Profª Simone Paixão Peter Safar, o primeiro médico intensivista, nasceu na Áustria, filho de médicos, e migrou para os Estados Unidos após permanecer no campo de concentração nazista. Formou-se médico anestesista e na década de 1950 estimulou e preconizou o atendimento de urgência-emergência. Ainda nesta época formulou o ABC primário em que criou a técnica de ventilação artificial boca a boca e massagem cardíaca externa. Para estes experimentos contava com voluntários da sua equipe o qual eram submetidos a sedação mínima. Ainda, através de experimentos, concretizou para o paciente crítico as técnicas de manutenção de métodos extraordinários de vida. Na cidade de Baltimore estabeleceu a primeira UTI cirúrgica e em 1962, na Universidade de Pittsburgh, criou a primeira disciplina de "medicina de apoio crítico" nos Estados Unidos. Iniciou os primeiros estudos com indução da hipotermia em pacientes críticos. Como últimas contribuições elaborou os projetos das ambulâncias-UTI de transporte, fundou a Associação Mundial de Medicina de Emergência e foi co-fundador da SCCM (Society of Critical Care Medicine), o qual foi presidente em 1972. A UTI tem suas origens nas unidades de recuperação pós-anestésica (URPA), onde os pacientes submetidos à procedimentos anestésico-cirúrgicos tinham monitorizadas suas funções vitais (respiratória, circulatória e neurológica) sendo instituídas medidas de suporte quando necessário até o término dos efeitos residuais dos agentes anestésicos. A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes que porventura possuam chances de sobreviver, destina-se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de gravidade. É um ambiente de alta complexidade, reservado e único no ambiente hospitalar, já que se propõe estabelecer monitorização completa e vigilância 24 horas. Num hospital, uma unidade de terapia intensiva (UTI) ou unidade de cuidados intensivos (UCI) caracteriza-se como "unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar". Cada leito contém monitores cardíacos, cama elétrica projetada, oximetria de pulso e rede de gases. Dentre os principais equipamentos utilizados em UTI estão: Termômetro Oxímetro de pulso: Equipamento que possui sensor óptico luminoso o qual é colocado no dedo. Através da determinação da coloração sanguínea capilar, verifica a taxa de saturação do oxigênio designada Saturação de O2, ou seja, mede indiretamente a oxigenação dos tecidos de maneira contínua. Eletrocardiográfico: com freqüência cardíaca e medida intermitente de pressão arterial. Situa-se na cabeceira do leito e é conectado ao paciente através de eletrodos descartáveis no tórax. Monitor de pressão arterial Não-invasivo (Esfigmomanômetro) Invasivo (por punção arterial em geral a radial) Capnógrafo Monitor Cardíaco - Efetua o controle do débito cardíaco Os profissionais que atuam nestas unidades complexas são designados intensivistas. A equipe de atendimento é multiprofissional e interdisciplinar, constituída por diversas profissões: médicos, enfermeiro, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. Designação técnica do médico especializado e dedicado exclusivamente ao atendimento do paciente internado nas Unidades Intensivas e Emergenciais. Possui conhecimento clínico e cirúrgico amplo, capaz de diagnosticar, medicar e realizar procedimentos complexos emergenciais Enfermeiro com formação para o atendimento de pacientes de alta complexidade com grande dependência no leito. A fisioterapia no paciente crítico é fundamental para manutenção e prevenção de vários aspectos da fisiologia em virtude da dependência total ou parcial dos pacientes que podem culminar na chamada Síndrome do Imobilismo. SAE compreende nas unidades: - Avaliação admissional - histórico e exame físico inicial ( impresso S1) ; - Prescrição, evolução e diagnóstico de enfermagem. - Cada unidade da instituição possui impresso próprio direcionado a sua realidade, porém todos devem realizar minimamente 3 etapas do processo. LIMPEZA TERMINAL DE UNIDADE – feita após a alta, óbito ou transferência do paciente. Envolve a lavagem das camas, limpeza de todos os equipamentos (monitores, painel de gazes, válvulas, escadas, supor te de soro, mesa de refeição, criado, bombas de infusão, respiradores, etc) ; LIMPEZA TERMINAL GERAL: feita a cada 8 dias pela equipe de higienização em todos os setores, geralmente no período da tarde ou noite. Segue cronograma próprio do serviço de higienização que deverá estar afixado no mural da unidade. LIMPEZA CONCORRENTE DE UNIDADE – deve ser feita em todos os equipamentos, duas vezes por plantão nas UTIs e 1 vez por plantão nas enfermarias, com pano limpo, água e sabão e posteriormente com álcool a 70%. Chegar 15 minutos antes do início do plantão; Passar o plantão no leito para o auxiliar de enfermagem escalado; Relatar as intercorrências, exames pendentes, bem como os preparos para exames; Passar a medicação (caixa de medicamentos) de cada paciente para o auxiliar de enfermagem que assume o plantão; Observar a checagem da medicação na prescrição, conferindo com a caixa; Checar condições gerais dos pacientes (sinais vitais, acesso Venoso). Nursing Activities Score (NAS) Proposta para Aplicação Prática em Unidade de Terapia Intensiva Enfa. Leilane Andrade Gonçalves1 - Profa. Kátia Grillo Padilha2 1Enfermeira, Mestranda do Programa de PósGraduação de Enfermagem na Saúde do Adulto. Escola de Enfermagem da USP. 2Enfermeira, Professora Associada do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgico da Escola de Enfermagem da USP. Revista eletrônica de enfermagem Construção e utilização de um painel informativo para passagem de plantão.