Psicanálise

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Psicanálise
A
Psicanálise surgiu na década de 1890,
com Sigmund Freud, um médico
neurologista que buscou tratar de pacientes
com sintomas de histeria.
 A teoria psicanalítica de Freud desloca a
caracterização da questão da razão e da
consciência
como
origem
do
comportamento humano com base no
conceito de inconsciente.
A Histeria

Breuer e Freud publicaram suas descobertas
e teorias em Estudos sobre a Histeria
(1895). Consideravam que os sintomas
histéricos ocorriam quando um processo
mental caracterizado por intensa carga de
afeto ficava bloqueado, impossibilitado de
expressão, através da via normal da
consciência e dos movimentos. Esse afeto
'estrangulado' percorria vias inadequadas e
derramava-se
sobre
a
inervação
somática(conversão).
Como surgiu a Psicanálise:

Freud considerava que pensamentos
perturbadores e anseios conflitantes eram
mantidos inconscientes (repressão), mas mesmo
assim causavam fortes sentimentos de culpa e
intensa ansiedade, interferindo na atividade
mental consciente, consumindo energia psíquica
vital em busca de liberação. Por serem
incompatíveis com os padrões normais do
indivíduo, este se sentiria compelido a defenderse contra essas idéias intrusivas e a liberação
desses impulsos, a fim de manter seu equilíbrio
interno (mecanismos de defesa).
Como surgiu a Psicanálise:


Como Freud acreditava na sobredeterminação dos eventos
psíquicos, supondo que todas as lembranças estavam
organizadas numa rede associativa, de forma que uma
recordação levaria à outra, e considerando possível
recuperar e compreender lembranças cruciais estando
consciente, Freud insistia para seu paciente lhe dizer tudo
que lhe ocorresse à mente (associação livre), a despeito de
quão irrelevante ou potencialmente embaraçosa a idéia
pudesse lhe parecer.
Ao entregar-se à sua própria atividade mental insconsciente
(atenção flutuante), Freud acompanhava o fluxo
inconsciente das produções mentais do paciente, a fim de
estabelecer conexões entre o fio associativo das
comunicações alusivas e as lembranças esquecidas.
Como surgiu a Psicanálise:

Freud notou que, na maioria dos seus
pacientes, o material mais frequentemente
reprimido
estava
relacionado
à
idéias
perturbadoras referentes à sexualidade. Em
1897, percebeu que, ao invés de serem
lembranças de acontecimentos reais, esses
eventos eram resíduos de impulsos e desejos
infantis (fantasias). E concluiu, portanto, que a
ansiedade era consequência da libido
reprimida, a qual encontrava expressão em
vários sintomas.
Como surgiu a Psicanálise:


Freud, então, comunicaria a ligação entre as
fantasias e sentimentos do analisando pelo analista e
a origem desses pensamentos e emoções nas
experiências da infância do paciente (interpretação).
Essa intensa vivência dos conflitos originais era um
processo doloroso para o paciente, mas a
elaboração desse sofrimento emocional (insight)
tornava o tratamento eficaz, devido a um novo
equilíbrio e distribuição de energia psíquica,
promovendo uma reorganização das estruturas
psicológicas, com configurações mentais mais
saudáveis.
As principais contribuições da
Psicanálise
 Teoria
da Constituição do Aparelho
Psíquico - abrange dois modelos:


O Modelo Topográfico: com os conceitos de
consciência, pré-consciente e inconsciente;
O Modelo Estrutural: com os conceitos de Id,
Ego e Superego.
As principais contribuições da
Psicanálise
 Teoria
Pulsional: contém os
conceitos de pulsão de
preservação e pulsão sexual e,
na segunda fase, de pulsão de
vida e pulsão de morte.
Modelo Topográfico

Formado por três níveis:
- Consciente: diz respeito à capacidade de ter
percepção dos sentimentos, pensamentos,
lembranças e fantasias do momento;
- Pré-consciente: relaciona-se aos conteúdos que
podem facilmente chegar à consciência com um
certo esforço de memória;
- Inconsciente- refere-se ao material não disponível à
consciência do indivíduo, refere-se ao conteúdo
reprimido e não conhecido que foi banido do
consciente por conter lembranças dolorosas; este
material só torna-se consciente através do trabalho
de análise e elaboração.
Modelo Estrutural




De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o
superego funcionam em diferentes níveis de consciência.
Há um constante movimento de lembranças e impulsos de
um nível para o outro.
O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais
estão sempre ativas. Regido pelo princípio do prazer, o id
exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em
conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.
O ego funciona principalmente a nível consciente e préconsciente, embora também contenha elementos
inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da
realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo
encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados
não são satisfeitos, mas reprimidos.
Apenas parcialmente consciente, o superego serve como
um sensor das funções do ego (contendo os ideais do
indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo
a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.
Ansiedade:

Ansiedade é uma reação de temor ou
apreensão diante de situações inócuas ou pode
ser uma resposta desproporcional ao grau real
de 'stress' externo.
 Ansiedade é a expressão sintomática de um
conflito emocional interno que ocorre quando
certas experiências, sentimentos e impulsos
muito perturbadores são suprimidos da
consciência.
MECANISMOS DE DEFESA
Devido ao jogo de forças presente na mente,
em que as mesmas se opõem e lutam entre si,
surge a ansiedade cuja função é a de assinalar
um perigo interno. Os mecanismos de defesa
entram em ação para possibilitar que o ego
estabeleça soluções de compromisso (para
problemas que é incapaz de resolver), ao
permitir que alguns componentes dos conteúdos
mentais indesejáveis cheguem à consciência de
forma disfarçada.
Os principais mecanismos de
defesa:

1. Repressão - retirada de idéias, afetos ou desejos
perturbadores da consciência, pressionando-os para
o inconsciente.
 2. Formação reativa - fixação de uma idéia, afeto ou
desejo na consciência , opostos ao impulso
inconsciente temido.
 3. Projeção - sentimentos próprios indesejáveis são
atribuídos a outras pessoas.
 4. Regressão - retorno a formas de gratificação de
fases anteriores, devido aos conflitos que surgem em
estágios posteriores do desenvolvimento.
 5. Racionalização - substituição do verdadeiro,
porém assustador, motivo do comportamento por
uma explicação razoável e segura.
Os principais mecanismos de
defesa:





6. Negação - recusa consciente para perceber fatos
perturbadores. Retira do indivíduo não só a percepção
necessária para lidar com os desafios externos, mas
também a capacidade de valer-se de estratégias de
sobrevivência adequadas.
7. Deslocamento - redirecionamento de um impulso para
um alvo substituto.
8. Anulação - através de uma ação, busca-se o
cancelamento da experiência prévia e desagradável.
9. Introjeção - estreitamente relacionada com a
identificação, visa resolver alguma dificuldade emocional
do indivíduo, ao tomar para a própria personalidade certas
características de outras pessoas.
10. Sublimação - parte da energia investida nos impulsos
sexuais é direcionada à consecução de realizações
socialmente aceitáveis (p.ex. artísticas ou científicas).
Teoria Pulsional: teoria da
sexualidade



A função sexual existe desde o princípio de vida, logo
após o nascimento e não só a partir da puberdade como
afirmavam as idéias dominantes.
O período da sexualidade é longo e complexo até
chegar a sexualidade adulta, onde as funções de
reprodução e de obtenção de prazer podem estar
associadas, tanto no homem como na mulher. Esta
afirmação contrariava as idéias predominantes de que o
sexo estava associado, exclusivamente a reprodução.
A libido, nas palavras de Freud, é a "energia dos
instintos sexuais e só deles"
Teoria da Sexualidade

Existe um processo de desenvolvimento
psicossexual em que o indivíduo encontra o
prazer no próprio corpo.O corpo é erotizado, isto
é, as excitações sexuais estão localizadas em
partes do corpo (zonas erógenas) e há um
desenvolvimento progressivo também ligado as
modificações das formas de gratificação e de
relação com o objeto, que levou Freud a chegar
nas fases do desenvolvimento sexual:

As fases do desenvolvimento
sexual:
Fase oral (0 a 2 anos) - a zona de erotização é
a boca e o prazer ainda está ligado à ingestão
de alimentos e à excitação da mucosa dos
lábios e da cavidade bucal. Objetivo sexual
consiste na incorporação do objeto.
 Fase anal (entre 2 a 4 anos aproximadamente)
- a zona de erotização é o ânus e o modo de
relação do objeto é de "ativo" e "passivo",
intimamente ligado ao controle dos esfíncteres
(anal e uretral). Este controle é uma nova fonte
de prazer.
As fases do desenvolvimento
sexual:

Fase Fálica - a zona de erotização é o órgão sexual.
Assinala o ponto culminante e o declínio do complexo
de Édipo pela ameaça de castração. No caso do
menino, a fase fálica se caracteriza por um interessse
narcísico que ele tem pelo próprio pênis em
contraposição à descoberta da ausência de pênis na
menina. É essa diferença que vai marcar a oposição
fálico-castrado que substitui, nessa fase, o par
atividade-passividade da fase anal. Na menina esta
constatação determina o surgimento da "inveja do
pênis" e o conseqüente ressentimento para com a mãe
"porque esta não lhe deu um pênis, o que será
compensado com o desejo de ter um filho.
Fase Fálica e o Complexo de
Édipo:

Acontece entre 3 e 5 anos o Complexo de Édipo, e é em
torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do
indivíduo. No complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo
do menino e o pai (ou a figura masculina que represente o
pai) é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele
procura então assemelhar-se ao pai para "ter" a mãe,
escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a
internalizar as regras e as normas sociais representadas e
impostas pela autoridade paterna. Posteriormente por medo
do pai, "desiste" da mãe, isto é, a mãe é "trocada" pela
riqueza do mundo social e cultural e o garoto pode, então,
participar do mundo social, pois tem suas regras básicas
internalizadas através da identificação com o pai. Este
processo também ocorre com as meninas, sendo invertidas
as figuras de desejo e de identificação.O Complexo de Édipo
é responsável pelo surgimento da estrutura do super-ego.


Em seguida vem um período de latência, que se
prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma
diminuição das atividades sexuais, como um intervalo.
Fase Genital - E, finalmente, na adolescência é atingida
a última fase quando o objeto de erotização ou de
desejo não está mais no próprio corpo, mas em um
objeto externo ao indivíduo - o outro. Neste momento
meninos e meninas estão conscientes de suas
identidades sexuais distintas e começam a buscar
formas de satisfazer suas necessidades eróticas e
interpessoais.
Resumo
 Surgiu
na década de 1890, com Sigmund
Freud, medico neurologista, que
investigava tratamento para pacientes
com sintomas neuróticos e histéricos.
 Desenvolveu o método da associação
livre, em que o paciente e solicitado a falar
livremente;sonhos, esperanças, desejos,
fantasias, experiências de vida.

Primeira teoria:

Modelo Topográfico
• Consciente
• Pré-consciente
• Inconsciente

Segunda teoria

Teoria do Aparelho Psíquico
• ID- trata-se do impulso mais primitivo, regido pelo principio
do prazer
• EGO- e a estrutura mediadora entre o id e o superego,
regida pelo principio da realidade
• SUPER-EGO- e a estrutura responsável pelas normas,
convenções e sanções sociais

Terceira teoria

Teoria da Sexualidade –a sexualidade do individuo e
apresentada como o centro do aparelho psíquico.
Libido e a energia dos instintos sexuais. Cria fases do
desenvolvimento sexual
• Fase oral (entre 0 e 2 anos) a zona erógena esta localizada
na boca, o prazer se da pela excitação da mucosa bucal
• Fase anal (entre 2 e 4 anos) – a zona de erotização e o anus
e o modo de relação do objeto entre o passivo e o ativo
• Fase Fálica – a zona de erotização e o órgão genital.E nesta
fase que ocorre o Complexo de Édipo
• Fase Genital – na adolescência,quando o objeto de
erotização ou de desejo não esta mais no próprio corpo, mas
em objeto externo ao individuo – o outro
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