Massas de ar

Propaganda
Trabalho de Climatologia
Cristiene Miranda
David Fernandes
Deise Mariana
Paloma Veloso
Área de abrangência
Região Costeira dos Estados:
Rio Grande do Norte
Paraíba
Alagoas
Sergipe
Bahia
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
Massas de ar
As massas de ar úmidas que influenciam a
formação deste clima são provenientes do
oceano Atlântico sendo elas:
•
Massas de ar Equatorial Atlântica -MEAS
•
Massa de ar Tropical Atlântica –MTA
•
Massa de ar Polar Atlântica – MPA
 E pela Zona de convergência Intertropical ZCIT
Fonte: Moreira, 2007
Os ventos alísios, que são gerados pela
rotação da terra, e a passagem de centros
de alta pressão sobre o oceano fazem
com que os ventos tenham sua direção
voltada para o continente e sendo assim
eles carregam a umidade marítima para
a faixa leste mais próxima do litoral do
Brasil.
Os valores
acumulados
de
precipitação são baixos, pois estas
massas de ar não causam chuvas
significativas.
FONTE: Disponível em: <www.climabrasileiro.hpg.ig.com.br/massasbr.htm>
Acessado em : 20 de setembro de 2009
No verão, a massa Tropical Atlântica avança sobre as regiões
costeiras. O encontro dessa massa com as escarpas planálticas
(Serra da Borborema, Chapada Diamantina, Serra do Mar e Serra
da Mantiqueira) provoca um fenômeno conhecido como chuvas
orográficas ou de relevo: ao encontrar uma barreira, o ar úmido
se eleva e o vapor d'água condensa, causando assim esse tipo de
chuva, comum na região litorânea
Amplitude térmica
Nessa região a amplitude térmica é menor. Isso ocorre pela
proximidade das águas do mar que se aquecem e se resfriam
lentamente. Na região litorânea a umidade do ar é maior
Temperaturas
Apresenta um clima quente, sendo que no litoral nordeste as
temperaturas são mais elevadas que as do litoral sudeste.
 Média oscila entre 23ºC e 26ºC
 Média das máximas: 30ºC
 Máxima absoluta de até 42ºC em Campina Grande (PB)
 Média das mínimas: 18ºC

Mínima absoluta de até 10ºC em Garanhuns (PE)
 Amplitude térmica aumenta quando avançamos para o Sul
Pluviosidade
As chuvas no nordeste ocorrem principalmente no outono e inverno e no
sudeste
são mais intensas na primavera e verão.
Média anual
 cerca de 700 mm em Arcoverde (PE) – chove pouco na primavera e início de verão
 cerca de 2500 mm em Recife (PE) - a pluviosidade esta presente em todos os meses
do ano, não apresentado estações de seca, mas a uma redução dos totais pluviométricos no
período que vai de outubro a fevereiro
Temperatura (ºC)
Precipitação (mm)
Recife (PE)
Temperatura (ºC)
Precipitação (mm)
Arcoverde (PE)
verão mais chuvoso que o inverno
médias pluviométricas elevadas
médias térmicas elevadas
Domínios morfoclimáticos
Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir
das
características
climáticas,
hidrológicas e fitogeográficas.
botânicas,
pedológicas,
Domínio morfoclimático do clima litorâneo
Domínio dos Mares de
Morros – região leste
(litoral brasileiro), onde se
encontra a floresta
Atlântica
Mares de morros
Acompanha a faixa litorânea do Brasil, do Nordeste até o Sul do País
com área total de aproximadamente 1.000.000 km².
As características são de morros arredondados que da alternância de
períodos de secas e chuvas, apresentando solos férteis, Mata
Atlântica e rios que são importantes por seu potencial hidrelétrico na
região.
Essa paisagem sofreu grande degradação em conseqüência da forte ocupação
humana.
Além do desmatamento, esse domínio sofre intenso processo erosivo (relevo
acidentado e clima úmido), com deslizamentos freqüentes e formação de
voçorocas.
Ecossistemas
Mangues
O manguezal caracteriza-se por sua localização associado às margens de
baías, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja
encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da
costa, sujeito ao regime das marés. Sua vegetação é bastante variada, porém
típica de regiões litorâneas. São regiões alagadiças e salobras que abrigam
manguezais, gramíneas e plantas rasteiras.
Características da vegetação
•Solo salino com deficiência de oxigênio, caracterizado por formações lodosas
permite a existência de vegetais halófilos (toleram salinidade elevada)
•Raízes longas (sustentação em solos lodosos)
•Raízes aéreas (devido a falta de oxigenação)
Flora
Possui vegetação típica, que apresenta uma série de adaptações às condições
existentes nos manguezais. Esta vegetação é tão especializada que se pode
verificar a ocorrência de determinadas espécies de plantas nos manguezais de todo
o mundo, como é o caso da Rizhophora mangle, conhecida vulgarmente no Brasil
como mangue vermelho. Associadas ao mangue vermelho, destacam-se a
presença da Laguncularia racemosa e Avicennia schaueriana.
Mangue-vermelho
Avicennia schaueriana
Laguncularia racemosa
Fauna
A biodiversidade dos manguezais se traduz em significativa fonte de alimentos para as
populações humanas. Nesses ecossistemas se alimentam e reproduzem mamíferos,
aves, peixes, moluscos e crustáceos. Entre essas espécies, destacam-se o bem-ti-vi
(Pitangus sulphuratus), guará (Eudocimus ruber), socó-dorminhoco (Nycticorax
nycticorax), camaleão (Chamaeleonidae sp), guaiamu (Cardisoma guanhumi), chamamaré, etc.
bem-ti-vi
guaiamu
guará
camaleão
chama-maré
socó-dorminhoco
Importância
No Brasil, os mangues são protegidos por legislação federal, devido à
importância que representam para o ambiente marinho. Servem de refúgio
natural para a reprodução e desenvolvimento (berçário), assim como local para
alimentação e proteção para crustáceos, moluscos e peixes de valor comercial.
Os manguezais ainda contribuem para a sobrevivência de aves, répteis e
mamíferos, muitos deles integrando as listas de espécies ameaçadas ou em risco
de extinção. Além disso, colaboram para o enriquecimento das águas marinhas
com sais nutrientes e matéria orgânica.
Impacto ambiental
Devido à grande importância econômica dos manguezais, estes ambientes são degradados
diariamente pela ação e ocupação do homem. Essa ocupação desordenada deve-se
principalmente ao fato desses locais apresentarem condições favoráveis à instalação de
empreendimentos.
 Oferta quase ilimitada de água, insumo importante para indústria,
 Possibilidade de fácil despejo de rejeitos sanitários, industriais, agrícolas e/ou de Mineração.
 Proximidade de portos, que facilitam a importação de matéria prima para a transformação e a
exportação de produtos, diminuindo custos de carga e transporte.
 Pressão do mercado imobiliário.
 As populações caboclas que vivem no litoral também
desenvolvem atividades que causam impactos, como a pesca e
a coleta de siris, caranguejos e sururus. Eles também se
alimentar de aves costeiras (inclusive aves ameaçadas de
extinção), primatas, assim como de alguns répteis tais como
lagartos e tartarugas, e de seus respectivos ovos.
 As árvores do manguezal são utilizadas para obtenção de
madeira para construção de barcos, casas, cercados, armadilhas
de pesca, além de servirem para produção de combustível na
forma de carvão.
 O solo do manguezal é explorado com a retirada de argila que é
utilizada por olarias para produção de telhas e tijolos de cerâmica.
 O processo de exploração do turismo tem como conseqüência a
expansão imobiliária em áreas de manguezal. Estes empreendimentos
podem no entanto levar ao aterro dos manguezais assim como a
extinção da fauna e da flora de maneira irreversível.
Restinga
Nos termos da Resolução CONAMA n.º 007/96, vegetação de restinga é "conjunto das comunidades
vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha".
A restinga caracteriza-se por sua localização ao longo do litoral Brasileiro sendo,
um dos ecossistemas associados a Mata Atlântica. A restinga é encontrada nas áreas
compreendidas entre as dunas interiores e a floresta de terras baixas, revestindo as
áreas litorâneas fora do alcance do mar. A Restinga é uma vegetação mista
composta por árvores, arbustos, epífitas, trepadeiras, muitas bromélias de chão e
samambaias. A vegetação cresce em solo arenoso e suporta fatores como a
salinidade, ventos e insolação forte. No interior das matas de restinga podem ser
encontradas árvores que podem chegar a 15m de altura.
Características da vegetação
•Folhas rígidas e resistentes
•Caules duros e retorcidos
•Raízes com forte poder de fixação em solos arenoso
•Arbustos de pequeno porte nas proximidades das praias, de 1,5 a 2 m de altura
Flora
Predominam nas restingas árvores de pequeno e médio porte dependendo de seu estágio,. Da
praia em direção ao interior a vegetação de restinga vai se adensando até chegar a um estágio
de árvores que alcançam 20 metros de altura. Onde o solo permanece mais inundado grande
parte do ano as florestas de restingas são mais baixas com árvores de até 10 metros de altura.
Entre as espéices estão: a caxeta (Tabebuia cassinoides) e a Guaxima-do-mangue; (Hybiscus
pernambucensis).
Entre as bromélias encontram-se Aechmea nudicaulis; Bromelia binotii; Catopsis
berteroniana; Neoregelia compacta; Neoregelia cruenta.
As restingas são verdadeiros mosaicos florísticos, pois possuem várias espécies que se
encontram em outros ecossistemas.
restinga
caxeta
Bromélias
Neoregelia compacta
Catopsis berteroniana
Aechmea nudicaulis
Fauna
A fauna é muito rica podendo-se destacar o cachorro-do-mato (Cerdocyon sp), o
quati (Nazua nazua) e o Mão-pelada (Procyon) e inclusive é habitat também do
veado-catingueiro (Mazama gouazoubira). Entre as aves destacam-se o beija-flor
Amazilia frimbriata, a coruja-buraqueira (Speotyto cunicularia) e a belíssimo Tiê-
sangue (Rhamphocelus bresilius).
cachorro-do-mato
quati
veado-catingueiro
Tiê-sangue
Mão-pelada
beija-flor
coruja-buraqueira
Mata Atlântica
A mata atlântica originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se
do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de
quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só
comparável à Floresta Amazônica.
Atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua
extensão original. Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, nem vestígios. Hoje a
maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes
cidades, pastos e agricultura
Download