Slide 1 - RExLab

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ÓLEO DE Copaifera sp. (Linnaeus) (LEGUMINOSAE), ANÁLISE DO SEU EFEITO LARVICIDA,
NO DESENVOLVIMENTO DE IMATUROS DE Aedes albopictus (Skuse, 1894) (DIPTERA:
CULICIDAE). Grande Área: Ciências da Saúde; Curso: Ciências Biológicas
Laboratório de Imunoparasitologia, Universidade do Sul de Santa Catarina –
UNISUL¹
Bruna M. Silva¹, Josiane S. Prophiro ¹, Louyse CBP Rocha¹, Flávia F. Virginio¹,
Camila C. Ávila¹
FAPESC – Fundação de Apoio a Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa
Catarina
Ciências Biológicas – Campus Tubarão
INTRODUÇÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Aedes albopictus (Skuse, 1985) (Fig.4), pode atuar como vetor secundário,
causando preocupação, já que a espécie mostra ser suscetível a alguns sorotipos do vírus
da dengue (Consoli e Oliveira, 1994).

Em 2003 Oliveira et. al., estudaram no Brasil e nos Estados Unidos, e verificaram a
competência vetorial de Ae. albopictus aos vírus da dengue e da febre amarela, e
descreveram a potencialidade do arbovírus, tendo em especial atenção ao sorotipo DEN 2,
quando relacionada a dengue.

Em comparação ao Ae. aegypti, esta espécie foi mais suscetível. Fernandes et. al.,
(2004), verificaram a susceptibilidade de Ae. albopictus de zonas urbanas e rurais de São
Paulo, ao DEN 1 e DEN 2. A partir destes dados foi indicada a potencialidade do Ae.
albopictus como vetor da dengue no Brasil. Por esta razão, é de grande importância o
desenvolvimento de pesquisas envolvendo o controle deste vetor em potencial.

Estudos envolvendo inseticidas botânicos têm aumentado consideravelmente nas
últimas décadas, sendo alguns análogos a produtos químicos. Silva et. al., (2003)
avaliaram a atividade larvicida de Copaifera reticulata (Ducke, 1915), em Culex
quinquefasciatus (Say, 1823), e obtiveram mortalidade larval em todos os estágios.
Mendonça et. al., (2005), testaram o efeito larvicida do óleo de Copaifera langsdorffi em Ae.
aegypti, e demonstraram atividade larvicida total após 48 horas de tratamento.

Entretanto, para Ae. Albopictus o óleo de Copaifera sp. (Fig.3), ainda não foi
avaliado. Além disso, o mecanismo de ação desse óleo, a influência na oviposição e
fecundidade ainda não são conhecidas. Assim, o estudo de vários potenciais desta planta
poderá dar subsídios para estratégias de controle deste vetor.

As soluções contendo o óleo de Copaifera sp. demonstraram atividade larvicida, em
intervalo de concentrações dose-resposta, sobre a população natural de Aedes albopictus
avaliada sob temperatura controlada de 25ºC (Tabela 1). Não houve mortalidade nos grupos
controle de somente água e água mais DMSO.
Tabela 1. Município avaliado, geração utilizada, concentrações letais (mg/L) e respectivos intervalo de confiança, coeficiente
angular, qui-quadrado e grau de liberdade em populações de Aedes aegypti (Cepa: Rockefeller e Aedes albopictus Foz do
Iguaçu Norte proveniente do Estado do Paraná), após 24 horas de exposição a soluções contendo óleo de Copaifera sp., na
temperatura de 25ºC, 85% UR e 14:10 C/E.
Localidades
Geração
CL50
CL90
CA
X2
gl
Rockefeller
Fn
48 (4749)
89 (86-92)
4,83 ±
0,14
9,42
5
Foz do Iguaçu Norte
F2
87 (8589)
120 (116126)
9,3 ± 0,54
3,21
3

Os resultados obtidos, no presente estudo, com óleo de Copaifera sobre populações
naturais de Aedes albopictus (CL50: 87 e CL90: 120mg/L) foram distintos aos observados por
Prophiro (2008) para populações naturais de Aedes aegypti (CL50: 47 e CL90: 83mg/L) e para a
Cepa Rockefeller (CL50: 48 e CL90: 89mg/L), provenientes do mesmo município.

Provavelmente, a espécie Aedes albopictus tenha menor
susceptibilidade ao óleo de Copaifera sp. que o Aedes aegypti. Estes
dados confirmam o efeito larvicida do óleo de Copaifera, não apenas
para populações de laboratório e naturais de Aedes aegypti, mas
também contra populações naturais de Aedes albopictus, que são
vetores de potencial secundário na transmissão do vírus da dengue no
Brasil.
Fig.1- Árvore de Copaifera sp.
Fig.3 – Óleo de Copaifera sp.
Fig. 4 – Aedes albopictus
OBJETIVO

Avaliar a eficiência do óleo de copaíba (Copaifera sp.) (Linnaeus) (Leguminosae),
enquanto inseticida e os prováveis efeitos sobre o desenvolvimento de imaturos de Ae.
albopictus.
CONCLUSÕES
 A mortalidade, causada por Copaifera na temperatura de 25ºC, evidencia que as populações
naturais de Ae. albopictus analisadas são susceptíveis ao óleo, assim como a cepa de laboratório
Rockefeller.

Alterações no período de desenvolvimento de Ae. albopictus, expostos a concentrações
sub-letais de Copaifera, que prolonga o estágio imaturo e provoca alterações morfológicas que
inviabilizam a emergência de adultos, demonstram a eficácia deste óleo no controle deste
culicídeo.
METODOLOGIA
REFERÊNCIAS

Foram utilizadas 25 larvas do 3º estádio de Aedes albopictus, por pote descartável
de 180 ml de capacidade, com quatro réplicas, sendo posteriormente acondicionadas à
temperatura 25ºC (±2) umidade relativa de 80% (±10%) em sala climatizada.

A suscetibilidade destas população foi analisada para determinar os valores das
CL50 e CL90, utilizando a linhagem Rockefeller como controle. Foram estabelecidas no
mínimo 6 concentrações, com quatro réplicas cada, tanto para as população natural
avaliada como para a linhagem Rockefeller. (fotos precisam ser trocadas)
CONSOLI, R. A. G. B., Lourenço-de-Oliveira, R. Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil. Editora Fundação
Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil, 1994.
FERNANDES, Z. Moncayo, A., Forattini, O. P., Weaver, S.C. Susceptibility of urban and rural populations of Aedes albopictus
from Sao Paulo State, Brazil, to infection by dengue-1 and – 2 viruses. J. Méd. Entomo. 41(5): 961-4, 2004.
MENDONÇA, F. A. C. de; Silva, K. F. S. da; Santos, K. K. dos; Ribeiro Júnior K. A. L.; Sant’Ana, A. E. G. Activities of some
Brazilian plants against larvae of the mosquito Aedes aegypti. Fitoterapia, 76: 629 – 636, 2005.
OLIVEIRA, R. I. et al. Large genetic differentiation and low variation in vector competence for dengue and yellow fever viruses
of Aedes albopictus from Brazil, the United States, and the Cayman Islands. Am J Trop Méd Hyg 69(1): 105-14,2003.
PROPHIRO, J.S. Susceptibilidade de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) e de Aedes albopictus (Skuse, 1894) (Diptera:
Culicidae) a Organofosforado e Atividade Inseticida de Produtos de Origem Botânica. Dissertação (Mestrado em
Entomologia) - Universidade Federal do Paraná, Paraná, 2008.
SILVA, I. G.; Zanon, V. O. M.; Silva, H. H. G. Atividade larvicida do óleo-resina de Copaifera reticulada sobre Culex
quinquefasciatus Say (Díptera: Culicidae). Neotrop. Entomol. 32: 729-732, 2003.
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