Componente Curricular: Enfermagem Médica Profª Mônica I. Wingert Módulo III Turma 301E Unidade de tratamento intensivo- “uti” Origem das palavras Terapia (do Grego)= servir a Deus. Intensiva (do latim)= que é intenso. A história do surgimento das UTI`s remete ao início do século XX quando foram criadas as chamadas “salas de recuperação” para onde os pacientes eram levados após alguma neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins (EUA). Já no Brasil elas só começaram a ser implantadas na década de 70, primeiramente no hospital Sírio Libanês em São Paulo com apenas dez leitos (1971). As UTI a partir da década de 1930 transformaram o prognóstico, reduzindo os óbitos em até 70%. Hoje todas as especialidades utilizam-se das unidades intensivas, principalmente para controle de pós-operatório de risco. Era Florence A Unidade de Terapia Intensiva é idealizada como Unidade de Monitoração de paciente grave através da enfermeira Florence Nightingale. Em 1854 inicia-se a guerra da Criméia. Taxa de morta atingia 40% entre os soldados hospitalizados UTI Uma unidade de tratamento intensivo (UTI) ou unidade de cuidados intensivos (UCI) é uma estrutura hospitalar que se caracteriza como "unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar". O profissional que se dedica a esta modalidade de atendimento chama-se intensivista. Atendimento em UTI Atender o paciente crítico; Atender pacientes pós operatórios de alta complexidade; Atender urgências /emergências das unidades de internação; Unidade de retaguarda da emergência; Realização de procedimento de grande complexidade; Pacientes com risco eminente de morte. Detalhes da Instalação Física Local e Área Livre de ruídos ou poluições; Próximo a emergência; centro cirúrgico; CME; Farmácia hospitalar; Cada leito deve ocupar uma área mínima de 7,5m² Planta Física Leitos visíveis à Enfermagem; manejo da aparelhagem; Na área dos leitos deve ser permitido ampla circulação e fácil Leitos isolados uns dos outros; janelas de vidro para evitar claustrofobia; Ar condicionado com saídas projetadas para evitar canalização sobre os leitos; Cada leito deve dispor de 10 tomadas elétricas com ligação ao gerador hospitalar. Cabos elétricos com aterramento adequado; Disponibilidade de canalização de Oxigênio, Ar comprimido e vácuo; Iluminação adequada. Ambientes da UTI Sala de estar para enfermagem; Sala de estar para médicos; Sala para reuniões, estudos, aulas; Local para despejo, almoxarifado, rouparia, depósito de materiais; Copa; Sala de arquivo. Sala de material esterilizado e outra para preparo de materiais; Vestiário masculino e feminino com banheiro dotado de chuveiro; Uma secretaria; Telefones e interfones; Laboratório exclusivo ou de plantão 24horas; Sala para chefia médica e de enfermagem; Sala para reservar de respiradores prontos para uso ou central de equipamentos, com engenharia clínica disponível. Evitando a infecção cruzada Revestimento da unidade com materiais com mínimo de junções e sejam laváveis lisos e não absorventes. Solução germicida no piso, teto e paredes após a limpeza; Material utilizado pelos doentes esterilizados; Lavagem das mãos exaustivamente. Equipamentos Especializados: Monitores cardíacos; Oxímetro de pulso; Central de monitorização; Eletrocardiógrafo; Ap. de RX portátil; Ventiladores artificiais; Desfibrilador; marca-passo; Rim artificial; Carro de emergência. Equipamentos Gerais: Aspiradores; Macas; Cadeira de rodas; Camas especiais; Balança; Hamper; Suporte para soro; Vacuômetros; Fluxômetros; nebulizadores Mesa de cabeceira Materiais para consumo geral Medicação: Estoque de reserva de acordo com a padronização hospitalar; Roupas: paciente: rotina; FuncionárioPrivativa “ O Número de leitos disponíveis na UTI deve ser em torno de 4% a 6% do total geral” Critérios para Internação Pacientes Graves: “pacientes com comprometimento de funções vitais” -Insuficiência Renal; -Estado de choque; -Estado de coma; -Grande desequilíbrio Hidroeletrolítico e\ou ácidos Básicos; -Grande Queimado; - Pós-PCR; -Politraumatizados e intoxicados graves. Pacientes com Elevado Risco “pacientes com possibilidades de comprometimento da função vitais” -Insuficiência Coronária Aguda; -Arritmias Cardíacas; -pós-operatório especiais ( Cardiovascular, Neurocirurgia, cirurgia torácica; e grandes cirurgias gerais). “ Medico assistente discute a vaga com medico intensivista ficando bloqueado o leito na clínica de destino do paciente.” Critérios para alta A alta deve ser dada por decisão da equipe da unidade o mais precocemente possível; Após Receber alta o paciente retorna à clínica de origem. A equipe de Enfermagem na UTI “O sucesso ou o fracasso na UTI depende da motivação do corpo médico e de enfermagem” A equipe de enfermagem precisa ser apta a manter constante observação e estar pronta para reconhecer e notificar alterações nas condições vitais dos pacientes. Equipe da UTI Assistência indireta Nutricionista; Farmacêutico; Psicologia; Escrituraria; Laboratório; Diagnostico por imagem; Higienização; Segurança; Manutenção. Assistência direta Médico; Enfermeiro; Técnico de enfermagem; Fisioterapeuta; Fonoaudióloga; Terapeuta ocupacional. Responsabilidade da Enfermagem Atribuições do técnico de enfermagem na UTI A colaboração do técnico de enfermagem tem muita influência no trabalho diário, pois são a linha de frente a assistência do paciente crítico. Estar no setor no horário marcado para receber o plantão (10 minutos antes); Observar as condições gerais do paciente quando estiver recebendo o plantão; -medicação e infusões prescritas -soros que estão instalados -sondas, drenos e cateteres Tomar conhecimento da evolução do paciente através da passagem de plantão; Preencher o cabeçalho da folha de controle, completamente; Administrar medicação e tratamento prescrito, observando seus efeitos; Anotar na prescrição do paciente os cuidados prestados, medicações e tratamentos aplicados, sinais e sintomas de maneira objetiva e clara, logo após a execução; Prestar aos pacientes cuidados de higiene, criando-lhe condições de conforto e tranquilidade; Trocar cadarços/fixações e curativos diariamente, ou quantas vezes fizer necessário; Mudança de decúbito de 2/2 horas, mantendo o leito limpo e seco; Proteger calcâneos e proeminências ósseas com coxins; Controle dos sinais vitais (2/2hs), PVC, líquidos infundidos e drenados;]aspiração oro traqueal frequente, quantas vezes fizer necessário, com técnica correta; Restrição de pacientes agitados ou confusos, afim de protegê-los evitando que retirem dispositivos invasivos; Manter grades elevadas, evitando restringir pacientes nas mesmas; Higiene oral com cepacol ou água bicabornada, mantendo lábios umedecidos evitando ressecamento; Trocar curativos, bolsas de colostomia, soluções de drenagens torácicas, diariamente ou quantas vezes se fizer necessário; Manter monitores ativados; Arrumação e limpeza concorrente do paciente diariamente; Desfazer frescos de aspiração, coletores de diurese a cada final de plantão ou quantas vezes se fizer necessário; Auxiliar os demais membros da equipe, sempre que solicitado; Comunicar ao enfermeiro as alterações observadas no estado geral dos pacientes; Acompanhar os familiares nos horários de visitas; Permanecer junto ao paciente durante seu horário de trabalho, ausentando-se apenas quando necessário e após avisar o colega; Comunicar ao enfermeiro quando tiver que se ausentar; Colaborar na manutenção da ordem e limpeza da unidade; Admitir pacientes; Acompanhar pacientes nas altas, transferências, exames, etc; Fazer preparo do corpo pós óbito e/ou conforme rotina da unidade; Preparar material e auxiliar em procedimentos invasivos e de alta complexidade; Fazer desinfecção terminal da unidade, incluindo equipamentos utilizados; Manter–se em prontidão em caso de PCR, internações e outras eventualidades; Participar de reuniões quando convocado; Controlar materiais esterilizados, como datas, estocagem, quantidade; Participar de atividades de treinamento; Trocar sacos de hamper; Zelar pelo material do setor; Atender as solicitações do enfermeiro; Conferir e completar carro de emergência; Cumprir regulamentos do hospital e rotinas do setor; Levar o material usado para ser esterilizado, conforme rotinas e horários estabelecidos; Limpar carro de emergência, ECG, carro de curativo/banho, maca, cadeira de rodas e de banho, suporte de soro, escadinhas e outros equipamentos. Guardar roupas e manter em ordem o armário; Encaminhar o material colhido como: sangue, urina, fezes, secreções, em caráter de urgência; Administrar hemoderivados; Utilizar os EPIs; Acatar e respeitar a hierarquia funcional; Manter o posto de enfermagem em ordem; Evitar comentários, emitindo juízo ou inoportunos frente ao paciente; Agilidade, iniciativa, trabalho em equipe; Manter leitos quando vagos, adequados para receber os pacientes; Cuidado no manuseio de paciente com cateteres, para que não ocorra acidentes; Executar tarefas afins. Ética da Enfermagem na UTI Não se ausentar do plantão sem substituto; Receber o paciente com respeito e atenção; Não discutir fatos junto aos pacientes; Cumprir as determinações; Não levar problemas da UTI para outros setores do hospital; Respeitar a hierarquia funcional. Necessidades adicionais Setores indispensáveis para o bom funcionamento da UTI: laboratório, Radiologia, etc. Fisioterapia de plantão; Engenharia clínica de plantão;