Atenção: Recomendamos o material a seguir apenas com o objetivo de divulgar materiais de qualidade e que estejam disponíveis gratuitamente. Profª. Drª. Jani Cleria Bezerra, Ph.D. Medicina do Esporte e Saúde Pública CREF: 5948 G/RJ O presente arquivo é uma coletânea de figuras e textos extraídos de livros, artigos e sites que integram a bibliografia da disciplina. Profº. Drª. Jani Cleria Bezerra, Ph.D. – CREF 5948 G/RJ Este arquivo está disponível em: http://www.janicleria.com.br AS IDADES DO HOMEM DO BERÇO À SEPULTURA 50 40 30 20 10 60 70 80 90 ENVELHECIMENTO PRIMÁRIO ENVELHECIMENTO SECUNDÁRIO ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO SENESCÊNCIA PROCESSOS DE ENVELHECIMENTO É universal e progressivo, consiste no processo natural de envelhecimento ou no conjunto de fenômenos associados a esse processo, sendo influenciado por múltiplos fatores como educação, estilo de vida, estresse, alimentação e exercícios físicos. SILVA, 2009, p. 26 ENVELHECIMENTO PATOLÓGICO SENILIDADE PROCESSO DE ENVELHECER É o que acarreta danos a saúde associados com o tempo, causados por doenças ou maus hábitos de vida, são as chamadas doenças crônicodegenerativas: osteoartrose, osteoporose, doenças cardiovasculares, demências, cânceres e outras patologias. SILVA, 2009, p. 26 O envelhecimento não inicia, subitamente, aos 60 anos, mas consiste no acúmulo e interações de processos sociais, médicos e de comportamento durante toda a vida. SILVA, 2009, p. 23 Biológica Cognitiva Social Funcional Econômica Cronológica SILVA, 2009, p. 23 O envelhecimento se inicia no momento em se nasce. A velhice varia de acordo com o momento histórico e cultural. O indivíduo entra na velhice quando se aposenta, deixa de ser produtivo para a sociedade. Diz-se que alguém está envelhecendo quando suas faculdades cognitivas começam a falhar, apresentando problemas de memória, atenção, orientação e concentração. Quando o indivíduo perde a sua independência e precisa de ajuda para desempenhar as suas atividades básicas da vida diária. Quando o indivíduo completa 60 ou 65 anos. TEORIAS ESTOCÁSTICAS TEORIAS SISTÊMICAS Os efeitos postulados por cada uma das teorias (intracelulares e intercelulares) ocorrem acidentalmente, de forma aleatória. Baseada na idéia de que danos moleculares que ocorrem ao acaso provocariam a deterioração encontrada no envelhecimento. Resultado das cascatas de retroalimentação hierárquicas. Eventos sequenciais e coordenados que constituem o desenvolvimento dos organismos. Envolve participação genética e ambiental. Nenhuma das teorias explica tudo sobre o envelhecimento e nenhuma delas pode ser rigorosamente descartada. TEORIA DO USO E DESGASTE TEORIA DAS PROTEÍNAS ALTERADAS TEORIA DAS MUTAÇÕES SOMÁTICAS TEORIA DO ERRO CATASTRÓFICO TEORIA DAS DESDIFERENCIAÇÃO CELULAR TEORIA DO DANO OXIDATIVO E DOS RADICAIS LIVRES TEORIA DO ACÚMULO DE DETRITOS TEORIA DAS MUDANÇAS PÓS-TRADUÇÃO EM PROTEÍNAS O acúmulo de agressões ambientais no dia-a-dia levaria ao decréscimo gradual da eficiência do organismo, e por fim, à morte. “Uma fratura pode sarar, mas o osso não voltará a ser tão resistente quanto antes”. Estabelece que mudanças ocorrem em moléculas proteicas após a tradução, e que são dependentes do tempo, provocariam alterações conformacionais e mudariam a atividade enzimática, comprometendo a eficiência da célula. “Modificações oxidativas seriam um conceito unificador que permitiria comprometer as alterações proteicas durante o envelhecimento”. O acúmulo de mutações somáticas ao longo da vida alteraria a informação genética e reduziria a eficiência da célula até um nível incompatível com a vida. “Cromossomos de idosos parecem ser mais frágeis do que os de humanos jovens” Processos incorretos de transcrição e/ou tradução de ácidos nucleicos reduziriam a eficência celular. Erro incide sobre outras moléculas que não o DNA. “A capacidade da célula de produzir seu conjunto normal de proteínas funcionais depende não apenas da correta especificação genética, mas da fidelidade do sistema de síntese proteica”. O envelhecimento normal resultaria no fato das células se desviarem de seu estado de diferenciação. “Mecanismos errôneos de ativação e repressão gênica fariam a célula sintetizar proteínas desnecessárias, reduzindo a eficiência celular”. Longevidade inversamente proporcional à extensão do dano oxidativo e diretamente proporcional à atividade das defesas antioxidantes. “O dano ‘em rede’ seria o resultado de diversas variáveis, como o tipo de radical presente, sua taxa de produção, a integridade estrutural das células e a atividade dos diferentes sistemas”. pigmento catanhoamarelado que se acumula nos neurônios e células cardíacas. Acúmulo intracelular de produtos do metabolismo que não podem ser destruídos ou eliminados. Lipofuccina “Produtos não-excretáveis teriam ação tóxica nas atividades celulares, provocando o declínio de suas funções”. Mudanças em macromoléculas importantes (colágeno e elastina) comprometeriam as funções dos tecidos e reduziriam a eficiência celular. “Já que um terço do conteúdo total de proteínas de um mamífero é composto por colágeno, mudanças nessas moléculas tem repercussão nos aspectos morfológicos e fisiológicos do organismo”. TEORIA METABÓLICA TEORIAS GENÉTICAS TEORIA DA APOPTOSE CELULAR TEORIA DA FAGOCITOSE TEORIAS NEUROENDÓCRINAS TEORIAS IMUNOLÓGICAS Taxa metabólica inversamente proporcional ao peso do corpo. Alterações da taxa metabólica induzidas por temperatura ou dieta produziriam mudanças correspondentes na longevidade. Taxa metabólica declina com a idade. TEORIA DA TAXA DE VIDA TEORIA DO DANO MITOCONDRIAL Relação inversa entre quantidade de calorias consumidas e duração máxima de vida. Metabolismo Consumo de calorias Longevidade Danos cumulativos do oxigênio sobre a mitocôndria levariam ao declínio no desempenho fisiológico das células. “A produção de energia seria comprometida devido à lesão das estruturas da membrana mitocondrial pelo dano oxidativo”. Mudanças na expressão gênica causariam modificações senescentes nas células. Mecanismos básicos: enzimas de defesa antioxidante, sistemas de controle da síntese proteica e mudanças na expressão gênica induzidas pela restrição calórica. Avaliação experimental complexa. Morte celular programada induzida por sinais extracelulares. Os sinais parecem dirigir-se a um gene ou conjunto de genes. A falha em reprimir ou em induzir apoptose parece ser responsável por diversas doenças. Células senescentes apresentariam proteínas de membrana típicas, que as identificariam e as marcariam como alvo, para destruição por outras células como os macrófagos. A falência progressiva de células com funções integradoras específicas levaria ao colapso da homeostasia corporal, à senescência e à morte. Eixo hipotalâmico-hipofisário e sistema límbico. Regulação genética. Redução quantitativa e qualitativa de linfócitos (resposta imune) pode ser devida à involução e envelhecimento do timo. Maior incidência de doenças infecciosas e neoplásicas associadas às alterações da imunidade. Toda vez que a célula se duplica ela também duplica os cromossomas. Este processo, como já mencionado, encurta os telômeros das células, portanto, teoricamente pode-se definir com exatidão a expectativa de vida de um ser vivo analisando quantos telômeros ainda restam em suas células, ou seja, quantas vezes as células ainda poderão se duplicar antes de o indivíduo morrer. Ao fim de cerca de 50 divisões Telômeros muito curtos Cromossomas desprotegidos A Célula não se pode dividir mais sem erros Nenhuma das teorias, sozinha, consegue explicar todos os passos deste complexo processo que é o envelhecer. Em cada uma delas encontramos “pedaços” da “verdade” biológica do envelhecer. A busca pela explicação do processo de envelhecimento não acaba, pois o desejo da eternidade move os homens desde a antiguidade e nunca vai parar.