SÉRIE 7 Parte II. Condicionamento Operante: Conceitos Elementares: INTRODUÇÃO AO CONDICIONAMENTO OPERANTE 7.1 Animais de circo são algumas vezes treinados com “recompensas”. O comportamento de um animal faminto pode ser “recompensado” com COMIDA. 7.2 O termo técnico para “recompensa” é “esforço”. “Recompensar”um organismo com comida é REFORÇÁ-LO com comida. 7.3 Em termos técnicos um organismo sedento pode ser REFORÇADO com água. 7.4 O treinador reforça o animal dando-lhe comida SE, (quando) desempenhou corretamente. 7.5 Reforço e comportamento ocorrem em ordem temporal (1) COMPORTAMENTO (2) REFORÇO. 7.6 A comida dada a um animal faminto não reforça uma resposta determinada a menos que seja dada imediatamente DEPOIS da resposta. 7.7 Diversamente do estímulo em um reflexo, o estímulo reforçador NÃO elicia a resposta que ele reforça. 7.8 Um reforço não elicia uma resposta; simplesmente aumenta PROBABILIDADE de que o animal responda outra vez da mesma forma. 7.9 A comida não será reforçadora, possivelmente, se o animal não estiver PRIVADO DE ALIMENTAÇÃO (fome). 7.10 Se a resposta do animal não for seguida de reforço, é possível que uma resposta semelhante ocorra no futuro com MENOR freqüência. 7.11 Para ter certeza de que o animal irá desempenhar, o treinador fornece freqüentemente REFORÇOS para a resposta. 7.12 Um pombo faminto revira com o bico, nos jardins, as folhas secas ao redor. Esse comportamento é REFORÇADO sempre que o pombo descobre pedacinhos de comida debaixo das folhas. 7.13 O pombo é ocasionalmente reforçado por revirar as folhas por causa da existência freqüente de COMIDA (alimento, reforços) debaixo delas. 7.14 O reforçamento que os treinadores dão aos animais é planejado deliberadamente, enquanto que a comida encontrada nos jardins é CASUAL (acidental, natural). 7.15 O alimento não é reforçador, a menos que o animal esteja PRIVADO dele por algum tempo. 7.16 Reforçar uma resposta aumenta PROBABILIDADE de que a resposta ocorra outras vezes. 7.17 Não se pode observar diretamente a “probabilidade”. Dizemos que a resposta se tornou mais provável se de fato se observa, em condições controladas, que ela ocorre mais FREQUENTEMENTE. 7.18 Quando uma resposta vem sendo reforçada, será emitida MAIS freqüentemente no futuro. 7.19 Para conseguir que um animal emita uma resposta com maior freqüência, nós REFORÇAMOS a resposta. 7.20 Nos trabalhos de laboratório usam-se vários dispositivos para reforçar respostas. O calor pode ser usado para REFORÇAR as respostas de um animal com frio. 7.21 Um alimentador, acionado eletricamente, que forneça comida ao animal pode ser usado para (1)REFORÇAR (2) RESPOSTAS de um organismo privado de alimento. 7.22 Se um organismo que tem frio (ou fome) liga uma chave que acende uma lâmpada de aquecimento (ou aciona o alimentador elétrico), a resposta “ligar a chave” será REFORÇADA . 7.23 A resposta de ligar a lâmpada de aquecimento ou o alimentador automático será emitida mais FREQUENTEMENTE no futuro. 7.24 Num aparelho típico, o “abaixar uma barra” horizontal aciona automaticamente o alimentador. O aparelho seleciona o “baixar a barra” como RESPOSTA a ser reforçada. 7.25 A resposta “abaixar”ou “apertar”a barra deve ser emitida pelo menos uma vez para que possa ser REFORÇADA. 7.26 Como não se pode observar nenhum estimulo eliciador para as respostas como revirar folhas ou abaixar a barra, não podemos dizer que estas respostas sejam ELICIADAS. 7.27 Diz-se que respostas como pressionar (= abaixar) a barra, revirar as folhas, etc. são emitidas em vez de eliciadas, pois NÃO SE PODE (pode-se ou não?) observar os estímulos eliciadores. 7.28 Se o “abaixar a barra” não aciona o alimentador automático a resposta NÃO É reforçada. 7.29 Enquanto o reforçamento torna as respostas mais freqüentes, a falta ou ausência de reforço EXTINGUE a resposta. 7.30 Não se pode observar nenhum (1) ESTIMULO ELICIADOR para a resposta de abaixar a barra, revirar folhas nos jardins, etc. Portanto, as respostas desse tipo (2) NÃO SÃO, (não podem ser) classificadas como comportamento reflexo. FIM DA SÉRIE