Febre de Longa Duração e Diagnóstico Difícil O caso (1980): Masculino, 30 anos, médico, residente em Cruzeiro do Sul, Acre. Doente há 3 meses, febre baixa e calafrios 7 dias, remissão por 7 dias e retorno com febre até internação, com sudorese e astenia. Medicado com cloroquina, cotrimoxazol, gentamicina, ampicilina, sem melhorar. Evoluiu com diarréia ocasional, febre moderada a alta, emagrecimento 11 kg. Após 80 dias de febre, astenia, surgiram vômitos alimentares e diarréia, fezes amolecidas, ± 5 evacuações/dia. Viajou para RJ. Há 5 dias enterorragia. Um dia antes de internar, colúria. Médico de empresa de seringal. Atende em acampamentos na mata, contato com diferentes doenças; picada de insetos; carne malpassada; leite cru; banho em rios. Casado. Relações extramaritais, sem proteção. Ingere bebidas alcoólicas diariamente. Vacinação contra F. amarela. Antes de se estabelecer no Acre, clinicou em interior de Minas Gerais. Exame físico na internação: Mal estado geral, adinamia, anemia, icterícia 3+/6, Temp. ax. 36,8ºC, P=120 bpm. PA=110x80. Sem adenomegalia, nem exantema. Ap. respiratório e ausculta cardíaca ndn. Dor à palpação abdominal, fígado a 6 cm RCD, mole, doloroso, liso. Baço impalpável, Traube livre. SN sem alterações. Febre de Longa Duração e Diagnóstico Difícil Hipóteses diagnósticas iniciais: Malária Salmonelose prolongada Hepatite viral Febre tifóide Amebíase Brucelose Quais suas hipóteses? Qual sua conduta?