Apresentação do PowerPoint

Propaganda
Experiência no Tratamento Clínico
da Endometriose por Via Vaginal
Dr. Paulo Ricardo Rossi Sityá
Professor da Faculdade de Medicina da ULBRA
Coordenador da Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia ULBRA-Mãe de Deus
Especialista Qualificado em Vídeocirurgia Ginecológica pela SOBRACIL e FEBRASGO
Mestre em Ciências Médicas pela UFRGS
QUALIDADE DE VIDA E ENDOMETRIOSE
VITALIDADE
LAZER
TRABALHO
Infertilidade
EMOCIONAL
FÍSICO
Dor pélvica
SOCIAL
CONJUGAL
ENDOMETRIOSE -
TRATAMENTO
Idade
da
Desejo
paciente
de
gravidez
Severidade
dos
sintomas
Fatores
Resposta ao
tratamento
anterior
CONSENTIMENTO
INFORMADO
Estadiamento
da
doença
ENDOMETRIOSE PROFUNDA INTESTINAL
 O tratamento da endometriose profunda intestinal, requer uma abordagem cirúrgica
para ressecção de todas as lesões , conduzida por uma equipe especializada.
 Em algumas situações, explicados os riscos e benefícios da cirurgia, a paciente opta
pelo tratamento clinico. Nesta situação, tenho recomendado o tratamento com
Gestrinona em Pentravan via vaginal por 3 – 6 meses, com excelentes resultados.
ENDOMETRIOSE PROFUNDA INTESTINAL
CASO 1
A P, 34 ANOS BRANCA, CASADA, PROFESSORA, NATURAL E PROCEDENTE DE PORTO ALEGRE-RS
Queixa de dor pélvica de forte intensidade, disquezia durante o período menstrual e dispareunia profunda
há 7 meses, com piora nos últimos 2 meses. Antecedentes Gineco/Obstétricos: IG IC. Método
anticoncepcional: condom. Ao exame: dor e nodulação em fórnix vaginal posterior . Útero fixo na pelve.
Solicitados exames laboratoriais e ressonância magnética da pelve .
RMPelve (15/02/2016):
Endometriose profunda retrocervical e junto ao fórnix vaginal
posterior, invadindo a parede do retossigmóide, numa
extensão de 2,0cm e ocupando em torno de 20% da
circunferência da alça. Esta lesão dista 9,5cm da borda anal.
Outra lesão ao nivel do sigmóide invadindo a parede da alça
numa extensão de 3,5cm e ocupando mais de 50% da
circunferência da alça.
Paciente optou por não realizar procedimento cirúrgico. Indicamos o uso de Gestrinona via vaginal (5mg)
em Pentravan durante 3 meses e reavaliar através de Ressonância Magnética da Pelve.
CASO 1 - Ressonância Magnética (08/06/2016)
Endometriose profunda
retrocervical
e junto ao fórnix
vaginal posterior, invadindo a
parede do retossigmóide, numa
extensão de 1,7cm e ocupando em
torno de 20% da circunferência da
alça. Esta lesão dista 9,5cm da
borda anal. Lesão ao nivel do
sigmóide invadindo a parede da
alça numa extensão de 2,7cm e
ocupando menos de 50% da
circunferência da alça.
ENDOMETRIOSE PROFUNDA INTESTINAL - CASO 1
Antes da gestrinona
DOR PÉLVICA(EVA)
DISPAREUNIA PROFUNDA
9
PRESENTE
Após 3 meses com Gestrinona Via
Vaginal em Pentravan
3
AUSENTE
DISQUEZIA DURANTE
PERIODO MENSTRUAL
PRESENTE
AUSENTE
83 x 49 x 38mm
EE 7mm
OD 26 X 18mm
OE 24 X 17mm
ENDOMETRIOMAS
11mm e 9mm
Espessamento de ligamento US E (18mm
x 11mm)
72 X 50 X 40mm
EE 4 mm
OD 17 x 14mm
OE 21 x 11mm
ENDOMETRIOMAS
6mm e 5mm
Espessamento de ligamento US E
(17mm x 10mm)
ÚTERO
OVÁRIOS
LESÃO PERITONIAL
LESÃO INTESTINAL
SIGMÓIDE/RETO
(Ressonância Magnética)
Lesão de 35mm comprometendo mais
de 50% da circunferência e distando
9,5cm da borda anal
Lesão de 27mm comprometendo menos
de 50% da circunferência e distando
9,5cm da borda anal
ENDOMETRIOSE PROFUNDA INTESTINAL - CASO 2
IMAGENS
VNP , 22 anos, branca, solteira, natural e procedente de Uruguaiana –RS
Dismenorréia intensa, dispareunia profunda e sangramento uterino anormal
Pré-Gestrinona
Pós- Gestrinona
ENDOMETRIOSE PROFUNDA INTESTINAL - CASO 3
IMAGENS
EOS, 34 anos, branca casada, natural de Santana do Livramento e procedente de Canoas-RS
Dor pélvica intensa, dismenorréia progressiva e dispareunia profunda há 10 meses. Quadro de dor à
evacuação, com piora no período menstrual nos últimos 5 meses. Ciclos menstruais regulares.
MAC: Alestra 20 (gestodeno 0,075mg + etinilestradiol 0,02mg). Nuligesta.
Ao exame: nodulação em fórnice vaginal posterior e dor à mobilização do colo uterino.
Exame especular: visualiza-se lesão violácea em fórnice vaginal posterior
Hipótese diagnóstica: endometriose profunda
Ressonância Magnética da Pelve:
ÚTERO RVF MEDINDO 7,1 X 5,1 X 3,6CM COM CARACTERISTICAS DE
SINAL DENTRO DA NORMALIDADE. ENDOMÉTRIO COM O,8CM. ZONA
JUNCIONAL PRESERVADA . ESPESSAMENTO DO FÓRNICE VAGINAL
POSTERIOR
RELACIONADO
À
ENDOMETRIOSE.
LESÃO
INFILTRATIVA NO SIGMÓIDE COM 2,5CM, OCUPANDO MAIS DE 50%
DA CIRCUNFERÊNCIA DA ALÇA E DISTANDO APROXIMADAMENTE
11CM
DA
BORDA
ANAL.IDENTIFICA-SE
OUTRA
LESÃO
ENDOMETRIÓTICA NO SIGMÓIDE LOCALIZADA 4,5CM MAIS
CRANIAL DO QUE A LESÃO ANTERIORMENTE DESCRITA. HÁ UMA
OUTRA LESÃO NO SIGMÓIDE PROXIMAL COM 2,8CM DE
EXTENSÃO,OCUPANDO 50% DA ALÇA. ESPESSAMENTO DE ÚTEROSACRO DIREITO.
ENDOMETRIOSE PROFUNDA INTESTINAL - CASO 3
IMAGENS
COLONOSCOPIA: compressão extrínseca do cólon sigmoide determinando estenose luminal.
Compressão extrínseca na parede anterior do reto.

Videolaparoscopia: extenso processo aderencial pélvico envolvendo reto, sigmoide e parede uterina
posterior, bloqueando o fundo-de-saco de Douglas. Observam-se três lesões endometrióticas: a
primeira determinando estenose em sigmoide(aproximadamente 30cm da borda anal); a segunda a
aproximadamente 5cm acima e a terceira na parede anterior do reto(distando aproximadamente 12cm
da borda anal).

Realizada lise de aderências , ressecção segmentar e enteroanastomose.

Paciente evoluiu com fistulização da região da anatomose, necessitando colostomia.
ENDOMETRIOSE PROFUNDA INTESTINAL - CASO 3

Paciente permaneceu em controle durante 6 meses e retornou ao coloproctologista para reversão da
colostomia e reestabelecimento do trânsito intestinal.
Fez USTV que evidenciou implante de endometriose com 3,9 x 2,8 x 1,5cm em topografia do coto retal.

Encaminhada para avaliação - optamos por iniciar tratamento com Gestrinona em Pentravan via vaginal
durante dois meses, com objetivo de reduzir a lesão e efetuar o reestabelecimento do transito intestinal.
Reavaliada 2 meses após, USTV : houve regressão da lesão endometriótica medindo 1,9 x 1,4 x 1,4cm.

Indicado procedimento para exérese do nódulo endometriótico, reversão da colostomia e reestabelecimento
do trânsito intestinal. Procedimento realizado com sucesso. Paciente com boa evolução.
A Experiência Médica no Tratamento Clinico da Endometriose
por Via Vaginal
Discussão
 A dor pélvica e a dispareunia de profundidade geralmente estão associadas a lesões
endometrióticas em fundo de saco posterior, septo retovaginal e ligamento útero-sacro.
(Vercellini P et al. Surgical versus medical treatment for endometriosis-associated severe deep
dyspareunia:Effect on pain during intercourse and patient satisfation. Hum Reprod.2012)
 O tratamento cirúrgico da endometriose profunda intestinal está associado à complicações:
deiscência da anastomose intestinal, abcesso pélvico, fístula retovaginal e distúrbios funcionais
urinários e evacuatórios (atonia vesical e constipação).
(Crispi CP. Tratado de Videoendoscopia e Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia. 5 edição.
Revinter ,2011 ; Kondo W. Spontaneous healing of a rectovaginal fistula developing after laparoscopic
segmental bowel resection for intestinal deep infiltrating endometriosis. Case Rep Obstet Gynecol 2013:
837- 903)
 A taxa de intercorrências intestinais- deiscência da anastomose e fístula varia de 3% a 10% , podendo
chegar até 20% quando a anastomose retal é muito baixa(abaixo de 7 cm da margem anal)
 Disfunções urinárias podem ocorrer em 5% dos casos, principalmente em cirurgias do septo retovaginal
ou no reto.
(Dávolos et al.2007)
A Experiência Médica no Tratamento Clinico da Endometriose
por Via Vaginal
Discussão
 A literatura nos mostra que o tratamento da endometriose profunda é
cirúrgico entretanto, recentes publicações têm mostrado que a terapia
medicamentosa pode ser utilizada isoladamente ou em combinação com o
tratamento cirúrgico, em casos selecionados.
(Roman H et al. Surgical management of deep infiltrting endometriosis of the rectum:
pleading for a symptom guide aproach.Human Reprod.2011)
 O tratamento cirúrgico deve ser precedido por um consentimento
informado abordando de maneira ampla e clara os riscos e benefícios do
procedimento proposto.
Gestrinona Via Vaginal no Tratamento da Endometriose
Profunda Intestinal
CONCLUSÕES
 Esclarecidos os riscos do procedimento cirúrgico, algumas pacientes tem optado
pelo tratamento clinico .
 Estudos mostram que o tratamento hormonal reduz em até 30% o volume das
lesões.
 Nos casos apresentados observou-se significante redução da sintomatologia e
também das lesões com uso de Gestrinona em Pentravan via vaginal
 A redução dos sintomas é que orienta a manutenção do tratamento.
 Quando se opta pelo tratamento clinico e se obtém eficiente controle da dor,
melhorando a qualidade de vida das pacientes, têm-se condições de postergar
o procedimento cirúrgico.
Gestrinona Via Vaginal no Tratamento da Endometriose
Profunda Intestinal
Através da primeira passagem uterina, o esteroide aplicado na mucosa vaginal circula
diretamente da veia para a artéria, atingindo órgãos-alvo pélvicos em grandes concentrações
porém, com reduzida circulação sistêmica. Desse modo apresenta elevada eficácia na região
pélvica e reduzidos efeitos adversos sistêmicos.
Coutinho EM, et atl, Fertil Steril. 1988
Cicinelli E. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol. 2008
Gestrinona em Pentravan®
Na endometriose
Gestrinona em Pentravan® por
via vaginal
Gestrinona
2,5
Pentravan®
qsp
mg
1 ml
Aplicar 1 ml por via vaginal (aplicador
vaginal), 2 ou 3 vezes por semana.
Gestrinona em Pentravan® por
via vaginal
Gestrinona
Pentravan®
5
qsp
mg
1 ml
Aplicar 1 ml por via vaginal (aplicador
vaginal), 2 ou 3 vezes por semana.
Maia H. et al, Gynecol Obstet, 2014 4;9.
Coutinho EM., et al; Fertil Steril. 1988
GESTRINONA VIA VAGINAL EM ENDOMETRIOSE PROFUNDA
CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO
 Idade entre 20 e 45 anos
 Paciente sintomática (dor pélvica avaliada em Escala Analógica Visual >=6)
 Diagnóstico realizado por exame clínico + exame de imagem(Ressonância Magnética) :
evidenciando endometriose profunda
 Histórico de tratamentos clínicos ou cirúrgicos anteriores sem sucesso
 Pacientes que nunca foram submetidas a procedimentos cirúrgicos ou que fizeram
cirurgia e voltaram a ter dor pélvica
 Pacientes com lesão endometriótica localizada a menos de 7cm da borda anal
 Paciente não autoriza tratamento cirúrgico
OBRIGADO !
“Todos os Profissionais que trabalham com
essas pacientes anseiam buscar
alternativas para tornar suas vidas mais
confortáveis e com menos sofrimento”
“Buscar técnicas ou tratamentos menos
invasivos e eficazes, demonstra
amadurecimento de toda uma equipe de
profissionais”
Download