Staphylococcus aureus.

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Cocos Gram Positivos
Importância Clínica
Cocos gram-positivos

Com exceção dos membros da família Enterobacteriaceae, as bactérias gram-positivas,
especialmente os cocos, são os microrganismos isolados com maior freqüência a partir de
amostras biológicas humanas em laboratório de microbiologia clínica.
 Encontram-se amplamente distribuídas na natureza e podem ser isoladas de ambientes ou
como habitantes comensais da pele, mucosas e outros sítios corpóreos dos seres humanos e
animais.
Responsáveis por uma variedade de doenças, como por exemplo:
Foliculite, furúnculo, carbúnculo erisipela e celulite (estreptocos)
Pneumonia, endocardite, artrite séptica, osteomielite, bacteremia
O GRUPO COCOS GRAM-POSITIVOS É FORMADO POR DUAS
GRANDES FAMÍLIAS: MICROCOCCACEAE E STREPTOCOCCACEAE
Streptococcaceae
Streptococcus
Classificação realizada de acordo com a
edição do Bergey‘s Manual of Systematic
Bacteriology
Leuconostoc
Aerococcus
Pediococcus
Peptococcus
Peptostreptococcus
Gemella
Ruminococcus
Coprococcus
Sarcina
Micrococcaceae
Planococcus
Micrococcus
Stomatococcus
Staphylococcus
Os membros da família Micrococcaceae podem ser diferenciados dos
membros da família Streptococcaceae por meio da prova de catalase. Os
membros da família Micrococcaceae são catalase positivos enquanto os da
Streptococcaceae são catalase negativos.
H2O2
catalase
H2O + O2
Com a alça de
platina, retirar
uma colônia e
colocar
na
lâmina.
Adicionar sobre a
colônia peróxido de
hidrogênio a 3%
Formação de bolhas = liberação de O2
Colônia pura de bactéria pertencente ao
gênero Streptococcus + H2O2 = catalase (-)
Colônia pura de bactéria pertencente ao gênero Staphylococcus
+ H2O2 = formação de bolhas = catalase (+)
Gênero: Staphylococcus

Na atualidade este gênero é composto por 33 espécies, 17 das quais podem
ser isoladas de amostras biológicas humanas.

Crescem em condições aeróbias ou microaerófilas.

Em cultura apresentam-se agrupadas em cachos irregulares, em tétrades, aos
pares e cocos isolados.

Fermentam muitos carboidratos.

Produzem a enzima catalase que os diferencia dos estreptococos.

São imóveis / não formam esporos.

São resistentes ao calor (suportam 50ºC por 30 min) e ao cloreto de sódio 9%.

Geralmente são encontrados na pele e em mucosas do homem.

Os estafilococos patogênicos produzem uma ampla variedade de enzimas e
toxinas extracelulares que auxiliam no estabelecimento do processo
patogênico.
Três espécies de estafilococos são encontradas
com maior freqüência em infecções humanas:
Staphylococcus aureus
Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus saprophyticus
Staphylococcus aureus
 Patógeno humano mais importante entre os estafilococos.
 É encontrado no ambiente e em narinas anteriores de 20 a 40% dos adultos.
 Outros sítios de colonização incluem: pregas cutâneas, axilas e vagina.
 Microbiota Normal X Infecções Importantes em Condições Apropriadas.
 Podem causar vários processos infecciosos, que variam desde infecções cutâneas, relativamente
benignas, até infecções sistêmicas fatais.
Alguns fatores que podem predispor um indivíduo a infecções graves por S. aureus:
 Alterações quimiotáticas dos leucócitos, tanto congênitas (Síndrome de Down) quanto adquiridas
(diabetes melito).
 Lesões cutâneas (queimaduras, incisões cirúrgicas, eczema).
 Presença de corpos estranhos (suturas, cateteres endovenosos, próteses).
 Infecções por outros agentes, em particular vírus.
 Doenças crônicas de base, como tumores malignos e cardiopatias.
Propriedades dos Staphylococcus aureus que contribuem para sua capacidade
de produzir doença.
 Cápsula: algumas cepas possuem esta estrutura, que é capaz de inibir a fagocitose e pode facilitar a
aderência do microrganismo às células do hospedeiro.
 Proteína A: encontra-se na parede celular.
- Enzimas:
Catalase
 Hialuronidase
 Coagulase
 Lipase
 Fibrinolosina
 ß-lactamase
 Hemolisinas
 Toxinas:
 Leucocidina
 Exfoliatinas ou toxinas epidermolíticas - liberada por algumas cepas de Staphylococcus aureus. Provoca
a Síndrome da Pele Escaldada.Geralmente acomete recém-nascidos.
 Enterotoxinas A a E: Intoxicação Alimentar
 TSST-1 (Toxina da Síndrome do Choque Tóxico)
•Impetigo
Síndrome da Pele Escaldada
•Erisipela
Estafilococos coagulase negativos
 São membros da microbiota humana normal.
Em algumas situações podem estar envolvidos em infecções, quase sempre estas estão
associadas a dispositivos e aparelhos implantados, sendo prevalentes em pacientes
jovens, idosos e imunocomprometidos.
 Duas espécies coagulases negativas apresentam maior importância clínica:
 Staphylococcus epidermidis
 Staphylococcus saprophyticus
Staphylococcus epidermidis
 Produzem macromoléculas extracelulares e possuem adesinas na
superfície celular que aumentam a aderência destas às superfícies
plásticas de corpos estranhos.
 Agente oportunista.
Infecções: endocardite de válvulas cardíacas naturais e protéticas,
infecções produzidas por cateteres endovenosos, peritonoite associada a
cateteres para diálise peritoneal, infecções de próteses articulares.
 Fatores de virulência: hemolisinas, lipases, proteases e a produção de
um glicocálice ( matriz extracelular que protege os microrganismos dos
antimicrobianos e das defesas do sistema imunológico do hospedeiro).
Sensível a novobiocina
DNAse negativa
Staphylococcus saprophyticus
 Patógeno bem documentado como causador de infecções urinárias
agudas, sobretudo em mulheres jovens, saudáveis e sexualmente ativas.
 É a segunda causa mais freqüente de cistite, sendo precedido por
Escherichia coli.
 Aderência a diversos tipos celulares contribui para sua patogenicidade.
Adere a células uroepiteliais, uretrais e periuretrais em maior número que
outros estafilococos e não adere a outros tipos celulares, incluindo às
células da pele e da mucosa bucal. Esse tropismo pelo tecido uroepitelial
pode explicar parcialmente a alta freqüência de infecções urinárias
causadas por essa bactéria.
 Urease
 Urease é um fator de virulência conhecido em outros patógenos
urogenitais, como por exemplo: Proteus spp. (bacilos gram-negativos),
Corynebacterium ureolyticum. A urease também é produzida pelo S.
saprophyticus e contribui para a invasão do tecido.
Resistente a novobiocina
DNAse negativa
Streptococcus
 Pertencem à família streptococcaceae
Bactérias esféricas Gram-positiva
 Crescem aos pares ou formando
cadeias
 Grupo heterogêneo de bactérias
 Distribuem-se amplamente na natureza. Alguns são
membros da microbiota normal humana, enquanto outros
estão associados a importantes doenças humanas.
Streptococcus
 Nos últimos anos, a localização taxonômica da família
streptococcaceae foi muito questionada. Observou-se a
necessidade da criação de novos gêneros, aumento do
número de espécies de estreptococos e de bactérias
similares a este gênero.
Essas modificações têm importância maior do que uma
simples visão acadêmica, porque, com freqüência
crescente estão sendo isolados de infecções humanas
microrganismos anteriormente incomuns pertencentes
aos estreptococos e bactérias similares aos mesmos.
Streptococcus
• São anaeróbios facultativos.
• Obtenção de energia: utilização de açúcares.
• Crescimento: as exigências nutricionais variam amplamente entre espécies
diferentes. Os patógenos humanos são mais exigentes e necessitam de diversos fatores
de crescimento. Muitos isolados têm o crescimento e a hemólise favorecidos através da
incubação em CO2 a 10%.
Apesar de a maioria dos estreptococos hemolíticos patogênicos crescer melhor a 37°C
temos que:
Streptococcus: 25°C - 37°C.
Enterococcus: apresentam bom crescimento entre 10°C e 45°C.
Os estreptococos e enterocos de importância médica são
homofermentadores, significando que o único produto da fermentação da
glicose é o ácido láctico.
A classificação dos estreptococos caracteriza-se pela combinação
de peculiariedades, como por exemplo:
Padrões de hemólise em ágar sangue (α-hemólise, β-hemólise ou
ausência de hemólise).
Padrões de hemólise em ágar sangue
• -hemólise
– Hemólise parcial de eritrócitos
• Formação de pigmento verde
• β-hemólise
– Lise completa dos eritrócitos
• -hemólise
– Ausência de hemólise
Streptococcus
Parede celular: formada primariamente por glicopeptídeos, no qual estão inseridos diversos
carboidratos (grupo-específicos), ácidos teicóicos, lipoteicóicos e proteínas (M, T, R) de
superfície.
 Classificação sorológica com base nos carboidratos antigênicos superficiais. O
trabalho pioneiro de Rebeca Lancefield estabeleceu o sistema de agrupamento de Lancefield
para os estreptococos β-hemolíticos. Os antígenos detectados pelo sistema de agrupamento
de Lancefield são polissacarídeos de parede celular (grupos A, B, C, F e G oriundos de
humanos) ou ácidos lipoteicóicos de parede celular (espécies do grupo D e espécies de
Enterococcus).
Grupo A
Grupo B
polissacarídeo: L-ramnose e N-acetil-D-glicosamina – Streptococcus pyogenes
polissacarídeo: ramnose-glicosamina
- Streptococcus agalactiae
 Outros estreptococos, em particular os membros do grupo viridans, não possuem qualquer
dos antígenos de Lancefield de parede celular conhecidos. Os estreptococos viridans bem
estudados (S. mutans) foram divididos em sorotipos com base em seus carboidratos
antigênicos da parede celular. Os diferentes sorotipos de S. mutans foram elevados à categoria
de espécies e, na atualidade, compreendem o denominado grupo de S. mutans de
estreptococos bucais.
 Os tipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococos) são ainda classificados de acordo
com a composição antigênica dos polissacarídeos capsulares.
Estreptococos β-hemolíticos do grupo A (Streptococcus pyogenes)
 O homem é o reservatório natural dos estreptococos β-hemolíticos do grupo A, e o
microrganismo é transmitido de pessoa para pessoa por via respiratória.
 Habitat: garganta e pele
 Doenças comuns e importantes: faringite, amigdalite, febre puerperal, febre
escarlatina (provocada pela toxina eritrogênicas), impetigo, erisipela.
Presença de fímbrias:
As fímbrias se projetam através da cápsula dos estreptococos do grupo A. São
constituídas em parte de proteína M e cobertas de ácido lipoteicóico.
Ácido lipoteicóico X Fixação dos estreptococos às células epiteliais
 A maioria das cepas do grupo A produz cápsulas compostas de ácido hialurônico.
Obtenção de energia: utilização de açúcares.
Streptococcus pyogenes - supurativa
• Não-invasivo
– Faringite: estreptococos aderem ao epitélio da faringe pelo
ácido lipoteicóico
– Infecção da pele, impetigo, erisipela, piodermite
• Invasivo
– Síndrome do Choque tóxico Estreptocócico
 Caracteriza-se por: choque, bacteremia, insuficiênia respiratória e
insuficiência de múltiplos órgãos
 Toxinas pirogênicas (superantígeno / Ativa o Sistema Imune)
 Proteínas M
Glomerulonefrite Aguda
•Doença Pós-estreptocócica: após uma infecção aguda por
estreptococos do grupo A, existe um período latente de 1-4
semanas após o qual pode ocorrer o desenvolvimento de nefrite ou
febre reumática. O período de latência sugere que essas doenças
pós-estreptocócicas não são atribuíveis ao efeito das bactérias
disseminadas,
mas
representam
uma
resposta
de
hipersensibilidade.
• A glomerulonefrite pode aparecer depois das faringo-amigdalites e
das piodermites.
•O ag mais importante situa-se, provavelmente, na membrana do
estreptococo.
• Proteína M
• Inicia-se pela formação de complexos antígenos-anticorpos sobre
a membrana basal glomerular
• Não tem tendência a reativação
Febre Reumática
• Febre reumática: trata-se da seqüela mais grave das infecções
•
causadas por estreptococos hemolíticos, uma vez que resulta em lesão
de válvulas e músculo cardíaco.
Infecções estreptocócicas não tratadas podem ser seguidas por febre
reumática.
Cepas de estreptococos do grupo A contém ag de parede celular
semelhante aos antígenos do tecido cardíaco humano.
Normalmente precedida de infecção do trato respiratório, como por
exemplo faringete estreptocócica.
Sinais e sintomas da doença:
•
- febre
- mal-estar
- poliartrite não-supurativa
- sinais de inflamação de todas as partes do coração
Tendência a reativação por infecção estreptocócica
•
•
•
Etiologia da Febre Reumática
 Proteína M
– Reação cruzada com células do músculo cardíaco
 Ag da parede celular
–
imunogênico
– persiste indefinidamente
Estreptococos do grupo B
• Streptococcus agalactiae
são membros da microbiota
normal do trato genital feminino e constituem uma importante
causa de sepse e meningite neonatal
• São β-hemolíticos
•Estreptococos do grupo C e G
Podem estar presentes na nasofaringe e causar sinusite,
bacteremia ou endocardite.
São β-hemolíticos
Identificados com anti-soros específicos para grupos C ou G
Enterococcus
 O gênero Enterococcus inclui os enterococos clássicos previamente
classificados comos estreptococos do Grupo D.
 Esses microrganismos são habitantes normais dos tratos
gastrintestinal e biliar e em menor proporção, da vagina e da uretra
masculina.
 Tornaram-se
importantes
agentes
patogênicos
devido,
principalmente, a sua resistência a agentes antimicrobianos.
Crescem em ágar bile esculina (crescem na presença de bile e
hidrolisam a esculina)
Crescem em NaCl 6.5%
 Infecção do trato urinário
- Contaminação fecal
 Infecções oportunistas
- Particularmente endocardite
E. faecalis é o mais isolado, e está associado com 80 a 90% das
infecções enterocócicas humanas.
Resistentes a muitos antibióticos
Streptococcus pneumoniae
Habitantes normais das vias aéreas superiores de humanos.
* São -hemolíticos.
*A virulência dessa bactéria está associada, em primeira instância,
com sua capacidade de resistir a fagocitose e morte por células
fagocitárias.
* A especificidade antigênica dos polissacarídeos capsulares é
utilizada para classificar S. pneumoniae em 84 tipos.
* Aderência inicial está relacionada a uma adesina bacteriana que
interage com receptores na superfície do epitélio faríngeo.
* Outras substâncias importantes na virulência deste microrganismo
são: -hemolisinas, autolisinas e as moléculas de superfície celular.
-Pneumolisina: inibe atividade bactericida das células fagocitárias e
impede o movimento ciliar, comprometendo, assim, a depuração
bacteriana.
-Provocam: pneumonia, sinusite, otite, bronquite, bacteremia,
meningite.
Streptococcus pneumoniae
Identificação
de cocosScheme)
G+
Summary
Figure (Identification
Note: Strep. viridans
are alpha hemolytic and
negative for all the tests
below
GRAM POSITIVE COCCI
Catalase
Streptococcus (pairs & chains)
+
Staphylococcus (Clusters)
Coagulase
+
S. aureus
&hemolytic
mannitol
yellow
-
Hemolysis
•
S. epidermidis
nonhemolytic (usua lly)
mannitol
(2)
white
•
BETA: Bacitracin
S .pyogenes (group A)
+
CAMP/Hippurate
+
S. agalactiae (group B)
ALPHA: Optochin/Bile Solubility
GAMMA: Bile Esculin
+
S. pneumoniae
+ 6.5% NaCl +
Group D*
Enterococcus
Bile Esc ulin
NaCl
Group D*
+ 6.5%
Non-Enterococcus
(*can also be beta or alpha hemolytic)
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