Patologia e Dietoterapia nas Enfermidades Panreáticas

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Patologia e Dietoterapia
nas Enfermidades
Pancreáticas
Nutti.MSc Maria de Lourdes Marques Camargo
Nutrição/UBM
O pâncreas
É
uma glândula do aparelho digestório de
secreção interna e externa.
 É responsável pela produção de enzimas
e líquidos digestivos que misturam-se aos
alimentos no duodeno, digerindo as
gorduras, carboidratos e proteínas que
devem ser absorvidas pelo organismo.
O pâncreas
 Secreta
o suco pancreático que contém
enzimas que intervém na hidrolização de
proteínas, gorduras, ácido nucléico e
carboidratos.
 Também secreta insulina e glucagon que
verte na corrente sanguínea e é
independente do suco pancreático.
Estrutura do pâncreas
 Situa-se
na parte superior do abdomen e
atrás do estômago.
 É dividido em 3 partes: a cabeça, o corpo
e a cauda.
 Tem cerca de 20 a 25 cm de extensão no
adulto, contém finos tubos de composição
idêntica à nervura de uma folha.
 Esses tubos juntam-se para formar uma
única abertura, que desemboca no
duodeno, durante a digestão.
Funções do Pâncreas
Ação exócrina
Ação endócrina
 Enquanto
 ...
a maior
parte das células
do pâncreas
secreta suco
pancreático, que
exerce uma função
digestiva (ação
exócrina) ...
Outras células
do pâncreas
produzem insulina,
hormônio
indispensável às
funções vitais
(ação endócrina).
Pâncreas exócrino
 Secreta
enzimas digestivas, reunidas em
estruturas denominadas ácinos.
 Os ácinos pancreáticos estão ligados
através de finos condutos, por onde a
secreção é levada até um condutor maior,
que desemboca no duodeno, durante a
digestão.
 Os ácinos pancreáticos obedecem a
estímulos nervosos, originados de
ramificações do nervo vago.
Pâncreas exócrino
O
suco pancreático contém enzimas
digestivas, quais sejam:




O
Protease, para a digestão das proteínas,
Lipase, para a digestão dos lipídios,
Amilase, para a digestão do amido, e
Nuclease, para a digestão dos ácidos
nucléicos.
suco pancreático é liberado através das
ações dos hormonios secretina e
colecistocinina.
Pâncreas exócrino
 A síntese
enzimática é
processo contínuo
 Ocorre em três fases
 Fase cefálica


Desencadeada por
estímulos que chegam ao
cérebro
responsável por uma
pequena quantidade da
secreção pancreática de
elevado conteúdo
proteico; (Fig. 14)
Pâncreas exócrino

Fase gástrica


fase em que se dá a
libertação da gastrina,
pela chegada dos
alimentos ao estômago;
essa libertação promove
o reflexo gastropancreático, estimulando
o pâncreas à libertação
de suco pancreático em
maiores quantidades e
com alto conteúdo
enzimático;
Pâncreas exócrino

Fase intestinal
 é a fase mais importante da
secreção pancreática, que
se inicia com a entrada do
quimo gástrico no duodeno.
 Nesta fase ocorre a
secreção de uma grande
quantidade de suco rico em
bicarbonato e com baixo teor
enzimático.
 É ainda nesta fase que
intervém o nervo vago, a
secretina e a
colecistoquinina.
Pâncreas endócrino
 Secreta
os hormônios insulina e glucagon,
reunidos nas ilhotas de Langerhans, nos
quais:


as células beta secretam a insulina e
as células alfa secretam o glucagon.
 Os
hormônios produzidos nas ilhotas de
Langerhans caem diretamente nos vasos
sanguíneos pancreáticos.
PANCREATITE CRÔNICA
Pancreatite Crônica
 Origem
= inflamação persistente no
pâncreas
deficiência hormonal
comprometimento da absorção
Diminuição insulina

Em geral associada ao alcoolismo crônico
Pancreatite crônica
 Sintomas





Dor abdominal
Anorexia
Náuseas e vômitos
Diarréia – esteatorréia
Desnutrição progressiva
casos de má absorção grave –
administração exógena de enzimas
(pancreatina, lipases)
 Em
Pancreatite crônica
 Terapia
nutricional
 Dieta hipolipídica – menos que 20% do
VET
 Em caso de hiperglicemia persistente =
recomendações para diabete
PANCREATITE AGUDA
Sinal de Cullen
Sinal de Grey Turner
PANCREATITE HEMORRÁGICA
Pancreatite aguda

Causas




Ativação de enzimas digestivas na célula acinar provocando
lesão
Liberação de mediadores inflamatórios
Desenvolvimento do processo inflamatório
Fatores predisponentes







Ingestão de álcool
Doenças do trato biliar
Hipertrigliceridemia
Traumas abdominais
Pós operatório de cirurgias abdominais
Causas infecciosas – virais
Medicamentos - corticoesteróides
Pancreatite aguda

Forma leve
 Edema discreto
 Elevações do nível sérico de enzimas (amilase)
 Dor abdominal e vômitos
 Baixa mortalidade
 Tratamento
• Jejum alimentar
• Hidratação e analgesia até a remissão dos
sintomas
• Introdução de dieta líquida hipolipídica
• Progressiva evolução da consistência
Pancreatite aguda

Forma necrótica e hemorrágica
 Sintomas iniciais típicos
 Insuficiência de órgãos
 Síndrome da resposta metabólica inflamatória
 Alta mortalidade
 Pacientes hipermetabólicos
 Terapia nutricional – mais rápido possível
 Jejum oral – repouso pancreático
 Preservar o estado nutricional
Pancreatite grave / Terapia
nutricional
Características
Recomendação
VET
Harris Benedict
FI = 1,3 a 1,5
Proteínas
Lipídios
Carboidratos
1,5 a 2,5 g/kg/dia
Hipolipídica
Hiper ou normoglicídica
Pancreatite grave / Terapia
nutricional
Vias de administração Considerações
Parenteral
De acordo com as NP
Soluções lipídicas = 20 a
30% das Kcal não
proteicas ( pouca
estimulação do pâncreas
se endovenosas)
Cautela em pacientes com
hiperlipidemias
Pancreatite grave / Terapia
nutricional
Vias de administração Considerações
Enteral
Sonda jejunal
Fórmula elementar
(diminuir estimulação
pancreática)
CÂNCER PANCREÁTICO
CÂNCER PANCREÁTICO







+ COMUM = Adenocarcinoma
Origem nas células do ducto pancreático
Mais comum em homens e raça negra
Geralmente surgem após 50 anos
Sintomas
 Assintomático até ficar volumoso
 Metástases - linfonodos, fígado e pulmões
 Dor abdominal, perda de peso, icterícia
 Prurido generalizado
Terapia Nutricional
 Semelhante da pancreatite
 Evolução de acordo com o estado do paciente
Prognóstico = ruim
Adaptado de :



Ana Christina Erthal Collier
Marcela Duarte Ulhôa
Sheila Lacerda
NUTRIÇÃO E METABOLISMO – UNI-BH
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