Revisão agrupada por sistemas • Geral e nutrição – Febre, calafrios, peso (IMC), perímetro abdominal, sudorese • Pele – Icterícia, lesões, prurido, alopécia, hirsutismo, lesões ungueais • Cabeça – Tontura, cefaleia, dor facial • Visão – Alterações da visão, prurido, secreção, lacrimejamento, fotofobia, diplopia. Catarata e glaucoma (história familiar) • Audição – Deficiência auditiva, vertigem, dor, secreção, zumbido, sensação de pressão • Nariz e seios perinasais – Epistaxe, secreção, prurido, crises esternutatórias, pólipos • Boca e orofaringe – Lesões de mucosa, cáries, gengivorragias • Pescoço – Disfonia, protuberâncias, dor ao movimento, disfagia, odinofagia, tiróide • Mamas – Nódulos, secreções, dor, história familiar de cancro • Respiratório – Dor torácica, tosse, dispneia, expectoração, hemoptise. Ralas, roncos e sibilos à auscultação • Cardiovascular – Dor torácica, HTA, palpitações, dispneia ao esforço, dispneia paroxistica nocturna, ortopeneia, claudicação intermitente, edemas das extremidades, varizes, troboflebite, alterações tróficas • Digestivo – Apetite, dor abdominal, distensão abdominal, vómito, naúsea, hematemese, pirose, hematoquezia, melenas, uso de laxantes, acolia • Geniturinário – Noctúria, poliúria, incontinência, ardor miccional, hematúria, dor, lesões genitais, prurido vulvar, corrimento, dispareunia, menarca, metrorragias, menopausa, gestações, abortos • Endócrino – Intolerância ao calor ou ao frio, mixedema, polifagia, polidipsia, atraso no crescimento • Musculoesquelético – Artralgia, mialgia, dor à mobilização, limitação do movimento, caimbras, deformidades, traumatismo • Sistema nervoso – Parestesia, movimentos involuntários, amnésia, disfasia, alterações da marcha Roteiro pelo doente • Estado geral – Dá uma noção da gravidade da doença: bom, regular e mau • Nível de consciência – Alteração da capacidade de pensar coerentemente, ie, com a rapidez e a lucidez habituais: sonolência, estupor e coma. • Sinais de sofrimento – Expressão facial, grau de agitação, respiração: taquipneia, ansiedade, dor, sudorese e agitação • Fala e linguagem – Timbre, ritmo, clareza e espontaneidade: disfonia, afonia, disartria, disfasia, afasia • Fácies típica – Parkinsoniana, lúpica, cushingóide • Deformidades e assimetrias • Coloração da pele – Palidez, cianose, albinismo, hiperpigmentação • Edema – Generalizado (anasarca) ou localizado. Procurar sinais inflamatórios • Estado de hidratação – Prega cutânea. Particular atenção nos extremos de idade • Estado de nutrição – Hábitos alimentares. Até ao fim da puberdade o estado de nutrição pode ser avaliado pelo crescimento. Magreza/obesidade. Desnutrição calórica, proteica, calórico/proteica. Roteiro pelo doente • Desenvolvimento físico – Peso, altura, massas corporais e caracteres sexuais secundários • Desenvolvimento sexual – Puberdade, menarca, p explo • Biótipo – Brevilineo, normolíneo, longilineo (ângulo de Charpy ou ângulo subcondral) • Musculatura – Trofismo e tonus • Atitude e decúbito preferido – Posição adoptada por hábito e/ou comodidade. Tem valor quando pretende aliviar qualquer sintoma ou é manifestamente anormal • Movimentos involuntários – Constantes ou periódicos • Marcha – Alterações. Há muitos tipos de marcha • Odores Síndromes • Sindrome de Down – trissomia XXI • Sindrome de Marfan – colagénio Modelo hipotético-indutivo Dados da anamnese Reconhecimento de padrões Geração de hipóteses diagnósticas Teste de hipóteses Hipótese de trabalho Dados do exame físico Dados dos exames complementares Verificação diagnóstica • Prova da suficiência – Uma hipótese é considerada suficiente (ou adequada) quando ela explica todos os dados positivos relevantes • Prova da coerência – Os dados encontrados são consistentes com mecanismos fisiopatológicos • Prova da parcimónia – Capacidade de a hipótese diagnóstica oferecer a explicação mais simples para todos os dados do doente • Falsificação – Pesquisa de dados que sejam claramente inconsistentes com a hipótese • Probabilidade da hipótese – As hipóteses mais comuns possuem maior probabilidade de serem verdadeiras Sinais vitais • • • • Frequência cardíaca Temperatura Frequência respiratória Pressão arterial Sinais Vitais • Frequência cardíaca – – – – Pulsos radial, braquial ou carotídeo Normal adulto: 60 – 100 pm Taquicardia: > 100 Bradicardia: < 60 • Temperatura corporal – Variação circadiana • < às 6 horas • > às 18 horas – – – – Axilar, oral, rectal Rectal 0,5 a 1º > axilar Axilar – 36,3º às 6 horas e 37,3 às 18 horas Oral – 37,2 às 6 horas e 37,7 às 18 horas • Temperatura corporal – Para efeitos práticos considera-se temperatura axilar >= 37,8 como febre em qualquer horário • Padrões de febre – Febre persistente (ou contínua) • Elevação persitente com variações mínimas ao longo de dias. Explo: febre tifóide – Febre remitente • Flutuações diárias superiores a 2º, sendo que a temperatura não retorna aos valores normais. Explo: tuberculose, viroses, infecções bacterianas, processos não infecciosos – Febre intermitente • Exagero no ritmo circadiano. A temperatura volta ao normal em cada dia, mas depoisaumenta novamente. Explo: febre séptica – Febre recorrente (ou recidivante) • Os episódios de febre são separados por longos intervalos de temperatura normal. Explo: malária, linfomas, febre do arranhão do gato • Frequência respiratória – 12 a 20 movimentos respiratórios no adulto – Taquipneia > 20 – Padrões respiratórios anormais • Respiração de Kussmaul – Aumento de frequência e de profundidade » Acidose metabólica (cetoacidose diabética, pexplo, nefropatias e intoxicação por medicamentos (salicilatos) • Respiração de Cheyne-Stokes – Respiração irregular que cessa totalmente durante cerca de 15 segundos, tornando-se perceptível, embora lenta, tornando-se, progressivamente rápida e intensa, voltando a cessar progressivamente » Insuficiência cardíaca, tumores cerebrais, meningites, intoxicações severas