BIOLOGIA 1. APRESENTAÇÃO É objeto de estudo da Biologia o fenômeno VIDA em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de organismo no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais componentes do seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas às transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo transformadas e transformadoras do ambiente (PARANÁ, 2008, p. 38). Desde o paleolítico o ser humano, caçador e coletor, as observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em explorar a natureza (PARANÁ, 2008, p. 38). A história da ciência revela tentativas em definir a VIDA com origem na antiguidade. As ideias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o filósofo Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.) (PARANÁ, 2008, p. 38). Posteriormente, com Carl Von Linné (1707-1778) os seres vivos foram organizados a partir de características que consideravam sua estrutura, anatomia e comportamento. Esse sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia pela comparação das espécies e refletiu a atitude contemplativa e interessada em retratar a beleza natural por meio do método da observação e descrição, caracterizando, assim, o pensamento biológico descritivo (PARANÁ, 2008, p. 40). A partir de mudanças no mundo filosófico, Willian Harvey (1578-1657) propôs um novo modelo referente à circulação do sangue. Este modelo veio a construir-se como pensamento biológico mecanicista (DELIZOICOV, 2006, p. 282 apud PARANÁ, 2008, p. 41). Segundo esse pensamento Entender o funcionamento da VIDA a partir do pensamento mecanicista, a Biologia fracionou os organismos vivos em partes cada vez mais especializadas e menores, buscando compreender as relações de causa e efeito no funcionamento de cada uma delas (PARANÁ, 2008, p. 41). O surgimento de evidências referentes a extinção das espécies conferiram, ao pensamento científico europeu proposições para a teoria da evolução confrontando as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admitia a evolução biológica, cada vez mais foi confrontada (PARANÁ, 2008, p. 41). Charles Darwin buscou consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio de seleção natural ou favorecidas na luta pela vida, utilizando as seguintes evidências evolutivas: registro de fósseis, distribuição geográfica das espécies, anatomia e embriologia comparadas e modificação de organismos domesticados (FUTUYMA, 1993, p. 06 apud PARANÁ, 2008, p. 42). Em 1865, Mendel apresenta sua pesquisa referente a transmissão de características entre os seres vivos. No século XX, uma nova geração de geneticistas confirma os trabalhos de Mendel contribuindo para construção de modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético, sob influência do pensamento biológico evolutivo (PARANÁ, 2008, p. 43). Na década de 1970, a discussão acerca do progresso da ciência ocorreu por meio do pensamento biológico da manipulação genética (PARANÁ, 2008, p. 44). O avanço da Biologia é determinado pelas necessidades materiais do ser humano que busca o seu desenvolvimento em cada momento histórico (PARANÁ, 2008, p. 50). No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de Biologia busca formar sujeitos críticos, reflexivos e atuantes a partir de conteúdos que ampliem o entendimento dos estudantes acerca do objeto de estudo, o fenômeno VIDA (PARANÁ, 2008, p. 52 e 54). Para a aproximação social dos conteúdos, cabe um repensar sobre os diferentes sujeitos envolvidos no processo ensino aprendizagem e nos papéis da escola, do professor e do aluno. 2. OBJETIVOS Relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento, priorizando o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos e, propiciando reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos a partir de questões emergentes (PARANÁ, 2008, p. 56). Estudar os seres vivos – vírus, bactérias, protozoários, fungos, animais e vegetais – compreendendo a VIDA como manifestações de sistemas organizados e integrados, em permanente interação com o ambiente físico-químico considerando além dos aspectos classificatórios, conceitos científicos atuais, tais como: avanços da Biologia no campo celular, funcionamento dos órgãos e dos sistemas, nas abordagens genética, evolutiva, ecológica e da biologia molecular (PARANÁ, 2008, p. 57). Analisar o funcionamento dos sistemas que constituem os seres vivos (como por exemplo: locomoção, digestão e respiração) nos diferentes níveis de organização destes seres – do celular ao sistêmico – considerando a visão evolutiva (PARANÁ, 2008, p. 58). Abordar a biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos que envolvem a variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos sofrem transformações (PARANÁ, 2008, p. 59). Conhecer os avanços da Biologia Molecular, as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética possibilitando compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica (PARANÁ, 2008, p. 60). 3. CONTEÚDOS Conteúdos Estruturantes - Organização dos Seres Vivos - Mecanismos Biológicos - Biodiversidade - Manipulação Genética Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem dos conteúdos ocorrerá integrando os quatro conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos, por exemplo, como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, será, também, discutido o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos (PARANÁ, 2008, p. 74). 1° Ano Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Classificação dos Seres - Características dos seres vivos: organização celular, Vivos: critérios desenvolvimento, crescimento, reprodução e evolução. taxonômicos e filogenéticos - A evolução molecular e o surgimento da vida Mecanismos celulares - Química da célula; biofísicos e bioquímicos - Estrutura celular: membranas, citoplasma e núcleo. - Tipos celulares e sua morfologia - Divisão celular - Metabolismo celular Sistemas biológicos: - A diferenciação celular e a caracterização dos tecidos anatomia, morfologia e - Classificação dos tecidos fisiologia Mecanismos de desenvolvimento embriológico - Embriologia animal 2 ° Ano Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Classificação dos Seres - Biodiversidade e classificação dos seres vivos Vivos: critérios - Regras de Classificação Taxonômica taxonômicos e - Classificação Botânica e Zoológica filogenéticos - Princípios da classificação Filogenética - Organismos acelulares: os Vírus Sistemas biológicos: - Reino Monera: características e organização morfológica das anatomia, morfologia e arqueobactérias e eubactérias. fisiologia - Reino Protista: características e organização morfológica de organismos unicelulares e pluricelulares. - Reino Fungi: características e organização anatomomorfofisiológica dos fungos e liquens. - Reino Animal: anatomomorfofisiológica características dos grupos e de organização invertebrados e vertebrados. - Fisiologia: processos metabólicos dos seres humanos. - Reino Vegetal: características e organização anatomomorfofisiológica dos grupos vegetais. 3 ° Ano Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Transmissão das - Os trabalhos de Mendel: 1ª, 2ª lei características hereditárias - Conceitos fundamentais da genética - Lei de Morgan ou Linkage - Polialelia - Herança ligada ao sexo - Interação gênica e herança qualitativa Poligenia - Anomalias na espécie humana Organismos Geneticamente - Biotecnologias Modificados - Nanotecnologias Teorias Evolutivas - Princípios da Evolução da vida - Os impactos das idéias filosóficas e sociológicas para as teorias evolutivas - Herança dos caracteres adquiridos - Teoria da Seleção Natural (Darwin-Wallace) - Teoria Sintética da Evolução - As causas genéticas da evolução: mutações gênicas e cromossômicas. - Recombinação e deriva genética. - Formação de novas espécies - Genética populacional: teorema de Hardy-Weinberg - A origem da espécie humana Dinâmica dos ecossistemas: - Populações e comunidades relação entre os seres vivos - Ecossistemas e interdependência com o - Ciclos Biogeoquímicos ambiente - Interações biológicas na comunidade - Biomas terrestres e aquáticos - O ser humano no ambiente e o impacto na biosfera. 4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Na disciplina de Biologia, busca-se a compreensão do fenômeno VIDA e sua complexidade de relações, a partir da analise de uma ciência em transformação, com caráter provisório que permite reavaliação de seus resultados e repensar, mudar conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural (PARANÁ, 2008, p. 61). Ao contemplar o processo de construção do pensamento biológico presente na história da ciência, é possível reconhecê-la como construção humana, como luta de idéias, solução de problemas e proposição de novos modelos interpretativos, sem enfatizar apenas seus resultados (PARANÁ, 2008, p. 63). Ao considerar o embate entre as diferentes concepções teóricas propostas para a compreensão de um fato científico ao longo da história, podendo dificultar a consolidação de novas concepções, torna-se importante conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as ideias primeiras dos alunos, que também podem constituir obstáculos a aprendizagem dos conceitos científicos (PARANÁ, 2008, p. 63). Nas aulas de Biologia, pretende-se favorecer o debate em sala de aula, como recurso para diagnosticar as ideias primeiras dos estudantes e oportunizar a formação de um sujeito investigativo, interessado, que busca conhecer e compreender a realidade (PARANÁ, 2008, p. 63). Para essa finalidade, pretende-se que o ensino dos conteúdos biológicos contemple o seguinte processo pedagógico: - prática social: ponto de partida, cujo objetivo é perceber, dar significado às concepções alternativas do aluno; - problematização: momento para detectar as questões que precisam ser resolvidas na prática social, e quais conhecimentos são necessários para solução destas questões; - instrumentalização: apresentação de conteúdos sistematizados a fim de que os alunos os utilizem para a construção pessoal e profissional; - catarse: fase que aproxima o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em questão; - retorno à prática social: apropriação do saber concreto para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade mais igualitária (Saviani, 1997 e Gasparin, 2002 apud PARANÁ, 2008, p. 63 e 64). Busca-se que a aula dialogada, a leitura, a escrita, a atividade experimental, o estudo do meio, os jogos didáticos, vídeos, textos, imagens possibilitem a participação dos alunos, seus posicionamentos, percepções, significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que esse processo acarreta o encontro e o confronto dos diferentes conhecimentos que circulam na sala de aula (PARANÁ, 2008, p. 66). Para o ensino dos conteúdos biológicos serão utilizados os seguintes recursos tecnológicos: sala de informática, laboratório de biologia, TV multimídia, microscópio, estereomicroscópio, entre outros. Os contemplados desafios nos educacionais conteúdos da contemporâneos disciplina de estão Biologia de sendo forma contextualizada abordados em sua totalidade, sendo eles: Educação Ambiental (Lei n 9.795/99), Educação Fiscal (Portaria 413/2002); Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento a Violência na Escola; Educação para as Relações Étnico Raciais; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Escolar Indígena; Gênero e Diversidade Sexual e Diversidade Educacional (Inclusão Educacional, Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei n 10.639/03), Educação Indígena (Lei n. 11.645), Educação do Campo (DCE do Campo), História do Paraná (Lei n.13.381/01). 5. AVALIAÇÃO A avaliação é considerada um elemento indispensável da prática pedagógica, podendo assumir um caráter diagnóstica e cumulativa. A função diagnóstica, busca caracterizar a avaliação como um instrumento capaz de indicar aos docentes os interesses, necessidades, conhecimentos ou capacidades dos alunos com a finalidade de mapear quais objetivos foram alcançados ou não e, principalmente localizar as dificuldades dos alunos para auxiliá-los na descoberta de outros caminhos que lhes permitam avançar no conhecimento científico. É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo, a avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino aprendizagem (PARANÁ, 2008, p. 69). Compreender a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos (PARANÁ, 2008, p. 69). Os instrumentos de avaliação utilizados na disciplina de Biologia compreendem seminários, relatórios de atividades experimentais, confecção de modelos didáticos, pesquisas, debates, produção de textos argumentativos, apresentação oral, provas, entre outros. A recuperação paralela no Colégio Estadual Duque de Caxias é um dos meios de apropriação dos conhecimentos utilizando instrumentos de avaliação diversificados sobre o conteúdo em que foi trabalhado e o mesmo não foi contemplado de maneira significativa. Assim, sempre que necessário serão retomadas as avaliações e conteúdos, propondo novas discussões e atividades. De acordo com PARANÁ (2008, p. 74) os conteúdos biológicos ensinados terão os seguintes critérios de avaliação: 1º Ano Classificar os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada); • Identificar a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas; • Reconhecer a importância e identificar os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; • Compreender os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; • Comparar e estabelecer diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos sistemas biológicos (histologia); • Conhecer as etapas do desenvolvimento embrionário; 2º Ano • Identificar e comparar as características dos diferentes grupos de seres vivos; • Reconhecer e compreender a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos; • Estabelecer relações entre as características específicas dos microorganismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus; • Compreender a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso); 3º Ano • Reconhecer e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies; • Reconhecer a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos; • Compreender o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos; • Identificar os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes; • Compreender a importância e valorizar a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas; • Reconhecer as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem; • Identificar algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização; • Compreender a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais; • Relacionar os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica; • Analisar e discutir interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética. 6. 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