INFECÇÕES GENITAIS HERPES • DST de alta prevalência causada pelo herpes virus simplex tipo 1 e tipo 2 (HSV1, HSV-2); ETIOLOGIA • • • • • • Grupo: Grupo I (DNA) Familia: [[Herpesviridae]] Subfamília:Alphaherpesvirinae Gênero: Simplexvirus Espécie: Herpes simplex virus 1 (HSV-1) Espécie: Herpes simplex virus 2 (HSV-2) SINTOMAS • bolhas nos genitais e reto, ou ao redor. A bolhas estouram, deixando feridas que podem levar de duas a quatro semanas para sarar na primeira vez que ocorrem, febre alta pode acompanhar os episódios . Geralmente outra erupção pode aparecer semanas ou meses depois da primeira, mas quase sempre é menos severa e dura menos tempo. Embora a infecção possa ficar no corpo indefinidamente, a quantidade de erupções tende a diminuir no período de anos. COMPLICAÇÕES • herpes genital pode causar infecção potencialmente fatal em bebês. É importante que a mulher evite contrair herpes durante a gravidez porque um primeiro episódio enquanto estiver grávida é de grande risco de transmissão para o bebê. Se a mulher tiver o herpes genital ativo durante o parto, geralmente opta-se pela cesariana. Afortunadamente, infecções de herpes passadas das mães para os bebês são raras. TRANSMISSÃO • Os vírus da herpes podem ser encontrados nas feridas que eles causam, mas também podem ser liberados por erupções na pele que não parecem estar estouradas ou feridas. Geralmente a pessoa só pode contrair infecção do vírus tipo 2 durante contato sexual com alguém que tenha infecção genital por esse vírus. A transmissão também pode acontecer via parceiro sexual que não tem feridas visíveis e pode não saber que está infectado • Herpes pode ter influência na disseminação do HIV, o vírus que causa AIDS. Herpes pode tornar a pessoa mais susceptível à infecção do HIV. Pessoas com herpes e HIV também têm maior probabilidade de transmitir o vírus da AIDS. • Não há tratamento que cure herpes, porém medicamentos antivirais podem diminuir e prevenir as erupções. Adicionalmente, terapia diária de repressão ao herpes sintomático pode reduzir o risco de transmissão para o parceiro sexual. DIAGNÓSTICO • O vírus é recolhido de pústulas e cultivado em meios com células vivas de animais. A observação pelo microscópio destas culturas revela inclusões víricas típicas nas células. PREVENÇÃO • Pessoas com herpes genital não devem ter relações sexuais com parceiros não infectados quando as lesões e outros sintomas estiverem presentes. É importante saber que mesmo que a pessoa não apresente sintomas ela ainda assim pode infectar seu parceiro sexual, desta forma ele deve ser alertado do risco. O parceiro sexual de uma pessoa com herpes genital pode procurar fazer teste de sangue para determinar se foi infectado SÍFILIS • A sífilis é uma doença infecciosa e contagiosa causada por uma bactéria: a Treponema pallidum. Ela é adquirida, principalmente, via contato sexual desprevenido, com parceiro infectado. Pode ser transmitida de mãe para feto: sífilis congênita. • Manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais transmissível. Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados. • A doença pode ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte. SINAIS E SINTOMAS • SÍFILIS PRIMÁRIA • A lesão específica é o cancro duro ou protossifiloma, que surge no local da inoculação em média três semanas após a infecção. É inicialmente uma pápula de cor rósea, que evolui para um vermelho mais intenso e exulceração. Em geral o cancro é único, indolor, praticamente sem manifestações inflamatórias perilesionais, bordas induradas, que descem suavemente até um fundo liso e limpo, recoberto por material seroso. Após uma ou duas semanas aparece uma reação ganglionar regional múltipla e bilateral, não supurativa, de nódulos duros e indolores • Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias. Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto. • SÍFILIS SECUNDÁRIA • Após período de latência que pode durar de seis a oito semanas, a doença entrará novamente em atividade. O acometimento afetará a pele e os órgãos internos correspondendo à distribuição do T. pallidum por todo o corpo. • SÍFILIS TERCIÁRIA • Os pacientes nessa fase desenvolvem lesões localizadas envolvendo pele e mucosas, sistema cardiovascular e nervoso. Em geral a característica das lesões terciárias é a formação de granulomas destrutivos (gomas) e ausência quase total de treponemas. Podem estar acometidos ainda ossos, músculos e fígado. TRANSMISSÃO • A sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê). PREVENÇÃO • Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, em curto prazo, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Não treponêmicas: VDRL (Veneral Disease Research Laboratory) tende a tornar-se reativo a partir da segunda semana do aparecimento do cancro. • Os títulos tendem à redução a partir do 1º ano de evolução da doença. Instituído o tratamento correto, tende a negativar-se entre 9 e 12 meses, podendo , no entanto, permanecer com títulos baixos por longos períodos de tempo ou até por toda a vida (“memória” ou “cicatriz sorológica”). • Treponêmicas: Por meio de imunofluorescência com o FTA-Abs (Fluorescent Antigen Absorvent) e o TPHA (Microhemaglutinação para Treponema pallidum), são qualitativos, e importantes para a confirmação da infecção. • Em geral, tornam-se reativos a partir do 15º dia da infecção. Como os anticorpos (Ac) treponêmicos tendem a permanecer no soro mais longamente que os Ac não treponêmicos ou lipídicos e, quando respondem à terapêutica, o fazem muito mais lentamente, não se prestam para o acompanhamento. Podem ocorrer resultados falsopositivos em algumas situações como: hanseníase, malária, mononucleose, leptospirose, lúpus eritematoso sistêmico TRATAMENTO • antibióticos: a penicilina. O maior problema do tratamento é o seu diagnóstico, visto que a sífilis pode ser confundida com muitas outras doenças. Os pacientes devem evitar ter relação sexual até que o seu tratamento (e do parceiro com a doença) se complete. A gestante deve realizar controle de cura mensal. OBSERVAÇÃO Após a dose terapêutica inicial, em alguns casos, poderá surgir a reação febril de Jarish Herxheimer, com exacerbação das lesões cutâneas, geralmente exigindo apenas cuidados sintomáticos. Ocorre involução espontânea em 12 a 48 horas. Após o tratamento da sífilis, recomenda-se o seguimento sorológico quantitativo de 3 em 3 meses durante o 1º ano e, se ainda houver reatividade em titulações decrescentes, deve-se manter o acompanhamento de 6 em 6 meses. • O parceiro deverá ser investigado e tratado se necessário. • Nos casos de alergia a penincilina benzatina; o(a) paciente deverá ser encaminhado para o Hospital das Clínicas da UNICAMP para que seja feita a dessensibilização, podendo ser feito o contato através do CAISM. CONDILOMA • O condiloma acuminado é uma lesão na região genital, causada pelo Papilomavirus Humano (HPV). A doença é também conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo de crista. • O HPV é um DNA vírus • não cultivável do grupo papovavírus, são conhecidos mais de 70 tipos, 20 dos quais podem infectar o trato genital • Estão divididos em 3 grupos, de acordo com o seu potencial de oncogenicidade. Os tipos de alto risco oncogênico (16, 18, 45 e 56), associados a outros co-fatores (imunodepressão, tabagismo), têm relação com o desenvolvimento das neoplasias intra-epiteliais e do câncer invasor do colo uterino. SINAIS E SINTOMAS • O HPV provoca verrugas, com aspecto de couve-flor e de tamanhos variáveis, nos órgãos genitais. Pode ainda estar relacionado ao aparecimento de alguns tipos de câncer, principalmente no colo do útero, mas também no pênis ou no ânus. Porém, nem todo caso de infecção pelo HPV irá causar câncer • A maioria das infecções são assintomáticas ou inaparentes. Podem apresentar-se clinicamente sob a forma de lesões exofíticas; pode assumir uma forma sub-clínica (visível apenas sob técnicas de magnificação e após aplicação de reagentes, como o ácido acético). • Os condilomas, dependendo do tamanho e localização anatômica, podem ser dolorosos, friáveis e\ou pruriginosos. Na forma clínica, as lesões podem ser únicas ou múltiplas, localizadas ou difusas e de tamanho variável, localizando-se mais freqüentemente no homem: na glande, sulco bálano-prepucial e região perianal; e na mulher: na vulva, períneo, região perianal, vagina e colo. • O vírus é capaz de estabelecer uma infecção latente em que não existem lesões clinicamente identificáveis ou subclínicas, apenas sendo detectado seu DNA por meio de técnicas moleculares em tecidos contaminados. DIAGNÓSTICO • O diagnóstico pode ser feito através da história clínica, exame físico e exames complementares. O rastreio da sequela mais importante (o cancro do colo do útero) é feito por rotina através do Papanicolau, que embora não detecte a presença do vírus, permite reconhecer as alterações que ele causa nas células. DIAGNÓSTICO • Mais recentemente, foram desenvolvidas técnicas de biologia molecular (hibridização, PCR, captura híbrida) que permitem a detecção de DNA vírico em fragmentos de biopsia ou escovado cervical, e possuem elevada especificidade e sensibilidade. Estas técnicas são a única forma de diagnosticar inequivocamente o HPV, embora em termos clínicos seja de maior valia a caracterização do nível de alterações morfológicas, visto que a presença de HPV sem alterações citológicas não é motivo de alarme visto muitas das infecções serem transitórias e de resolução espontânea. TRATAMENTO • É em regra muito difícil erradicar por completo a infecção, pelo que na maioria dos casos o tratamento visa reduzir ou eliminar as lesões causadas pelo HPV. Como a infecção subjacente às lesões mantém-se, é frequente a ocorrência de recidivas, devendo manter-se o acompanhamento médico. • Agentes tópicos – Aplicados sobre a lesão, promovem a dissolução da queratina e/ou morte das células que constituem a lesão. Ex: podofilina, 5-fluorouracil, ácido tricloroacético. • Imunomoduladores – Substâncias que estimulam o sistema imunitário no combate à infecção. Ex: imiquimod , retinóides, interferão. • Procedimentos cirúrgicos – Remoção das lesões através de diversos processos, como por exemplo excisão com bisturi, cirurgia de alta frequência, laserterapia, crioterapia, eletrocoagulação, … • Homeopatia – Tem sido referida a utilização de Thuya [Thuya occidentalis] com índices de cura consideráveis, porém não existem estudos científicos que suportem essas observações. OBRIGADA