Taxa de inflação POR QUE PERMANECE ELEVADA? Daniel Herrera Rafael Peixoto Abordagem Ortodoxa Diagnóstico: 1. A expansão excessiva dos meios de pagamento origina altas dos preços internos, por pressões de demanda – produto acima do produto potencial/ desemprego abaixo da taxa natural; 2. A inflação é fenômeno monetário, devido ao aumento mais rápido, determinado pelo governo, da quantidade de moeda do que da produção. Abordagem Ortodoxa Excesso de emissão monetária: 1. O rápido crescimento das despesas do governo: o maior dispêndio do governo não é inflacionário se os gastos adicionais forem financiados por impostos ou dinheiro tomado por empréstimo junto ao público; nesse caso (crowding out), o governo tem mais para gastar e o público menos; ocorre que essas são medidas impopulares; portanto, o método politicamente mais atraente é aumentar a quantidade de moeda, através da venda de títulos de dívida pública do Tesouro Nacional ao banco central. 2. Adotar objetivos indevidamente ambiciosos de pleno emprego: isto é politicamente atraente, se o aumento de dispêndio ocorrer sem aumentar impostos e endividamento junto ao público não-bancário e se financiar o déficit daí resultante com aumento da quantidade de moeda; porém, isso é inflacionário e não mantém o pleno emprego a longo prazo, quando ocorre a superação da ilusão monetária. Abordagem Ortodoxa Medidas de combate: 1. Reduzir ou eliminar o déficit fiscal, principalmente mediante a limitação do gasto público e o aumento de tarifas nos serviços públicos deficitários. 2. Conter a expansão monetária e creditícia, adequando-as apenas às necessidades reais (e não nominais) do aumento da atividade econômica. 3. Eliminar o controle de preços de diversos produtos de primeira necessidade que entorpece a operação do sistema de preços relativos. 4. Diminuir ou postergar os reajustes das remunerações da força de trabalho Abordagem Ortodoxa Componentes da inflação (2006-2014) IPCA Administrados Livres Comercializaveis Nâo-comercializáveis Serviços 2006 3,14% 4,27% 2,57% 1,31% 3,99% 5,48% 2007 4,46% 1,65% 5,73% 4,75% 6,65% 5,94% 2008 5,90% 3,27% 7,05% 6,99% 7,10% 6,39% 2009 4,31% 4,74% 4,00% 2,62% 5,53% 6,37% 2010 5,91% 3,13% 7,09% 6,87% 7,28% 7,62% 2011 6,50% 6,20% 6,63% 4,41% 8,59% 9,01% 2012 5,84% 3,65% 6,56% 4,47% 8,46% 8,75% 2013 5,91% 1,54% 7,29% 6,01% 8,43% 8,75% 2014 6,41% 5,32% 6,72% 5,95% 7,43% 8,33% Componentes da inflação (2006-2014) 8.00% 7.00% 6.00% 5.00% 4.00% 3.00% 2.00% 1.00% 0.00% 2006 2007 2008 2009 Administrados 2010 Livres 2011 IPCA 2012 2013 2014 Componentes da inflação de preços livres (2006-2014) 10.00% 9.00% 8.00% 7.00% 6.00% 5.00% 4.00% 3.00% 2.00% 1.00% 0.00% 2006 2007 2008 Comercializaveis 2009 2010 Nâo-comercializáveis 2011 Serviços 2012 Livres 2013 2014 Decomposição da Inflação (2001-2014) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 IPCA (%) 7,70% 12,50% 9,30% 7,60% 5,69% 3,14% Inflação livres* 2,40% 2,30% -0,12% 0,83% 4,29% 1,58% Inflação administrados** 1,70% 1,90% 1,66% 2,93% 3,31% 1,60% Choque de oferta 1,24% 3,52% -0,88% 0,18% Inércia 0,70% 0,90% 5,92% 0,28% 0,77% 0,47% Expectativa 1,70% 1,71% 0,37% 0,27% -0,13% Repasse cambial 2,90% 5,80% -1,11% -0,34% -2,06% -0,55% * Excluindo choque de oferta, inércia, expectativa e repasse cambial. ** Excluindo inércia e repasse cambial. 2007 4,46% 2,91% 0,96% 2,12% 0,01% -0,43% -1,12% 2008 5,90% 2,25% 1,05% 1,52% 0,23% 0,22% 0,63% 2009 4,31% 3,72% 1,18% -0,25% 0,00% -0,10% -0,24% 2010 5,91% 2,95% 1,10% 1,97% -0,09% 0,21% -0,22% 2011 6,50% 2,85% 1,64% 0,94% 0,78% 0,51% -0,22% 2012 5,84% 1,96% 0,72% 1,58% 0,31% 0,37% 0,89% 2013 5,91% 3,94% 0,19% 0,16% 0,64% 0,60% 0,38% 2014 6,41% 3,14% 1,04% 0,87% 0,70% 0,69% -0,03% Decomposição da Inflação (2001-2014) 14.00% 12.00% 10.00% 8.00% 6.00% 4.00% 2.00% 0.00% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 -2.00% -4.00% Inflação livres* Inflação administrados** Choque de oferta Inércia Expectativa Repasse cambial IPCA (%) Pergunta Resposta