Características gerais Nome oficial: Nihon ou Nippon Capital: Tóquio Língua Oficial: Japonês Forma de Governo: Monarquia parlamentarista. Área: 372.313 km² Relevo: Ponto Culminante: Monte Fuji, 3.776 m. Ponto Mais Baixo: nível do mar. População: 127.433.494 habitantes. Distribuição: 80% urbana, 20% rural. Densidade: cerca de 340 hab./km². Moeda: Unidade Básica: Iene ou Yen ( ¥ ) Aspectos físicos O território japonês é cerca de 23 vezes menor do que o brasileiro, ou mesmo a metade do Chile. O país é formado por um conjunto de mais de 3 mil ilhas, sendo que as quatro maiores e mais importantes correspondem a 97% do território japonês. São elas (do norte para o sul): Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kiushu. Aspectos físicos Entre 70% a 80% do território japonês apresenta relevo montanhoso sendo ainda coberto por Florestas Subtropicais ao sul até a Taiga ao norte. Ao contrário de outras potências econômicas, o Japão é pobre em reservas minerais, o que o leva a importar grande parte do petróleo, ferro, manganês e outros minerais por ele consumidos. Uma terra instável O arquipélago japonês situa-se na zona de encontro de três placas tectônicas – a Placa do Pacífico, a das Filipinas e a Euro-asiática. Sendo assim, é comum a ocorrência de terremotos, maremotos e vulcões no território japonês. Existem no Japão cerca de 200 vulcões, dos quais pelo menos quarenta permanecem em atividade. Clima A extensão em latitude (3.800 km) do país explica a diversidade de climas, do subtropical ao sul, temperado ao centro e temperado frio no extremo norte. O clima é sujeito também à influência das monções (ventos sazonais) e da altitude. Clima Ocorrem com freqüência ainda no território japonês os tufões. Dos cerca de 30 desses ciclones gerados a cada ano, cerca de quatro movem-se em direção ao norte, atingindo o arquipélago japonês. Eles são chamados "taifu", de onde deriva a palavra "tufão" em português. Os tufões atingem o Japão entre junho e outubro, e os meses de agosto e setembro são considerados como "a estação dos tufões”. Pouco espaço para a agricultura A falta de espaço para a agropecuária levou o povo japonês a buscar um complemento alimentar junto ao oceano, pois o Japão possui águas muito piscosas. Juntamente com a pesca os japoneses procuraram obter o máximo utilizando modernas técnicas de plantio, mecanização, irrigação, adubos, etc. Pouco espaço para a agricultura As correntes marinhas Oyashio (fria) e Kuroshio (quente) beneficiam a produção pesqueira. São cultivados arroz, trigo, centeio, cevada, batata, etc., além de uma pecuária intensiva. Mesmo assim os japoneses não conseguem atender a demanda do consumo interno por alimentos, sendo obrigados a importar esses e outros produtos. O fim de uma Era Em julho de 1853 uma esquadra dos EUA de quatro navios, comandada pelo Comodoro Matthew C. Perry, chegou à Baía de Edo exigindo a abertura dos portos japoneses, iniciando assim uma cadeia de eventos que levariam ao fim do Bakufu (Xogunato) no Japão. Seguindo a Guerra Boshin (1868-1869), o bakufu foi abolido, e os poderes políticos e militares foram restituídos ao Imperador, terminando assim com mais de 200 anos de domínio dos Tokugawa sobre o Japão. A Era Meiji A Era Meiji (1868-1912), foi um período de grandes mudanças na história do Japão, que passou de Estado Feudal a Estado Industrial. O imperador Mutsuhito, que subiu ao trono em 1868, foi encarregado de pôr em prática a modernização do Japão, através de transformações socioeconômicas e tecnológicas. Tendo como base os países europeus, o imperador Meiji adotou o modelo capitalista de produção: A Era Meiji A abolição do feudalismo; A igualdade de todos os japoneses; A introdução e desenvolvimento da grande indústria e do moderno sistema bancário; Organizou-se o ensino de acordo com os modelos europeus; Impulsionou-se os sistemas de comunicação e transporte segundo a tecnologia ocidental; Promulgou-se em 1889 uma nova constituição que consagrou a monarquia hereditária; Criou-se um exército e uma marinha potentes e modernos; Os zaibatsu O Estado passou a investir na industrialização do país, formando empresas estatais, associando-se a grupos particulares (famílias). Essas famílias, ao longo dos anos originaram os zaibatsu. Os zaibatsu são conjuntos de empresas interligadas do setor produtivo ou financeiro que passaram a controlar a economia do país. DENOMINAÇÃO FUNDADOR ÁREA DE CONTROLE MITSUI Hachirobei Takatoshi, organizado a partir de 1673 Inicialmente dedicado ao comércio do vestuário para, em seguida, dedicar-se ao setor financeiro. Desde 1876, o Banco Mitsui tornou-se o maior do Japão Iwasaki Yataro, MITSUBISHI (os 3 fixado em Finanças e comércio de navegação e cabotagem. diamantes) Osaka desde Importação de armas e ao transporte militar 1869 YASUDA Yasuda Zenjiro, a partir de 1867 Complexo financeiro-industrial, negócios com ouro & prata e também serviços bancários SUMIMOTO Sumimoto Masatoma Setor de mineração, fundições e refinarias de cobre desde 1590 O expansionismo japonês O Japão tornou-se uma potência industrial no século XIX, pois não sofreu o colonialismo. O expansionismo japonês se baseou no nacionalismo extremado e no desejo de formação de uma nova ordem na Ásia Oriental. Existia ainda o objetivo econômico de garantir o fornecimento de matérias-primas para o país. O expansionismo japonês O nacionalismo levou o país à Segunda Guerra Mundial que terminou com o fatídico lançamento das duas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Com a ocupação dos EUA, os zaibatsu foram dissolvidos, o que possibilitou a livre concorrência e o fim do monopólio. O pós-guerra Terminada a 2ª Guerra Mundial o Japão teve que aceitar uma rendição incondicional aos EUA. O general americano Douglas MacArthur, chefe das forças de ocupação aliadas no Japão, recebeu o encargo de desmilitarizar e democratizar o país. A nova constituição do Japão que entrou em vigor em 1947 difere da Meiji (1889), nos seguintes pontos: Constituição de 1947 O imperador, em lugar de assumir toda a autoridade, é o símbolo do estado e da unidade do povo; O Japão renuncia à guerra como direito soberano; Os direitos humanos fundamentais são considerados eternos e invioláveis. O poder executivo é exercido pelo gabinete, cujo primeiro-ministro é nomeado pelo imperador, depois de designado pela Dieta (Parlamento). Recuperação econômica Ajuda econômica norte-americana; A não-existência de gastos militares; Grande oferta e abundância de mão-de-obra, qualificada e disciplina, próprias do povo japonês; Produção em larga escala objetivando o mercado externo; Grandes investimentos em educação e pesquisas científicas e tecnológicas; O “milagre japonês” Entende-se por “milagre japonês”, a espetacular recuperação de forma rápida e poderosa que transformou o Japão em das principais economias mundiais. Vale ressaltar que o interesse norte-americano em ajudar um país que eles mesmos tinham ajudado a destruir era o de conter a expansão do socialismo a partir do domínio russo e chinês no Extremo Oriente. A industrialização japonesa Sendo uma das nações mais industrializadas do mundo, o Japão é também um dos maiores produtores de: navios, automóveis, além de produtos eletrônicos e de telecomunicações. Como a maioria das matérias-primas chega ao país por navios, e sua produção se destina ao mercado externo, as industrias japonesas se concentram no litoral em pôlderes e combinados que se situam principalmente de Tóquio até Hiroshima. A megalópole japonesa A intensa relação entre Tóquio e Osaka, acabou por centralizar grande parte da atividade econômica naquela porção do território, o que levou ao surgimento da maior megalópole do mundo contemporâneo — a Tokaido — no eixo Kioto-Osaka-Nagóia-Tóquio. Nela concentram-se aproximadamente 60% da população japonesa. A megalópole japonesa Seu desenvolvimento explica-se devido esse espaço possuir as melhores condições de infraestrutura (estradas, eletricidade, mão-de-obra) para abrigar novas indústrias. É nesse eixo que corre o trem-bala, TGV ou Shinkansen, ligando Tóquio-Osaka-Fukuoka, numa distância de 1.165 quilômetros, em apenas 5 horas e 10 minutos. A crise na economia japonesa O Japão entrou em recessão desde o terceiro trimestre de 2008, quando sua economia retrocedeu de 0,6% a 0,9%. O maior parceiro econômico do país asiático são os Estados Unidos, que já não consomem tanto, e o mercado interno também não consegue absorver a alta produção. A crise na economia japonesa O elevado consumo de energia e a elevação dos preços do petróleo pioram a situação, juntamente com a forte concorrência dos Tigres Asiático, China e União Européia. Como resultado, passa a ocorrer um grande aumento de desempregados; sendo um grande número deles, brasileiros (dekasseguis) que foram para lá atraídos pelos elevados salários.