bactérias gram positivas

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BACTÉRIAS GRAM POSITIVAS
• As bactérias Gram-positivas são aquelas que
obtêm uma coloração violeta ou azul escura
através da técnica de Gram.
• Os organismos Gram-positivos são capazes de
reter o corante violeta devido à grande
quantidade de peptidoglicano na sua parede
celular.
• As bactérias Gram-positivas, especialmente os
cocos, estão entre os microrganismos mais
freqüentemente isolados de amostras biológicas
humanas em laboratórios de microbiologia.
• Os estafilococos são geralmente encontrados na
pele e mucosas do homem e de outros animais.
Muitas espécies são isoladas de partes específicas
do corpo humano ou de certos animais
• Os estafilococos são cocos Gram-positivos,
podem se apresentar isolados ou aos pares,
em cadeias curtas ou agrupados. O aspecto
macroscópico da colônia em meio sólido,
presença de pigmento e hemólise em ágar
sangue de carneiro são características
auxiliares na identificação destes
microrganismos. São imóveis, anaeróbios
facultativos, não formadores de esporos e
produtores de catalase.
• Rotineiramente, o teste da catalase é utilizado
para diferenciar os estafilococos (catalase
positiva) dos estreptococos (catalase negativa)
• A habilidade de coagular o plasma continua
sendo o critério mais aceito e utilizado para
identificar estafilococos patogênicos
associados com infecções agudas, em geral, S.
aureus em humanos e animais
Staphylococcus spp.
• Os estafilococos estão entre os agentes mais
freqüentemente relacionados a enfermidades
humanas. Os processos infecciosos mais comuns
incluem:
• Pneumonias;
• Bacteremias;
• Infecções de pele e tecidos moles;
• Infecções relacionadas ao uso de próteses e
cateteres venosos;
• Meningites.
Importância Clínica
• O agente com maior poder patogênico é o S.
aureus, reconhecido como um grande problema
mundial, responsável por infecções relacionadas
à assistência à saúde e comunitárias e resistentes
a maioria dos antimicrobianos utilizados.
• O grupo conhecido como estafilococos coagulase
negativa freqüentemente era considerado como
contaminante no material clínico;
• Entretanto, nos últimos quinze a vinte anos
houve um aumento na incidência de infecções
de corrente sanguínea por estes agentes e
correlacionadas com aumento da mortalidade
e morbidade. A espécie coagulase negativa
mais freqüentemente isolada é o
Staphylococcus epidermidis, geralmente
associadas ao uso de materiais protéticos e
cateteres e são mais prevalentes em pacientes
imunodeprimidos.
• As colônias de estafilococos são geralmente de
crescimento mais rápido, com 1,0 a 2,0 mm de
diâmetro após 24 h de incubação, são
usualmente lisas, butirosas e convexas, com
borda contínua e coloração branco-porcelana ou
cinzas,
• As colônias de S. aureus podem ter pigmento
amarelo ou amarelo-alaranjado, podendo
apresentar hemólise. A coloração amarelada no
S. aureus aparece mais pronunciada após
incubação de 72 h em temperatura ambiente.
Identificação
• rova da catalase
• Finalidade:
Verificar a presença da enzima catalase que decompõe H2O2 em
água e O2 e, desta forma, distinguir os grupos estafilococos e
estreptococos.
Procedimento:
Com alça bacteriológica, retirar uma colônia do meio de cultura
(preferencialmente não retirar colônias crescidas em ágar sangue
porque os fragmentos podem se misturar com as colônias e
produzir um resultado falso-positivo). Colocar a colônia sobre uma
lâmina de vidro e adicionar uma gota de H2O2 a 3%.
Leitura:
Observar a formação de bolhas.
Prova da Coagulase
• Verificar se o microrganismo possui a coagulase (ou fator aglutinante) livre
e ligada, que, reagindo com um fator plasmático, forma um complexo que
atua no fibrinogênio do plasma formando a fibrina.
• Procedimento:
• Colocar 0,5 mL de plasma em tubo de ensaio;
• Adicionar uma alçada de colônia diretamente no plasma de coelho com
EDTA;
• Incubar por 4 h a 35±2ºC em estufa ou banho-maria; caso não haja
formação de coágulo, incubar por 24 h.
• Leitura:
Formação de coágulo observada pela inclinação suave.
• Interpretação:
• Formação de coágulo inteira ou parcial, identifica Staphylococcus aureus;
• Não há formação de coágulo, identifica Staphylococcus coagulase
negativa.
Teste de resistência à novobiocina
• Verificar se o microrganismo é resistente à
novobiocina.
• Procedimento:
• Semear como antibiograma em ágar Müeller-Hinton;
• Colocar um disco de novobiocina 5 µg/mL;
• Incubar a 35±2ºC por 18 - 24 h.
• Leitura:
Formação de halo, que deve ser medido.
• Interpretação:
• Formação de halo ≤ 16 mm, identifica Staphylococcus
saprophyticus.
Teste resistência à furazolidona
•
•
•
•
•
•
Diferenciar Staphylococcus spp. de Micrococcus spp.
Procedimento:
Semear como antibiograma em ágar Müeller-Hinton;
Colocar um disco de furazolidona 100 µg;
Incubar a 35 a 37ºC por 18 - 24 h.
Leitura:
Formação de halo, que deve ser medido.
• Interpretação:
• Formação de halo ≥ 15 mm, identifica Staphylococcus
spp.;
• Formação de halo ≤ 14 mm, identifica Micrococcus spp.
Teste de resistência à bacitracina
• Diferenciar Staphylococcus spp. de Micrococcus spp.
• Procedimento:
• Semear como antibiograma em ágar Müeller-Hinton ou
ágar sangue de carneiro;
• Colocar um disco de bacitracina 0,04 U;
• Incubar a 35 a 37ºC por 18 - 24 h.
• Leitura:
Formação de halo, que deve ser medido.
• Interpretação:
• Formação de halo ≥ 10 mm, identifica Micrococcus spp.;
• Formação de halo ≤ 9 mm, identifica Staphylococcus spp.
Streptococcus spp.
• As bactérias do gênero Streptococcus são
capazes de causar diversas doenças nos seres
humanos. Dentre as mais freqüentes estão as
infecções do trato respiratório, pele e tecidos
moles, endocardites, sepse e meningites.
Streptococcus pneumoniae, o pneumococo, é
um dos agentes que mais freqüentemente
causam doenças invasivas graves, como
meningite e bacteremia.
• Os estreptococos, da família Streptococcaceae
são caracterizados como cocos Grampositivos, anaeróbios facultativos, não
produtores de catalase
• Podem produzir hemolisinas, e os tipos de
reação hemolítica em meio sólido contendo
5% de sangue de carneiro
• Alfa-hemólise ( α ): é caracterizada por uma hemólise parcial,
associada com a perda parcial de hemoglobina pelas hemácias,
ocorrendo uma zona cinza-esverdeada no meio de cultura ao redor
da colônia. Streptococcus pneumoniae caracteriza-se por produzir
este tipo de hemólise
Beta-hemólise ( ß ): é caracterizada pela lise completa das
hemácias que rodeiam a colônia, ocorrendo uma zona transparente
(zona de lise total) ao redor da colônia. Os estreptococos com esta
característica são denominados beta-hemolíticos
Gama-hemólise (): é caracterizada pela ausência de hemólise.
Cepas desses microrganismos não hemolíticos, ou d-hemolíticos,
não causam modificação no meio de ágar sangue de carneiro
Pneumococcus
• Pneumococos não possuem a enzima catalase
• Os pneumococos são Gram-positivos, com
morfologia de diplococos lanceolados, ou seja,
com as extremidades em ponta de lança ou
em chama de vela. Medem 0,5 a 1,25 µm de
diâmetro e dispõem-se aos pares (diplococos)
• Podem possuir cápsula, o seu principal fator
de patogenicidade.
• A cápsula de polissacarídeo que envolve
externamente o pneumococo é seu
constituinte mais importante, sob vários
aspectos. O polissacarídeo capsular (PS) é um
determinante essencial para a antigenicidade
do pneumococo, e sua diversidade bioquímica
induz respostas imunológicas específicas, nas
quais se baseia a classificação dos
pneumococos em tipos.
• A cápsula é o principal fator de virulência
destas bactérias, protegendo-as da fagocitose
e do reconhecimento pelo sistema
imunológico, assim permitindo a sua
sobrevivência, multiplicação e disseminação
para vários órgãos
Importância Clínica
• O homem é o reservatório e o hospedeiro
exclusivo de S. pneumoniae, cujo habitat é o
sistema respiratório.
• A quantidade desta bactéria na nasofaringe é
geralmente limitada pela competição com os
outros componentes da microbiota local e pelos
mecanismos inespecíficos de defesa do
hospedeiro, como movimento muco-ciliar, tosse,
coriza e reflexo epiglotal, os quais previnem a
penetração do pneumococo através do epitélio
do sistema respiratório superior.
• A pneumonia é a mais freqüente das doenças
pneumocócicas, sendo considerada uma das
doenças mais incidentes e graves que acometem
o homem. Atinge todas as faixas etárias,
principalmente crianças e idosos
• Derrame pleural é a complicação mais comum, e
empiema é a de maior gravidade. O S.
pneumoniae é o principal agente das pneumonias
bacterianas em idosos e crianças até cinco anos e
é responsável por 10% a 25% de todas as
pneumonias em todas as faixas etárias
S. pyogenes
• Esta espécie pertence ao grupo A de Lancefield,
são colônias β-hemolíticas, com vários fatores de
virulência. Podem causar faringites, infecções
respiratórias, impetigo, erisipela, endocardites,
meningites e artrites. Infecções por cepas
produtoras de toxinas podem causar a febre
escarlatina e choque tóxico.
A faringite por S. pyogenes é comum e pode
evoluir com seqüelas como febre reumática e
glomerulonefrite aguda.
S. agalactiae
• Esta espécie é β-hemolítica, pertence ao grupo B
de Lancefield. Podem causar infecções graves em
neonatologia, como sepse e meningite. A
detecção deste patógeno no trato genital e/ou
gastrointestinal de parturientes pode identificar
um risco para infecção dos recém-nascidos e
guiar a terapia antimicrobiana intra-parto.
Algumas condições (neoplasias,
imunodeficiências e diabetes mellitus) podem
predispor adultos a infecções por este patógeno
como bacteremia, endocardite, infecções de pele
e tecidos moles, pneumonia e osteomielites.
Streptococcus do grupo viridans
• Este grupo de bactérias faz parte da
microbiota normal da cavidade oral, trato
gastrointestinal e trato genital, e
freqüentemente são considerados
contaminantes quando isolados de
hemoculturas. Entretanto sua presença pode
estar associada a endocardite subaguda,
especialmente em portadores de próteses
valvares
Rebecca Lancefield
• Como a hemólise não era suficiente para
distinguir estreptococos causadores de doença, a
Dra. Rebecca Lancefield desenvolveu um método
sorológico para a distinção dos estreptococos
• A classificação dos estreptococos em grupos
sorológicos baseia-se nas características
antigênicas de um polissacarídeo de composição
variável chamado carboidrato C, localizado na
parede da célula
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