel: 1000 m velocidade de propagação do meio: 200000 Km/s (aproximandamente a velocidade de propagação de um sinal elétrico através do cobre). Número de estações: 50 taxa nominal de transmissão: 16 Megabits/s taxa de ocupação do meio: 90 %. Com esta configuração, o tempo para uma estação acessar ao meio é 81,25 s. Hotwords das Fórmulas L: comprimento total do anel em metros. b: atraso introduzido por cada estação para repetir um quador em s. Normalmente este tempo correponde ao tempo gasto para transmitir um bit na taxa nominal cn. vp: velocidade de propagação do meio, em metros/s. Cn: taxa de transmissão nominal em Megabits/s. C´: taxa de transmissão efetiva em Meagbits/s. Representa a soma do bits transmitidos por todas as estações por unidade de tempo. Quando as estações não tem nada para transmitir a taxa efetiva é zero. Quando o volume de dados a transmitir é muito alto, C' se aproxima da taxa nominal Cn. tc: tempo de ciclo. Representa o tempo médio para uma estação ganhar o direito de acessar o meio duas vezes consecutivas. Este tempo depende de três fatores. Do tempo gasto pelo token para se propagar através do anel, do tempo que cada estação consome para repetir o token e do tempo que cada estação gasta em média transmitindo seus quadros quando ela ganha o direito de usar o meio. Observações para a fórmula: A distância máxima varia entre 0 e 10 Km. A velocidade de propagação é fixa, pois ela depende do meio. O número de estações pode variar ente 1 e 250. A taxa nominal de transmissão pode ser 4 ou 16 Megabits/s. A taxa de ocupação do meio varia entre 0 e 0,999. 6N2.B.5 - DQDB (IEEE 802.6) Conceito: Define uma tecnologia para implementação de redes com topologia em barramento duplo, destinado a construção de redes metropolitanas. O padrão IEEE 802.6, conhecido como DQDB (Distributed Queue Dual Bus), define uma tecnologia para implementação de redes metropolitanas de alta velocidade com topologia em barramento duplo. O objetivo da rede DQDB é prover serviços integrados de texto, voz e vídeo numa grande extensão geográfica. Os principais aspectos definidos pelo padrão IEEE 802.5 são os seguintes: 6N2-B5.1 - Topologia em Barra Dupla - Consiste em duas barras unidirecionais com sentido de transmissão opostos que, em conjunto, oferecem um serviço de comunicação full-duplex entre as estações. 6N2-B5.2 - Controle de Acesso ao Meio - Define os procedimentos para uma estação ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir informações. O mecanismo adotado no IEEE 802.6 é a fila distribuída. 6N2-B5.3 - Formatação da Unidade de Dados - Define como as unidades de dados do protocolo da camada de enlace de dados são formatados. Segundo o padrão IEEE 802.6, a unidade de dados é denominada célula DQDB. 6N2-B5.1 - Topologia em Barra Dupla Conceito: Consiste em duas barras unidirecionais com sentido de transmissão opostos que, em conjunto, oferecem um serviço de comunicação full duplex entre as estações. Uma rede DQDB consiste em duas barras unidirecionais com sentido de transmissão opostos, denominadas A e B que, em conjunto, oferecem um serviço de comunicação fullduplex. Cada estação se conecta as duas barras simultaneamente. célula DQDB Terminador Barra A Gerador de Quadros ... Gerador de Quadros Barra B Terminador Hotwords Gerador de Quadros: dispositivo responsável por gerar um fluxo constante de pequenos quadros de 53 bytes de comprimento, denominados células DQDB. Terminador: retira as células que chegam ao final da barra, evitando problemas de reflexão. Célula DQDB: corresponde a unidade de informação utilizada pelo protocolo DQDB. Uma célula DQDB é um pequeno quadro de 53 bytes de comprimento. 6N2-B5.2 - Controle de Acesso ao Meio Conceito: Define os procedimentos para uma estação ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir informações. O mecanismo adotado no IEEE 802.6 é a fila distribuída. O mecanismo adotado no IEEE 802.6 (DQDB) para controlar o acesso das estações ao meio é a fila distribuída. No mecanismo de fila distribuída não existe colisão pois as estações transmitem suas informações de maneira ordenada, em intervalos de tempo bem definidos. O padrão determina dois tipos de mecanismo de controle de acesso: Fila Pré-Arbitrada (Pre-Arbitrated - PA) Fila Arbitrada (Queued Arbitrated - QA) Princípios da Comunicação DQDB 1. Cada barra da rede DQDB possui um gerador de quadros em uma das extremidades, que transmite um fluxo contínuo de quadros de 53 bytes de comprimento, denominados células DQDB. Quando as células atingem o terminador na extremidade oposta da barra, eles são retirados do meio. 2. As células recém saídas do gerador de quadros estão livres, isto é, não contém informação. O estado da célula é indicado por um bit no seu cabeçalho de controle, denominado "bit de ocupação". Para que uma estação possa transmitir, ela deve capturar uma célula livre, marcar a célula como ocupada (bit de ocupação = 1) e colocar as informações que deseja transmitir na célula. 3. Para uma estação transmitir seus dados ela precisa saber a posição relativa do destinatário em relação a sua própria posição nas barras DQDB. Se o destinatário estiver a direita ela envia a célula pela barra A. Se estiver a esquerda ela envia a célula pela barra B. 4. Para evitar que a estação mais próxima do gerador de quadros monopolize o meio, capturando todas as células livres antes que elas cheguem as demais estações, um mecanismo de fila distribuída determina que nenhuma estação pode capturar uma célula se outra estação tiver reservado uma célula livre anteriormente. 5. Uma estação reserva uma célula livre através do campo de reserva, contido no cabeçalho de controle de cada célula. A requisição é feita na primeira célula livre passando na barra oposta ao qual ela deseja transmitir. Por exemplo, para transmitir uma célula através da barra A, ela precisa setar um bit de reserva de uma célula sendo enviada através da barra B. Exemplo 1) A estação B deseja enviar dados para estação D. Terminador Barra A Gerador de Quadros A B C D Gerador de Quadros Barra B Terminador 3) A estação B seta o bit de reserva no campo de controle da primeira célula ainda não reservada que passar por ela pela barra B. 4) A estação A verifica que uma estação situada a sua direita reservou um quadro. 2) O gerador de quadros da barra B gera continuamente células DQDB livres. As celulas são transmitidas ao longo do barramento passando enventualmente pela estação B. 4) A estação C ignora o quadro pois não é a destinatária. 1) O gerador de quadros gera continuamente células DQDB livres. 5) Ao chegar na estação D, a célula é lida. 3) A células é marcada ocupada e preenchida com dados pela estação B. O destinatário é a estação D. 6) Ao chegar ao terminador, a célula é descartada. Terminador Barra A Gerador de Quadros A B C D Gerador de Quadros Barra B Terminador 2) Mesmo que tenha algo para transmitir, a estação A deixa a célula livre passar pois sabe que outra estação requisitou primeiro. 6) Se a estação B tivesse que enviar um quadro para estação A, a barra B precisaria ser utilizada. Hotwords Fila Pré-Arbitrada (Pre-Arbitrated - PA) Para permitir serviços diferenciados para os usuários, a banda passante da rede DQDB pode ser dividida em vários canais virtuais. Os canais virtuais são identificados por um código contido no cabeçalho de cada célula, denominado identificador de canal virtual (VCI). No método de fila pré-arbitrada, o gerador de quadros é responsável por preencher o VCI de cada célula. O gerador garante assim que células de mesmo VCI sejam geradas periodicamente, assegurando uma banda passante para cada canal virtual préconfigurado. Fila Arbitrada (Queued Arbitrated - QA): Neste método, o gerador de quadros emite células livres sem reservá-las para nenhum canal específico. As estações ganham acesso ao meio reservando células através do algoritmo de fila distribuída. 6N2.B.5.3 - Formatação da Unidade de Dados Conceito: Define como as unidades de dados do protocolo da camada de enlace de dados são formatados. Segundo o padrão IEEE 802.6, a unidade de dados é denominada célula DQDB. Uma célula DQDB (também chamada de slot) corresponde a unidade básica de transferência de dados do padrão IEEE 802.6. Por ser muito pequena (53 bytes) a unidade de dados do protocolo (PDU) da camada superior precisa ser fragmentada em várias células para ser transmitida através da rede DQDB. As células são reagrupadas pelo receptor, regenerando a PDU. Para as camadas superiores, o processo de framentação e reagrupamento de células é transparente. Célula DQDB ACF (1byte) Cabeçalho (4 bytes) Carga (48 bytes) Unidade de Segmento (44 bytes) cabeçalho e cauda contendo informações de controle Hotwords ACF: Campo de controle de acesso. Este campo contém diversas informações de controle da célula. As informações mais importantes neste campo são um bit de ocupação (busy bit) e um campo de requisição, com três bits de requisição (request bit), um para cada nível de prioridade. O bit de ocupação indica se a célula está livre ou ocupada. Os bits de requisição são utilizados por uma estação para indicar as estações do barramento que ela tem dados a transmitir, reservando assim células livres. Cabeçalho: Contém informações que permitem implementar um serviço orientado a conexão e efetuar controle de erro sobre as células transmitidas. Carga: Além de informações de controle específicas, este campo contém as unidades de dados de protocolo (PDU) recebido da camada superior. A PDU da camada superior precisa ser fragmentada em vários segmentos para ser transmitida através das células. Cada porção da PDU é armazenada no campo de 44 bytes, denominado unidade de segmento da célula. No receptor as células são reagrupadas para construir a PDU original. 6N2.B.6 - Padrão IEEE 802.2 (LLC) Conceito: Sub-camada (ou camada) correspondente a parte das funções da camada de enlace de dados que independem da tecnologia de implementação da rede. O padrão IEEE 802.2 divide as funções da camada de enlace nas subcamadas LLC (Logical Link Control) e MAC (Medium Access Control). A camada MAC oferece serviços de comunicação não confiável do tipo datagrama. A camada LLC tem a função de construir serviços de comunicação confiável e orientados a conexão sobre a camada MAC. cabeçalho inserido pela camada LLC. cabeçalho inserido pela camada MAC MAC cauda inserida pela camada MAC camada de rede pacote LLC pacote LLC pacote camada de enlace de dados MAC LLC A camada LLC pode oferecer serviços de comunicação confiáveis ou não confiáveis, orientados a conexão ou não. MAC A camada MAC oferece um serviço de comunicação nãoorientado a conexão e não confiável. O padrão IEEE 802.2 divide as funções da camada de enlace nas subcamadas LLC e MAC. Hotwords comunicação não confiável: o recebimento dos quadros não é confirmado pela estação receptora. Como o transmissor não retransmite os quadros perdidos, não há garantia de entrega dos quadros transmitidos. datagrama: também chamado de não-orientado a conexão. Este tipo de serviço não garante que os quadros cheguem no receptor na mesma ordem em que foram transmitidos. comunicação confiável: o recebimento dos quadros é confirmado pelo receptor. Como o transmissor retransmite os quadros não confirmados, existe garantia de entrega de todos os quadros transmitidos. orientado a conexão: também chamado de circuito virtual. Este tipo de serviço garante que os quadros chegam na mesma ordem em que foram transmitidos (controle de seqüência). 6N2-C Protocolos ANSI X.3T9-X O ANSI é uma organização americana ligada a ISO, responsável pela formulação de padrões para tecnologias de implementação de redes de computadores. Alguns padrões elaborados pelo subcomitê ANSI X.3T9 deram origem a padrões importantes para tecnologias de redes de alta velocidade. Entre os padrões mais difundidos elaborados pelo comitê estão: FDDI (padrão ANSI X.3T9.5) e HPPI (padrão ANSI X.3T9.3). 6N2.C.1 - FDDI (Fiber Data Distributed Interface) 6N2.C.2 - HPPI (High Performance Parallel Interface) Hotwords: ISO: A International Organization for Standardization é a principal organização no que se refere a elaboração de padrões de comunicação de alcance mundial. ANSI: O American National Standards Institute é estruturado em diversos subcomitês técnicos. Cada subcomitê é responsável por elaborar padrões para áreas técnicas específicas, como processamento de informação e telecomunicações. ANSI X3T9: designação dada ao sub-comitê da ANSI responsável pela elaboração de padrões para tecnologias na área de processamento de informações. 6N2-C1 FDDI (Fiber Data Distributed Interface) Conceito: Rede de fibra ótica de alto desempenho, com topologia em anel, utilizando o método de controle de acesso ao meio por passagem de permissão (token-ring). FDDI é uma rede de duplo anel usando fibra ótica como meio físico para transmissão de dados a uma taxa de 100 Mbits/s. A tecnologia foi proposta para implementação de redes de alta velocidade de propósito geral, cobrindo distâncias de até 200 Km com até 1000 estações interconectadas. Os principais aspectos relativos ao padrão FDDI são: 6N2-C1.1 - Topologia em anel duplo - Consiste em dois aneis unidirecionais com sentido de transmissão opostos que, em conjunto, oferecem um serviço de comunicação full-duplex entre as estações. 6N2-C1.2 - Controle de Acesso ao Meio - Define os procedimentos para uma estação ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir informações. O mecanismo adotado no FDDI é a passagem de permissão. 6N2-C1.3 - Especificações Elétricas. - Define a maneira como os bits de informação são representados eletricamente. 6N2-C1.4 - Formatação do quadro - Define como as unidades de protocolo da camada de enlace de dados (quadros) são formatados. 6N2-C1.5 - Extensões da Tecnologia. - Extensões efetuadas sobre o padrão original, oferecendo novos serviços de comunicação. 6N2-C1.1 - Topologia em Anel Duplo Conceito: Consiste em dois aneis unidirecionais com sentido de transmissão opostos que, em conjunto, oferecem um serviço de comunicação full-duplex entre as estações. O padrão FDDI define uma topologia em anel duplo, e duas classes de estações: A e B. As estações da classe A se conectam aos dois anéis simultaneamente, beneficiando-se de um serviço de comunicação full-duplex. As estações da classe B possuem interfaces de conexão mais simples, ligando-se a apenas um dos aneis. O padrão recomenda sempre que possível a utilização de estações da classe A pois estas beneficiam-se de melhor desempenho e melhor tolerância a falhas. uma estação da classe A se conecta simultaneamente ao dois anéis. sentido de transmissão do anel. A B D C uma estação da classe B se conecta a apenas um anel. a conexão da estação com o anel é feita através de chaves de bypass. A chave de bypass desconecta a estação da rede em caso de falha, evitando a descontinuidade do anel. Reconfiguração do anel em caso de falha No evento de uma falha de continuidade em um único ponto, como no caso de rompimento das fibras, os aneis são fundidos formando um anel simples com aproximadamente o dobro do comprimento. no caso de rompimento da fibra, as estações de classe A fundem os anéis, formando um caminho fechado único. a distância máxima entre duas estações no anel é 2 Km. A pontos de reconfiguração ponto de rompimento D pontos de reconfiguração C Exemplo de topologia FDDI usando concentradores A utilização de concentradores permite reconfigurar o anel em presença de falhas mesmo na presença de estações classe B. ponto de rompimento da fibra estação classe A estação classe B estação classe A estação estação classe classe B B estação classe B estação classe A estação classe A estação estação classe classe B B estação estação classe B classe B estação classe A estação classe A 6N2-C1.2 - Controle de Acesso ao Meio Conceito: Define os procedimentos para uma estação ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir informações. O mecanismo adotado no FDDI é a passagem de permissão. O padrão FDDI define um mecanismo de acesso por passagem de permissão muito parecido com o token-ring (IEEE 802.5). Por ser destinado a construir redes de longa distância (a extensão total do anel pode chegar a 200Km), o FDDI utiliza melhor a banda passante do anel fazendo com que as estações transmitam o token a estação seguinte imediatamente após a transmissão dos seus quadros. Esta característica permite que vários transmissões ocorram simultaneamente através do anel. Exemplo de passagem de token no FDDI Neste exemplo, ocorrem duas comunicações simultâneas em uma única volta do token: a estação A envia dados para estação D e a estação B enviará dados para estação C. 2) Assim que ela termina de transmitir seus quadros, ela coloca um token no anel. token 1) A estação A captura o token e transmite quadros destinados a estação D. quadros de informação destinados a estação D. A D D D B D C 1) A estação B retransmite os quadros destinados a D, mas captura o token. A B D C D C D D C 3) A estação B transmite os quadros destinados a estação C e recoloca o token no anel. 4) A estação C ignora os quadros destinados a estação D, retransmitindo-os a estação seguinte. A D D D B D 3) a estação D lê os quadros destinados a ela, e os repete para estação seguinte. C C C 2) como a estação C não tem dados a transmitir, ela não captura o token 1) a estação C lê os quadros destinados a ela, e os repete para estação seguinte. a estação A retira os quadros que transmitiu, repasando os demais a estação seguinte. A C C B D C A a estação B retira os quadros que transmitiu, passando apenas o token para estação seguinte. B D C Hotwords: passagem de permissão: neste mecanismo, quando a estação detentora do direito de acessar o meio termina de transmitir seus quadros, ela passa a permissão para a próxima estação do anel transmitindo um quadro especial, denominado token (ficha ou bastão). Este procedimento evita colisões, pois apenas a estação detentora tem permissão para acessar o meio. token: quadro de controle especial que coordena a passagem de permissão entre as estações. 6N2-C1.3 - Especificações Elétricas. Conceito: Define a maneira como os bits de informação são representados eletricamente. O padrão FDDI especifica que o sinal é representado fisicamente utilizando um mecanismo de codificação NRZI (NonReturn-to-Zero Inverted), onde o "1" lógico é representado por uma transição no meio do período do bit, e o "0" lógico pela ausência de transição. o período do bit equivale a um ciclo de relógio 1 0 0 1 0 1 0 representação lógica binária representação elétrica em NZRI a ausência de transição durante o período do bit indica nível lógico "0". A transição no meio do período do bit indica nível "1". O objetivo desta codificação é que as transições (associadas ao nível lógico 1) sirvam para sincronizar os relógios do transmissor e do receptor. Para garantir a presença de transições em intervalos regulares, o FDDI utiliza uma mecanismo de codificação 4 entre 5. Tabela de símbolos O princípio de codificação 4 entre 5 utiliza símbolos de 5 bits para representar o sinal transmitido. O padrão FDDI define que a transmissão é codificada através 24 símbolos: 16 para dados e 8 para controle. Símbolo de dados 0000 0001 0010 0011 0100 0101 0110 0111 1000 1001 1010 1011 Valor de 5 bits 11110 01001 10100 10101 01010 01011 01110 01111 10010 10011 10110 10111 Significado Os símbolos de dados são usados para transmitir os dados dos usuários. O alfabeto de 16 símbolos representa todas as combinações possíveis de um conjunto de 4 bits, sendo suficiente para representar qualquer tipo de informação. 1100 1101 1110 1111 Símbolo de Controle Q (quiet) I (idle) H (halt) J (starting delimiter) K (starting delimiter) T (ending delimiter) R (control reset) S (control set) 11010 11011 11100 11101 Valor de 5 bits 00000 11111 00100 11000 10001 01101 00111 11001 Significado Símbolos utilizados para sinalizações ao nível de hardware. Símbolos utilizados para marcar o início e o fim dos quadros FDDI. Símbolos utilizados como indicadores de controle. Hotwords codificação 4 entre 5: Princípio de codificação em que os dados são agrupados em seqüências de 4 bits. Cada conjunto de 4 bits é substituído por um símbolo equivalente de 5 bits, de acordo com uma tabela de codificação. O transmissor envia efetivamente os símbolos e não os 4 bits originais. O receptor, por sua vez, reconverte os símbolos de 5 bits nos 4 bits originais utilizando a tabela de codificação de maneira inversa ao transmissor. A introdução de um bit a mais permite garantir que nunca haverão mais de 3 zeros consecutivos. Esta característica, em combinação com a codificação NRZI, garante a presença de transições regulares no sinal transmitido, facilitando a sincronização entre o transmissor e o receptor. 6N2-C1.4 - Formatação do Quadro Conceito: Define como as unidades de protocolo da camada de enlace de dados (quadros) são formatados. Um quadro representa a unidade elementar de informação trocada entre as estações ao nível da camada de enlace. Devido ao princípio de codificação 4 entre 5 adotado pelo padrão FDDI, o tamanho dos campos dos quadros é especificado em símbolos e não em bytes. O protocolo FDDI especifica 2 tipos de quadros: 1) quadros de informação PA SD (16 ou mais (2 símbolos) símbolos) FC (2 símbolos) Endereço MAC do Destinatário (4 ou 12 símbolos) Endereço MAC do Remetente (4 ou 12 símbolos) Dados FCS (menos que (8 símbolos) 9000 símbolos) ED (1 símbolo) FS (3 ou mais símbolos) 2) quadros de controle de permissão (token) PA SD FC ED (16 ou mais (2 símbolos) (2 símbolos) (2 símbolos) símbolos) Hotwords: Quadro de informação: Quadro que contém informações a serem trocadas entre as estações. Quadro de controle de permissão (token): Quadro utilizado para determinar qual estação do anel deverá ganhar o direito de utilizar o meio para transmitir quadros de informação. PA: seqüência de símbolos de controle do tipo I (idle) que precede cada transmissão, e auxilia na sincronização entre o transmissor e o receptor. SD: Starting Delimiter (delimitador de início de quadro). Consiste nos símbolos de controle J e K enviados em seqüência. ED: End Delimiter (delimitador de fim de quadro). Consiste de um símbolo de controle do tipo T no caso de um quadro de informação, e de dois símbolos T no caso de um quadro do tipo token. FC: Frame Control (controle de quadro). Seqüência de oito bits (convertido para 2 símbolos usando a codificação 4 entre 5) que possui o formato 'CLFFZZZZ'. O bit C indica se se o quadro pertence a uma comunicação síncrona ou assíncrona. O bit L indica o comprimento do endereço (L=1 para endereços de 4 símbolos e L=0 para endereços de 12 símbolos). Os bits FF indicam os diversos tipos de quadros (permissão, controle, dados, etc.) Os bits 'ZZZZ' complementam as informações de tipo para cada combinação de bits FF. Endereço MAC do Destinatário: Conjunto de 2 ou 6 bytes (4 ou 12 símbolos) que identifica o receptor. Os endereços MAC do padrão FDDI são definidos da mesma maneira que para o padrão IEEE 802. Endereço MAC do Remetente: Conjunto de 2 ou 6 bytes (4 ou 12 símbolos) que identifica o transmissor. Os endereços MAC do padrão FDDI são definidos da mesma maneira que para o padrão IEEE 802. Dados: O campo de dados pode ser de qualquer tamanho, inclusive nulo. Este campo é utilizado para transportar a unidade de dados do protocolo (PDU) da camada superior (normalmente LLC ou rede). FCS: O campo FCS contém um verificador de redundância cíclica (CRC - Cyclic Redundancy Check). O CRC é determinado pelo transmissor, aplicando um cálculo matemático nos bits da mensagem. Ao receber o quadro o receptor reaplica a função matemática sobre os bits recebidos. Se o valor calculado do CRC coincidir com o valor recebido no campo FCS, então o quadro é considerado íntegro. Caso contrário o receptor solicita ao transmissor para reenviar o quadro. FS: Frame State (estado do quadro). Sequência de 3 ou mais símbolos do tipo R ou S, seguido de um símbolo do tipo T. As informações neste campo são preenchidas pelas estações receptoras, permitindo indicar três tipos de situações: se o endereço de destino do quadro foi reconhecido por alguma estação, se o quadro foi aceito pela estação de destino ou se a estação de destino encontrou um erro no quadro. Quando o quadro completa sua volta no anel, a estação transmissora analisa este campo para identificar se sua transmissão teve sucesso ou não. 6N2-C1.5 - Extensões da Tecnologia. Conceito: Extensões efetuadas sobre o padrão original, oferecendo novos serviços de comunicação. O desenvolvimento do padrão FDDI foi iniciado no início dos anos 80. Desde então, o foram desenvolvidas extensões oferecendo novas classes de serviços ao padrão original. A primeira extensão foi o FDDI-II, cujo desenvolvimento iniciou em 1995, que acrescentou a classe de serviço de transmissão isócrona ao padrão original. O padrão emergente FDDI-III mantém todos os serviços dos padrões anteriores, e acrescenta novos serviços de comunicação com velocidades de comunicação superiores. FDDI-III FDDI-II FDDI - Velocidades de 100 Mbps - Serviço de transmissão síncrona - Serviço de transmissão assíncrona - Velocidades de 100 Mbps - Serviço de transmissão síncrona - Serviço de transmissão assíncrona - Serviço de transmissão isócrono - Velocidades superiores a 1Gbit/s. - Incorpora todos os serviços dos padrões anteriores. - Acrescenta novos serviços como modo de transferência assíncrona (ATMAsyncronous transfermode). Hotwords: serviço de transmissão síncrona: Neste modo, o protocolo garante uma banda passante para os dados transmitido e um tempo máximo para a estação ganhar o direito de acessar o meio. Este tempo é definido como duas vezes o valor de TTRT (Target Token Rotation Time). O TTRT é um tempo negociado pelas estações na inicialização do anel, indicando o tempo máximo para o token dar uma volta completa no anel. A quantidade de quadros que cada estação pode transmitir cada vez que ela captura o token é limitada a uma porcentagem pré-negociada do TTRT. A soma total das porcentagens de tempo gastas por todas as estações do anel não pode exceder ao TTRT. serviço de transmissão assíncrona: Neste modo, o protocolo não garante nenhum limite superior para o retardo de transferência. A transmissão assíncrona utiliza a banda passante que sobra da transmissão síncrona. Para determinar se existe banda disponível cada estação controla o tempo que o token leva para passar duas vezes consecutiva por ela. Este tempo é denominado TRT (Token Rotation Time). Uma estação determina que existe banda disponível quando o TRT é menor ao tempo máximo TTRT (Target Token Rotation Time) definido para transmissão síncrona. A estação pode transmitir quadros assíncronos usando a diferença de tempo TTRT - TRT. Se ao receber o token o TRT for superior ao TTRT, então a estação só pode transmitir quadros síncronos. transmissão isócrona: Este modo permite que o protocolo ofereça serviços de comunicação do tipo comutado por circuito, isto é, com canais de comunicação dedicados. Estes canais são denominados isócronos. Para isto, o padrão FDDI-II divide a banda passante de 100Mbits/s em 16 canais de banda larga (usando 98,308 Megabits/s da banda total de 100 Megabits/s) e um canal residual de 1Megabit/s para serviços não-isócronos (transmissão comutada por pacotes, síncrona ou assíncrona). Os canais isócronos podem ser alocados ou desalocados em tempo real. A banda liberada dos canais isócronos é acrescida ao canal não-isócrono. A transmissão isócrona é especialmente apropriada para transmissão de sinais de voz e vídeo. 6N2.C.2 - HPPI (High Performance Parallel Interface) Conceito: Padrão para interligação entre dispositivos localizados a curtas distâncias, que transmite os bits de informação em paralelo e em velocidades elevadas. HPPI (High Performance Parallel Interface) é um padrão de tecnologia desenvolvida para conectar dispositivos a curtas distâncias e altas velocidades. Ao contrário da maioria dos padrões para comunicação em redes locais, o HPPI transmite palavras ao invés de bits. Existem várias versões do HPPI transmitindo 32 ou 64 bits em paralelo, em velocidades variando de 0,8 a 1,6 Gigabits/s. Novos padrões HIPPI suportando taxas de transferência de 6,4 Gigabits/s estão em curso de desenvolvimento. HIPPI tornou-se um padrão ANSI oficial em 1990 (ANSI X3T9.3) e é usado principalmente para conectar computadores de alto desempenho e para prover backbones de alta-velocidade para redes locais. computador de alto desempenho dados transmitidos em paralelo computador de alto desempenho estação estação Switch computador de alto desempenho estação computador de alto desempenho dispositivo de armazenamento Hotwords palavras: uma palavra é um conjunto de bytes que o processador consegue manipular de uma única vez, através de instruções simples. Geralmente, o tamanho da palavra varia de 8 a 64 bits, dependendo do tipo de processador usado no computador. switch: o switch HIPPI é responsável por estabelecer as conexões entre os dispositivos que participam da rede HIPPI. A comunicação através do HIPPI é orientada a conexão, isto é, antes do início da comunicação o transmissor solicita o estabelecimento da conexão com o distinatário ao switch. Após completar a transmissão, o transmissor envia uma mensagem solicitando a liberação da conexão. 6N2-D Arquitetura TCP/IP A arquitetura TCP/IP é um dos modelos de software de rede mais populares da atualidade. Deve-se observar que o termo consagrado TCP/IP refere-se a apenas 2 protocolos de uma ampla família de protocolos. Um nome mais apropriado para o software de rede baseado nos protocolos TCP/IP seria conjunto de protocolos internet (Internet Protocol Suite). Esses protocolos são não-proprietários e constituem a base para construção da rede mundial Internet, o que motivou sua adoção também em redes locais e redes corporativas. gateway internet internet REDE REDE REDE REDE 6N2-D.1. Modelo em Camadas TCP/IP. 6N2-D.2. Protocolos do nível enlace de dados e físico. 6N2-D.3. Protocolos do nível rede. 6N2-D.4. Protocolos do nível de transporte. 6N2-D.5. Protocolos do nível aplicação. Hotwords TCP/IP: Abreviatura de Transmission Control Protocol/Internet Protocol. internet: Conjunto de redes interligadas, formando uma rede geograficamente distribuída. rede mundial Internet: rede pública geograficamente distribuída, de alcance mundial, montada segundo a arquitetura TCP/IP. gateway internet: Também chamado de roteador internet. Dispositivo que conecta duas ou mais redes dentro de uma internet. não-proprietários: termo utilizado para indicar que os direitos de utilização de uma tecnologia não pertencem a nenhum fabricante específico. Os protocolos TCP/IP não são definidos por organismos normalizadores, sendo considerados por isso padrões de facto. (Quando os padrões são definidos por uma instituição legalmente constituída para elaboração de padrões, como a ISO, o padrão é dito de jure). 6N2-D.1. Modelo em camadas TCP/IP Conceito: A arquitetura TCP/IP apresenta um modelo de software de rede em camadas, similar ao modelo OSI. A arquitetura TCP/IP refere-se a uma ampla família de protocolos, que suportam todas as funções necessárias para implementar tanto redes locais (LAN) quanto redes geograficamente distribuídas (WAN). Os protocolos da arquitetura TCP/IP são organizados num modelo com menos camadas que o modelo OSI, o que contribuiu para o seu grande sucesso no mundo comercial e acadêmico. OSI Aplicação TCP/IP Aplicação Apresentação Sessão Transporte Transmissão Rede Rede Enlace de Dados Enlace de Dados Física Física Hotwords: Aplicação: A camada de aplicação agrupa funções das camadas sessão, apresentação e aplicação do modelo OSI. Essa camada é composta por um conjunto amplo de protocolos que oferecem serviços específicos ao nível do usuário, como por exemplo: FTP (Protocolo de Transferência de Arquivos), TELNET (Protocolo para execução de comandos remotos), SMTP (protocolo para correio eletrônico), etc. Transmissão: A camada de transmissão guarda uma relação direta com o protocolo de transporte do modelo OSI. Dependendo do tipo de serviço de comunicação utilizado, as funções da camada de transmissão podem ser executadas pelos protocolos TCP ou UDP. O protocolo TCP (Transmission Control Protocol) oferece serviços de comunicação confiáveis e orientados a conexão. O protocolo UDP (User Datagram Protocol) oferece serviços do tipo datagrama, isto é, não orientados a conexão. Rede: As funções da camada de rede são executadas principalmente pelo protocolo IP (Internet Protocol). O protocolo IP oferece um serviço de comunicação não orientado a conexão (datagrama). Sua função é definir a rota dos datagramas e encaminhá-los até seu destino final. Observe que o protocolo TCP constrói um serviço orientado a conexão sobre o protocolo IP, que é, como foi dito, não orientado a conexão. Enlace de Dados: A camada de enlace de dados é a mesma do modelo OSI. As redes TCP/IP são usualmente construídas sobre tecnologias padronizadas para implementação de redes locais, como Ethernet ou Token-Ring. Física: A camada física é a mesma do modelo OSI. As redes TCP/IP são usualmente construídas usando placas adaptadores e cabeamento idênticos aos definidos pelos padrões para redes locais. 6N2-D.2. Protocolos do nível enlace de dados e físico. Conceito: A arquitetura TCP/IP descreve apenas o comportamento das camadas superiores do software de rede, a partir da camada de rede. Não existe nenhuma restrição quanto a tecnologia utilizada aos níveis de enlace de dados e físico. A arquitetura TCP/IP não impõe nenhuma restrição quanto a implementação dos níveis de enlace de dados e físico das redes que interliga. A função desses níveis pode ser executada através de qualquer tecnologia para implementação de redes locais, como Ethernet ou Token Ring. Aplicação Protocolos da família TCP/IP. Transmissão definem mecanismos de comunicação que funcionam de maneira transparente através das redes interligadas. Rede Interface de Rede Ethernet, Token-Ring, etc. Enlace de Dados Física definem os mecanismos de comunicação no interior de uma rede local. Interface de Rede: A integração da arquitetura TCP/IP com as camadas inferiores se faz por meio da interface de rede, responsável por encapsular os datagramas IP nos quadros da camada de enlace de dados. 6N2-D.3. Protocolos do nível de rede. Conceito: As funções da camada de rede são executadas principalmente pelo protocolo IP (Internet Protocol). Sua função é definir a rota dos datagramas e encaminhá-los através dos roteadores internet até seu destino final. O protocolo IP oferece um serviço de comunicação não orientado a conexão (datagrama). Sua função é definir a rota dos datagramas e encaminhá-los até seu destino final. O protocolo IP associa a cada estação um endereço IP, que permite identificar uma estação de maneira única, mesmo com várias redes interconectadas. As funções do protocolo IP são complementadas pelo protocolo ICMP. Aplicação nos protocolos superiores, as estações são idenficadas por endereços IPs. placa adaptadora de rede Transporte Rede protocolos IP e ICMP Interface de Rede Enlace de Dados Física nos procolos inferiores as estações são idenficadas por endereços físicos, associados as placas adaptadoras de rede. 6N2-D.3.1. Endereços IP 6N2-D.3.2. Datagrama IP 6N2-D.3.3. Mapeamento de Endereços 6N2-D.3.4. Roteamento Hotwords: endereço IP: número de 32 bits utilizado para identificar as estações numa arquitetura TCP/IP. Cada endereço IP é único entre todas as estações conectadas na internet. Datagrama: Nome da unidade de dados do protocolo de rede não orientado a conexão. ICMP: "Internet control message protocol". Protocolo de rede muito simples, complementar ao protocolo IP, usado para trocar mensagens de erro e descobrir informações sobre a rede. O ICMP é destinado principalmente para uso interno do software TCP/IP, e não para fornecer serviços ao nível de usuário. 6N2-D.3.1. Endereços IP Conceito: Número de 32 bits utilizado para identificar as estações numa arquitetura TCP/IP. Cada endereço IP é único entre todas as estações conectadas numa internet. Os endereços IPs são números de 32 bits, representados usualmente numa notação decimal pontuada. Cada endereço IP é composto de duas partes, um identificador de rede e um identificador do host. Endereço IP de 32 bits Identificador da rede host Identificador do host REDE REDE internet hosts com o mesmo identificador de rede. hosts com identificadores de rede distintos. REDE REDE classes de endereçamento O número de bits utilizados pelo identificador da rede e pelo identificador de host dependem da classe de endereçamento utilizada. São definidas 5 classes de endereçamento: Classe Formato do Endereço A 1 bit fixo usado para identificar a classe do endereço 0 B Identificador da Rede Identificador do Host 7 bits 24 bits 2 bits fixos usados para identificar a classe do endereço 10 Identificador da Rede Identificador do Host 14 bits 16 bits Organização da Rede permite definir 127 redes distintas, cada uma com até 16777216 hosts. Intervalo dos endereços da classe de 1.0.0.0 até 127.255.255.255. permite definir até 16384 redes distintas, cada uma com 65535 hosts. de 128.0.0.0 até 191.255.2555.255. C 3 bits fixos usados para identificar a classe do endereço 110 D Identificador da Rede Identificador do Host 21 bits 8 bits 4 bits fixos usados para identificar a classe do endereço 1110 E permite definir até 2097152 redes distintas, cada uma com 255 hosts. de 192.0.0.0 até 233.255.2555.255. Classe reservada de 224.0.0.0 até para endereçamento 239.255.2555.255. em multicast. Endereço de Multicast 5 bits fixos usados para identificar a classe do endereço 11110 Classe resevada para de 248.0.0.0 até novas 247.255.2555.255. implementações. Não Definido Endereços IP especiais Alguns endereços IP possuem significado especial, e não podem ser atribuídos a nenhuma estação. Os endereços especiais estão resumidos na tabela a seguir: Endereço 0.0.0.0 0.x.x.x, onde x.x.x é o endereço do host numa rede classe A 0.0.y.y, onde y.y é o endereço do host numa rede classe B 0.0.0.z, onde z é o endereço o host numa rede classe C 255.255.255.255 x.255.255.255, onde x é o identificador de uma rede classe A y.y.255.255, onde y.y é o identificador de uma rede classe B z.z.z.255, onde z.z.z é o identificador de uma rede classe C 127.x.x.x Significado Indica o próprio host. Esse endereço só é utilizado no momento da inicialização da estação. Envia para o host especificado, assumindo a estação transmissora e receptora estão na mesma rede. Envia o datagrama em broadcast na rede local Envia o datagrama em broadcast numa rede externa. Reservado para loopback. Hotwords loopback: Enviar para si mesmo. Os datagramas com endereço IP 127.x.x.x não são enviados para rede. Eles são tratados localmente pela própria estação como datagramas recebidos. Essa função é útil para efetuar testes e para otimizar a comunicação entre processos num mesmo computador. exemplo de atribuição de endereços IP Numa rede TCP/IP todas os hosts pertencentes a uma mesma rede devem possuir o mesmo identificador de rede. Para que estações com identificadores de redes distintos possam se conectar é preciso interligá-las através de um roteador. identificador do host identificador de rede 192.57.49.3 192.57.49.4 192.57.49.6 192.57.49.7 128.57.49.5 roteador endereço classe C 128.57.50.2 192.57.50.3 192.57.50.4 192.57.50.5 192.57.50.6 O roteador possui dois endereços IP, um para cada rede. Hotwords: identificador da rede: identifica uma rede conectada à internet. Todos os hosts conectados a uma dada rede possuem o mesmo identificador de rede, o que permite aos roteadores localizar rapidamente a rede a qual pertence uma estação (host). identificador do host: identifica uma única estação (host) dentro da rede. Dentro de uma mesma rede não podem haver duas estações com o mesmo identificador de host. host: termo utilizado para designar uma estação conectada a uma internet. O host representa genericamente qualquer computador da rede. notação decimal pontuada: nesta notação, os 32 bits são agrupados em 4 bytes. Cada byte é convertido para sua representação decimal equivalente, formando um endereço composto por quatro números separadas por pontos. Exemplo: 2726252423222120 2726252423222120 2726252423222120 2726252423222120 10000000 00001010 00000010 00011110 27=128 23+21=10 21=2 128.10.2.30 notação binária 24+23+22+21=30 notação decimal pontuada 6N2-D.3.2. Datagrama IP Conceito: Denominação dada à unidade de dados do protocolo de rede IP. Na arquitetura TCP/IP o fluxo de dados é transmitido em unidades de dados denominadas datagrama. Um datagrama consiste basicamente em duas partes: um cabeçalho de controle e um campo de dados. Datagrama Cabeçalho de Controle Campo de Dados Encapsulamento Os datagramas são transportados no campo de dados do quadros da camada de enlace de dados, num processo conhecido como encapsulamento. Cabeçalho do datagrama Cabeçalho do quadro Campo de dados do datagrama Campo de dados do quadro Camada de rede Camada de enlace de dados Fragmentação e remontagem de datagramas O tamanho máximo permitido para os quadros pode ser inferior ao tamanho máximo de um datagrama. Por exemplo, as redes Ethernet limitam o tamanho dos quadros a apenas 1500 bytes, enquanto os datagramas IP podem chegar até 64 K bytes. Nesse caso, é necessário transmitir um datragrama utilizando vários quadros. Neste processo, o campo de dados é dividido em vários fragmentos, cada um suficientemente pequeno para caber num quadro. Cada fragmento é transportado através da rede TCP/IP como se fosse um datagrama independente. O processo de fragmentação é efetuado pelas estações transmissoras e pelos roteadores que transportam os datagramas. Como os roteadores interligam redes de tecnologias diferentes, sempre que necessário, eles fragmentam ainda mais o datagrama para adaptá-lo a rede de destino. No destino final, a estação receptora reagrupa os fragmentos reconstruindo o datagrama original. Cabeçalho do datagrama Campo de dados do datagrama 600 0 Dados1 o cabeçalho do datagrama original é reproduzido em cada um dos segmentos. 1500 bytes 1200 Dados2 Dados3 Cabeçalho do datagrama Dados1 Fragmento 1 (Deslocamento 0) Cabeçalho do datagrama Dados2 Fragmento 2 (Deslocamento 600) Cabeçalho do datagrama Dados3 Fragmento 3 (Deslocamento 1200) Formato de um datagrama 0 4 8 12 Byte 1 VERS 16 Byte 2 HLEN Byte 3 Tipo de serviço 28 31 Byte 4 Comprimento total Identificação Tempo de vida 24 20 flags Protocolo Deslocamento do fragemento Checksum do cabeçalho cabeçalho Endereço IP de origem Endereço IP de destino Opções IP Preenchimento Dados ….. dados Hotwords VERS: Idenfica a versão do procotocolo IP que montou o datagrama. HLEN: Os 4 bits desse campo determinam o comprimento do cabeçalho do datagrama em múltiplos de palavras de 32 bits. O comprimento do cabeçalho é variável pois os campos "Opções IP" e "Preenchimento" não tem tamanho fixo. O tamanho usual do cabeçalho é de 20 bytes, quando os campos "Opções IP" e "Preenchimento" são nulos. Nesse caso, o campo HLEN apresenta comprimento igual a 5 (5 X 32 bits = 20 bytes). Tipo de serviço: contém informações que descrevem a importância do datagrama (através de 8 níveis de prioridade) e a qualidade esperada para o serviço de entrega. A qualidade do serviço é descrita por 3 bits denominados D, T e R. O bit D=1 solicita um baixo atraso, o bit T=1 solicita uma alta taxa de transmissão e o bit R=1 solicita uma transmissão altamente confiável. As informações desse campo são geralmente ignoradas pelos roteadores que transportam o datagrama. Comprimento total: informa o comprimento total do datagrama, incluindo o cabeçalho e o campo de dados, em bytes. Como esse campo possui 16 bits, o tamanho máximo de um datagrama é 216 ou 64 Kbytes. Identificação: Contém um número inteiro que identifica o datagrama. Esse campo é utilizado no processo de fragmentação e remontagem de datagamas. Todos os fragmentos de um mesmo datagrama contém o mesmo número de identificação. Dessa forma, o receptor consegue identificar facilmente os fragmentos que precisam ser reagrupados para remontar o datagrama original. Flags: Campo composto pelos bits DF (don´t fragment) e MF (more fragments). A estação transmissora assinala DF=1 para indicar que o datagrama não deve ser fragmentado. Nesse caso, se um roteador precisar fragmentar o datagrama para adequá-lo a rede de destino, o datagrama é descartado. O bit MF=1 é utilizado para indicar que o fragmento é o último pedaço do datagrama original. Quando uma estação recebe um fragmento com MF=0, ela sabe que deve esperar a chegada de mais fragmentos para completar a remontagem do datagrama. Deslocamento do Fragmento: Esse campo contém a posição relativa do fragmento em relação ao datagrama original, medido em bytes. Os fragmentos de um datagrama não chegam no receptor necessariamente na mesma ordem em que foram transmitidos. Utilizando a informação do campo de Deslocamento, a estação receptora consegue reordenar os fragmentos recebidos, e remontar o datagrama original. Tempo de vida: (TTL - Time to Live). Indica o tempo em segundos que o datagrama pode permanecer na rede internet. Quando uma estação transmite um datagrama, ela assinala o valor do TTL. Toda vez que o datagrama é processado por um roteador, o TTL é decrementado. Quando o TTL expira, o datagrama é descartado, mesmo que o destino final não tenha sido atingido. Protocolo: O campo protocolo contém um código que especifica o tipo de protocolo de transporte encapsulado no campo de dados do datagrama (geralmente TCP ou UDP). Checksum do cabeçalho: Este campo contém o checksum de todos os bytes que compõe o cabeçalho de controle, excluindo apenas o próprio campo de checksum. Este campo é utilizado pela estação receptora para verificar a integridade do cabeçalho de controle do datagrama recebido. Endereço IP de origem: contém o endereço IP que identifica a estação transmissora. Endereço IP de destino: contém o endereço IP que identifica a estação de destino. Esse campo reflete sempre o destino final, não importando se o datagrama passará ou não por roteadores intermediários. Opções IP: Campo com tamanho variável de 0 até vários bytes. Esse campo pode conter uma série de códigos em seqüência, cada um deles definido uma opção relativa ao processamento dos datagramas. As opções são geralmente relacionadas a aspectos como segurança, roteamento, relatórios de erro, depuração, etc. Preenchimento: Esse campo completa a seqüência do campo "Opções" com bits de preenchimento de valor "0", garantindo que o tamanho total dos campos "Opções + Preenchimento" seja múltiplo de 32 bits. Dados: contém os dados transportados pelo datagrama. Os dados transportados coorespondem geralmente a unidade de dados do procotolo de transporte TCP ou UDP. 6N2-D.3.3. Mapeamento de Endereços Conceito: Denominação dada ao processo de associar um endereço IP ao endereço físico de uma interface de rede. Para poder transmitir um datagrama, a estação transmissora precisa conhecer todos as informações de endereçamento relacionadas ao destinatário, tanto ao nível da camada de rede (endereço IP) quanto ao nível da camada de enlace de dados (endereço físico). Na arquitetura TCP/IP, todas as referências aos endereços das estações são feitas através de endereços IP. O endereço físico do destinatário é descoberto dinamicamente pelo transmissor antes de efetuar a comunicação, utilizando um protocolo auxiliar denominado ARP. endereço IPA endereço físico A Estação A Estação B interface de rede endereço IPB interface de rede endereço físico B datagrama endereço físico endereço físico endereço IP de de destino de origem destino endereço IP de origem quadro Exemplo de funcionamento do ARP dados Exemplo: Transmissão de um datagrama de A para B. IP: 200.17.98.106 endereço físico 00-60-08-16-85-B3 IP: 200.17.98.105 Estação A Estação B interface de rede interface de rede endereço físico 00-60-08-16-86-B5 requisição ARP (IP 200.17.98.106) 1) A estação transmissora envia uma requisição ARP, perguntando o endereço físico correspondente ao IP de destino da estação B: 200.17.98.105. Uma requisição ARP é um datagrama IP enviado em broadcast para todas as estações da rede. endereço físico 00-60-08-16-85-B3 A requisição ARP é um quadro contendo um datagrama IP, com as seguintes informações de endereçamento: Endereço Físico de Origem: 00-60-08-16-85-B3 Endereço Físico de Destino: FF-FF-FF-FF-FF-FF (broadcast) Endereço IP de Origem: 200.17.98.106 Endereço IP de Destino: 255.255.255.255 (broadcast) O endereço IP solicitado é enviado no campo de dados do datagrama. IP: 200.17.98.106 IP: 200.17.98.105 Estação A interface de rede Estação B interface de rede endereço físico 00-60-08-16-86-B5 requisição ARP 200.17.98.105 resposta ARP 00-60-08-16-86-B5 2) As estações ao receberem a requisição ARP comparam o endereço IP solicitado com o seu próprio. Se os endereços forem diferentes a requisição é ignorada. 3) Nesse caso, a estação B verifica que o endereço solicitado é o seu, e responde enviando uma resposta ARP contendo o seu endereço físico. A resposta é um datagrama IP enviado diretamente a estação que enviou a requisição. A resposta ARP é um quadro contendo um datagrama IP, com os seguintes dados de endereçamento: Endereço Físico de Origem: 00-60-08-16-86-B5 Endereço Físico de Destino: 00-60-08-16-85-B3 Endereço IP de Origem: 200.17.98.105 Endereço IP de Destino: 200.17.98.106 O endereço físico solicitado é enviado no campo de dados do datagrama. endereço físico 00-60-08-16-85-B3 IP: 200.17.98.106 Estação A interface de rede IP: 200.17.98.105 Estação B interface de rede resposta ARP (00-60-08-16-86-B5) quadro contendo o datagrama IP endereçado a estação B 4) Ao receber a resposta ARP, a estação transmissora determina o endereço físico da estação de destino. 5) Uma vez que o endereço físico do destinatário é conhecido, a estação transmissora envia sua mensagem diretamente a estação de destino através de uma comunicação ponto a ponto. Endereço Físico de Origem: 00-60-08-16-85-B3 Endereço Físico de Destino: 00-60-08-16-86-B5 Endereço IP de Origem: 200.17.98.106 Endereço IP de Destino: 200.17.98.105 Hotwords endereço físico: corresponde geralmente ao endereço associado a interface de rede da estação ou roteador. Segundo a terminologia IEEE, o endereço físico é comumente referido como endereço MAC. ARP: (Address Resolution Protocol). Protocolo utilizado para que a estação transmissora descubra o endereço físico do destinatário. 6N2-D.3.4. Roteamento Conceito: Operação que consiste em enviar os datagramas até seu destino final, passando se necessário por um ou mais roteadores intermediários. A arquitetura TCP/IP define os mecanismos para que os datagramas sejam entregues no seu destino final, independente dele estar situado na mesma rede do transmissor (comunicação intra-rede), ou numa rede externa interligada através de roteadores (comunicação inter-redes). numa comunicação intra-rede, o datagrama é endereçado diretamente pela estação transmissora à estação de destino. internet REDE REDE REDE REDE numa comunicação inter-redes, o datagrama precisa passar por vários roteadores para chegar ao seu destino final. Comunicação intra-rede Numa comunicação entre duas estações situadas na mesma rede, o transmissor envia o quadro diretamente ao destino final, preenchendo os campos do destinatário com o endereço físico e o endereço IP da estação receptora. Exemplo: Transmissão de um datagrama de A para B. IP: 200.17.98.106 endereço físico 00-60-08-16-85-B3 IP: Estação A interface de rede endereço físico de destino endereço físico de origem endereço físico Estação B 00-60-08-16-81-B5 interface de rede endereço IP de destino 00-60-08-16-81- 00-60-08-16-85- 200.17.98.105 B5 B3 endereço IP de origem 200.17.98.106 dados quadro Comunicação inter-redes Numa comunicação entre estações conectadas a redes diferentes, a comunicação é dividida em vários saltos. Cada salto representa uma comunicação entre um par estação-roteador ou roteador-roteador ligados fisicamente. Os endereços IP de origem e de destino se mantém os mesmos durante todos os saltos do datagrama. O endereço físico, entretanto, é modificado para endereçar os elementos participantes de cada salto. Exemplo de comunicação com 3 saltos segundo salto: IP origem: 10.0.0.2 IP destino: 30.0.0.2 endereço físico de origem: C endereço físico de destino: D primeiro salto: IP origem: 10.0.0.2 IP destino: 30.0.0.2 endereço físico de origem: A endereço físico de destino: B terceiro salto: IP origem: 10.0.0.2 IP destino: 30.0.0.2 endereço físico de origem: E endereço físico de destino: F quadro quadro quadro rede 10.0.0.0 rede 20.0.0.0 roteador emissor roteador IP: 20.0.0.3 endereço físico: D IP: 10.0.0.2 endereço físico: A IP: 10.0.0.3 endereço físico: B rede 30.0.0.0 receptor IP: 30.0.0.3 endereço físico: E IP: 30.0.0.2 endereço físico: F IP: 20.0.0.2 endereço físico: C roteador: cada porta do roteador possui um endereço IP distinto, pertencente a mesma rede que interconecta. Tabelas de Roteamento O processo de roteamento envolve uma série de decisões tomadas tanto pelas estações quanto pelos roteadores. Por exemplo, uma estação precisa determinar se o datagrama a ser transmitido deve ser endereçado diretamente ao destinatário ou a um roteador intermediário. Ao receber um datagrama, os roteadores também precisam determinar se devem retransmití-lo a outro roteador ou diretamente à estação de destino. O processo de decisão quanto ao roteamento é baseado em tabelas armazenadas localmente pelas estações e pelos roteados denominadas "tabelas de roteamento IP". Exemplo de tabelas de roteamento IP: 20.0.0.2 rede 10.0.0.0 roteador rede 10.0.0.0 roteador estação rede 30.0.0.0 IP: 10.0.0.3 IP: 30.0.0.2 IP: 30.0.0.3 IP: 10.0.0.2 Tabela de roteamento da estação Endereço de IP Endereço de Gateway Interface Custo pertence a rede 10.x.x.x entregar diretamente pertence a outra rede 10.0.0.2 (gateway default) 10.0.0.3 10.0.0.3 1 1 Tabela de roteamento do roteador Endereço de Rede Endereço de Gateway pertence a rede 10.x.x.x entregar diretamente pertence a rede 20.x.x.x entregar diretamente pertence a rede 30.x.x.x entregar diretamente pertence a outra rede 30.0.0.3 (gateway default) Interface 10.0.0.2 20.0.0.2 30.0.0.2 30.0.0.2 Custo 1 1 1 1 Endereço de rede: parte do endereço IP do destinatário correspondente ao identificador da rede. Cada entrada da tabela de roteamento indica qual ação deve ser tomada em função da rede que pertence o destinatário. Se a rede do destinatário não for encontrada em nenhuma entrada da tabela de roteamento, o datagrama é enviado para o gateway default (geralmente, o roteador que interliga a rede a internet). Endereço de gateway: O endereço de gateway não é usado diretamente na formatação do datagrama. Ele é utilizado pelo transmissor para descobrir o endereço físico do destinatário, através do protocolo ARP. Se o destinatário pertencer a uma rede distinta do transmissor, então o endereço de gateway corresponde a uma porta do roteador que irá encaminhar o datagrama. Se o transmissor e o receptor estiverem na mesma rede, então o endereço de gateway é o próprio endereço do destinatário. Custo: medida relativa do custo de utilização da rota. A informação de custo é utilizada pelo roteador quando existir mais de uma rota para o mesmo destino. 6N2-D.4. Protocolo do nível de transporte. Conceito: Os protocolos de transporte são capazes de manipular múltiplos endereços numa mesma estação, permitindo que várias aplicações executadas no mesmo computador possam enviar e receber datagramas independentemente. Dependendo do tipo de serviço de comunicação utilizado, as funções da camada de transmissão podem ser executadas pelos protocolos TCP ou UDP. O protocolo TCP (Transmission Control Protocol) oferece serviços de comunicação confiáveis e orientados a conexão. O protocolo UDP (User Datagram Protocol) oferece serviços do tipo datagrama, isto é, não orientados a conexão. Camada de Aplicação Camada de Transporte (TCP ou UDP) cabeçalho de controle Dados Dados Unidade de dados do protocolo de transporte T-PDU datagrama IP Camada de Rede (IP) Dados Camada de Enlace de dados representação lógica binária 0001101010101010101010001 Camada Física representação elétrica ou óptica meio físico de transmissão 6N2-D.4.1. Protocolo TCP 6N2-D.4.2. Protocolo UDP quadros A T-PDU é encapsulada no campo de dados do datagrama IP. 6N2-D.4.1. Protocolo TCP Conceito: Protocolo da camada de transporte que oferece um serviço de comunicação confiável e orientado a conexão sobre a camada de rede IP. O Protocolo TCP (Transmission Control Protocol) é um protocolo orientado a conexão destinado a construir comunicações ponto a ponto confiáveis. endereçamento por portas comunicação confiável controle de seqüenciação segmentos TCP endereçamento por portas: O protocolo TCP utiliza um nível de endereçamento complementar aos endereços IP, que permite distinguir vários endereços de transporte numa mesma estação. Os endereços de transporte são números inteiros de 16 bits denominados portas. O protocolo TCP identifica uma conexão pelo par (IP,porta) de ambas as extremidades. Dessa forma, uma mesma porta pode ser usada para estabelecer simultaneamente duas conexões sem nenhuma ambiguidade. A aplicação B se comunica como se estivesse utilizando uma ligação ponto a ponto dedicada com cada uma das outras aplicações. Aplicação B Aplicação A CAMADA DE APLICAÇÃO CAMADA TDP Porta 53 Porta 25 Porta 1184 4 Porta 53 Aplicação C Porta 1069 Porta 1184 CAMADA IP CAMADAS INFERIORES 128.10.2.3 128.10.2.4 128.10.2.5 ESTAÇÃO A ESTAÇÃO B ESTAÇÃO C Conexão bidirecional formada pelo par (128.10.2.3,1184) e (128.10.2.4,53) Conexão bidirecional formada pelo par (128.10.2.5,1184) e (128.10.2.4,53) Comunicação confiável O protocolo TCP oferece um serviço de comunicação confiável utilizando uma técnica conhecida como “confirmação positiva com retransmissão”. Nesse método, o receptor precisa confirmar o recebimento dos dados através de uma mensagem de confirmação (ACK). O transmissor espera a confirmação de cada mensagem transmitida antes de enviar uma nova mensagem. Se a confirmação demorar mais do que um tempo pré-estabelecido, o transmissor retransmite a mensagem. Controle de Seqüenciação O protocolo TCP oferece um serviço de comunicação orientado a conexão, que garante que as mensagens serão recebidas na mesma seqüência em que foram transmitidas. Esta característica permite fragmentar as mensagens muito grandes em porções menores de maneira a compatibilizá-las com o tamanho máximo imposto aos datagramas IP. A mensagem original é reconstruída de maneira transparente pela camada de transporte do receptor. Segmentos TCP A unidade de dados do protocolo TCP é denominada segmento. Usualmente, cada segmento TCP é encapsulado no campo de dados de um único datagrama. Um segmento TCP é composto de duas partes: um cabeçalho de controle e um campo de dados. O formato do segmento é detalhado abaixo. 0 4 8 12 Byte 1 16 Byte 2 24 20 Byte 3 Porta de origem 28 31 Byte 4 Porta de destino Número de Seqüência cabeçalho Número de Confirmação HLEN Reservado Bits de código Janela de Recepção Ponteiro de Urgência Checksum Opções Dados dados ….. Hotwords Porta de Origem: identificador de 16 bits que identifica a porta que transmitiu o segmento. Porta de Destino: identificador de 16 bits que identifica a porta para onde o segmento será transmitido. Número de Seqüência: O protocolo TCP fragmenta mensagens muito longas e as transmite numa seqüência de segmentos. O campo "Número de Seqüência" indica que porção da mensagem original está sendo transmitida no segmento corrente. Essa informação é utilizada pelo receptor para reordenar os segmentos que cheguem fora de ordem. Mensagem Original 0 200 0 Dados SEGMENTO 800 500 200 Dados SEGMENTO 500 bytes Dados SEGMENTO Número de confirmação: Identifica o número do próximo byte que o receptor espera receber. Esta informação é enviada pelo receptor ao transmissor através das mensagens de confirmação de recebimento (ACK). HLEN: Este campo contém um número inteiro que determina o comprimento do cabeçalho do datagrama em múltiplos de palavras de 32 bits. O comprimento do cabeçalho é variável pois os campos "Opções " e "Preenchimento" não tem tamanho fixo. Bits de código: Este campo identifica o tipo de mensagem transportada pelo segmento. Os segmentos podem transportar mensagens de vários tipos: confirmação (ACK), estabelecimento ou liberação de conexões, dados, etc. Janela de Recepção: TCP provê meios para que o receptor cadencie o fluxo de dados enviados pelo transmissor. Toda vez que o receptor confirma o recebimento de uma mensagem (enviando uma mensagem ACK para o transmissor), ele preenche o campo "Janela de Recepção" informando o número de bytes que ele é capaz de receber na próxima transmissão. O transmissor leva em consideração essa informação para determinar o tamanho do próximo segmento a ser enviado. Ponteiro de Urgência: Indica a posição (em bytes) em relação a seqüência de dados recebidos onde dados urgentes poderão ser encontrados. Este mecanismo é utilizado par que o transmissor possa enviar mensagens de alta prioridade ao receptor. Checksum: Este campo contém o checksum de todos os bytes que compõe o segmento TCP (cabeçalho de controle e dados). Este campo é utilizado pela estação receptora para verificar a integridade do segmento recebido. Opções: Campo opcional de tamanho variável, múltiplo de 32 bits. Este campo foi criado para que o protocolo TCP possa disponibilizar facilidades adicionais que não foram cobertas pelos campos padronizados do cabeçalho de controle. Dados: Contém os dados transportados pelo segmento TCP. 6N2-D.4.2. Protocolo UDP Conceito: Protocolo da camada de transporte que oferece um serviço de comunicação não orientado a conexão, construído sobre a camada de rede IP. O Protocolo UDP (User Datagram Protocol) é um protocolo não orientado a conexão que oferece serviços de comunicação bastante elementares. O protocolo é não confiável, isto é, não há garantia de entrega dos datagramas transportados. O protocolo também não garante que os datagramas cheguem na mesma ordem em que foram transmitidos. Sua principal função é permitir a distinção de múltiplos destinos numa mesma estação. Sendo não orientado a conexão, o protocolo UDP pode ser utilizado tanto em comunicações do tipo difusão (broadcast) quanto ponto a ponto. aplicação A aplicação B CAMADA DE APLICAÇÃO Porta 1 Porta 2 Porta 3 As aplicações recebem as mensagens endereçando as portas da camada UDP. Porta N ... Demultiplexagem CAMADA UDP CAMADA IP CAMADAS INFERIORES A demultiplexagem é feita analisando a porta de destino, indicada no cabeçalho de controle das mensagens que chegam na estação. datagrama com a mensagem UDP encapsulada. Mensagem UDP A unidade de dados do protocolo UDP é denominada user datagram, ou simplesmente mensagem UDP. Uma mensagem UDP é composta de duas partes: um cabeçalho de controle e um campo de dados. O formato da mensagem é detalhado abaixo. 16 0 31 Porta de Origem Porta de Destino Comprimento da Mensagem checksum cabeçalho Dados ….. dados Hotwords Porta de Origem: identificador de 16 bits que identifica o endereço, ao nível da camada de transporte, para o qual deve ser enviado uma eventual resposta à mensagem transmitida. Porta de Destino: identificador de 16 bits que identifica o endereço do destinatário da mensagem ao nível da camada de transporte. Comprimento da mensagem: corresponde ao comprimento total da mensagem UDP, em bytes, incluindo o cabeçalho e o campo de dados. checksum: O preenchimento do campo checksum é opcional. A informação deste campo é usada pelo receptor para verificar a integridade dos dados recebidos. No caso de haver erro, o receptor descarta a mensagem. Dados: O campo de dados contém as informações a serem transmitidas. O comprimento máximo da mensagem UDP, incluindo o campo de dados e o cabeçalho é de 64 Kbytes. 6N2-D.5. Protocolos do nível de aplicação. Conceito: Protocolos que disponibilizam serviços padronizados de comunicação, destinados a dar suporte ao desenvolvimento de aplicações para os usuários. As funções da camada de aplicação da arquitetura TCP/IP são executadas por um conjunto amplo de protocolos, que oferecem serviços de comunicação padronizados. Cada um desses protocolos agrupa funções das camadas sessão, apresentação e aplicação do modelo OSI. Os protocolos de aplicação disponibilizam serviços de comunicação de alto nível para que programadores implementem aplicativos que utilizam recursos da rede. Os protocolos de aplicação estão num processo de evolução contínua, sendo que novos protocolos estão sendo continuamente propostos aumentando a gama de serviços disponibilizados. Modelo OSI Arquitetura TCP/IP Aplicação FTP TELNET SMTP HTTP Apresentação SNMP ... NFS Protocolos de Aplicação Sessão Transporte TCP UDP Rede IP Enlace de Dados Enlace de Dados Física Física FTP: File Transfer Protocol. Protocolo que implementa serviços de transferência de arquivos de uma estação para outra (ponto a ponto) através de rede. TELNET: Serviço de Terminal Remoto. Protocolo utilizado para permitir aos usuários controlarem estações remotas através da rede. SMTP: Simple Mail Transfer Protocol. Protocolo utilizado para transferência de mensagens de correio eletrônico de uma estação para outra. Esse protocolo especifica como 2 sistemas de correio eletrônico interagem. HTTP: Hypertext Tranfer Protocol. Protocolo utilizado para transferência de informações multimídia: texto, imagens, som, vídeo, etc. SNMP: Simple Network Monitoring Protocol. Protocolo utilizado para monitorar o estado das estações, roteadores e outros dispositivos que compõe a rede. NFS: Network File System. Protocolo desenvolvido pela "SUN Microsystems, Incorporated", que permite que as estações compartilhem recursos de armazenamento de arquivos através da rede.