Escola de Frankfurt - Instituto Montessori

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Escola de Frankfurt
É o nome dado ao grupo de pensadores
alemães do Instituto de Pesquisa Social de
Frankfurt, fundado na década de 1920.
Sua produção ficou conhecida como teoria
crítica.
Entre seus pensadores destacaram-se
Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter
Benjamin e Herbert Marcuse.
Apesar de grandes diferenças de pensamento
entre esses autores, identificamos neles a
preocupação comum de estudar aspectos
variados da vida social, de modo a compor
uma teoria crítica da sociedade como um
todo.
Os pontos de partida fundamentais de suas
reflexões foram a teoria marxista e a teoria
freudiana.
Concentraram o interesse na análise da
sociedade de massa, termo que busca
caracterizar a sociedade atual, na qual o
avanço tecnológico é colocado a serviço da
reprodução da lógica capitalista, enfatizando o
consumo e a diversão como formas de
garantir o apaziguamento e a diluição dos
problemas sociais.
Walter Benjamin
Tem uma postura otimista no que diz respeito à
indústria cultural e a emancipação política.
Em seu texto “A obra de arte na época de suas
técnicas de reprodução”, ele se mostra
esperançoso com a possibilidade de que a arte, a
partir do desenvolvimento das técnicas de
reprodução (discos, livros, cinema, etc.), torne-se
acessível a todos, tornando-se um instrumento de
emancipação intelectual.
Adorno e Horkheimer
Julgam a arte como instrumento ideológico do
sistema dominante.
Criticam a razão iluminista, que visava a emancipação
dos indivíduos e o progresso social, terminou por
levar a uma crescente dominação das pessoas, em
virtude do desenvolvimento tecnológico-industrial.
Horkheimer acreditava que o problema estava na
própria razão instrumenta, que buscava sempre a
dominação, tanto da natureza quanto do próprio
ser humano.
Indústria cultural – designa a indústria da
diversão de massa,veiculada pela televisão,
cinema, rádio, revistas, jornais, músicas,
propagandas, etc.
Através da indústria cultural e da diversão se
obteria a homogeneização dos
comportamentos e a massificação das pessoas.
O pensamento pós-moderno
No campo da filosofia, o termo pós-moderno tem
sido aplicado a um grupo de intelectuais que
apresenta como ponto comum a crítica ao projeto
da modernidade, entendido como o projeto de
emancipação humano-social por meio do
desenvolvimento da razão.
Essa corrente de pensadores identifica o fenômeno da
assimilação dos indivíduos aos sistema, isto é, ao
capitalismo, e a narcotização das consciências por
intermédio da indústria cultural, o que alcança
todos os setores da vida social.
Nos anos 1950 e 1960, alguns teóricos já não
identificavam no movimento da História, da Ciência,
da Arte e da Filosofia os mesmos aspectos que
haviam erigido a Modernidade. Para esses teóricos,
passava a existir uma nova etapa do capitalismo,
não mais industrial, mas pós-industrial, ou seja,
aquele em que predominam o setor de serviços, o
capital financeiro e as redes de informação. Aliada a
essa percepção, havia também uma crítica ao
projeto moderno de emancipação humana e social.
O termo pós-moderno designa o fim do projeto da
modernidade, ou seja, a desesperança
historicamente constatada de que a razão
tecnocientífica favoreça a emancipação humana.
Um traço presente em filósofos pós-modernos é a
debilitação das esperanças, que um di dominaram o
mundo moderno de compreensão e de
transformação conjunta da vida social.
Chegamos a um ponto em que a economia global está
fora do nosso alcance e, os grandes problemas
emancipatórios perderam o sentido que um dia
tiveram para orientar as iniciativas coletivas . Sem
essa perspectiva de uma transformação social
radical, a filosofia pós-moderna passou a analisar os
diversos aspectos da vida social, principalmente
aqueles em que se verifica maior racionalização
rumo ao controle dos indivíduos, denunciando as
formas de opressão que os acompanham em sua
vida cotidiana.
Entre os pensadores pós-modernos mais
significativos estão :
• Michel Foucault
• Jacques Derrida
• Gilles Deleuze
Michel Foucault
Controle e submissão dos corpos para o bom
funcionamento do sistema, no caso, capitalista.
Ele faz um inventário de como, até o século XVIII,
o poder era exercido por meio da força física e da
tortura, e de como essa prática foi abandonada,
dando espaço ao nascimento das prisões como
forma de dar um caráter mais humano às
reparações, o que, na prática, tirou a punição da
vista da sociedade e levou-a para o espaço
fechado dos cárceres e dos porões. É dessa
violência, cometida em nome da lei e da ordem,
portanto legítima, que Foucault faz a genealogia.
O poder se fragmentou em micropoderes e
tornou-se muito mais eficaz.
Analisou micropoderes que se espalham pelas
mais diversas instituições da vida social. Os
poderes exercidos por uma rede imensa de
pessoas que interiorizam e cumprem as
normas estabelecidas pela disciplina social –
os pais, os porteiros, enfermeiros, professores,
alunos...Adotando a microfísica do poder
“onde o poder está em toda parte, não porque
engole tudo e sim porque provém de todos os
lugares”
Jacques Derrida
Critica o desenvolvimento da razão no Ocidente, a
partir do próprio conceito de razão. Para ele, a
filosofia ocidental partilha a ideia de centro, de algo
que unifica e estrutura sua construção teórica.
Deus, ser humano e verdade são exemplos de
noções que organizam o entendimento do mundo.
A isso Derrida denomina de logocentrismo (logos +
centro).
O filósofo chama a atenção para o fato de que cada
um desses centros correspondem uma antítese, o
seu oposto: Deus-diabo; homem-mulher; verdadementira. Essa lógica das oposições que, segundo
ele, teve origem na Grécia, na oposição entre logos
e mito, foi preservada pela filosofia ocidental.
Derrida propõe desconstruir o conceito de logos,
negar sua supremacia em relação ao seu par lógico,
sem o qual o logos não teria sentido. Em sua
interpretação, o pensamento filosófico ocidental
teria atribuído um valor absoluto a um dos
elementos que compõem essa dualidade, criando
assim verdades absolutas. Derrida não só nega essas
verdades, mas também identifica nelas a condição
de construções culturais.
Seria necessária, então, a desconstrução desses
centros da filosofia ocidental, especialmente a
noção de razão e de sujeito. E isso se faria a partir da
análise da linguagem, que ele entende ser a
estrutura essencial da cultura.
Gilles Deleuze
Caracterizou- se por ter um pensamento de
múltiplos interesses.
Considerava empobrecedor filosofar utilizando
apenas o pensamento filosófico.
Apreciava a metalinguagem e o automovimento
do pensamento, e defendia de forma explícita e
recorrente novos horizontes, novas linguagens,
novos discursos e novos métodos.
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