ÉTICA E MORAL http://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU MORAL ENTRE O BEM E O MAL A moral é uma construção humana. Assim como toda a construção humana, ela pode se apresentar de variadas formas em diferentes sociedades. Daí podemos colocar que a moral, além de ser uma construção social e humana, é também uma construção histórica. A moral corresponde a um conjunto de valores considerados adequados e virtuosos para a boa manutenção da vida em sociedade A concepção de moral de cada sociedade funciona como uma espécie de padrão que regula a conduta correta de todos os seus membros. De acordo com as leis morais existentes nos diversos sistemas culturais, podemos afirmar que o que elas têm em comum é o fato de fundamentarem-se em valores como virtude, a liberdade e o bem comum. Ética: pode ser definida como uma filosofia moral, entendida em sua capacidade de levantar questionamentos e discussões, no intuito de refletir, problematizar e interpretar o significado dos valores morais. A ética pela História A ética na Grécia Antiga Sócrates, tinha o costume de questionar os atenienses sobre os valores nos quais eles acreditavam. Para isso, ele perguntava da seguinte maneira: o que é a justiça? O que é a liberdade? O que é a moral? Diante de tais perguntas as atenienses respondiam que eram elas virtudes. Mas Sócrates voltava a indagar: o que é a virtude? Esse jogo de perguntas muitas das vezes irritava os atenienses ou os fazia reconhecer que não sabiam e partiam em busca do conhecimento. Sócrates acreditava que o essencial ao ser humano está na sua alma racional, residindo aí a sua alma moral universal. Para ele, seria possível construir uma moral universal baseada no conhecimento construído pelo ser humano, junto ao conhecimento que este tem de si mesmo. Daí a sua famosa frase “conhece-te a ti mesmo”. A ética cristã Para a filosofa Marilena Chauí, a ética cristã introduz diferenças primordiais, comparada com a ética grega antiga. São elas: Para os cristãos da Idade Média a ideia de Virtude se define a partir da nossa relação com Deus e não com a polis nem com os outros indivíduos. Assim, a relação com os outros se define a partir da relação que temos primeiramente com Deus, visto este como o único mediador entre os indivíduos. Daí as virtudes cristãs residirem na fé e na caridade: a primeira indica a nossa crença e salvação em Deus e a segunda indica nosso compromisso de salvação com a alma dos outros. Em relação às vontades, para os filósofos antigos esta era uma faculdade racional do homem, capaz de controlar nossos desejos e apetites, pois era dotada de força interior ( vontade consciente), o que por si só já nos tornava morais. Para o cristianismo, a própria vontade já se traduz num ato impregnado de uma certa perversão pecaminosa, na qual somente o auxílio divino seria a solução para que nos tornássemos morais. A ideia de que a perfeição moral é alcançada pela razão, proposta pelos filósofos gregos, é abandonada, dando lugar ao amor e a boa vontade, proposta da Igreja Católica ( ÉTICA ASCÉTICA ) A ética Moderna Se constitui como uma ética Antropocêntrica, já que é o homem o objeto central no qual estão direcionados os valores morais. Um dos filósofos mais importante desse período é Immanuel Kant, ele afirma que as normas morais tem a sua origem na razão. Segundo ele, o ato moral é aquele praticado de forma consciente e autônoma, indicado por uma noção natural de dever do indivíduo.