Revisão Anual 2016

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Revisão de conteúdos
Primeiro ano -- Filosofia
1º Trimestre
• Conteúdos
– 1. O nascimento da filosofia
– 2. Os filósofos pré-socráticos
1. O nascimento da filosofia
• Physis  natureza; objeto de estudo dos
primeiros filósofos;
• Movimento  mudança; os primeiros filósofos
buscaram compreender o movimento da physis;
• Causalidade  modo de explicação filosóficocientífico que não recorre ao sobrenatural;
• Arkhé
– Resolve o problema do caráter regressivo da
causalidade; é a “causa primeira” ou ainda a “causa
incausada”;
– Princípio (essência) de tudo o que existe; é o que há
de igual (comum) nas múltiplas coisas e seres
diferentes;
• Logos  Razão; para os primeiros filósofos a
realidade possui um logos, ou seja, está
organizada racionalmente e nós podemos
entende-la, porque, diferentemente dos
outros seres, também possuímos logos;
• Caráter crítico  As teorias filosóficas podem
ser criticadas, reformuladas (não são
dogmáticas).
Exercícios
• P1 06 pontos
– Dissertativas 01-b; 02 – a, b;
• P1 12 pontos
– Dissertativa 04
– Objetiva 01
2. Os filósofos pré-socráticos
• Primeiros filósofos = primeiros filósofos présocráticos;
• Estavam preocupados com o problema do
movimento e da origem de todas as coisas;
• Cada filósofo ofereceu um significado
diferente para o conceito de arkhé – vide livro
capítulo 1.
Heráclito
Parmênides
O que há de comum nas diferentes
coisas é que elas mudam. Tudo
muda.
Tudo aquilo que temos acesso
através dos sentidos é falso.
O Fogo primordial é a arkhé, pois
expressa a mutabilidade suprema.
A mudança é falsa pois é
contraditória. Ela diz que o “ser é” e
ao mesmo tempo que o “ser não é”.
Como, para Parmênides, só o “ser é“,
o ser é a arkhé. O ser só é acessado
pela razão.
O não-ser é associado à mudança e,
portanto, aos sentidos. Mudar é não
ser aquilo que era, nem o que será.
Exercícios
• Compare os seguintes excertos:
– “O ser é e o não-ser não é” (Parmênides) com
“Descemos e não descemos os mesmos rios; somos e
não somos” ( Heráclito).
• P1 06 pontos
– Objetiva 03
• P1 12 pontos
– Objetivas 04, 05
2º Trimestre
• Conteúdo
– 1. Democracia direta e sofística
– 2. Sócrates
– 3. Platão
– 4. Metafísica de Aristóteles
– 5. Lógica de Aristóteles
1. Democracia direta e sofística
• A virada humanista da filosofia;
• Democracia direta e discurso racional;
• Sofistas e a arte da persuasão
(convencimento);
• Protágoras: “O homem é a medida de todas as
coisas” – relativismo;
• Górgias: “O ser não existe” – ceticismo;
• A crítica dos filósofos aos sofistas.
Exercícios
• P2 06 pontos
– Discursiva 01-b
– Objetivas 02; 03; 04
• P2 12 pontos
• Objetiva 01
• Livro p. 39
• Questões 2 e 3
• Livro p. 48
• Questões 2 e 3
2. Sócrates
• “Só sei que nada sei”: o homem verdadeiramente sábio é
aquele que admite a sua ignorância, pois reconhece que o que julga
conhecer não passa de opinião;
• “Conhece-te a ti mesmo”: conhecer-se a si mesmo
significa se afastar da opinião e se aproximar do caminho da
verdade, ainda que não seja possível conhecê-la plenamente;
• O método socrático
– Ironia: fingir que acredita no opositor para fazê-lo cair em
contradição;
– Maêutica: fazer parir ideias que se afastam dos “exemplos” e
se aproximam da essência, daquilo que a coisa verdadeiramente
é.
Exercícios
• P2 06 pontos
– Discursiva 02, 03
• P2 12 pontos
• Objetiva 03
• Livro p. 48
– Questão 05
3. Platão
• Para Platão existem, literalmente, dois
mundos
– O mundo das ideias
– O mundo sensível
• O mundo das ideias é composto pelas ideias gerais das
coisas que existem no mundo sensível; ele é a causa
das coisas do mundo sensível.
• O mundo sensível é composto por uma multiplicidade
de cópias/sombras de cada uma das ideias gerais; são
sombras da verdade.
Aspectos gerais
• O mundo das ideias é a causa, a origem do mundo
sensível. Daí ao mundo sensível ser uma cópia, sombra
do mundo das ideias.
• Para Platão, portanto, a ideia tem uma existência
independente do ser humano que a pensa.
• O sol representa a ideia do Bem.
• No mundo das ideias, as ideias estão dispostas
hierarquicamente, quanto mais gerais, mais superiores.
• A ideia superior a todas, e portanto a mais geral e
causa de todas as outras é a ideia do Bem. O filósofo a
chama de Sumo Bem.
Exercícios
• P2 12 pontos
– Discursiva 02
• P3 16 pontos
– Objetiva 01
• Livro p. 61
– Questão 5
3º Trimestre
• Conteúdos:
– 1. Escolas Helenistas
– 2. Filosofia Cristã
– 3. Santo Agostinho
1. Escolas Helenistas
• Diferentemente de filósofos como Platão e
Aristóteles, não construíram grande sistemas de
pensamento;
• Tinham a felicidade como preocupação central;
• Cada escola propunha um modo de vida que
julgava adequado para atingir a felicidade;
• Dada a destruição da pólis caraterística a esse
período o cidadão se transforma no homem
cosmopolita e o filósofo de homem atuante
politicamente, torna-se o sábio apartado do
mundo.
• 1. Epicurismo
As escolas
– Felicidade como moderação e escolha dos prazeres;
– Conceito importante: hedonismo (louvor aos prazeres) e ataraxia
(imperturbabilidade da alma).
• 2. Estoicismo
– Felicidade como negação de todos os prazeres e vida conforme a
razão;
– Conceito importante: apatia (ausencia de paixões) e autarquia
(governo de si próprio);
• 3. Cinismo
– Felicidade como abandono e desprezo radical a todos os costumes e
regras sociais;
– Ideia central: viver como um cão, do modo mais natural possível,
desapegado de todos os bens materiais e normas sociais.
• 4. Ceticismo
– Felicidade como abandono da pretensão de falar ou possuir a verdade;
– Conceito importante: epokhé (suspensão do julgamento)
Exercícios
• P3 8 pontos
– Discursiva 02
– Objetiva 04
• P3 16 pontos
– Discursiva 01
• Livro p. 84
– “Para pensar”
2. Filosofia cristã
• Marcada pelo conflito entre razão e fé;
– Razão  até então cabia a ela construir sozinha todo
o edifício do saber filosófico;
– Fé  trouxe consigo a ideia de verdade revelada para
o pensamento filosófico;
• Papel da racionalidade na filosofia cristã:
– Fundamentar e esclarecer os dogmas (verdades
incontestáveis adquiridas por meio da revelação ou
pela encarnação de Deus na figura humana, Cristo);
– Os resultados da investigação racional teriam de
coincidir com o da verdade revelada.
Primeira fase da filosofia cristã
• Patrística
– Marcada pelo esforço de fundamentar
racionalmente a fé e atrair novos os pagãos e
hereges para a conversão ao cristianismo;
– Em geral, consideravam que os filósofos gregos
haviam chegado, por meio da razão, o mais
próximo possível da verdade, mas se não a haviam
atingido é porque lhes faltava justamente a
verdade revelada.
Exercícios
• P3 8 pontos
– Discursiva 03
• Livro p. 107
– “Leitura complementar”
3. Santo Agostinho
• Ideias centrais
– Prova da existência de Deus
– O livre arbítrio
– O problema do mal
A prova racional da existência de Deus
• Santo Agostinho utilizou argumentos racionais para provar
a existência de Deus, posto que sendo a razão aquilo que
distingue os homens dos animais, ela tem de servir de
instrumento para o propósito mais elevado, que é conhecer
Deus.
• Na elaboração deste argumento, o ponto de partida é que
se há algo mais elevado que a razão humana, esse algo é
Deus.
• As etapas do argumento:
– A hierarquia entre os seres mundanos: seres inorgânicos < seres
orgânicos (vegetais < animais) < ser humano;
– A razão é aquilo que há de mais elevado no homem e, portanto,
é o que lhe coloca acima dos animais;
– A razão pode formular ideias falsas ou verdadeiras, mas sempre
almeja a verdade; a verdade é, portanto, aquilo que há de mais
elevado do que a razão e, assim, ou Deus é a verdade ou é o
criador da verdade.
O Livre-arbítrio
• Para Santo Agostinho, somos seres superiores a
todos os demais não apenas por possuirmos
razão, mas também vontade livre, o livre-arbítrio;
• Ao nos criar à sua imagem e semelhança, Deus
nos deu a liberdade de escolha, pois não queria
escravos;
• Somente, o homem que escolhe livremente o
caminho de Deus, pode ser considerado um
homem bom.
O Problema do mal
• Para Santo Agostinho, o problema do mal, coloca-nos
diante do seguinte paradoxo:
– Como um Deus imensamente bom, criador de tudo o que existe
e conhecedor de todos os desígnios humanos poderia criar o ser
humano sabendo que ele iria pecar? A bondade de Deus seria a
causa da existência da maldade?
• O filósofo distingue três tipos de mal:
– Mal metafísico;
– Mal moral;
– Mal físico.
• Mal metafísico
– Para Santo Agostinho, o mal não existe como uma “força”, assim
como o bem, que é Deus, existe. Contra os maquieístas, para
Santo Agostinho, o mal não é uma substância é a ausência do
bem.
• Mal moral
– Embora o mal não exista enquanto uma força, de modo
independente das ações humanas, o homem pratica o mal.
Como isso se dá? Para Santo Agostinho, quando o homem
utiliza a sua liberdade de escolha para se afastar do Bem, de
Deus,, ele peca. Pecar ou cometer o mal moral aproxima o
homem cada vez mais do não-ser, daquilo que ele não é.
• Mal físico
– Como consequencia do pecado original (primeiro mal moral,
cometido por Adão e Eva), passamos a sofrer de doenças, dores,
envelhecimento e morte.
Exercícios
• P3 16 pontos
– Discursivas 02; 03 a-b
– Objetiva 08
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