Aula 25 e 26

Propaganda
O Tradeoff entre
Inflação e
Desemprego no
Curto Prazo
Copyright © 2004 South-Western
35
Desemprego e Inflação
• A taxa natural de desemprego depende de
várias características do mercado de trabalho.
• Exemplos incluem legislação de salário
mínimo, o poder de mercado dos sindicatos, o
papel dos salários de eficiência e a eficácia da
busca de empregos.
• A taxa de inflação depende principalmente do
crescimento na oferta de moeda, controlada
pelo BC.
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Desemprego e Inflação
• A sociedade se depara no curto prazo com um
tradeoff entre desemprego e inflação.
• Se os formuladores de política econômica
expandirem a demanda agregada, eles podem
reduzir o desemprego, mas só às custas de uma
inflação mais elevada.
• Se os formuladores de política econômica
contraírem a demanda agregada, eles podem
reduzir a inflação, mas só às custas de um
desemprego temporariamente maior.
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A Curva de Phillips
• A curva de Phillips ilustra a relação de curto
prazo entre inflação e desemprego.
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Figura 1 – A Curva de Phillips
Taxa de
Inflação
(% ao ano)
B
6
A
2
Curva de Phillips
0
4
7
Taxa de desemprego (%)
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Demanda Agregada, Oferta Agregada e a
Curva de Phillips
• A curva de Phillips simplesmente mostra as
combinações de inflação e desemprego que
surgem no curto prazo à medida que
deslocamentos na curva de demanda agregada
movem a economia ao longo da curva de oferta
agregada de curto prazo.
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Demanda Agregada, Oferta Agregada, e a
Curva de Phillips
• Um aumento na demanda agregada por bens e
serviços leva a uma maior produção e a um
maior nível de preços.
• Maior produção resulta em um menor nível de
desemprego.
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Figura 2- Como a curva de Phillips se relaciona
com a demanda agregada e a oferta agregada
(a) O modelo da demanda agregada e da oferta agregada
Nível de
preços
Oferta agregada
no curto prazo
102
Taxa de
Inflação
(% ao ano)
6
B
106
B
A
Demanda
Agregada alta
Demanda
Agregada baixa
0
(b) Curva de Phillips
7,500 8,000
(Desemprego (desemprego
De 7%)
De 4%)
Quantidade
Produzida
A
2
Curva de Phillips
0
4
(a produção
é de 8 mil)
Taxa de
7
(a produção Desemprego (%)
é de 7.500)
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Deslocamentos na Curva de Phillips: O
Papel das Expectativas
• A curva de Phillips parece oferecer aos
formuladores de políticas uma gama de
possíveis resultados de inflação-desemprego.
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A Curva de Phillips no Longo Prazo
• Nos anos 60, Friedman e Phelps concluíram
que inflação e desemprego não estão
relacionadas no longo prazo.
• Como resultado, a curva de Phillips no longo prazo
é vertical à taxa natural de desemprego.
• Política monetária pode ser eficiente no curto prazo,
mas não no longo prazo.
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Figura 3 - A Curva de Phillips no Longo Prazo
Taxa de
Inflação
1… Quando o
BC eleva a taxa
de crescimento
da oferta de
moeda, a taxa
de inflação
aumenta…
Inflação
alta
Inflação
baixa
0
Curva de Phillips
No longo prazo
B
A
2. . . . Mas o desemprego
permanece em sua taxa
natural de longo prazo.
Taxa natural de
desemprego
Taxa de Desemprego
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Figura 4- Como a Curva de Phillips no Longo Prazo se
Relaciona com a Demanda Agregada e Oferta Agregada
(a) Modelo de Demanda Agregada e Oferta Agregada
Nível de
Preços
P2
2. . Eleva o
nível de
preços;;.
P
Taxa de
Inflação
Oferta agregada
no longo prazo
B
(b) A Curva de Phillips
1.. Um aumento na
oferta de moeda
aumenta a demanda
agregada…
Curva de Phillips
no longo prazo
3... e aumenta
a taxa de
inflação
B
A
A
DA2
Demanda
agregadaDA
0
Taxa natural
de produção
Quantidade
Produzida
0
Taxa natural
de desemprego
Taxa de Desemprego
4. . . mas deixa a produção e o desemprego
em suas taxas naturais
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Expectativas e a Curva de Phillips no Curto
Prazo
• A inflação esperada mede o quanto as pessoas
esperam que o nível geral de preços varie.
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Expectativas e a Curva de Phillips no Curto
Prazo
• No longo prazo, a inflação vigente ajusta a
mudanças na inflação esperada.
• A capacidade do BC de criar inflação
inesperada existe apenas no curto prazo.
• Uma vez que as pessoas antecipam a inflação, o
único caminho para que o desemprego fique abaixo
da sua taxa natural é se a inflação vigente estiver
acima da inflação esperada.
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Expectativas e a Curva de Phillips no Curto
Prazo
• Taxa de desemprego = taxa natural de desemprego – a(inflação
vigente – inflação esperada)
• Essa equação relaciona a taxa de desemprego à
taxa natural de desemprego, à inflação vigente e
à inflação esperada.
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Figura 5 – Como a Inflação Desloca a Curva de
Phillips no Curto Prazo
Taxa de
Inflação
2...mas, no longo prazo a inflação
esperada aumenta e a curva de Phillips
.no curto prazo se desloca para a direita
Curva de Phillips
no longo prazo
C
B
Curva de Phillips no
curto prazo com alta
inflação esperada
A
1.. Uma política expansionista
move a economia ao longo
da curva de Phillips no curto prazo
0
Curva de Phillips no curto
prazo com baixa inflação
esperada
Taxa natural
de desemprego
Taxa de
Desemprego
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O Experimento Natural para a Hipótese da
Taxa Natural
• A visão de que o desemprego retorna à sua taxa
natural, independentemente da taxa de inflação,
chama-se hipótese da taxa natural.
• Observações históricas sustentam a hipótese da
taxa natural.
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O Experimento Natural para a Hipótese da
Taxa Natural
• A concepção da curva de Phillips estável
acabou nos anos 70.
• Durante os anos 70 e 80 a economia
experimentou inflação alta e desemprego alto
simultaneamente.
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Figura 6 – A Curva de Phillips na Década de 60
Taxa de inflação
(% ao ano)
10
8
6
1968
4
1967
2
0
1966
1962
1965
1964
1963
1
2
3
4
5
6
1961
7
8
9
10
Taxa de
Desemprego (%)
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Figura 7 – O Colapso da Curva de Phillips
Taxa de Inflação
(% ao ano)
10
8
6
1973
1971
1969
1968
4
1970
1972
1967
2
0
1966
1962
1965
1964
1963
1
2
3
4
5
6
1961
7
8
9
10
Taxa de
Desemprego (%)
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Deslocamentos na Curva de Phillips: O
Papel dos Choques de Oferta
• Eventos históricos mostraram que a curva de
Phillips no curto prazo pode se deslocar por
meio de mudanças nas expectativas.
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Deslocamentos na Curva de Phillips: O
Papel dos Choques de Oferta
• A curva de Phillips no curto prazo pode se
deslocar também por meio de choques de oferta
agregada.
• Grandes mudanças adversas de oferta agregada
podem ser pior no tradeoff de curto prazo entre
inflação e desemprego.
• Um choque de oferta dá aos formuladores de
política menos vantagens no tradeoff entre inflação
e desemprego.
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Deslocamentos na Curva de Phillips: O
Papel dos Choques de Oferta
• Um choque de oferta é um acontecimento que
afeta diretamente os custos de produção das
empresas e, com isso, os preços que elas
cobram.
• Isso desloca a curva de oferta agregada da
economia…
• . . . e com isso, a curva de Phillips.
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Figura 8. Um Choque Adverso da Oferta Agregada
(a) O Modelo de Demanda Agregada e Oferta Agregada
Nível
de preços
OS2
P2
B
3…e eleva
o nível de
P
preços
A
Oferta
agregada,OA
(b) Curva de Phillips
Taxa de
Inflação
1.Um deslocamento
adverso na oferta
agregada..
4. Dando aos formuladores
de políticas um tradeoff
entre desemprego e
.inflação menos favorável.
B
A
CP2
Demanda
agregada
0
Y2
Quantidade
Produzida
2. . . . Reduz a produção .
Y
Curva de Phillips,CP1
0
Taxa de
Desemprego
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Deslocamentos na Curva de Phillips: O
Papel dos Choques de Oferta
• Nos anos 70, os formuladores de política
tiveram duas escolhas quando a OPEP cortou a
produção e aumentou os preços mundiais do
petróleo:
• Lutar contra o desemprego expandindo a demanda
agregada e acelerando a inflação.
• Lutar contra a inflação, contraindo a demanda
agregada e aumentando o desemprego.
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Figura 9 Os Choques na Oferta na Década de 70
Taxa de inflação
(% ao ano)
10
1980
1974
8
1981
1975
1979
1978
6
1977
1973
4
1976
1972
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Taxa de
Desemprego (%)
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O Custo de Reduzir a Inflação
• Para reduzir a inflação, o BC teve que perseguir
uma política monetária contracionista.
• Quando o BC reduz a taxa de crescimento da
oferta de moeda, ele contrai a demanda
agregada.
• Isso reduz a quantidade de bens e serviços que
as firmas produzem.
• Isso leva a um aumento do desemprego.
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Figura 10 - Política Monetária Deflacionária no
Curto Prazo e no Longo Prazo
Taxa de
Inflação
Curva de
Phillips no
longo prazo
A política contracionista move
a economia para baixo ao
longo da curva de Phillips no
curto prazo
A
Curva de Phillips no curto
prazo com alta inflação
esperada
C
B
Curva de Phillips no curto
prazo com baixa inflação
esperada.
0
Taxa de
Taxa natural de
desemprego.
2. . mas, no longo prazo, a inflação Desemprego
esperada cai e a curva de Phillips
no curto prazo se desloca para a
esquerda
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O Custo de Reduzir a Inflação
• Para reduzir a inflação a economia precisa
suportar um período com alto desemprego e
pouca produção.
• Quando o BC combate a inflação, a economia move
para baixo a curva de Phillips no curto prazo.
• A economia experimenta baixa inflação, mas às
custas de alto desemprego.
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O Custo de Reduzir a Inflação
• A taxa de sacrifício é a perda de produção
anual, em pontos percentuais, medida no
processo de redução da inflação em 1 ponto
percentual.
• Uma estimativa da taxa de sacrifício era de 5 para
os EUA no final dos anos setenta.
• Para reduzir a inflação de 10% em 1979-1981 para
5% eram necessários uma estimativa de sacrifício
de 30% da produção anual!
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Expectativas Racionais e a Possibilidade de
Desinflação Sem Custo
• A teoria das expectativas racionais diz que as
pessoas, ao prever o futuro, usam otimamente
todas as informações de que dispõem, inclusive
informações sobre as políticas governamentais.
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Expectativas Racionais e a Possibilidade de
Desinflação Sem Custo
• Inflação esperada explica porque se tem um
tradeoff entre inflação e desemprego no curto
prazo, mas não no longo prazo.
• A velocidade que o tradeoff de curto prazo
desaparece depende da velocidade dos ajustes
das expectativas.
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Expectativas Racionais e a Possibilidade de
Desinflação Sem Custo
• A teoria das expectativas racionais sugere que a
taxa de sacrifício pode ser muito menor do que
se estimava.
• No limite, pode não haver nenhum custo ou
sacrifício, dependendo se as expectativas se
ajustam em resposta às políticas econômicas
anunciadas, desde que tais políticas tenham
credibilidade.
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A Desinflação de Volcker
• Quando Paul Volcker foi presidente do FED
nos anos 70, a inflação era vista como um dos
piores problemas das nações.
• Volcker teve sucesso na redução da inflação (de
10% para 4%), mas às custas de um
desemprego elevado ( 10% em 1983).
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Figura 11 - A Desinflação de Volcker
Taxa de inflação
(% ao ano)
10
1980 1981
A
1979
8
1982
6
1984
4
B
1983
1987
1985
C
1986
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Taxa de
Desemprego
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A Era Greenspan
• O mandato de Alan Greenspan como presidente
do Fed começou com um choque de oferta
favorável.
• Em 1986, os membros da Opep abandonaram o seu
acordo de restrição de oferta.
• Isso abaixou a inflação e o desemprego, representa
um choque de oferta agregada favorável.
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Figura 12 – A Era Greenspan
Taxa de inflação
(% ao ano)
10
8
6
1990
1991
1989
1984
1988
1985
1987
2001
1995
1992
2000
1986
1997
1994
1993
1999
2002
1998 1996
4
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Taxa de
Desemprego (%)
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A Era Greenspan
• Flutuações na inflação e no desemprego nos
anos recentes tem sido relativamente pequenas
devido às ações do Fed.
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Resumo
• A curva de Phillips descreve a relação negativa
entre inflação e desemprego.
• Ao expandir a demanda agregada, os
formuladores de políticas podem escolher um
ponto na curva de Phillips com maior inflação e
menor desemprego.
• Ao contrair a demanda agregada, podem
escolher um ponto da curva com menor inflação
e maior desemprego.
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Resumo
• O tradeoff entre inflação e desemprego descrito
pela curva de Phillips só se sustenta no curto
prazo.
• No longo prazo, a curva de Phillips é vertical à
taxa natural de desemprego.
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Resumo
• A curva de Phillips no curto prazo também se
desloca através de choques de oferta agregada.
• Um choque adverso de oferta agregada dá aos
formuladores de política um tradeoff menos
favorável entre inflação e desemprego.
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Resumo
• Quando o BC contrai o crescimento da oferta
de moeda para reduzir a inflação, ele move a
economia ao longo da curva de Phillips no
curto prazo.
• Isso resulta temporariamente em alto
desemprego.
• O custo da desinflação depende da velocidade
que as expectativas de inflação vão cair.
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Curva de Phillips no Brasil
25
1995
20
15
2002
1996 1999
10
2005
5
2003
2000
2001
2004
2007
2006 1997
1998
0
0
5
10
15
20
25
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