Brasil Colônia – RESUMO Brasil Colônia – parte 1 VAMOS APRENDER: • Período Pré-colonial • Capitanias Hereditárias • Governos Gerais • Economia Exportadora • Sociedade • Trabalho escravo Período Pré-colonial (1500-1530) 1501 – Gaspar de Lemos: explorou o litoral e identificou a geografia. Também observou a existência do pau-brasil; 1503 – Gonçalo Coelho: contornar o Brasil e achar outro caminho para o Oriente; 1516 – Cristóvão Jacques: combater o comércio ilegal de pau-brasil; 1526: Cristóvão Jacques: novamente combater o comércio ilegal de pau-brasil. Período Pré-colonial (1500-1530) Período marcado pela extração do pau-brasil; Pau-Brasil • Fabricação de tintura para tecidos. • Exploração nômade e predatória. •Escambo com índios. •Incursões estrangeiras (ESP e FRA). Período Pré-colonial (1500-1530) Não conduziu à povoação do território, apenas a instalação de algumas feitorias; Estanco: monopólio real; Escambo: as árvores eram cortadas e carregadas pelo indígenas que, em troca, recebiam objetos de pouco valor. Período Colonial (1530-1822) Portugal está em dificuldades financeiras e o comércio com o Oriente estava em declínio; O litoral brasileiro era alvo de constantes ataques promovidos por outros países europeus; O temor de perder o território convenceu os portugueses a ocupá-lo com atividades mais duradouras; Capitanias Hereditárias Buscava a efetiva ocupação do território, mas sem despesas para a Coroa; A solução foi entregar o território para exploração de particulares; O objetivo desses nobres deveria ser ocupar, explorar e defender a sua capitania; Dois documentos regulavam as Capitanias: Carta de doação (concessão dos direitos administrativos) e Foral (relação dos direitos e deveres dos Capitães). Capitanias Hereditárias Direitos dos donatários: • doar sesmarias (distribuir terras aos colonos); • fundar vilas; • cobrar tributos sobre as benfeitorias; • receber a redízima e a vintena (participação em tributos); Deveres dos donatários: • promover a colonização; • defender a capitania; • propagar a fé católica; • garantir dos direitos da Coroa; Capitanias Hereditárias Direitos da Coroa: • tributo do dízimo (1/10 do valor da produção da capitania); • tributo do quinto (1/5 do valor dos metais preciosos); Capitanias Hereditárias Motivos para o uso das Capitanias: • Portugal já havia testado essa forma administração em suas ilhas do Atlântico. • Transferência de despesas para particulares (a Coroa não gastava nada). Motivos para o fracasso das Capitanias: •falta de recursos e de interesse dos donatários + distância excessiva da metrópole + invasões estrangeiras + ataques de indígenas. • EXCEÇÕES: Pernambuco e São Vicente. Governos Gerais Objetivos: • Correção de erros das Capitanias . • Centralização Administrativa. Cargos auxiliares: • Ouvidor-mor (justiça), • Provedor-mor (tesouro – cobrança de impostos), • Capitão-mor (defesa). Governos Gerais Com a chegada de Tomé de Souza, começa os Governos Gerais; Tentativa de estabelecer maior controle da Coroa na Colônia; O Estado português passava a assumir o processo de colonização; O governador decidia sobre impostos e assuntos jurídicos, estando acima dos capitães e das Câmaras Municipais (formada pelos homens bons). Governos Gerais Criação do Conselho Ultramarino para ampliar o controle sobre o império colonial; Tomé de Souza (1549 – 1553): edifica a cidade de Salvador; chegada dos jesuítas e de novos colonos; estabelecimento da Igreja; Duarte da Costa (1553 – 1558): Chegou com mais colonos e mais jesuítas; fundou o colégio de São Paulo; ocupação francesa no Rio de Janeiro (França Antártica); Governos Gerais Mem de Sá (1558 – 1572): instalação das primeiras missões jesuítas; expulsão dos franceses do Rio de Janeiro; fundação da cidade do Rio de Janeiro; Divisão do Brasil em duas zonas administrativas: • Região Norte: com sede em Salvador, sob o controle de Brito Almeida; • Região Sul: com sede no Rio de Janeiro, nas mãos de Antônio Almeida; Nova divisão (1621): • Estado do Maranhão: com sede em São Luis e depois Belém; • Estado do Brasil: com sede em Salvador e depois Rio de Janeiro. Primeiras Invasões As invasões francesas: • Não reconhecimento do Tratado de Tordesilhas • Contrabando e pirataria. • França Antártica (RJ – 1555 – 1567). • Fuga de huguenotes perseguidos. • Capitão Villegaignon (líder francês). • Estácio de Sá – sobrinho de Mem de Sá, responsável pela expulsão dos franceses do RJ, com a ajuda dos índios tamoios e tememinós. Primeiras Invasões França Equinocial (MA 1612 – 1615). • União Ibérica – enfraquecimento de POR. • Empreendimento oficial da coroa francesa. • Fundação de São Luís. • Expulsos por coligação luso-espanhola. • As invasões inglesas: – Ataques de piratas e corsários. – Sobretudo durante a União Ibérica. – Cidades litorâneas (Santos e Recife). Economia Colonização de exploração; Pacto colonial: o Brasil só poderia comerciar com Portugal; Como Portugal não encontrou metais preciosos, a solução foi a atividade agrícola, a cana-de-açúcar; Associação de elementos para configurar a economia brasileira: monocultura, latifúndio, escravidão e exportação primária; Economia: Cana-de-açúcar Motivos para escolher a cana-de-açúcar: • a garantia de mercado para o produto; • o domínio da técnica produtiva do açúcar; • as condições naturais existentes no litoral nordestino, que concentrou a grande atividade açucareira do período; • a escolha do nordeste também ocorreu por ser mais próximo da Europa; Economia: Cana-de-açúcar Problemas iniciais para a implantação da atividade açucareira: • necessidade de um grande investimento inicial; • enfraquecimento da estrutura econômica portuguesa; • expulsão dos judeus, debilitando a economia lusa; A solução: empréstimos holandeses. A Holanda fica responsável pelo transporte, refino e distribuição do produto no mercado europeu. Economia (outras atividades Atividades complementares: • pecuária: sertão nordestino, animais para abate e tração; • tabaco: litoral da Bahia e Alagoas, servindo de moeda de troca por novos escravos (junto com aguardente); • algodão: concentrado na capitania de Itamaracá (atual Pernambuco), servindo de matéria-prima para as roupas dos escravos. Economia Escravidão africana: • valor de mercado, gerava grande circulação de renda, conferindo lucros aos traficantes de escravos e receita ao Estado lusitano; • suas habilidades no manuseio de ferramentas e instrumentos de metais, os tornavam mais facilmente adaptáveis ao modelo agrícola dos europeus. Economia (quadro comparativo) Cana-de-açúcar Pecuária Produção localizada no litoral Produção encontrada no interior Para o mercado externo Uso da mão de obra escrava Para o mercado interno Uso do Trabalho livre Economia Escravidão africana: • valor de mercado, gerava grande circulação de renda, conferindo lucros aos traficantes de escravos e receita ao Estado lusitano; • suas habilidades no manuseio de ferramentas e instrumentos de metais, os tornavam mais facilmente adaptáveis ao modelo agrícola dos europeus. Sociedade A mão-de-obra principal eram os escravos, que estavam substituindo a escravidão indígena (característica do período anterior); Existiam alguns trabalhadores livres, desempenhando funções de vigilância e serviços especializados; O Senhor de escravos era a autoridade do engenho; Obra de Debret Sociedade A vida dos escravos: • vida útil em torno de 7 ou 10 anos; • severamente agredidos e trabalhavam até a exaustão; • “banzo” - saudade da vida na África; • buscavam formas de resistência, como as fugas, os suicídios, homicídios, abortos e organização de comunidades, os quilombos.