Geografia – 4ª série – 3º Bimestre As plantas da paisagem brasileira Algumas plantas da paisagem brasileira são nativas, isto é, já existem no lugar há muitos e muitos anos. Outras foram cultivadas pelas pessoas. Em diversas paisagens, os terrenos de cultivo e pastos já substituíram as plantas nativas. Em outras, as plantas nativas que haviam sido retiradas foram replantadas, com a finalidade de repor a vegetação original. Grande parte das nossas florestas e matas nativas já desapareceu. Nas cidades, a maior parte da vegetação foi plantada pelas pessoas. A vegetação nativa do Brasil Em cada paisagem crescem tipos diferentes de plantas e vivem variados tipos de animais, adaptados ao ambiente que aí se forma. Nas paisagens também vivem pessoas, transformando e adaptando a natureza para viver e trabalhar. A palavra floresta é usada para nomear um tipo de formação vegetal, em que os elementos dominantes são as árvores. As grandes formações floretas do Brasil são: a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e a Mata das Araucárias ou Floresta dos Pinhais. A Floresta Amazônica é ainda a maior reserva de animais e de plantas do Brasil. Essa formação, porém, já está bastante ameaçada pela presença de fazendas, de atividades mineradoras, de construções de hidrelétricas e de estradas. As pessoas invadem cada vez mais o espaço das plantas e dos animais. A Mata Atlântica, que ocupava uma larga faixa do litoral brasileiro, quase não existe mais, já que grandes cidades, campos de plantio e pastos ocupam hoje a maior parte dessa área. São poucos os trechos onde se podem ver as árvores maiores, como o jequitibá-rosa, as quaresmeiras e algumas árvores de pau-brasil. Embaixo delas, crescem árvores menores e palmeiras. Morcegos, gambás, aves e borboletas vivem na Mata Atlântica. A Mata das Araucárias ou Floresta dos Pinhais também é uma formação importante na vegetação brasileira. Nela cresce o pinheiro-doparaná, cuja árvore chega a 30 metros de altura e produz um fruto chamado pinhão. Hoje só é possível encontrar a Mata das Araucárias em alguns locais isolados. Ela já está bastante destruída, pois as pessoas derrubam os pinheiros para aproveitar a madeira. Em algumas áreas antes ocupadas pelas Matas das Araucárias existem atualmente reflorestamentos de pinheiros de eucaliptos. A madeira extraída dessas árvores é utilizada para produção de lenha e de celulose para fazer o papel. Existem outros tipos de vegetação no Brasil. Árvores baixas, com ou sem folhas, são próprias de lugares mais quentes, onde as chuvas são mal distribuídas. Aparecem também plantas com folhas grossas, algumas com espinhos, como por exemplo, os diferentes tipos de cactos. Em geral essa vegetação tem raízes profundas que acumulam água. O conjunto dessa vegetação chama-se caatinga. A ararinha-azul, o sapo-cururu, a cutia, o preá, o gambá, o sagüi, a seriema, são exemplos de animais que vivem na caatinga. Existe também com vegetação baixa, rasteira e com poucas árvores. São os campos. As áreas de campos têm sido ocupadas para criação de animais. O cerrado também apresenta uma vegetação baixa que recobre o solo. As árvores apresentam troncos retorcidos, de casca grossa. O loboguará, o tamanduá-bandeira, a paca, a anta e a rolinha, entre outros animais, são encontrados no cerrado. O crescimento das cidades, o desmatamento para a exploração da madeira, os campos de plantio e de criação, a extração, alterando em especial os elementos naturais que o compunham. Os manguezais aparecem no litoral das regiões quentes. Por sua riqueza em matéria orgânica, são considerados berçários de peixes, siris, caranguejos e mexilhões. Os manguezais já sofreram ocupação humana e em virtude disso, em alguns lugares do Brasil, essa vegetação já está destruída.