FILOSOFIA 1º ano: Apostila 01 / Aula 06 Professor Carlos Eduardo Foganholo Divisor de águas na filosofia grega. Pensador que não deixou registros escritos Local: Atenas. Nascimento: 470 a.C. Falecimento: 339 a.C. Escola/tradição: Filosofia Grega. Principais interesses: Ética, Epistemologia, Virtude. Ideias notáveis: Ironia, Método Socrático. Influências: Anaxágoras, Parmênides, Pródigo. Influenciados: Platão, Aristóteles, Aristipo de Cirene, Antístenes, Filosofia Ocidental. Aspectos da Vida: Filho de Sofronisco (escultor) e Fenarete (parteira). Casou-se com Xantipa. filhos: * Lamprocles, * Sophroniscus * Menexenus Feiúra e força física (não cuida da aparência) Batalha de Potidéia Autêntico vadio. (bravura). Praça de Atenas: perguntava e questionava. -Costumava caminhar descalço,em certas ocasiões, parava o que quer que estivesse fazendo, ficando imóvel por horas, meditando sobre algum problema. -Não recebia pagamento por suas aulas, por uma questão ideológica -Nunca proclamou ser sábio . Sócrates reagiu contra os sofistas. Não queria ensinar, queria aprender junto com os outros. Missão era influir moralmente sobre os demais. Método: conhecer a ti mesmo (a partir daí, busca-se a verdade). Sócrates é considerado o “Pai da Filosofia” por procurar atingir a verdade a partir da prática filosófica do diálogo. Para ele a busca pelo conhecimento verdadeiro passava pelas questões humanas, pela reflexão sobre o Homem. Diferencia-se dos filósofos anteriores que procuravam refletir sobre a natureza ou praticar a retórica. Desapegado dos bens materiais tinha o hábito de caminhar pela cidade proponde diálogos aos atenienses. Os diálogos eram, aparentemente, sobre temas comuns Através de perguntas reflexivas, abordava temas mais complexos, levando seus interlocutores a questionar suas certezas. O primeiro passo para se chegar a verdade era reconhecer a própria ignorância! “Só sei que nada sei!” “Conhece-te a ti mesmo!” 01 - Ironia Usava a Ironia nos diálogos para abalar as crenças e expor a fragilidade das argumentações. Atenas = égua Sócrates = mosquito O Oráculo de Delfos era dedicado a Apolo e centrado num grande templo, ao qual os gregos vinham colocar questões aos deuses Foi confiada a Sócrates pelo deus de Delfos uma missão,que o tornaria um “vagabundo loquaz” “Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”. — Inscrição no oráculo de Delfos. Diálogo Teeteto de Platão: Filósofo como sendo uma parteira: seu objetivo era dar à luz Ideias! 02 - MAIÊUTICA: A verdade é acessível a todos e o filósofo (como a parteira) auxilia o encontro com a verdade, por meio das perguntas, do diálogo! Princípio Ético: Por ser racional, o homem tem a capacidade de conhecer a verdade, que não se encontra somente Nele, mas também na Natureza. O Homem faz parte da Natureza e portanto, participa da verdade, podendo atingi-la pela razão. Com o conhecimento o homem passa a ter Autonomia, determinando sua própria conduta e suas próprias regras. Assim torna-se importante a Consciência Ética: ao determinar sua conduta, o homem deveria, necessariamente considerar sua relação com a verdade, pré-requisito para se fazer o bem! Filosofia desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores , esses diálogos desenvolviam-se em dois momentos: - Ironia (do grego eironeia – interrogação) – A ironia socrática tinha um caráter purificador, pois levava os discípulos a confessarem suas próprias contradições e ignorâncias, onde antes só julgavam possuir certezas e clarividências - Maiêutica (do grego maieutiké – relativo ao parto das idéias) – mediante o questionamento dos seus interlocutores, Sócrates levava-os a colocar em causa os seus "preconceitos" acerca de determinado assunto, conduzindo-os a novas idéias acerca do tema em discussão. A grande contribuição de Sócrates para a filosofia foi a identificação do homem com sua Psyche, ou “alma”, caracterizada, ao mesmo tempo, como centro da: Racionalidade Personalidade Consciência Ética A sabedoria começa pelo reconhecimento da própria ignorância, o “Só sei que nada sei” é o princípio da sabedoria, atitude em que se assume a tarefa verdadeiramente filosófica de superar o enganoso saber com base em ideias pré-concebidas - Acusado de não reconhecer os deuses do Estado, introduzir novas divindades e corromper a juventude. “As idéias pertencem a um mundo que somente os sábios conseguem entender” - Se opunha à democracia aristocrática que era praticada em Atenas. - Acreditava que ao se relacionar com os membros de um parlamento a própria pessoa estaria se fazendo de hipócrita. Sócrates era um cidadão admirado e enaltecido por alguns — particularmente pelos jovens —, era, entretanto, criticado e combatido por outros, que nele viam uma ameaça para as tradições da polis. O objetivo principal de Sócrates era problematizar sobre conceitos que as pessoas tinham dogmas e verdades absolutas, De tanto questionar, principalmente os sábios, começou a arrebanhar inimigos. Sócrates foi considerado culpado, por não honrar os deuses que o Estado cultua e introduzir extravagâncias demoníacas. Culpado, também, por corromper e incitar a juventude. Conceito de justiça: dar a cada um aquilo que é seu. Sócrates: “Que se deve entender por justiça? Devemos defini-la simplesmente como veracidade e restituição do que um homem recebeu de outro? Ou será possível, fazendo isso, ser às vezes justo e às vezes injusto?”. “Por exemplo: todos admitem que, se um homem, na posse de suas faculdades mentais, deposita armas em mãos de um amigo, e , mais tarde, em um acesso de loucura, as reclama, aquele não deve restituir o bem depositado e praticará uma injustiça se o fizer. Logo, é falsa a definição de justiça que a considera como dizer a verdade e restituir o que se recebeu”. Para Sócrates: “Cometer uma injustiça é o pior de todos os males”, PQ??? O homem deve ter virtude, sabedoria, o homem que não tem conhecimento é quem pode cometer uma injustiça. Se Sócrates confia tanto na virtude e, consequência, no homem virtuoso, qual o seu conceito de justiça? Sócrates aceitava como idênticas a justiça e a legalidade, pois esta fruto dos homens. • • A maior arte de Sócrates era a investigação, feita com o auxílio de seus interlocutores. Aquele que investiga, questiona. Aquele que questiona, perturba a ordem estabelecida. Isso faz surgir muitos inimigos de Sócrates. Sócrates é acusado de corromper a juventude e de desprezar os deuses da cidade. Com base nessas acusações ele é condenado a beber cicuta (veneno extraído de uma planta do mesmo nome). Segundo testemunho de Platão em Apologia de Sócrates, ele ficou imperturbável durante o julgamento e, no final, ao se despedir de seus discípulos, ele diz: Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para viverdes. Quanto a quem vai para um lugar melhor, só deus sabe.